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História Olhar da Serpente - Encontro com o Demônio - parte II


Escrita por: UnicornSilver

Notas do Autor


E a tensão só cresce... =[

"Amortecer a dor por algum tempo apenas a tornará pior quando você finalmente a sentir." - Dumbledore.

Boa leitura!=))

Capítulo 37 - Encontro com o Demônio - parte II


Com a saída misteriosa de Voldemort do escritório de Lúcio Malfoy, o peito de Caterina estava arfando e ligeiramente nauseada, e assim se deixou cair numa espreguiçadeira que estava próxima a ela. Num estalo, um velho elfo doméstico surgiu na frente dela.

— Senhora... – o elfo a chamou fazendo uma reverência e Caterina o olhou – Suas acomodações já estão prontas. Por favor, tenha a bondade de me acompanhar...

O elfo abriu a porta e seguiu pelo corredor. Depois de subir um lance de escadas e seguir em frente num corredor largo, o elfo parou em frente a uma porta dupla branca com detalhes dourados e de maçanetas redondas e douradas. A porta se abriu e Caterina se deparou com uma luxuosa suíte em estilo vitoriano. Os tons em azul e branco nos móveis e no papel de parede deixava o ambiente aconchegante e muito confortável. Havia uma pequena saleta anexa ao quarto e logo em seguida a esta, um banheiro de piso de mármore e azulejos alvíssimos. A enorme cama de dossel ocupava um lugar de destaque no quarto com sua cortina em veludo azul, a colcha de um branco imaculado e a cabeceira forrada de almofadas de diversos tamanhos e tons de azul. Um quarto perfeito para uma noite de núpcias, pois tudo ali era aos pares: na saleta, a mesa com duas cadeiras, a namoradeira em frente à lareira e assim por diante. Só que ali não seria sua lua de mel e sim uma alcova de tortura.

E novamente ela se viu sozinha, o elfo havia sumido. Experimentou o trinco da porta e notou que estava trancado. Tateou o lugar onde guardava sua varinha nas vestes e reparou que fora confiscada. Foi até as vidraças e a porta que dava para o terraço e tudo estava trancado também.

Se mantendo calma ela sentou na cama e começou a se concentrar e esfregar suas mãos. Aprendera com maestria concentrar seu poder mágico sem precisar de uma varinha. Posicionou a mão espalmada no trinco da janela, porém ele só tremeu violentamente e não cedeu. Tudo estava trancado por magia poderosa. Com profunda tristeza Caterina constatou que não conseguiria escapar nunca.

Voldemort estava sentado a uma grande escrivaninha do escritório esperando Snape que entrava em silêncio na sala e se posicionava respeitoso em frente ao Lorde, tentando imaginar o que ele lhe pediria.

— Severo, quero que prepare aquela poção que dávamos para aquelas sangue-ruins e leve ao quarto da Srta. Lowe e faça-a beber. Depois ordene a elfo Wely ir ajudá-la para se preparar para mim esta noite – Voldemort levantou o olhar ofídico para captar alguma reação de Snape que se mantinha frio e sorrindo com malícia continuou: – Apesar de ser tentador a concepção de um legítimo herdeiro de Hogwarts, eu tenho consciência que o poder é solitário...

Voldemort o encarava com seus olhos de cobra e ainda com um sorriso malicioso no rosto dando por encerrada a ordem. Snape fez uma reverência e saiu do escritório indo em direção ao laboratório particular de Lucio sentindo mais ódio do que nunca do Lord que o provocava acintosamente deixando bem claro suas intenções com Caterina aquela noite.

— “Ele simplesmente comunicou nas entrelinhas que irá trepar com a minha mulher!” – Snape bradava em pensamento enquanto preparava a poção e todos seus movimentos eram bruscos e o elfo que estava servindo de assistente para ele se assustava com o jeito agressivo dele. Sem parar de pensar ou imaginar com nojo de tal situação, ele se deu conta de que Voldemort poderia querer sugar alguma energia de Caterina para se fortalecer ainda mais. Pensou nisso porque o Lord sabia que ela era a herdeira Ravenclaw, apesar de não ser a última, pois tinha um sobrinho estudando em Hogwarts e era da Corvinal no quarto ano e que ele protegia secretamente da tirania dos Carrows a pedido de Caterina.

Assim que a poção ficou pronta, Snape engarrafou e o elfo indicou a ele onde era o quarto em que Caterina estava. Ele entrou e a encontrou sentada na cama com a expressão desolada.

— Severo! Como conseguiu entrar? Está tudo trancado! – ela exclamou indo para a porta aberta e sendo repelida para trás violentamente assim que tentou passar – Merda!

