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História Old Feelings - Capítulo 7 - Pedido Oficial


Escrita por: Vtmars

Notas do Autor


Olá, leitores! Clima triste depois da partida de Syver, então nada como um pouco de... Hum, digamos "romance", para aliviar um pouco a tensão... Nos vemos nas Notas Finais!

Capítulo 8 - Capítulo 7 - Pedido Oficial


Já era hora do jantar, estávamos todos sentados à mesa, mas nem sinal de Syver ou Louise. Esperamos alguns minutos mais até que eu resolvi pedir à Gerda que fosse chamá-los, mas Nikolas interveio:

– Deixe que eu vá chamá-los, mãe.

– Vá, então. Seja rápido, por favor – respondi.

Eu estava certa de que Syver não queria sair do quarto, e provavelmente Louise estava com ele. Talvez Nikolas pudesse conversar com eles e convencê-los a participar do jantar. O tempo passou e Nikolas enfim retornou apenas com Louise, que abraçava o irmão e chorava copiosamente.

– Louise, o que aconteceu, filha?! – perguntou Hans, preocupado.

Ela não conseguiu responder, apenas continuou chorando. Nikolas deu uns tapinhas nas suas costas e disse, com pesar:

– Syver foi embora.

Ninguém disse nada por um minuto, até que Anna começou a chorar também.

– É tudo culpa minha – soluçou ela. – Por tentar obrigá-lo a se casar.

Levantei-me rapidamente e corri para me sentar ao lado de Anna.

– Não diga isso, Anna. A culpa não é só sua, todos nós pressionamos Syver para que se casasse com a Abigail. Foi um grande erro – confortei-a.

– E agora ele está sozinho por aí... Sabe-se lá o que pode acontecer com ele, se vou voltar a vê-lo... – disse ela, ainda chorando.

– O Syver vai voltar. E vamos recebê-lo como merece. Pediremos desculpas e deixaremos que ele seja livre para casar com quem quiser.

– E quanto a mim? – indagou Abigail. Tinha até esquecido que ela estava ali também. – Achei que tivéssemos um trato. Como fica agora que o noivo fugiu? Certamente teremos que arrumar outro noivo! E eu me recuso a me casar com o menino pálido!

Fitei Abigail intensamente por alguns segundos.

– Quem você pensa que é, garota? Meu sobrinho fugiu para ficar bem longe de você, e ainda acha que vamos oferecer outro no lugar dele? Esqueça! O trato está desfeito, pode pegar suas coisas e ir embora!

– Isso é um absurdo! – bufou ela. – Lillesand nunca perdoará tamanha humilhação!

– Pois pode pegar sua Lillesand e ir pro inferno! – disse Kristoff, rudemente.

Abigail fez mais alguns protestos ofendidos e saiu da sala imediatamente, de nariz em pé. Anna suspirou e baixou os olhos, deixando as lágrimas caírem.

– Vamos mandar os guardas procurarem Syver. Ele não pode ter ido muito longe... – disse Kristoff, em voz baixa.

– Não – bradou Louise. – Não vamos mandar ninguém. Syver fugiu para ter liberdade, não tirem isso dele de novo. Deixem-no ser feliz, pelo menos uma vez! – Ela se levantou abruptamente e saiu da sala no mesmo instante.

Ficamos todos em silêncio por alguns segundos.

– Eu... Eu vou atrás dela. Perdi a fome – disse Nikolas, antes de acompanhar Louise.

Não dissemos mais nada durante todo o jantar. Anna estava inconformada e abatida, mal tocou na comida, e depois se retirou cedo e foi dormir. Depois de terminarmos o jantar, Hans e eu fomos procurar Louise, e a encontramos sentada num sofá na Sala dos Quadros, juntamente de Nikolas, Daven e Lynae, admirando a pintura de Syver, que fora feita para o seu 18º aniversário.

– Você acha que ele vai voltar, Lou? – perguntou Lynae, triste.

Louise balançou a cabeça para os lados, pensativa.

– Não sei. Ele disse que nunca nos abandonaria, mas... – ela suspirou. – Ele tem a liberdade agora. Por que voltaria?

– Porque ele tem uma família que o ama e que deseja que ele volte mais do que tudo no mundo?

– Vou sentir muitas saudades dele... O Syver era um irmão incrível. Só queria ter percebido isso antes – lamentou Daven.

– Ei, ele não morreu, está bem? Ele só... Tirou umas férias. Mas ele vai voltar – disse Nikolas.

Louise olhou para o lado em que Hans e eu estávamos e enfim os quatro nos perceberam.

– O que foi? – perguntou ela, desanimada.

– Só viemos ver como você estava – eu disse.

– Mal – respondeu, tristemente. – Me sinto infeliz, vazia... Como se houvesse um buraco no meu coração.

– Isso é normal quando perdemos alguém que amamos, querida – disse Hans, docemente, se aproximando para afagar os cabelos de Louise. – Mas ao menos Syver está bem, e está feliz. Ele encontrou a liberdade que queria.

