1. Spirit Fanfics >
  2. Okan Dhe >
  3. Invasão.

História Okan Dhe - Invasão.


Escrita por: Sekai_Mato

Notas do Autor


Boa noite pessoal! *O*

Trago aqui uma Vkook com muito amor... Não pera, aqui vai ser hard! Huheueuehehue
Eu tinha resolvido participar de um desafio do couple de halloween, porém, como estou sem meu note digito pelo celular vs pc de casa dividindo com o pessoal, acabei não tendo tempo e perdi o prazo ~chora
Mas, resolvi não desistir. Sou muito fã do gênero terror e como ja tinha escrito uma boa parte da história, não iria largá-la não é? Então como não estou mais participando, envés de ser uma Oneshot, terá alguns capítulos a mais!
Espero que gostem e que cause alguns arrepios ai... Amo a proposta, mas sei que não sou tão divosa ao ponto de fazer alguém subir pelas paredes muaahhaahha
Alertando desde ja, porque sei que muita gente pula os avisos.... Não será uma fic fofinha!

Boa leitura <3

Capítulo 1 - Invasão.


Fanfic / Fanfiction Okan Dhe - Invasão.

 

 

 

O ruivo encarava em choque a cena tenebrosa a sua frente, perguntando-se do porquê de ter invadido a casa daquele homem que fazia sua cabeça virar do avesso, diante a tantas atrocidades que assistia de camarote, como um filme de terror. 

Estava sentado no meio da cama de dossel com os pulsos presos por uma corrente de metal que o ligava até a cabeceira, igualmente em seus tornozelos de modo que pudesse engatinhar ate os limites que o colchão o cabia. Em seus cabelos tão vermelhos, uma tiara de couro, assim como o colar em seu pescoço que combinavam perfeitamente com aquela fantasia de colegial sadomasoquista, que seus amigos tanto insistiram que vestisse por perder uma aposta ridícula em um jogo de dados. Sua punição era usar aquela fantasia na noite de halloween e assim como eles, invadir a casa do famoso politico misterioso, destruindo e pichando da forma mais espalhafatosa que conseguissem... Porém, o jogo havia mudado, acabou descobrindo que aquele homem na verdade era o pior monstro que havia na data comemorativa.  

Okan Dhe. A lenda do demônio das marionetes.  

Não tinha como sua situação ser pior e tão degradante. O quarto em que se encontrava parecia infantil demais se o show de horrores no canto esquerdo da janela fosse isolado.  

Várias pelúcias de todos os tipos de bichos, de variados tamanhos estavam espalhados pelo aposento, assim como o criado-mudo e o guarda-roupa gigante em formato de coração pareciam querer engoli-lo, de tão arrepiante que era. 

O homem havia aberto as cortinas e com isso a lua tão brilhosa iluminava o céu vermelho, tão quanto o sangue que pingava da mesa na frente dele, na qual uma jovem estava amarrada e chacoalhava suas pernas em desespero. Seus gritos estavam abafados demais e isso acontecia por conta dos lábios volumosos costurados com uma linha tão grossa, que escorria o liquido carmesim de tão maltratados... Se fosse rebobinar a cena, choraria de medo ao lembrar-se do tamanho da agulha que furava, dava voltas e entrava em sua carne enquanto gritava por ajuda. 

Os olhos azuis dela não saiam de foco em seu corpo, como se Taehyung pudesse simplesmente se levantar e ir ajudá-la, mas de nada poderia fazer! Nem ao menos soltar alguma palavra, já que sua boca encontrava-se dormente por conta da mordaça que a mantinha fechada por completo.  

O moreno que sorria animado causando todo àquele mal segurava um fio de nylon e tentava prendê-lo na ponta de um objeto tão fino, que lembrava aqueles anzóis de pesca. Ele cantarolava sem parar uma musica doentia sobre uma nova casa, até parar e postar-se nos pés da mesa, onde se encontrava a cabeça e os braços esticados da moça. Ela usava um traje de fantasia também, havia sido capturada no halloween passado e suas vestimentas lembravam uma fada do campo. As asinhas amassadas e jogadas no chão. 

Um beijo foi depositado na testa da moça e uma caricia em seus ombros a deixou mais nervosa. As lágrimas escorrendo por suas bochechas novamente, assim como os dedos de suas mãos fechando-se em punho, forçando-se a querer sair dali, mas isso apenas a machucava ainda mais.  

O demônio voltou a pegar o fio e achando graça do momento, o balançou acima de seu rosto, como se a testasse, dizendo que iria continuar com aquilo até o fim, e assim procede, enterrando a ponta cortante em sua pele, começando desde seus ombros, girando, fincando, girando e fincando, como se costurasse um corte que não existia, até parar nas costas de sua mão, fazendo questão de dar um dó bem forte. O ato repetia-se em seu outro braço, até chegar no mesmo destino que o outro, e, assim que fez ambas partes iguais, grudou os dois fios na madeira em forma de cruz que tinha na parede firmada por um gancho. 

