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História Old Feelings - Capítulo 5 - Escolhas e Promessas


Escrita por: Vtmars

Notas do Autor


Olá, queridos leitores! No capítulo de hoje, temos uma Anna sombria, uma carta misteriosa e um Syver rebelde... Boa leitura, e nos vemos nas Notas Finais!

Capítulo 6 - Capítulo 5 - Escolhas e Promessas


Depois da conversa com o novo pretendente de Louise, eu e Hans – principalmente ele – ficamos inquietos. Hans queria descobrir tudo que fosse possível sobre ele, mas, misteriosamente, não havia nenhum registro de sua chegada em Arendelle. O nome “Richard de Smogdain” não constava como passageiro de nenhuma embarcação das que tinham vindo para o nosso reino. Hans estava ficando cada vez mais desconfiado, e por isso decidiu falar com Magnor, confiando em sua capacidade de descobrir se Smogdain existia de fato.

– É claro que eu posso descobrir, mas levará um tempo – disse Magnor.

– Quanto? – perguntou Hans.

– Eu não sei, se é um reino pequeno, pode levar meses até encontrar algum documento que comprove a existência. Será preciso fazer uma busca minuciosa, mas não se preocupe, pedirei a Patrick para me ajudar e escreverei a Wilheim. Juntos, nós vamos encontrar algo. Ou não – acrescentou.

– Magnor, nós não temos tanto tempo.

– Certo, eu prometo que até o dia 20 de dezembro deste ano, vocês terão uma resposta definitiva. Serve?

– Bem, é bastante tempo... Acredito na capacidade de vocês. Tem certeza de que consegue descobrir até esse dia?

– Absoluta.

Hans fez uma mesura com a cabeça em sinal de agradecimento, e seguiu na direção oposta.

– Vou para o escritório terminar a papelada de hoje – anunciou.

– Eu vou com você.

– Não, Elsa, vá conversar com Anna ou fazer qualquer outra coisa. – disse com certa rispidez. – Nos vemos depois. – Ele deu um sorriso forçado e continuou andando.

Entendi isso como um claro sinal de que ele queria ficar sozinho, e não insisti.  Considerei que conversar com Anna era mesmo uma boa ideia e fui procurá-la. Anna estava bordando na companhia de Lynae – que provavelmente estava cumprindo um castigo por ter fugido – numa sala de estar no primeiro andar.

– Bordando?

– Passando o tempo – respondeu ela.

Lynae resmungou baixinho e revirou os olhos, ao que Anna lhe respondeu com um “Fique quieta”.

– Mas não é justo! Enquanto eu estou presa aqui, Louise está cavalgando por aí com um príncipe lindo! – reclamou Lynae.

– Você não estaria de castigo se não tivesse fugido!

– Eu não fugi! Eu só... Saí sem o seu consentimento, mãe. Aliás, a Louise sabia que eu tinha saído!

– Mas ela não é sua mãe, é? Louise tem os próprios deveres para se preocupar, e garanto que já fez todos eles.

Olhei através da porta-janela da sala. Louise estava cavalgando com Richard.

– Pelo menos alguém está se divertindo.

– Essa diversão é muito perigosa. E você sabe disso, Elsa – acusou Anna.

– É claro que eu sei, Anna. – Sentei-me no sofá próximo a ela. – Mas o que eu posso fazer? Os jovens são assim. Sonhadores, apaixonados, imprudentes...

– Ah, Elsa, eu pensei que após tanto tempo você já tivesse aprendido a lidar com essas coisas...

Permaneci em silêncio por um tempo, então decidi falar com Anna o que tinha planejado antes de entrar na sala.

– O que eu quero saber é o que você pensa desse rapaz.

Anna parou de bordar e me fitou por alguns segundos.

– Nada de bom, é claro. Ele me lembra muito o Hans, sabe. Acho que também te lembra ele, Elsa.

Engoli em seco.

– Lembra, sim. E a Hans também. Por isso ele está tão incomodado com a situação, ele não quer que alguém faça para Louise o que ele fez para você.

A este ponto, Lynae estava espremida na cadeira, completamente ruborizada e parecendo muito concentrada no bordado. Esta era uma história constrangedora para todos nós, afinal.