Louise secou algumas lágrimas nos olhos e disse:

– Eu sei. Mas eu sinto tantas saudades. Ninguém poderá substituir o Syver, pai...

– Louise, nós conhecemos o Syver. Ele não nos abandonaria assim. Ele vai voltar um dia. Pode não ser hoje, nem amanhã, mas ele vai voltar, e até lá você tem que ser forte. Tenho certeza de que Syver ia querer que você se mantivesse firme – afirmei. Louise deu um meio sorriso e todos nós nos juntamos num abraço coletivo.

– Eu... Já vou dormir... Só preciso ficar aqui mais pouco, sozinha.

Nikolas, Daven, Lynae, Hans e eu nos demos boa-noite e fomos para nossos respectivos quartos.

– Que dia! – exclamou Hans, esfregando as têmporas.

– É, foi bem exaustivo... – comentei, sentando na cama e tirando os sapatos.

– Algo me diz que isso não vai mudar tão cedo...

– O aniversário de Syver é daqui a dois dias – suspirei. – Nunca passou em branco. Vai ser muito triste não tê-lo conosco nesse dia. – Pensei por alguns segundos e depois exclamei, me lembrando de algo. – Hans! O que vamos dizer para todo mundo?! Como vamos contar que Syver fugiu?!

– Calma, Elsa. Isso Anna e Kristoff é que vão decidir, afinal, Syver ter fugido é culpa deles...

– Hans!

– E não é? Eu até sugeri que cancelássemos o acordo, mas eles estavam inteiramente convencidos de obrigá-lo a se casar.

– Não era a intenção deles pressioná-lo... Acho que depois de tanto tempo vendo Syver obedecer tudo que lhe era ordenado, eles apenas esqueceram que ele também tem sua opinião e ideias próprias...

– E foi aí que eles erraram... – disse Hans. – Só espero que Syver esteja bem... O mundo lá fora pode não ser muito hospitaleiro para uma pessoa que passou a vida toda dentro de um castelo, protegido de qualquer perigo.

– Ele sabe se cuidar, e vai voltar para nós, são e salvo.

– Que os céus te ouçam, Elsa.

______________

No dia seguinte, Kristoff foi ao Vale das Rochas Vivas, procurando aconselhar-se com Vovô Pabbie, mas contou que o troll apenas disse que Syver estava bem em algum lugar, e que em breve receberíamos boas notícias, só não disse sobre o quê.

Esquecemos o assunto pouco depois. Os dias passaram, e continuávamos todos melancólicos com a partida de Syver. Para as pessoas que perguntavam, dizíamos que ele estava viajando, mas sabíamos que, se ele não voltasse logo, teríamos que revelar a verdade mais cedo ou mais tarde. Após o aniversário de Syver, logo o meu se aproximou, mas ninguém estava em clima de comemoração. Louise com certeza perdera um pouco da sua vivacidade, porém eu não podia deixar de notar que ela estava cada vez mais próxima do Príncipe Richard, e ele parecia alegrá-la. Eu sabia que não ia demorar muito até que ele fizesse o pedido. Então, certa tarde, eu ouvi Richard e Nikolas conversando pelos corredores do castelo:

– Eu já decidi, vou fazer o pedido hoje. A princesa está apaixonada por mim, não há dúvidas – afirmou Richard.

– A verdadeira questão, Príncipe Richard, é se você está apaixonado pela minha irmã – disse Nikolas.

– Como poderia não estar? Louise é a garota mais incrível que eu já conheci.

– Disso eu não duvido. Mas quanto a você estar seriamente apaixonado por ela, eu não tenho certeza alguma...

– Ei! – Richard deu um empurrão em Nikolas e apontou o dedo indicador para o seu rosto ameaçadoramente. – É melhor dobrar a língua, garoto. Você não sabe o que diz. Não se meta mais na minha vida.

Richard ajeitou a gravata e seguiu seu caminho. Nikolas fez uma expressão irritada e deu meia-volta, quase esbarrando em mim.

– Mãe... – disse, meio surpreso.

– O que estava acontecendo aqui?

– Nada – ele bufou. – É só esse babaca do Richard. Não acredito que a Louise está caída por ele. Logo ele!

– Seu pai tem colocado essas ideias na sua cabeça, não é?

– Não necessariamente – respondeu Nikolas. – É claro que não é segredo pra ninguém que ele não vai com a cara do Richard, mas eu posso perceber as intenções desse cara sozinho.

– Sei, sei... Nikolas, deixe a sua irmã livre para decidir. Ela gosta de Richard e ele parece gostar dela. E é uma boa pessoa...

– Boa pessoa?! Você não viu o que ele acabou de fazer?

– Certo, isso não foi legal da parte dele, mas você o provocou...

Nikolas resmungou e balançou a cabeça, contrariado.

