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História Olhar da Serpente - A Seleção


Escrita por: UnicornSilver

Notas do Autor


Amigos leitores, perdoem a humilde escritora que entrou o ano de 2016 correndo e não tem previsão de parar rsrsrs o que tem atrapalhado demais a rotina da fic, então aviso que a postagem desta fic passa a ser semanal... Por favor n~so me cruciem por favor, ao invés disso, aproveitem um capítulo fresquinho, leve e doce! =))

Desejo a todos uma ótima leitura! :)

Capítulo 59 - A Seleção


No dia da partida de Victoria para Hogwarts, a casa da família Snape estava em polvorosa. Ela estava tão ansiosa, que às cinco horas da manhã, já estava de pé e desceu até a cozinha para preparar seu café da manhã sendo interrompida por um sonolento Fresbo que bocejava com um velho lampião aceso nas mãos, afinal fora arrancado da sua cama pela necessidade de servir a menina e também pelo barulho que ela estava fazendo na "sua" cozinha.

— Bom dia Fresbo! Pode voltar para a cama! Eu preparo meu leite... – disse Victoria muito animada indo abrir um armário.

— Não! Fresbo faz! A menina vai se sentar e esperar! – Fresbo despertou ao sentir ciúme de alguém mexendo na cozinha.

Victoria estava tão feliz, que não iria discutir com o velho elfo do seu pai que era tão ranzinza quanto ele às vezes.

— Fresbo, você já esteve em Hogwarts? – perguntou Victoria se sentando e pegando um biscoito de um pote.

Fresbo se aproximou da mesa e começou a servir.

— Nunca senhorita... Meu senhor nunca chamou Fresbo lá... Mas Fresbo sabe que é um lugar com bastante trabalho e minha gente trabalha feliz...

Horas mais tarde Caterina e Snape levaram Victoria até a estação de trem e logo reconheceram Gui Weasley e Fleur com as filhas, Victorie e Dominique, e também avistaram Harry Potter acompanhando o afilhado Ted Lupin que deveria iniciar seu terceiro ano em Hogwarts. Caterina foi logo cumprimentá-los juntamente com Victoria que ficou feliz de rever todos constatando assim que não ficaria sozinha em Hogwarts.

— Você fará amigos na sua Casa também... – Caterina observou assim que se afastaram dos outros.

— Por que vocês acham que não vou pra Grifinória? – Victoria perguntou curiosa para o pai que se virou para ela para explicar:

— É porque há uma tendência... Em todos os anos em que estive em Hogwarts, tiveram poucas exceções, e o Chapéu também considera o seu desejo. Há uma tendência maior para você ser da Corvinal, devido a marca que você tem na perna e da ascendência Ravenclaw, mas também há uma tendência de você ser Selecionada para a Sonserina devido ao sangue-puro e também por ser minha filha, já que a família da minha mãe foi toda Sonserina. Ele vai te encaixar onde você se sairá melhor.

— Mas e se eu for Selecionada para qualquer uma das outras Casas? – Victoria ainda estava confusa.

Snape se aproximou mais da filha e a encarou firme:

— Creio que será difícil, a não ser que você queira ir para uma das outras Casas.

Victoria ficou um pouco acanhada.

— Eu não quero ir para as outras, mas eu também não queria ir para a Sonserina...

Snape estranhou a decisão da filha e Caterina também prestou mais atenção.

— E por que não? – perguntou Caterina.

— Não quero ficar sozinha – Victoria se limitou a dizer.

— E por que acha que vai ficar sozinha? Após a guerra e a morte do Lord das Trevas muita coisa mudou, inclusive na Sonserina – Snape falou baixo.

Victoria suspirou criando coragem:

— Você foi o diretor da Sonserina por muito tempo... – Victoria se interrompeu ficando vermelha.

Snape olhou para Caterina e então se entenderam. Victoria sabia do passado de “professor e diretor carrasco” do pai e ela não queria sofrer perseguição das outras Casas por isso. Snape se abaixou novamente:

— Então peça ao Chapéu Seletor para não ir para Sonserina, se acha que vai ser ruim para você, Victoria.

— Apesar de que acho que não vai precisar – Caterina também chegou mais perto se colocando ao lado de Snape.

