História "Oh Encre..." - Memórias perdidas.

Narradora POV's on

Muitos costumam dizer que o amor é a coisa mais forte do mundo... Mas se realmente fosse por que não trouxe meu Encre de volta?

Era assim que Fallacy pensava, todas as noites desde aquela em que ele e Jasper quebraram a maldição a alguns anos atrás. De uns anos pra cá Jasper tem tido pesadelos.

*No quarto de Jasper*

Jasper: !!! Aaahhh!!!

Jasper senta na cama com o rosto pingando de suor, sua respiração esta pesada e seu coração acelerado, seus olhos estão arregalados, revelando o terror em seu peito.

Jasper: Suave... S-SUAVE!!!

Jasper chorava enquanto chamava o fiel mordomo que não tarda em chegar no quarto.

Suave: ! Mi lord!

O empregado corre até o menor e o abraça fortemente, o menor o abraça e chora com toda a força, como se tivesse sido machucado.

Jasper: WAAAAAAHHHHHHH!!!

*Voltando a narrativa*

Muitos pesadelos, e são sempre os mesmos... Um ser de áurea dourada aparece lhe abraçando, cantando para ele uma curta canção de ninar, da qual tem o nome "Sunshine".

*Sonho on*

Encre: You make me happy... If i cry...

Jasper abraça o maior com carinho, ele não quer deixar os braços do papai.

Encre: Please don- Coff coff! Coff coff!

Jasper: ! Papai?

Jasper olha para o maior que cobria a boca para tapar a tosse, o que era inútil.

Encre: Coff coff! Coff coff!

Jasper: ! P-Papai?!

Encre para de tossir, suas mãos tremem, de seus olhos caem lágrimas vermelhas, das quais só caiam quando seu rosto era tomado pelas flores, algo que já não era mais presente.

Jasper: P-Papai, você está bem? O que aconteceu?

Encre abaixa as mãos lentamente, as afastando lentamente de sua boca, a mesma estava cheia de um liguido vermelho vinho, em suas mãos tinha pétalas de flores douradas ensopadas de sangue, Jasper sente enjoo, nojo da cena, um arrepio toma a sua espinha, lhe fazendo tremer, um tipo de medo toma o seu corpo.

Jasper: E-Elas voltaram... M-Mas e-eu quebrei a maldição! Sniff. Eu não entendo! P-Por que?! Sniff... POR QUE?!

Disse o menor se ajoelhando na grama abaixo da árvore, seus dedos contrai arrancando algumas gramíneas da terra, enquanto chora decepcionado.

Encre: J-Jasper... Filhote.

O de vestido dourado manchado de vermelho levanta o rosto de Jasper, lhe sujando o rosto de sangue. O menor encara Encre com os olhos marejados e feição deprimida.

Encre: Tudo que e-eu mais quero é voltar pra você... M-Mas para que eu volte, todos devem me esquecer... Coff coff!

Encre vira a cabeça para o lado para não sujar Jasper.

Jasper: ! Que?! E-Eu não-

Encre: J-Jasper por favor... Eu não posso ficar aqui, e-enquanto alguém lembrar de mim, eu não poderei v-voltar... Coff coff!... V-Você e seu pai quebraram a maldição, mas não quebraram a lei da vida meu amor... Tudo que nasce morre.

Jasper: M-Mas meu pai não morreu! Vampiros não morre-

Encre: Até que sejam mortos...

O menor se calou se agarrando a cintura do maior.

Jasper: Eu não entendo! Eu não entendo, não entendo, não entendo!!

Repeitia o menor chorando no colo de Encre.

Encre: ... Jasper, se você me quer de volta terá que me esquecer... Quando me esquecer a dor da saudade não vai mais nos machucar... E aí eu poderei voltar pra vocês...

Jasper: ! " Nos machucar"?! Eu tô fazendo isso com você?!

Encre: N-Não é sua culp-

Jasper: Eu não acredito, e-eu não queria! M-Me desculpa! Me desculpa! Sniff! Mas eu só quero você de volta!

Encre olha para o menor com lágrimas nos olhos.

Encre: Mas você tem que me esquece-

Jasper: NÃO! E-Eu não posso! Eu não posso te esquecer papai! E-Eu quero lhe abraçar, hic, quero gritar seu nome, hic, quando te ver novamente! Hic! É pedir demais?!

Disse o menor entre soluços.

