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História Olhar da Serpente - O Beijo


Escrita por: UnicornSilver

Notas do Autor


Ah... hoje tem emoções...

Boa leitura! =))

Capítulo 8 - O Beijo


Tarde da noite, nas masmorras, Mulciber estava estranhamente quieto e Avery percebeu.

— Tá doente, cara? – Avery estava sentado na sua cama e olhava para Mulciber que estava deitado e olhava fixamente para o teto – E você? Vive enfiado com a porra do nariz nos livros! – Avery ralhava com Snape agora.

— Cale-se Avery! – Snape estava deitado pronto para dormir e se virava de costas para ele sem tirar os olhos do seu livro.

Avery vendo que não teria sucesso em chatear nenhum dos dois entrou debaixo das cobertas e em menos de cinco minutos já roncava.

— Como ele consegue? – Mulciber apontava para Avery perguntando para Snape que só olhava irritado e não dizia nada.

Mulciber bruscamente se levantou e saiu do quarto, porque precisava de ar. No Salão Comunal ainda havia alguns alunos, mas não estava a fim de falar com os outros e como queria muito ficar sozinho, resolveu sair para o pátio interno das masmorras pensando que se visse Madame Nora, daria um chute naquela gata, ou faria algo pior. Foi quando se lembrou de que não podia se arriscar a pegar uma detenção por causa do passeio em Hogsmeade, que pela primeira vez não estava a fim de ir ao Cabeça de Javali e sim ficar um pouco mais à vontade com Caterina. Ele pensava que daria um jeito de beijá-la durante o passeio, o problema seria conseguir seu intento já que Hagrid e Minerva não o deixariam em paz. Voltou para o Salão Comunal antes que Madame Nora aparecesse e se deitou no sofá em frente à lareira. A maioria dos alunos já tinha ido dormir e só estavam Wilkes e Rosier na sala.

— E aí? Vamos no Cabeça domingo? – Rosier deu um cutucão em Mulciber que não respondeu e só olhou para ele – Cara, vamos tomar umas. Aqui nesta porra não podemos fazer nada disso.

— O Snape ficou de fazer aquela poção, mas não fez ainda. – Wilkes falava de uma poção que Snape sempre fazia e que os deixava embriagados, mas sem cheiro de álcool para Slughorn não perceber.

__ O Snape tá estranho, deixa ele. Se bem que agora, o Mulciber também tá esquisito. Porra, que tá acontecendo com vocês?! – Rosier explodiu e nem assim pegou alguma reação de Mulciber que estava com a mente longe, pensando em Caterina – Vocês estão assim por causa da marca?

— Nada a ver cara... – Mulciber quebrou seu silêncio esfregando seu antebraço esquerdo. – Só não estou a fim de papo... Estou cansado.

Wilkes e Rosier nada falaram e foram para o quarto, enquanto que Mulciber continuava deitado no sofá e não tirava Caterina da cabeça porque tinha receio de que ela não fosse aceitá-lo agora que já havia recebido a marca e havia finalmente se tornado um Comensal da Morte do círculo mais íntimo do Lorde das Trevas, assim como seu pai que fora colega de escola do mestre.

Os dias passavam e Caterina e Mulciber só se viam durante as refeições e sempre de longe, mas a troca de bilhetinhos em guardanapos amassados era intensa. Mulciber sempre mandava desenhos para ela que assim que recebia lhe devolvia um sorriso. Ambos estavam muito ansiosos pelo domingo e ficavam contando as horas. Slughorn estranhou que durante aquela semana não houvera reclamação nenhuma da gangue da Sonserina, especialmente de Mulciber que tinha fama de ser o mais briguento.

O domingo chegou e a agitação no café da manhã era intensa. Caterina comera muito pouco, pois queria se acabar na Dedosdemel, ela gostava muito de doces e depois tentaria levar Mulciber para tomar uma cerveja amanteigada e tinha receio que ele fosse querer ir para o Cabeça de Javali, já que ela não poderia entrar.

Logo após o café, Minerva já estava organizando os grupos para partirem, a gangue da Sonserina estava mais próxima de Hagrid e Minerva chamava os corvinais para ficarem juntos. Caterina ficou olhando para Mulciber que sinalizou para ela que deveriam se aproximar na estradinha a caminho de Hogsmeade que ficaria mais fácil, pois os professores não ficariam tão em cima, ela entendeu e concordou.

A gangue da Sonserina seguia por último, com os meninos fazendo muita bagunça e Hagrid só os observava. Os Marotos seguiam próximos, um pouco mais a frente. Caterina foi ficando para trás para que ficasse mais próxima de Mulciber e isso não impediu de Sirius e Pedro lhe direcionarem um sorriso sarcástico assim que a viram.