– Olha, Elsa, eu não desejo de forma alguma que Louise passe pelo que eu passei, mas você sabe que eu não posso fazer nada. Mas você sim. Pode mandá-lo embora agora mesmo, antes que Louise se apaixone por ele.

– Anna, eu não posso fazer isso! É a escolha da Louise, ela acredita que ele possa ser o rapaz certo, então como eu poderia interferir? Como poderia separá-la da pessoa que gosta? Não, não posso fazer isso...

– Você que sabe, mas se quer minha opinião, é a seguinte: logo, você, eu e todo o mundo estaremos apaixonados por esse Richard. Ele não vai seduzir apenas Louise, mas todos nós. E então vai conseguir o que quer, seja lá o que for.

– Nem parece você falando isso... – murmurei.

– Eu aprendi com os erros do passado. Não quero correr o risco de perder minha família de novo.

– Credo, eu nunca vi vocês falarem do passado assim. É como se esse príncipe tivesse desenterrado tudo – arriscou dizer Lynae.

Não dissemos nada por alguns instantes, até que Anna perguntou:

– Tem notícias dele?

– Não, talvez Yran nos conte algo na carta que mandou.

– Carta? Que carta?

– Isaac e Joseph trouxeram uma carta consigo, disseram que devíamos ler juntos.

– Está com ela aí? – perguntou Anna com interesse.

– Sim.

Anna levantou-se com um salto.

– Vamos jantar?

– São apenas 18 horas... – respondi, olhando o relógio de pêndulo na parede.

– A gente espera um pouquinho. Venha, Lynae, seu trabalho terminou.

– Mas eu ainda estou na metade...

– Não importa, vamos. – Anna olhou para mim. – Vamos?

– Claro...

Ela sorriu e bateu palminhas, animada. Eu definitivamente gostava muito mais da Anna alegre e eufórica do que da Anna séria e irritada.

Enquanto esperávamos o jantar ser servido, eu peguei a carta que fora entregue pelos filhos de Yran e comecei a ler para todos os presentes – Anna, Kristoff, Syver, Daven, Lynae, Louise, Nikolas e Hans.

 

Queridos Elsa e Hans (e família),

  Primeiramente, eu gostaria de mandar meus parabéns ao Nikolas. Feliz aniversário, sobrinho, muita saúde e felicidade. Um dia você ainda será um grande homem e um príncipe responsável e maduro.

  Agora, eu gostaria de lhes dar notícias sobre as Ilhas do Sul. Está tudo normal por aqui, embora ultimamente eu tenha tido mais trabalho que o habitual – por isso não pude ir à festa – porque temos tido alguns problemas com os registros e documentos de muitos prédios públicos. Sei o que vocês estão se perguntando: “Você tem notícias dele?”. E a resposta é: Sim, eu tenho. Não se preocupem, eu mandei soldados à clínica semana passada e eles me afirmaram que ele continua lá. Não disse nada, como sempre, permaneceu sentado e calado. Os médicos acreditam que seu caso esteja se agravando e ele esteja se isolando, e eu não quero nem pensar no que se passa pela mente perturbada dele.

Bem, é só isso. Repito: Não há com o que se preocupar. Aguardo retorno.

Atenciosamente,

Yran

P.S.  Já estão todos convidados para passar o Natal nas Ilhas.

 

– E então? – perguntei.

– É, acho que são boas notícias. Magnor disse que esteve lá ano passado, pelo jeito, a situação não mudou muito – respondeu Hans.

– Você...

– Não, não pretendo visitá-lo.

Consenti com a cabeça, e então começamos a jantar.

_______________

À noite, eu lia um livro na cama. Hans entrou no meu quarto pela porta anexa que ligava nossos quartos e sentou-se na cama, suspirando.

– Se sente melhor agora? – perguntei.

– Com certeza. Hoje foi um dia desgastante, não vejo a hora de dormir e esquecer tudo – respondeu ele.

– Esquecer?

– Se não posso fazer nada para solucionar o problema, então prefiro esquecê-lo.

Fechei o livro e o coloquei no criado-mudo ao lado da cama. Voltei-me para Hans, mirando-o fundo nos olhos.