Victoria olhou bem para o rosto dos pais e teve a certeza que sentiria muito a falta deles por mais que estivesse ansiosa para ir embora para Hogwarts. O apito do trem soou chamando pelos passageiros e Victoria abraçou forte cada um dos pais.

— Já estamos com saudade! – Caterina deu um longo beijo na face da filha e a encarou docemente: — Você vai se divertir muito, mas não se esqueça de escrever, ok? Nos vemos nas férias de Natal.

Victoria abraçou forte o pai mais uma vez, que retribuiu na mesma intensidade.

— Respeite as regras, os professores e a diretora. Não se meta em confusões – Snape disse seriamente.

Victoria se soltou do pai e sorriu para ele, indo logo se juntar a Victoire para entrarem juntas no trem.

Caterina e Snape tentavam acompanhar o embarque de Victoria pela plataforma enquanto que ela acenava para eles e buscava uma cabine vazia com Victoire e Ted Lupin.

— Acho que vão continuar muito amigos lá – Caterina observou para Harry que havia se aproximado, assim que viu a filha e os amigos ocuparem uma cabine vazia.

— Certeza... – concordou Harry com um sorriso no rosto.

Snape acenou mais uma vez para Victoria e se virou para Harry com curiosidade:

— Potter, adotou de vez o filho de Lupin?

— Não... É que ele dormiu em casa. A Sra. Tonks desde a primeira vez me pediu para que eu o trouxesse para embarcar e assim todo ano faço isso.

Snape e Caterina conversaram mais um pouco com Harry, se despediram e se foram. No caminho de volta, os dois estavam em silêncio e perdidos em pensamentos nostálgicos sobre Hogwarts, talvez mais Caterina do que Snape, já que também ele colecionava péssimas lembranças do lugar. Porém, Hogwarts sempre conservaria a magia por todos que por ali passaram um dia.

****

Alguns dias se foram e Caterina e Snape não se agüentavam de ansiedade pela primeira carta de Victoria. Ambos concordaram que não deveriam pressioná-la e ela quem escreveria uma carta contando suas primeiras impressões sobre o castelo e a escola e para qual Casa ela havia sido selecionada, mesmo Caterina tendo certeza da resposta, o que de fato foi confirmado após mais uns dois dias de espera.

— Carta da menina! Carta de menina! – Fresbo berrou para Caterina e Snape enquanto eles tomavam o café da manhã.

Caterina se adiantou e tomou a carta do elfo rasgando o envelope e era pura ansiedade.

— Devagar, Caterina – Snape disse aborrecido e Caterina só o olhou enquanto continuava a rasgar o envelope.

— Eu vou ler em voz alta - disse Caterina desdobrando a carta.

“Queridos Mamãe e Papai

Hogwarts é sensacional! É lindo e majestoso visto de longe e por dentro é maravilhoso! Fomos recebidos com uma grande festa, do mesmo jeito que vocês falaram tanto e a comida é muito boa, igual a do Fresbo, apesar dos doces serem mais gostosos (mas não contem para ele, que pode ficar triste, por favor).”

Caterina se interrompeu ruborizada se lembrando que Fresbo ouvia a leitura. Ela e Snape se viraram para o elfo.

— A menina vai comer um monte de torta de chocolate quando voltar para o Natal. Fresbo não gostou do que ouviu, porque todo mundo gosta dos doces de Fresbo. A menina esqueceu que Fresbo é boleiro como a avó dela foi...

— Chega Fresbo – Snape falou devagar e o elfo se calou envergonhado por ter desabafado.

— Eu acho que isso foi pretexto para você fazer uma torta de chocolate gigante para Victoria quando ela vier passar a férias de Natal, Fresbo – Caterina tentou apaziguar e o elfo melhorou o semblante, fazendo uma reverência e voltando para a cozinha. Ela se voltou para Snape: — É evidente que ele ficou chateado.

— Ele está velho e cada vez mais rabugento. Vou mandá-lo para o Aberforth... – Snape retrucou.

— Daqui Fresbo não sai, Severo, nem tente. Imagine, se você fizer isso, Victoria não vai te perdoar já que ela gosta muito de Fresbo – Caterina discordou indignada.

