1. Spirit Fanfics >
  2. Off >
  3. Capítulo Único

História Off - Capítulo Único


Escrita por: CafeComToddy

Notas do Autor


*Avisinho pra ninguém ficar perdido*
Essa fic se passa logo no começo da missão Robot Wars (A que começa naquela cutscene que o wrench fica putasso por quererem sacrificar o junior)
Só que ao invés de decidirem usar o Wrench Jr. [insira música triste aqui] como aprendiz terrorista, Marcus infiltra a Tidis sozinho
Ele ainda não voltou.
*Fim do avisinho*

HEY, SEUS POLVOSOS
Primeiramente,
eu e a Stella [aka aquelaminatroux] tamo panfletando a fic uma da outra
Então assim que terminar de ler não ignora as notas finais porque lá vai tar um link muito lindo
Segundamente,
Eu dei meu máximo pra fazer parecer um histórico das gravações do Junior
Juro pra você que dei
Mas meu conhecimento nisso se resume em apertar a tecla do windows e r, digitar cmd e ver os programas padrões no prompt de comando,
Então você já sabe o que esperar, né
Terceiramente,
Desejo que você tenha uma boa leitura mesmo assim!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Off - Capítulo Único


XX/XX/XXXX
03:00 AM
ESTADO DE FUNCIONAMENTO ATUAL: INATIVO
---

Wrench não se lembrava de nenhuma moça do tempo dizer que haveria uma tempestade, mas fazia horas que o clima estava terrível em sua garagem.

Não via nenhuma nuvem escura ou barulhos de trovões, mas o ar estava pesado o suficiente para indicar a chuva que ocorreu em sua face alguns minutos antes. O rastro de destruição que o furacão Wrench havia feito no começo da madrugada continuava ali, milhares de peças tiveram seus familiares atirados nas paredes, agredidos por um martelo e até mesmo brutalmente deformados por mãos cheias de raiva.

O temido furacão agora estava escorado em seu filho robótico, de alguma forma a frieza da superfície do metal conseguia penetrar suas vestes de couro. Fingia checar o equipamento em seu colo como um aluno na aula mais odiada checa as horas no relógio, mas ele sabia que em um caso daqueles era melhor continuar desinformado.

“É, filho...” A voz robótica encheu o ambiente que antes estava mergulhado em silêncio. Os sussurros eram praticamente impossíveis de serem decifrados, mas a única pessoa que importava não ouviria seus devaneios de qualquer jeito, então nada mais importava para o mascarado. “Acho que o seu futuro pai não vai voltar hoje.”

{#]§[;}


XX/XX/XXXX
03:15 AM
ESTADO DE FUNCIONAMENTO ATUAL: INATIVO
---

Wrench tentava se concentrar em destruir a pilha de torradeiras para conseguir materiais para as famílias de metal arrasadas pelo furacão, mas ele não parecia ter a capacidade de fazer absolutamente nada, mesmo que esse nada também englobasse sua especialidade.

Com uma canetinha verde escura do Clube Das Winx – a preta havia sumido, com aproximadamente 90% de chance de ser culpa de Sitara e 10% de chance de ser culpa da mulher mais próxima que fazia parte do Dedsec –, desenhou um coração no metal a sua frente. Um coração deveria facilitar todas as coisas, estava mais do que acostumado a quebrar o seu. Com o seu melhor amigo, com a atendente da loja de donuts, com aquela pessoa gata ‘pra porra que tinha visto no ônibus na quarta anterior...

Era em momentos de pensamentos depressivos como esse que Marcus iria ligar para o mascarado, contando todos os detalhes de sua última missão – que sempre eram um sucesso –, falando de coisas aleatórias que se pensa quando não se tem ninguém a dever satisfação ás três horas da madrugada ou simplesmente para reclamar que não conseguia dormir, mesmo que tivesse uma boa dose de sono em sua maravilhosa voz.

Demorou a perceber que encarava a tela de seu celular, esperando que qualquer coisa aparecesse em sua tela, apenas um único número e um símbolo para receber a ligação. Caralho, Wrench realmente era a mãe dona de casa – melhor dizendo, dona de garagem – que cuidava do bebê robô enquanto esperava um único sinal de vida do marido que fora infiltrar uma empresa e não voltou para o jantar. Apenas mais uma noite comum em uma família tradicional brasileira.

“A gente vai ter que comer sem seu pai mesmo, filho.” Disse a mãe, pegando uma pizza que havia pedido horas antes – estava fria, mas o mascarado não dava a mínima. “Fui eu que fiz o pedido, já posso casar com certo negão.”

A risada anasalada soou estranha assim como suas frases sussurradas, mas mãe e filho não poderiam se foder menos.