– Ótimo, deixem que ele se infiltre na nossa família e aí vocês verão a pessoa que ele é! – replicou, e seguiu em frente rapidamente, puxando as luvas para evitar que acabasse se descontrolando.

Ele só está irritado, vai se acalmar e aceitar a ideia depois, pensei. Segui para o escritório, onde Hans já se encontrava absorto no trabalho, que por sinal hoje estava um pouco maior do que era considerado normal.

– Onde você estava?! Estou quase enlouquecendo com esses papéis! – reclamou ele.

– Achei que eu tivesse direito de dormir um pouco mais no dia do meu aniversário – sorri.

– E é claro que tem, mas não precisava exagerar, não é? Eu até sou competente, mas não faço milagres. Separei aquela pilha para você – disse, apontando para um monte de papéis. Olhei desanimada e franzi a sobrancelha. – Fui bem generoso, a minha está mais do dobro do tamanho.

– Tudo bem, tudo bem. Obrigada por ajudar – agradeci, me sentando ao seu lado para começar a trabalhar.

– Não é nada. Feliz aniversário, querida – sorriu Hans, me dando um beijo.

– Vou sentir falta de Syver me desejando um feliz aniversário e dando algum presente exuberante... E do bolo de sorvete!

Nós rimos, e de repente alguém bateu na porta.

– Entre – disse eu.

Quando Richard e Louise adentraram o escritório de mãos dadas, eu soube na hora o que eles faziam ali.

– Vossa Majestade. Alteza – cumprimentou Richard, com uma reverência. – Acho que chegou o momento certo. Eu pedi Louise em casamento, e ela aceitou. Agora cabe a vocês me dar a permissão para desposá-la e conceder sua benção.

– Essa é a sua decisão definitiva, Louise? – perguntou Hans, depois de alguns segundos de silêncio.

– É sim, pai – respondeu ela, sorridente.

Hans suspirou.

– Muito bem. Elsa?

– Eu concedo a minha benção.

– Eu também. Pronto, sejam felizes.

– Obrigado, Altezas. Prometo fazer da sua filha uma mulher muito feliz – assegurou Richard.

Ele fez outra reverência e se retirou com Louise.

– Minha filha... Uma mulher... Meu Deus, como o tempo passou – disse Hans, com o olhar perdido.

– Ela já não é mais uma criança...

– É o que estou vendo – suspirou Hans. – Ainda não confio nesse rapaz, mas eu vou cumprir com a minha palavra e deixar que ela se case com ele.

– Seria bom se você se acertasse com o Richard, afinal, ele vai ser seu genro muito em breve... – ponderei.

– Sou muito jovem para ser sogro...

Eu ri.

– E logo já será avô...

– Bate na madeira – disse Hans, assustado.

Ficamos em silêncio por alguns momentos, até que eu mudei de assunto:

– Você acha que eles teriam gostado dela?

– Quem? – perguntou ele, confuso.

– Sua mãe. Acha que Louise e Nikolas teriam gostado dela?

Hans pensou um pouco, surpreso com aquela pergunta.

– Acho que sim... Quer dizer, ela sempre pareceu legal com os outros netos, principalmente as meninas... E todos eles gostavam dela. – Ele não disse nada por um tempo, e então perguntou: – Você ainda tem a corrente?

– É claro que sim – respondi, puxando-a de dentro das vestes e mostrando-a a Hans.

Ele olhou para a corrente brevemente e depois fixou o olhar no nada. Aproximei-me de Hans e coloquei minha mão sobre a sua.

– Vamos fazer uma pausa.

______________

À noite, fui para o meu quarto completamente cansada, apenas pensando em ir dormir mais cedo para ter mais algumas horas de sono. Quando abri a porta, percebi como estava escuro ali dentro. O quarto estaria completamente consumido pela escuridão, se não fosse pela luz que vinha da sacada. A princípio, me assustei, mas foi preciso apenas um segundo para que eu compreendesse o que se passava ali.

– Boa noite – disse Hans, acendendo um abajur.

– Hans, que susto! O que está fazendo? Por que apagou as luzes? – questionei.

– Nada demais, só não vamos precisar de luz para o que vamos fazer.

Eu ergui as sobrancelhas e Hans corou ligeiramente.

– Eu quis dizer... Bem, estava planejando... Ficar na sacada. Nesse caso, não precisaríamos de luz... – Ele tossiu um pouco. – Você não pensou que eu deixaria seu aniversário passar em branco, não é?

– Eu devia saber – sorri.

– É, devia! Venha aqui. – Hans serviu champanhe para dois e me ofereceu uma taça. – À sua saúde, Elsa. Que ainda venham muitos outros aniversários.

Nós brindamos e Hans abriu um sorriso tímido antes de me beijar demoradamente e depois sentar-se comigo na sacada.


Notas Finais


É, você só sabe que gosta do Syver quando ele foge... Quem lembra da corrente de W que a Rainha deu pra Elsa? Pois é. Bem, bjs, comentem e até a próxima!


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