Taehyung tapou seus ouvidos, aquilo estava sendo doloroso demais, não conseguia nem respirar direito. Aquele ser tinha sua própria sala de tortura na qual transformava as pessoas em marionetes e, toda vez que ocorria o fato de um humano invadir a casa e parasse naquele seu quarto, o demônio fazia questão de prepará-lo ali, a sua frente mostrando o que acontecia caso tentasse alguma gracinha. 

Mais um grito foi dado e sem cerimonias afundou o rosto no colchão, cobrindo com o lençol grosso não querendo ver o que mais acontecia, aquilo era ridículo, desumano, um prazer impuro que aqueles monstros faziam e que agora, acreditava com todas as forças que era real. 

Que em todas as noites do halloween criaturas maléficas invadiam o mundo dos homens, espalhando seu terror e que pouca porcentagem permanecia nele. 

Estranhou quando o quarto ficou em silêncio e antes que raciocinasse, um toque gelado foi depositado em suas costas descobertas pela roupa, subindo até sua nuca e agarrando seus cabelos; Puxando-os e fazendo o Kim voltar a sua posição original, sentado sem pestanejar.  

Um beijo em sua bochecha e o roçar da boca do pecado deslizando por seu queixo, pescoço e por fim sua orelha, mordendo a pontinha da mesma. Não queria, mas aquele toque mexia consigo. Ele controlava tudo o que havia ali dentro desde os objetos até os corpos que fazia de brinquedo.  

-Abra os olhos, baby. – Sussurrou com a voz fina e infantil e Taehyung não teve escolha, quase desmaiando ao ver que a madeira em cruz estava presa ao teto e a moça em um estado letárgico com os braços, pernas e costas seguradas pelo fio, sem tocar no chão. Aquilo deveria ter levado ela ao limite da dor por não conseguir mais nem emitir algum som ou fazer esforço para se mover. – Minha mais nova boneca. Irei levá-la ao teatro e quero você quietinho, sem fazer nada que possa se arrepender depois. Escutou? – Tão firme que o ruivo só conseguiu assentir, recebendo um tapinha em sua cabeça antes do corpo quase sem vida ser jogado ao chão e arrastado por ele. 

Você é um monstro, Jeon... – Pensou. 

 
 

-\_Okan Dhe_/- 

 
 

O grupo de jovens fantasiados corria as espreitas no final daquela rua tão curvada. O objetivo de todos ali era óbvio: Pregar a melhor peça de halloween devido à comemoração desta data, tão esperada por muitos.  

Geralmente as crianças e adolescentes vestiam suas roupas mais tenebrosas, brincando uns com os outros pela cidade em busca de doces ou travessuras, porém, para eles aquilo ia muito além do que uma simples diversão pregada. A atenção de todos estava piscando diante de seus olhos ao verem a ultima casa em meio a tantas pela calçada. Esta era a menor delas, o que atiçava ainda mais a curiosidade alheia. Afinal, porque um politico tão podre de rico viveria em uma residência tão humilde? E ainda mais, expondo-se pouco as câmeras de televisão, saindo apenas para decretar e ditar suas futuras experiências naquele local? 

Jeon Jungkook era uma incógnita para muitos. Parecia jovem, quieto e misterioso demais. Tudo em excesso. Ninguém sabia muita informação a não ser que este com seus vinte e oito anos mudou-se do estado vizinho, com uma lábia impressionante de ser admirada. Conquistou a população rapidamente e em pouco tempo foi eleito para que comandasse e exercesse suas funções de seu cargo.  

-Acha que vão nos descobrir? – O garoto que vestia uma fantasia de presidiário em fuga, com a blusa e calça listrada perguntou se aproximando do que parecia ser um vampiro, com seus dentes falsos caindo o tempo inteiro da boca. Aquele detalhe era meio ridículo comparado a sua maquiagem, então cansado de colocar a dentadura, jogou no chão respirando fundo ao finalmente chegarem em frente a casa. 

-Estamos todos com luvas, Hoseok. Vamos destruir alguns móveis, xeretar a vida do cara e cair fora. Quem sabe também pegar alguma grana. 

-Mas Namjoon, Yoongi esta sem elas... – Voltou a insistir olhando de esgueira o citado, que parecia dormir em pé com sua roupa de Chucky, o boneco assassino.  