Snape fez um muxoxo aborrecido e pediu para Caterina continuar a leitura:  

“Aquele meio-gigante Hagrid quando me viu, sorriu imediatamente me reconhecendo como filha de vocês e falou muito, principalmente do papai.”

Snape fechou o semblante tentando imaginar o que Hagrid teria dito e Caterina olhou para ele sorrindo voltando a ler a carta:

“A diretora McGonagall é muito brava, todo mundo tem medo dela, mas comigo ela quase sempre sorri. O professor Slughorn é muito risonho também e já disse que espera que eu seja brilhante como você, papai.

O professor de Herbologia Neville Longbottom também se lembrou de você, papai, mas ao contrário dos outros, ele não pareceu muito contente.”

Caterina interrompeu a leitura e olhou para Snape que sorriu zombeteiro.

— É capaz de Longbottom deixá-la de detenção sem motivos...

— Ele não faria isso, Severo – Caterina retrucou voltando para a leitura.

“Mamãe, você foi muito lembrada pela professora Sinistra e ela me mostrou seus antigos diários de classe. Acho que ela também espera que eu seja brilhante em Astronomia...”

Caterina meneou a cabeça sabendo que a filha nunca havia se interessado por Astronomia sempre tendendo à Poções como o pai e tendo Feitiços como única disciplina em que ela tinha facilidade em comum com Caterina que logo continuou a leitura:

“Bom, vocês querem saber a qual Casa pertenço?

O Chapéu Seletor ficou confuso, essa impressão que me passou. Porém, a nossa antepassada é muito forte, mamãe: Sim, estou na Corvinal, mas o Chapéu parecia que também queria me colocar na Grifinória e não sei o porquê, eu só insisti então que deveria fica na Corvinal, já que papai odiaria se eu fosse para a Grifinória.”

— Eu não acredito... – Caterina abaixou a carta.

Snape a encarou atônito, embora a informação de Victoria o fizesse se lembrar de uma conversa que tivera com Dumbledore na época do Torneio Tribruxo, em que o finado diretor dera a entender que o haviam Selecionado para a Casa errada devido à sua coragem. E a Grifinória é a Casa dos corajosos.

— Continue... – Snape pediu à Caterina apontando para a carta.

“Bem, e por último, tenho que contar que passei uma noite na enfermaria para me recuperar de um osso quebrado por causa de uma queda de vassoura na primeira aula de vôo. Poxa, doeu mais que tudo na minha vida e aquela poção da Madame Pomfrey piorou a dor de madrugada, mas agora já estou bem.

Beijos a todos! Saudades!

Victoria.”

Caterina deu a carta para Snape que correu os olhos rapidamente.

— Ela é ruim na vassoura como eu. – ela disse – Bem, pelo menos não há chance de ser escalada para o Quadribol. Acho muito bom porque sempre achei esse esporte muito perigoso.

— Não é vantagem nenhuma não dominar uma vassoura, Caterina – Snape dobrou a carta e colocou no envelope – Nem sempre ela poderá desaparatar para lugares muitos distantes. Vou treiná-la nas férias.

— Não seria mais interessante ensiná-la a voar sem vassoura, como você?

— Não – Snape a encarou seriamente – Não acho que seria adequado por enquanto, já que se trata de uma magia de Artes das Trevas e você sabe disso. Somente quando ela for maior de idade poderei abrir uma concessão, mas vamos analisar a necessidade disso na época.

— É verdade... – Caterina ruborizou. Não queria que Victoria se envolvesse em Artes das Trevas tão profundamente como ela e Snape foram.

Caterina se levantou indo ver Fresbo na cozinha e deixou Snape sozinho com a carta. Enquanto ele olhava a caligrafia infantil da filha no envelope, a Seleção dele lhe atormentava a mente de novo. Se lembrou da sua Seleção pedindo fervorosamente pela Sonserina, cujo Chapéu acatou um pouco hesitante querendo fazer ele pensar mais, mas pela família sangue-puro da finada mãe ser toda sonserina, ele achou que seria o melhor também  já que queria que a mãe se alegrasse, o que de fato aconteceu. Ele não saberia nunca dizer o que teria sido dele se tivesse ido para a Grifinória, mas a certeza de que seu destino seria diferente nunca deixaria sua consciência em paz.


Notas Finais


;))


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