Caterina caiu no chão e Snape rapidamente a colocou de pé e falou devagar para ela se acalmar:

— Você está bem? Ele jogou um feitiço de barreira mágica só para você Caterina, porque a porta está destrancada e qualquer um pode entrar e sair, menos você.

— Severo, eu estou prisioneira! Ele pegou minha varinha e nem percebi! Que tipo de bruxo é este homem? Ele é pior do que meu sogro que ainda me dava chances de me defender das suas loucuras...

— Ele é o pior e o mais poderoso de todos. E ele quer que você beba isso – Snape estendeu o frasco de vidro com a poção esverdeada que Caterina já conhecia tão bem.

— Não... – ela se afastou nauseada e com lágrimas nos olhos – Ter a certeza do que ele pretende me enoja! EU NUNCA VOU ME ENTREGAR A ELE!

Snape rapidamente fechou a porta e lançou um Abaffiato, porque se o Lord escutasse se atiçaria mais. Caterina estava transtornada e com muita raiva lançou sua energia pelo quarto derrubando um aparador inteiro no chão quebrando um jogo de louça vitoriano usado como lavatório, espalhando cacos por boa parte do quarto, rasgou o papel de parede, deslocou o lustre do teto, derrubou vasos com flores, as cadeiras, a mesa, varreu superfícies derrubando tudo no chão e quebrou espelhos gritando de ódio. Em pouco tempo tudo estava uma bagunça.

— Caterina! – Snape tentou contê-la mas não conseguiu, o ódio deixa as pessoas com uma força descomunal – Caterina! Me escuta!

Snape criou um campo de proteção em torno de si para enfrentá-la e só assim conseguiu prendê-la por trás em seus braços fortes e ela se virou e desabou em seu peito chorando muito.

— Por que EU? Ele tem amantes, não tem? Por que escolheu a mim? – ela chorava desesperada agarrando Snape muito.

— Sim, ele tem Bellatrix! Mas com ela é tudo diferente! Olhe para mim e me ouça! – ele pegou o rosto de Caterina entre as mãos – O que vai acontecer aqui esta noite, não tem nada a ver com desejo de se ter uma aventura carnal, em parte é, mas acho que a principal função é sugar sua energia mágica e vital.

— Um Incubus? – Caterina horrorizada queria constatar – Mas então eu não serei forçada a trepar com ele?

— Praticamente um Incubus... e não, você não será forçada a nada, Caterina. Conscientemente não. É igual como ocorre numa dominação de Incubus, só que não é em sonho, você estará acordada. Ele vai te enfeitiçar – Snape fez Caterina se sentar e tentava ser calmo apesar de estar com os nervos em frangalhos e, levantando o frasco para ela, completou: – Você sabe para que serve esta poção?

­­— Eu conheço essa poção muito bem! Enquanto vivi com Mulciber era essa coisa horrível que eu tomava.

Snape largou batendo o frasco na mesinha e nada disse. Estava com ódio de Mulciber também. Ele se levantou e foi até a vidraça olhar o jardim.

— Virá uma elfo doméstico daqui a pouco ajudar você a se preparar para o Lorde – Snape falava sem se virar para ela que ainda chorava baixinho diante do seu trágico destino. Estava com ódio de si mesmo por permitir tudo e tinha medo de que Caterina interpretasse erroneamente o seu jeito calmo e logo tratou de esclarecer: – Caterina, não quero que pense que não te amo. Estou de mãos amarradas, não posso sair daqui carregando você no meu colo sem que ninguém desconfie. Mesmo porque todas as saídas deste quarto estão seladas para você. O Lord pensou em tudo.

— Eu sei, Severo – Caterina dizia entre soluços – Eu concordei em vir, não é? Eu não sou ingênua e já imaginava que algo assim pudesse acontecer. Mulciber me protegia disso...

— Mulciber te entregou – Snape a interrompeu se virando para ela e tinha a voz letal. – Achei que isso tivesse sido claro para você quando conversamos antes de vir.

— Eu conversei com ele, Severo. Ele foi torturado, não conseguiu manter a barreira da oclumência por conta disso.

— Ele também me contou essa historinha. Acredita mesmo que ele não disse de livre vontade? Porque ele estava doente de ciúme por estarmos juntos e sua única intenção era arrancar você de mim, não importasse como – Snape mantinha a voz fria e se aproximando de Caterina, porque ele não podia acreditar que ela estava defendendo Mulciber.