{#]§[;}


XX/XX/XXXX
03:25 AM
ESTADO DE FUNCIONAMENTO ATUAL: INATIVO
---

Ele encarava a tela de seu robô. Assim como sua máscara, tirada e deixada ao lado, os olhos eram em formato de X. Era uma cópia perfeita da mãe, com os todos seus espinhos e sua pintura. Mas, agora que via, não havia puxado nadinha de seu pai. Se Wrench fosse embora, todos teriam como se lembrar, apenas olhariam para Júnior e lá estava sua mais fiel reprodução. Mas caso fosse Marcus – coisa que claramente não iria acontecer –, Wrench não teria algo para centralizar seu luto, e sentiria em tudo que visse.

Tantas vezes os dois estiveram sozinhos, nos lugares mais anormais para uma confissão, mas também nos lugares mais comuns para isso... A vida não economizara nas oportunidades. Mas Wrench nunca conseguiu proferir sequer uma palavra séria sobre isso, não por medo de estragar a amizade, mas por insegurança. Marcus aceitaria ser namorado de um cara bizarro viciado em tecnologia que não tirava a máscara por nada? Provavelmente não, Marcus merecia e conseguiria algo melhor.

“Não se preocupa com essas porras que eu penso, filho. Eu acho que não passa.” Wrench abraçou Júnior como se aquele abraço fosse o último de sua vida. Mesmo com os espinhos dos dois, robô e mascarado ficaram ali por uns 10 ou 15 minutos. “Mamãe sempre vai ‘tar aqui para você, viúva ou não.”

{#]§[;}


XX/XX/XXXX
03:50 AM
ESTADO DE FUNCIONAMENTO ATUAL: INATIVO
---

O furacão Wrench havia retornado com força total. Ninguém na garagem havia se preparado para um segundo round.

As torradeiras desenhadas foram todas jogadas para todos os cantos do lugar, das com corações e florzinhas ás com pintos e rabiscos aleatórios e indecifráveis. Se alguém estivesse naquela garagem, provavelmente ia levar uma torradeirada na cara.

A maioria dos bancos tiveram alguns de seus pés entortados em ângulos estranhos, uma grande parte fruto de golpes desferidos pelo mascarado e outra parte de choques com o chão.

As peças soltas voaram como fogos de artifício quando o furacão acertou a mesa em que estavam. Uma mãe normal falaria “ai se pega no olho”, mas Wrench não era uma mãe normal. Nem mesmo mãe ou pai era, a única coisa que poderia ser chamado era de “esquisito que trata um robô que roubou e pichou como filho”. Sua única companhia no momento era só um monte de metal que, por algum acaso, funcionava para andar de lá pra cá. Seria algo depressivo se o mascarado não estivesse acostumado com isso.

Wrench parou em frente ao seu robô, tela encarando tela. O martelo pesava em suas mãos trêmulas, a respiração quente e ofegante batia e voltava na máscara. Suor escorria de sua face, molhando o cabelo loiro acinzentado que tinha sido liberto do capuz. Risadas nervosas acompanhavam grunhidos de autodepreciação.

“Sinto muito, Júnior. Mas você não é e nunca poderá ser meu filho.”

{#]§[;}


XX/XX/XXXX
04:00 AM
ESTADO DE FUNCIONAMENTO ATUAL: DESLIGADO
RECUPERAÇÃO DE ARQUIVOS=TRUE
UM (1) ARQUIVO ENCONTRADO
REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA INCIARÁ EM 5 SEGUNDOS...
REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA INCIARÁ EM 4 SEGUNDOS...
REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA INCIARÁ EM 3 SEGUNDOS...
REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA INCIARÁ EM 2 SEGUNDOS...
REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA INCIARÁ EM 1 SEGUNDO...
REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA INICIADA
XX/XX/XXXX
06:45 PM
ESTADO DE FUNCIONAMENTO ATUAL: ATIVO
---

“Ei, ei, filho!” Nem mesmo sua máscara conseguia disfarçar o tom feliz na voz de Wrench. O hacker se agachou em frente ao seu robô. ”Você não vai acreditar, mas... Seu futuro pai acabou de te salvar das garras do vovô Ray! Você acredita que ele queria te fazer de robô-bomba? Filho meu não vira terrorista não, o teu vô pode tirar o poneizinho dele da chuva!”

Wrench abraçou Júnior, e lá ficou por um bom tempo, mesmo que estivesse sendo espetado.

“O Marky Mark é incrível, né? Eu tenho certeza que não tem uma missão que ele não consegue fazer! Eu, você e ele vamos ser a família mais foda que já pisou nessa porra de mundo!”


Notas Finais


Agora que você chorou pelos olhos, porque não chorar pelas pernas?
Passa lá na fic da stella assim que comentar aqui em baixo
Tem putaria e viadagem, os ingredientes perfeitos
---
Blackout, por aquelaminatroux
https://spiritfanfics.com/historia/blackout-9411571


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...