História ;odiar - tobiizu - ;capítulo único - cretino

o baque foi alto o bastante para se ouvir do andar debaixo, mas Izuna sequer sentiu a dor de tanto ódio que estava sentindo.

— me solta, Tobirama. — a voz era cortante e autoritária, quase ao ponto de fazer o Senju vacilar porque Izuna nunca falava dessa maneira, mas ele podia ser bem pior que Madara quando queria. — eu falei pra me soltar, porra.

sentia os socos em seu peito, entretanto não pretendia soltar mesmo com a dor aguda. apertou mais o rosto fino entre a mão, o polegar afundando na bochecha corada e o corpo pressionando o outro contra a porta do armário.

Izuna o olhou com raiva, sentindo o corpo quente e o coração bater dolorido pela raiva.

— cala a boca, Izuna

cala boca o caralho.

não podia gritar porque podia assustar Sasuke e Itachi no andar debaixo e também porque não queria Madara, muito menos Mikoto ali, separando uma briga patética que nem havia começado. Izuna só precisava querer sair para amassar Tobirama na porrada.

— manda a puta da sua mãe calar a boca. 

— Izuna... — a voz grave soou como se fosse um aviso e isso fez o corpo do moreno amolecer um pouco, mas não o suficiente para diminuir o fervor da situação. — eu mandei não ficar com ele, não mandei?

— você não manda em mim, Tobirama. — ele encostou mais, o que fez o corpo do Uchiha doer pela primeira vez desde o baque das costas contra o armário. — eu fico com quem eu quiser, não tem nenhuma aliança no meu dedo.

os olhos acastanhados ficavam escuros com a falta de luz, podia ver o rosto forte, o maxilar trincado e o colar com o delicado pingente dos irmãos Senju. os cabelos platinados e incrivelmente macios estavam levemente bagunçados por conta do início da briga.

ele estava tão gostoso que Izuna até pensou em ceder.

mas não iria, não até aquele maldito deixar de fingir que é solteiro.

— você não merece compromisso, Izuna — o olhar ficou furioso e o rosto tão pertinho que conseguia sentir o cheiro da bebida. — merece uma coleira.

ele sorriu divertido, maldoso, igual ao cretino que era, com uma meia risada contida no fundo da garganta, aquele som rouco que ecoava na cabeça de Izuna, o som gostoso daquela risada fodida que fazia Izuna ficar tonto.

mas nem a risada foi capaz de conter a raiva.

então tudo começou de novo, os tapas e socos para Tobirama enquanto ele tentava agarrar os braços nervosos de Izuna, que mesmo menor que ele, sabia se defender muito bem e naquelas horas, era desvantagem. Tobirama nunca levantaria a mão para ele.

com mais um baque, voltaram a posição de antes, ainda mais grudados e as ereções buscando toque, enquanto a mão do Senju se fechava no pescoço branquinho. segurava os pulsos nervosos com apenas uma mão acima da cabeça de Izuna, que estava quase gritando de ódio.

— eu odeio você. — rosnou entre dentes. Tobirama riu, porque o pau dele dizia ao contrário naquele momento.

— aham — roçou a própria boca nos lábios cheinhos, passando a língua entre eles apenas para provocar e fazer Izuna suspirar. — e o que mais?

— eu odeio tanto você... 

a voz saiu manhosa, arrastada, de um jeito que fez Tobirama se arrepiar de tesão. se projetou para frente fazendo o próprio pau se arrastar sobre o de Izuna, enquanto se beijavam devagarinho com o aperto delicado no pescoço dele que não condizia a briga anterior.

o Uchiha virou de costas quando finalmente foi solto para ver o albino arrancando a camisa regata. as mãos grandes passaram pelos quadris bonitos, descendo a calça moletom e a cueca com calma, beijando o pescoço leitoso no processo.