-Ele só vai olhar, nem se mover. – Deu de ombros. – Jin, a mochila tem tudo o que precisamos? – Virou seu corpo para o lado e moreno que ajeitava seu chapéu de pirata sorriu concordando. – Então vamos entrar!  

 

 

-Você é quem mesmo? 

-Charlie Chaplin, Yoongi! – Dizia Jimin inflando suas bochechas enquanto observava o líder deles tentando abrir a porta, com dois grampos na fechadura. 

-Não conheço.  

-Ele foi um grande humorista.  

-Aish, podia se fantasiar com algum personagem melhor... – O ruivo murmurou coçando os olhos irritado. Já se fazia mais de vinte minutos que estavam ali parados e ele queria apenas um lugar macio pra se jogar e descansar... E não ficar em pé, no frio, encarando seus amigos com aquela ideia que em sua opinião era entediante demais.  

-Consegui! – Namjoon comentou tão feliz que qualquer um de fora diria que ele ganhou na loteria. – Vamos entrar? 

-Sim! – O restante concordou. 

 
 

 
 

-Porque um corredor enorme logo de cara, com uma única porta? – Yoongi reclamou rabugento como sempre, causando uma risada marota de Park que o puxou pelo braço, os cinco andando em linha reta. De certa forma ele tinha razão. Eles invadiram a residência e ao invés de se depararem com uma sala, um corredor vazio foi o caminho que os dirigia até a única saída. 

-É estranho, mas essa casa é antiga, deve ser um modelo novo. – Namjoon explicou e, assim que abriu a porta de madeira, sorriu largo ao dar passagem para os amigos e estes fitarem fascinados com o cômodo em que se trancaram. Parecia uma sala de leitura. – Vamos colocar isso pra baixo! – E pegou um taco de basebol que estava preso em sua cintura, segurando firme e fazendo, literalmente a festa. 

Destruía vasos, quadros, a mesinha de vidro no centro... Enquanto Jin encarava os livros da estante e, não gostando de nenhum deles, os jogando no chão, rasgando suas folhas e gargalhando quando Hoseok, em suas descobertas xeretando os armários, encontrou um espanador e balançou as penas em sua cara. 

O Min encarou aquilo com extrema preguiça e jogou-se no sofá, cobrindo o rosto e tentou cochilar. Eles que o acordassem quando terminasse a bagunça. Não queria estar ali e só foi obrigado aos amigos porque eram insistentes demais. 

Já Jimin, parecia pensativo olhando para os lados, até desistir e sentar também no estofado com o ruivo. Pelo menos observar o cara que estava afim e não era correspondido parecia mais interessante.  

-Vejam pessoal, esse Jeon é louco! – Seokjin falou puxando o ultimo livro, mostrando que este falava sobre magia negra. – Quem tem esse tipo de coisa em casa? 

-Um lunático, hyung? – Park respondeu recebendo um joinha de Jung que foi até o pirata também xeretando as páginas que folheava.  

-Porque você não da uma volta e explora?  

-Certo! – E o fantasiado de comediante saiu, deixando os três jovens eufóricos continuando a destruir o local, enquanto o quarto dormiu de vez.  

 
 

Namjoon depois de cansar-se com o taco, encarou as cortinas vermelhas da janela cheia de bordados, achando aquilo completamente cafona. Resolveu que iria rasgá-las, dando seu toque pessoal, porém, quando se aproximou... Deu um pulo de susto ao olhar o vidro e perceber que tinha algo extremamente errado com eles. Ou melhor, na casa. 

-Meninos, venham ver isso! – Falou depois de alguns segundos e logo eles encaravam pasmos o que ocorria. Eles não estavam na casa do Jeon. Aquela sala parecia estar no terceiro andar de um castelo! As paredes externas em rochas, um campo assombroso de árvores sem folhas e um lado sendo devorado pela neblina sob a luz da lua deixava aquilo horripilante, causando certo receio neles. – Me diz que não usamos drogas e estamos chapados, antes de vir pra cá! 

-Deixa de falar besteira, Nam. I-Isso esta estranho, vamos lá pra fora! – Jin segurou sua mão abrindo a porta que levaria eles para o corredor tão simples, quando outro choque de realidade os fez paralisar no mesmo instante. Estava tudo diferente assim como a cidade do lado de fora que não existia mais. 

As paredes com faixas no estilo medieval, assim como vários quadros e mesinhas de vidro com flores negras eram as decorações daquele novo corredor. 

Neste, agora possuía várias portas, cada uma com a certeza que levaria para lugares nada agradáveis.  

-Talvez tenhamos nos- 

-Pessoal, eu acho melhor darmos o fora daqui. – Jung disse logo atrás deles. Cortando os amigos. A atmosfera era completamente estranha, parecia que o silencio tornou-se uma visita a eles, fazendo cada pelinho de seus corpos se arrepiarem.  