– Hans, você sabe que não podemos fazer nada, então vamos deixar acontecer, certo? Louise já é adulta, sabe o que faz. Um dia ela será a rainha, precisa fazer suas próprias escolhas.

– Eu sei disso, Elsa, mas... – Ele suspirou. – Não posso ter mais esse peso.

– Peso? Mas do que você está falando?

– Eu não posso suportar mais um peso na consciência. Se esse homem fizer algum mal à Louise, eu nunca irei me perdoar.

– Você não tem culpa de nada, e nem terá. O que quer que aconteça, não será nossa culpa. Não será culpa de ninguém.  Não podemos controlar o destino, sabia?

– Infelizmente... Bem, não importa. É melhor dormirmos, amanhã será um dia... Especial, não é?

– Argh, nem me fale. Eu não acredito que estamos reatando a parceria comercial com Lillesand. E o pior de tudo: Estamos oferecendo Syver em casamento como garantia.

– Ah, mas ele parece bem disposto a fazê-lo...

– E que escolha ele tem?

– É, bem, deixe que ele mesmo decida se quer fazer isso. Boa noite.

Hans me deu um beijo de boa noite, desligou o abajur e se acomodou na cama. Fiz o mesmo, mas ainda demorei a pegar no sono, pensando em tudo que estava acontecendo.

_______________

Já fazia quase duas semanas desde que Abigail chegara à Arendelle. Até então, ela tinha se mostrado arrogante, prepotente e extremamente exigente. O seu quarto, o seu chá, suas empregadas, vestes... Tudo deveria ser como ela queria. E até mesmo Syver deveria ser do seu gosto. Logo ficou muito claro que nem Syver, com toda a sua compreensão e paciência, seria capaz de aturá-la. E ele não aturou.

– Eu não vou me apaixonar por essa mulher! Simplesmente não posso! – gritava ele para os pais.

– Então não se apaixone! Mas que você vai casar com ela, vai! – respondeu Kristoff.

– Você não pode exigir isso de mim! Ela é insuportável! Eu não quero casar com ela, não pode me obrigar a isso!

– Eu sou seu pai, Syver, eu posso e vou! Sinto muito, mas você não me deixa escolhas. Pensei que fosse mais maduro. Você vai casar com a condessa Abigail, querendo ou não. Vai casar nem que seja à força.

Hans e eu estávamos trabalhando no escritório, mas descemos até o salão no instante em que ouvimos a gritaria.

– O que está acontecendo aqui? – perguntei.

– Estão me obrigando a casar com uma mulher que não amo, é isso que está acontecendo, tia! – respondeu Syver, furioso.

– Isso não está aberto a discussões. Você vai casar e pronto – disse Kristoff.

– Mãe, por favor! – implorou Syver.

– Eu lamento, filho, não acho que seja justo com você... Mas já está decidido, assinado... Não há como voltar atrás. Eu lamento, mesmo...

– Mas será que não podemos anular...? – começou Hans.

– Não! Syver já é homem, tem que cumprir com sua palavra – respondeu Kristoff, irritado.

Syver cerrou os dentes, segurou algumas lágrimas que ameaçavam cair e correu escada acima, passando por nós. Só então percebi que quase todos os moradores do castelo estavam assistindo à cena – inclusive Olaf, que surgira do nada.

– Eu vou falar com ele – disse Louise, e foi atrás do primo.

Logo, todos se dispersaram, e restaram apenas Hans e eu, que saímos para caminhar no jardim depois da situação estressante pela qual tínhamos acabado de passar.

– Escreva o que eu digo: isso ainda vai acabar muito mal – disse Hans.

– O quê? – perguntei, distraída.

– Syver não vai casar com Abigail, pode ter certeza. Se a parceria não for cancelada, ele não terá escolhas. Eu acho que nós estamos prestes a perdê-lo. Talvez para sempre...


Notas Finais


Pros mais lerdos: Era do Gardar que eles estavam falando... Sim, ele ainda está vivo. Perceberam como ninguém mencionou seu nome?
Agora, o que falar do Syver? Bem, eu acho que ele está no direito dele de reclamar. Até fiquei com raiva do Kristoff por obrigá-lo a casar com a chata da Abigail. Mas e aí? O que será que ele vai fazer a respeito? Bjs, comentem e até o próximo capítulo!


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