— Bom dia Carrie... – começou Sirius.

— Oi Carrie... – cumprimentou Tiago que seguia um pouco atrás abraçado com Lílian Evans, a garota metida à besta da Grifinória e que mantinha um sorrisinho débil no rosto. Caterina a detestava e achava que ela fazia um excelente par com Tiago Potter. Logo atrás, Snape seguia no encalço de Tiago e Lílian, olhando bravo para o casal e nem a viu quando passou do seu lado. Hagrid parou assim que a alcançou.

— Esqueceu alguma coisa, Caterina? Por que está parada aqui? – Caterina não olhou para Hagrid imediatamente que perguntou sorrindo para ela porque estava de olho em Mulciber que passava ao lado de Hagrid e lhe mandava um sorriso terno.

— Oh não, achei que tivesse deixado cair minha bolsinha de galeões, mas está aqui... – Caterina deu a desculpa começando a andar do lado de Hagrid e ficava de olho em Mulciber que estava um pouco mais a frente e nem olhava para trás.

— Quer ir na Dedosdemel? – Hagrid perguntou para Caterina que confirmou sorrindo para ele.

Assim que chegaram no vilarejo, os grupos dispersaram um pouco e Caterina avistou Hagrid entrar no Cabeça de Javali com a gangue da Sonserina e Mulciber estava junto. Os sonserinos conseguiram convencer Hagrid. Ela não teve outra escolha senão ir para Dedosdemel, onde seguiram alguns alunos.

Caterina comprou algumas caixas de sapos de chocolate que adorava, um pacote de caramelos de mel e alguns chicletes de menta explosiva. Ela saiu sozinha em direção ao boticário, pois precisava repor seus produtos de toalete. Assim que passou na frente de um beco escuro, foi puxada por um braço forte que a enlaçou pela cintura e lábios urgentes desceram sobre os seus, fazendo-a soltar a sacola de doces. Ela abriu os olhos um pouquinho e viu que era Mulciber que a apertava contra si e sua língua gulosa explorava toda a boca dela não dando chance dela fazer o mesmo, pois ele simplesmente era dominador no beijo. O jeito de Mulciber era excitante, o gosto da boca, a língua quente dele dominando a sua, tomando posse, num beijo intenso e envolvente que a arrepiou inteira e a fez enlaçá-lo no pescoço, correspondendo totalmente. O beijo estava delicioso e ambos não queriam parar, permaneceram unidos mais alguns segundos, mas a ereção de Mulciber estava fora de controle e ele não queria assustar Caterina que logo iria sentir, enquanto que ela estava sentindo uma excitação entre as pernas e procurava se encostar nele mais. A respiração dos dois logo ficou acelerada e ambos se afastaram, estavam excitados demais.

­— Você é louco... – Caterina disse baixinho sorrindo e com os olhos brilhantes para Mulciber.

Mulciber pegou a sacola de doces do chão e deu na mão dela.

— Estou louco por você, Caterina... – Mulciber também tinha os olhos brilhantes. – Você quer namorar comigo?

A pergunta a pegara de surpresa e fez ela se lembrar de Janet falando sobre Mary Macdonald e por isso baixou os olhos e não conseguiu responder. Mulciber continuou:

— Desculpe... Eu entendo... Como já disse certa vez: não tenho boa fama em Hogwarts e com razão. Mas quero que saiba que com você está sendo tudo diferente, Caterina. – O olhar de Mulciber para ela era terno.

— Por favor, me desculpe... Eu sei, é por causa da Mary... Mas você me pegou de surpresa em tudo, Mulciber... Eu não estava esperando esse beijo e nem o pedido de namoro...

— Tudo bem! Então vamos começar devagar, ok? – Mulciber falava sorrindo e agitava os braços. – Aonde você quer ir agora? Vejo que já passou na Dedosdemel...

Caterina tirou uns dois sapos de chocolate do pacote e um chiclete de menta explosiva e deu a ele que também gostava muito de doces e logo foi comendo o chocolate.

— Eu preciso ir aqui no boticário. Aliás, estava indo para lá até você... – Caterina pigarreou e Mulciber sorriu.

— Foi tão ruim assim? – Ele perguntou de supetão enquanto tomavam o caminho da farmácia bruxa.

_Não! Não foi... – Caterina sentiu ruborizar e baixou os olhos, porque não conseguiu encará-lo. Mulciber na mesma hora tomou a sacola dela para carregá-la e com a outra mão entrelaçou na dela e assim ficaram caminhando de mãos dadas.