-Vamos chamar o Yoongi e- 

-Espera, primeiro precisamos encontrar o caminho para a entrada principal. Não é bom acordar ele e deixa-lo biruta! – Seokjin disse sério. – Fora que o Jimin também não esta aqui! 

-Yah, porque ele tinha que sair por ai? 

-Talvez porque isso era pra ser uma casa, gênio? 

-Vocês, parem de discutir. – Nam falou bravo, fazendo ambos calarem-se. – Será que aquele corredor... 

-Vai dizer que é magico? Nos poupe! 

-Tem alguma ideia melhor, Hoseok? Pois eu não tenho.  

-Apenas vamos abrir cada porta e procurar o Jiminnie... Ele deve estar com medo. – Falou e prontamente o trio começou a andar em linha reta, passando por cada porta e estranhando que as mesmas estivessem trancadas. – Pelo menos vamos saber que ai ele não se enfiou... 

-Sabe, confesso que nunca fui com a cara dele. De onde que vocês fizeram amizade? – Jin perguntou ao Jung que suspirou ao verem uma escada de prata, subindo mais um andar... Aquilo estava se tornando uma loucura. 

-Ele é um aluno novo da mesma escola que eu e o Gi. Nos esbarramos no corredor e acabei descobrindo pelo seu crachá que seriamos colegas de sala. Conversamos bastante e em um assunto e outro, Jimin disse que havia gostado do nosso Chucky. – Riu soprado. 

-E desde então você anda tentando juntar os dois...  

-Por ai...  

-Que maravilha. Pensei que lutaria mais pelo seu amor. – Alfinetou. Nem parecia que o pirata ali era mais velho que si. 

-Eu sei quando não se deve forçar a barra, e o que sinto pelo Yoongi não é tão forte assim. – Cruzou os braços e voltou a prestar atenção no loiro de vampiro que abriu uma das portas mais grossas ali com facilidade. Quando entraram no cômodo, este parecia ser um quarto infantil cheio de pelúcias, o que de certa forma era muito estranho, parecia que quanto mais entravam em cada canto daquele lugar, tudo mudava. Parecia uma dimensão diferente e, mesmo que apenas o Jung acreditasse nessas coisas, os outros estavam pensando realmente em não descartar essa hipótese. – Tem um garoto ali deitado.  

O trio andou com passos tão lentos e discretos, que o jovem largado nos lençóis de ceda mal acordou. Pelo contrário, mostrava-se tão inerte em seu pesadelo, mordendo os lábios e agarrando o tecido abaixo de si, que as gotinhas de suor escorriam de seu rosto. Parecia que seu corpo estava em chamas, de tão quente. 

Namjoon tocou a testa do garoto e constatou isso. E pelo que tudo indicava, ele sonhava que estava sendo perseguido por alguém, ou pior, estava com este. 

“Je-Jeon... Hm!” – Murmurava para logo soltar um gemido esganiçado. 

-Devemos acordá-lo?  

-E se ele for um louco? Olha, ele esta com os pulsos presos! – Hoseok falou a primeira coisa que veio em sua cabeça ao olhar as correntes que prendiam o garoto na cabeceira, mas não foi bem escutado por seus dois amigos, os xingando assim que eles chacoalharam o ruivo que dormia, assustando-o ao encará-los. 

-Quem são vocês? – Gritou engatinhando para trás ao se ajoelhar, fazendo os três ficarem mais ainda em pânico. – Como entraram aqui?! 

-Não vamos Machucá-lo! Só queremos sair desta casa... – Jin disse com as mãos para cima, mas o garoto não ficou muito contente com essa revelação. 

-Ele vai vir atrás de vocês... Não, não, não... Saiam daqui! – Elevava cada vez mais sua voz. 

-Ei, escuta. Se eu soltá-lo, mostraria a saída para nós? – Nam perguntou subindo no colchão. – Apenas nos mostre... 

-Não posso sair deste quarto, eu prometi... – Agora disse baixinho, erguendo seus olhos até o relógio que ficava em cima da porta, mostrando que faltava pouco para meia noite.  

-Prometeu pra quem?  

-Pelas roupas de vocês, assim como eu deveriam estar comemorando o halloween, estou certo? – Sorriu triste. Fazia sentido eles pararem ali. 

-Sim, resolvemos entrar aqui na casa para fazer uma travessura mas- 

-Esqueçam tudo isso. Não tem como sair após entrar no castelo do Senhor das marionetes... 

-Como?  

-Nunca ouviram a historia de Okan Dhe? – Questionou. 

Ainda havia tempo de contar, antes que o caos chegasse e estraçalhasse cada um daqueles humanos invasores. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...