Encre: É o único jeito... Me desculpa meu amor! Sniff, me desculpa!

Encre se levanta e corre, Jasper levanta e tenta ir atrás dele, porém a grama literalmente engole Encre, Jasper berra:

Jasper: !!! Papaiiii!

Todo o jardim treme e se contorce, logo o cenário muda, e ele esta em um jardim morto, a cachoeira presente no jardim jorra água vermelha transparente, tudo está morto e murcho, um piano está cheio de cupim e bolor, a madeira aos poucos é corroída pelos fungos, assim como a árvore em cima dele.

Jasper: !.... O-Onde eu est- aaaah!

Berrou Jasper ao sentir seu pé sendo puxado por um ser de áurea vermelha , Jasper pisa na mão que lhe segura e se afasta.

A áurea vermelha sai do chão, a áurea vira uma mulher de peitos grandes, vestido real branco com dourado molhado cheio de mofo na saia, a cabeça da mulher está semi aberta, e sua barriga está grande, enorme por sinal, parece uma mulher grávida de gêmeos.

Jasper se afasta, enquanto o espectro alisa a sua barriga, olhando para a mesma, deixando os seus belos cabelos cinzas ondulados lhe cobrirem o rosto.

Jasper: ! A-Ah!

O espectro para, e levanta levemente a sua cabeça, mostrando apenas um de seus olhos, que brilham em dourado.

????: Jasper...

Jasper: !!! Essa v-voz- ah!

Berrou Jasper ao perceber que o brilho dourado invade seu rosto, o menor tenta fugir ,porém ele cai e a áurea adentra seu corpo. Lhe fazendo ter uma visão embaçada de uma mulher lhe pegando no colo e lhe alisando o rosto.

???: Shh... Passou, passou, eu tô aqui com você Jasper...

A mulher lhe abraça, porém ele sente ela gelada. A visão termina e logo ele vê Encre e ela dando as mãos de costas para um penhasco cheio de flores douradas murchas e sujas de sangue, ambos se olham e sorriem para Jasper e o menor sente uma dor no peito forte e acorda.

*Sonho off*

Todos os dias, o mesmo sonho, o mesmo aviso, a mesma visão. Jasper então fez um diário, escrevendo tudo o que ele sabia sobre Encre, e toda vez que ele olhava para o quadro da biblioteca e não reconhecia o menor ao lado do pai, ele corria para o diário para lê-lo, tinha que lembrar... Não pode esquecer... Não deve.

*Atualmente*

Fallacy toma um pequeno gole de chá, colocando então, a xícara na pequena mesinha perto da lareira.

Fallacy: ... Novamente agradeço a vocês pelo chá e pelo convite.

Comyet: Nos que agradecemos!

Disse a grávida alisando a barriga gentilmente.

Emilleu sorri para o vampiro ( Mas se fala Emille, com sotaque francês:3).

Fallacy: Mas eu a derrubei na feira e vocês me convidaram... Sou um estranho, eu que devo agradecer.

A grávida riu.

Comyet: Bobinho, estávamos doidos para conhecê-lo rei Fallacy.

Fallacy se surpreendeu ao perceber que a mulher sabia que ele era rei, mas quem não saberia?

Emille: Certamente, tinha uma pessoa que não parava de falar de você lá...

Fallacy: ! Como-

Comyet: ! Oh! Olha a hora, é melhor você ir, é caça aos vampiros hoje a noite, não queremos que se atrase a voltar para casa.

Fallacy tenta ingnorar os pensamentos e se levanta.

Fallacy: De fato, e lhes agradeço novamente senhores... Espero que a criança de vocês nasça bem e saudável.

Emille: Igualmente.

Fallacy e Emille apertam as mãos e Comyet abraça o maior, que se cobre com a capa e sai da casa, quando ele já estava um tanto distante ele olha para trás, pois Comyet tinha lhe chamado.

Comyet: Fallacy!... Não fique aflito! Ele também sente sua falta! Não vai demorar muito para que volte tudo ao normal!

Fallacy: ! E-Ele? Ele quem-

Eterna: ! Vampiro!

Fallacy ao ver Eterna e seu exército vira morcego e volta para o palácio o mais rápido que pode, e por sorte ele chegou em segurança, podendo ouvir os choros e gemidos do seu filho que tivera mais um pesadelo com Enc... Com quem mesmo?