Eles entraram juntos no boticário e Mulciber ficou observando Caterina fazer as compras que precisava até que ela convidou:

— Saindo daqui vamos lá na Rosmerta tomar uma cerveja amanteigada?

Mulciber aceitou prontamente com um sorriso no rosto. E assim que entraram juntos no bar Três Vassouras, viram que estava cheio de alunos de Hogwarts e os Marotos todos estavam lá também. Caterina e Mulciber não passaram despercebidos por Lupin e Sirius que os acompanhava com o olhar e eles sorriram entre eles com malícia. Eles queriam ficar distantes dos Marotos e então se sentaram logo ao fundo e isolados. Madame Rosmerta veio sorridente anotar os pedidos.

— Quer mais chocolate? – Caterina ofereceu, vendo que Mulciber já havia devorado todos os que ela tinha dado a ele que agradeceu e recusou.

— Saindo daqui vou te comprar outras caixas, comi todo seu chocolate... – Ele disse sorrindo e ela sorriu em resposta.

Caterina e Mulciber tiveram sua atenção voltada para a entrada do bar, porque Minerva e Hagrid entraram e assim que os avistaram, Minerva torceu os lábios visivelmente aborrecida e não tirava os olhos do jovem casal, mesmo quando ocupou uma mesa próxima. Mulciber fez uma careta em resposta e Caterina entendeu.

— Eles não largam do meu pé... – Mulciber ficou irritado se virando para Caterina.

— Estão todos em cima da gente, Mulciber. – Caterina contou para Mulciber a conversa que teve com Janet de que até Dumbledore estava sabendo que eles estavam se aproximando e ele ouvia atento.

— Eu vou provar para todos eles que não vou te fazer mal, Caterina. – Mulciber falava baixo, mais para si mesmo, com raiva no olhar.

Caterina nada respondeu e terminou de beber a cerveja assim como Mulciber que fez questão de pagar e a levou novamente à Dedosdemel para comprar outras caixas de sapos de chocolate de presente para ela e mais algumas para comerem no caminho de volta, afinal já não estavam mais com vontade de ficar no vilarejo e viram mais vantagem em voltarem sozinhos para o castelo.

— Ok! – Caterina falava animada enquanto voltavam para o castelo e comia sapos de chocolate – Já que estamos nos conhecendo primeiro, quero saber quando é seu aniversário...

— Ih está bem perto, adivinha o dia... – Mulciber sorria de lado para ela que torcia os lábios sem tentar adivinhar – Dez de novembro, Caterina. E o seu?

— Dez de novembro? É mesmo, está bem perto! Mas que coincidência, o meu é dez de maio. Nós dois somos do dia dez... isso deve significar alguma coisa... – Caterina sorria para si mesma.

— Quem sabe... – Mulciber balançou os ombros, indiferente, engolindo mais um sapo de chocolate.

Estavam chegando ao portão de Hogwarts, quando Caterina parou subitamente encostando no muro, enquanto outros alunos passavam por eles.

— Mulciber... – Caterina o chamou e ele se encostou no muro ao seu lado terminando o sapo de chocolate. – Quantos anos você vai fazer?

— Dezoito, Caterina – Mulciber percebeu aonde Caterina queria chegar. – Você quer saber se já recebi a Marca não é? – ela afirmou e ele continuou – Eu recebi nas últimas férias...

Mulciber se afastou dos portões do castelo para mostrar a marca para Caterina que passou os dedos por cima.

— Isso dói? Parece uma tatuagem. – Caterina perguntou curiosa.

— Dói muito. E é uma tatuagem. Feita de fogo mágico, mas é Artes das Trevas pura – Mulciber a agarrou pelos ombros e disse bem firme em seus olhos: – Caterina entenda, eu não tive muita escolha... Meu pai é muito amigo do Lord das Trevas. Esse cara frequenta minha casa desde antes de eu nascer. Eu fui criado neste meio. Até a família da minha mãe é todinha praticante de magia negra. E se você achar que isso é problema para ficarmos juntos, eu vou entender, afinal você é filha de um auror. Mas não vou deixar você sair da minha vida sem antes lutar por você, Caterina...

Caterina se desvencilhou de Mulciber e se encostou novamente no muro olhando para baixo. Estava com a boca seca e um pouco nervosa. Realmente, se comprometer com um Comensal da Morte teria um peso muito grande para ela. Sem dizer uma palavra, ela se afastou devagar de Mulciber até entrar pelos portões e se misturar com os alunos que chegavam de Hogsmeade. Mulciber se encostou no muro e deu um forte soco na parede, machucando sua mão. Ele estava decidido que iria lutar por Caterina e iria até as últimas consequências para isso, pois seu espírito sonserino nunca o deixaria desistir.


Notas Finais


;))


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