Tobirama juntou os cabelos longos com ambas mãos, o pau necessitado deslizando entre a bunda farta e já estava preparada para si desde o momento que haviam transando no carro mais cedo. Izuna gemia fraquinho, as mãos contra o armário, rebolando os quadris com aquela facilidade e tentando olhar para trás enquanto fazia isso.

então os olhares se encontravam, totalmente apaixonados e não mais com raiva.

puxou o cabelo que juntou em sua mão e colou a boca do ouvido de Izuna, sentindo o pau sendo sugado enquanto entrava, gemendo apenas para ele escutar.

— só eu pego você desse jeito, Uchiha. — a boca pequena se abriu esperando que um gemido longo escapasse, mas a surpresa daquilo estar gostoso demais fez com que nenhum fio de voz saísse. — só eu fodo seu cuzinho gostoso do jeito que você gosta.

o gemido saiu dessa vez, longo, alto e inebriado, com Izuna empinando o quando podia e se debruçando sobre o armário até sentir o peito tocando o material frio.

queria dizer que o odiava, que o odiava tanto a ponto de fazer seu corpo tremer de ódio, mas agora estava tremendo porque Tobirama metia tão bem que mal conseguia pensar direito, só rebolava para sentir mais fundo enquanto as mãos grandes agarrava sua cintura com força, até Izuna sentir seu cabelo bater na parte nua dos quadris.

o barulho que faziam era molhando o suficiente para escutarem do lado de fora, mas não importava, porque não seriam perturbados.

a mão subiu pelas costas lisas agarrando os cabelos pretinhos de novo, a outra fez questão de deixar um tapa fraquinho na pele branquinha, mas o moreno choramingou pedindo mais forte.

E Tobirama bateu, ardido e com a mão aberta, sentindo a entrada contrair com força espremendo seu pau. Izuna tremia segurando o orgasmo, mordendo o lábio inferior com força e revirando os olhos. os olhos do Senju conseguia ver tudo, desde as expressões deliciosas até as covinhas sexy que ele tinha no cóccix.

um gemido desesperado escapou dos lábios rosados quando sentiu Tobirama meter com tudo para ondular os quadris em uma estocada longa que massageava a próstata por inteiro.

ele fodia tão bem que era impossível não se apaixonar.

levantou um dos joelhos de Izuna, deixando-o ainda mais exposto, a bunda ia de encontro a seu pau, o que fazia o barulho das peles se chocando ser mais alto do que quando Tobirama metia. 

a mão deslizou pela coxa macia, apertando a carne com amor, subindo pela cintura magra até parar o pescoço bonito que tanto gostava. a boca deslizou sobre a do Uchiha, em um beijo desajeitado e a mão se fechou no pescoço.

metendo daquele jeito enlouquecedor enquanto via Izuna perder o ar.

tremeu com o pau surrando sua próstata, revirou os olhos quando perdeu o ar e não parou de rebolar para Tobirama até gozar e sentir o prazer dele lhe preenchendo, quente e espesso.

as unhas curtas raspavam no armário, gemendo manhoso com os beijos e com a sensibilidade que o pós orgasmo oferecia, com Tobirama ainda entrando e saindo, fazendo uma bagunça por dentro.

mas Izuna não ligava, porque era gostoso. 

tiveram que parar antes de ficar duro de novo e fazer mais uma vez ali.

o Uchiha se encostou no armário, passando os braços em torno do pescoço do Senju branquelo enquanto se beijavam como se uma briga nunca tivesse rolado ali, apenas com a sensação de uma boa foda tomando a cabeça.

— está mais calmo? — Tobirama perguntou, a voz ainda mais rouca pelo prazer. Izuna se lembraria de se comportar melhor da próxima vez, porque não gostaria de ver seu homem se engraçando com outro ou outra.

— me desculpa... — suspirou o cheiro bom dele, com o corpo amolecido. — eu não fiquei com ele, só queria te irritar.

Tobirama riu. havia dado certo pelo menos.

— eu sei.