— Agora não adianta brigarmos ou você brigar com ele! Eu estou aqui de bandeja para o Lord e nenhum de vocês pode me tirar dessa enrascada! O que está feito, está feito... – Caterina se levantou e começou a andar de um lado para o outro.

Num gesto frio, Snape apanhou o frasco e deu na mão de Caterina, mas seu olhar para ela era puro desespero.

— Beba a poção. Não vai querer nenhuma consequência desagradável decorrente desta noite.

— Você está com nojo de mim não é? – Caterina perguntava triste.

— Eu não tenho nojo de você – ele a tomou nos braços e se beijaram intensamente e com muito desespero. Lágrimas vieram aos olhos fechados de Caterina, pois sentia que estava beijando o homem que amava pela última vez e Snape também se entregou ao beijo de forma única.

— Eu te amo, Severo – Caterina falava aos prantos quando os lábios se separaram e então ela pôde ver lágrimas nos olhos dele.

— Eu também te amo... – ele disse dando um meio sorriso e tentando disfarçar suas lágrimas. Também sentia que a partir dali seria difícil vê-la, talvez o Lord não permitisse, não sabia ao certo.

Snape limpava com os dedos as lágrimas que escorriam pelo rosto de Caterina sentindo seus próprios olhos se encherem mais de lágrimas também e então bruscamente se afastou dela para que não o visse e saiu do quarto fechando a porta.

Caterina desabou no chão chorando muito. Não podia acreditar no que estava acontecendo. Já estava se sentindo suja antes mesmo do ato com o Lord. Ela se encostou aos pés da namoradeira e chorava convulsivamente.

Snape desfez o feitiço que os protegia do Lord ouvi-los e escutou os soluços desesperados de Caterina por trás da porta e com isso se encostou na parede do corredor e grossas lágrimas vieram com força aos seus olhos. Estava perdendo Caterina para sempre. Passados alguns minutos retomou seu controle e, se munindo da máscara da frieza, foi ordenar Wely no que o Lorde mandou.

A criada entrou no quarto e sem olhar para Caterina que ainda chorava muito, foi direto ao banheiro preparar o banho para Caterina. Ela jogou na água algumas ervas e sais entregues pelo próprio Lorde.

— Senhora? – Wely chamou Caterina que se virou para ela – O seu banho está pronto.

Caterina se levantou do chão, apanhou o vidro com a poção esverdeada e tomou tudo de um gole só sentindo o gosto violentamente amargo causando muita náusea. Se dirigiu ao banheiro, se despiu devagar e entrou na banheira sentindo que a partir dali tudo o que viria seria lucro, pois havia perdido sua dignidade.

No quarto, Wely esticou na cama uma camisola vermelha escarlate muito sexy de seda e tule que dava um ar esvoaçante e que fora entregue pelo Lorde juntamente com os sais de banho e as ervas. Indo à saleta deixou o jantar de Caterina pronto.

Mergulhada na banheira, Caterina parou de chorar, seu olhar endureceu e seu corpo amoleceu. O aroma dos sais e das ervas da água do banho a deixou lânguida e excitada sexualmente. Sensação esta que só teve no dia do seu casamento durante a cerimônia após o ritual de dança e na sua noite de núpcias com Alek. Não se aguentando mais, ela levou sua mão até sua intimidade e se tocou de uma forma que há muito tempo não fazia. A masturbação a deixava cada vez mais entorpecida até que sentiu a explosão do orgasmo tomando conta do seu corpo, mas ela queria mais. Queria um homem. Porém não queria um homem qualquer: Ela queria Lord Voldemort.

Saindo da banheira, se enxugou e foi nua até o quarto. A criada Wely levou um susto e, um pouco envergonhada, entregou o conjunto de camisola para Caterina vestir que pegou nas mãos com movimentos leves e lânguidos.

— Seu jantar, senhora – Wely a conduziu até a saleta e Caterina se sentou à mesa, mas não sentia fome.

A criada serviu o vinho e a comida e fazendo uma reverência, voltou para o quarto. Ela consertou o jogo de louça e todo o resto que Caterina havia destruído no seu ataque de fúria, deixando o quarto intacto e em seguida sumiu.

Caterina se viu totalmente sozinha novamente e deu apenas duas garfadas no seu prato e tomou meia taça de vinho. A comida, apesar de deliciosa, a enjoava porque a fome dela era outra além de estar muito ansiosa pelo o que ia acontecer. Subitamente se sentiu sonolenta também e, com alguma dificuldade, ela chegou até a cama e se deitou, dormindo imediatamente.  Logo ela seria despertada para o seu pior pesadelo.


Notas Finais


;))


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