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História Olhos Castanhos - Conhecendo o meu pai


Escrita por: Gio25

Notas do Autor


Espero que gostem. Chegamos ao capítulo 10 que é algo muito importante para a Hailee. Obrigada por todas as visualizações, comentários e favoritos. Agora fiquem com o capítulo "Conhecendo o meu pai".

Capítulo 10 - Conhecendo o meu pai


Fanfic / Fanfiction Olhos Castanhos - Conhecendo o meu pai

Senti alguém me chacoalhando, mas ao invés de acordar eu apenas virei para o outro lado e continuei dormindo.

- Vamos Hailee, você tem que acordar para se arrumar se não você vai se atrasar - disse Camila me chacoalhando novamente

Naquele momento me deu um estalo que me fez acordar imediatamente. Já levantei pegando a toalha e indo para o banheiro. Quando voltei para o quarto, percebi que tinha muita maquiagem da Camila em cima da cama.

- A gente precisa de tudo isso? - pergunto apontando para as maquiagens

- Relaxa, você vai continuar linda, agora senta ai que eu vou secar o seu cabelo - disse Camila enquanto colocava o secador na tomada

Ela secou o meu cabelo e fez chapinha, quase duas horas só pra fazer isso. Eu já estava quase dormindo quando ela me chamou pra avisar que já ia começar a fazer a maquiagem.

Na minha cabeça eu estava ficando horrível porque ela não me deixava olhar no espelho, até que ela finalmente terminou. Eu coloquei o vestido e fui com um certo receio até o espelho de corpo inteiro para me olhar e a única coisa que eu consegui fazer foi sorrir porque eu estava linda.

No canto do quarto minha mãe também terminava de se arrumar, mas por um instante ela parou apenas para vir me abraçar.

- Você está linda minha filha - disse minha mãe com os olhos marejados

- Não chora mãe, se não vai borrar a maquiagem - digo sorrindo

Ouvimos um som alto de buzina, mas dessa vez o som era diferente dos carros que costuma vir aqui. Mamãe passou o seu lindo batom vermelho e eu ajeitei meu cabelo, pegamos nossas bolsas e saímos às pressas.

- Cuidado meninas se não vão cair e se machucar - disse Sinuhe preocupada

Ao abrir a porta encontramos uma limousine preta parada em frente a casa e parado em frente dela se encontrava um motorista muito bonito. Seus cabelos eram ruivos acobreados, seus olhos eram azuis como o céu em uma manhã de verão, sua barba crescendo só o deixava mais sexy.

- Senhoritas - disse o motorista abrindo a porta da limousine para nós

Eu nunca tinha visto nada como aquilo antes, o banco era de couro preto, havia uma televisão na nossa frente com dois alto falantes ao lado, e do lado direto havia muitas taças penduradas e alguns champagnes em bacias com gelo, tudo lá dentro brilhava e tinha até mesmo um globo no meio e eu não sei como mas aquela limousine tinha cheiro de chocolate. Estávamos tão encantadas que nem percebemos quando o motorista abaixou o painel que separava a parte em que estávamos da parte em que ele estava dirigindo.

- Estão gostando? - perguntou o motorista

- Muito - digo sorrindo

- É a primeira vez de vocês né? Mas está tudo bem, meu nome é Charles e eu serei o motorista de vocês essa noite, agora aproveitem o passeio - disse Charles subindo o painel novamente

- Mãe eu não acredito que o meu pai... Ai meu Deus é tão estranho falar isso, mas enfim, eu não acredito que ele fez tudo isso pra nós - digo olhando para minha mãe

- Eu sei, ele deve estar mesmo querendo agradar você - disse minha mãe

- Acho que sim, mas ele não precisava fazer tudo isso, porque pra mim o mais importante é que eu vou conhecer ele

- Eu acho que temos que comemorar - disse mimha mãe me entregando uma taça

- Mas eu não posso beber - digo como se fosse óbvio

- Relaxa, aqui tem espumante sem álcool para você e champagne pra mim - disse minha mãe enquanto pegava as garrafas

Ela abriu as duas garrafas e nos serviu, nós brindamos e então começou a tocar "Échame Lá Culpa" do Luis Fonsi com a Demi Lovato, e como nós duas amamos a Demi e essa música, minha mãe e eu nos entre olhamos, sorrimos e começamos a cantar loucamente.

- No eres tú, no eres tú, no eres tú, soy yo (soy yo) No te quiero hacer sufrir Es mejor olvidar y dejarlo así (así) Échame la culpa - cantamos juntas em coro

A música acabou e começou a tocar uma mais lenta

- Você parece tão calma, me diz como você está - disse minha mãe

- Estou um pouco nervosa, mas é um nervosismo bom - digo dando tomando mais um gole do meu espumante

- Sou só eu ou essa limousine tem cheiro de chocolate? - perguntou minha mãe

Eu ri de sua pergunta e assim seguimos o caminho: conversando, cantando e principalmente dando muitas risadas. Minha mãe é a minha melhor amiga, eu tenho muito orgulho dela e a amo muito e por alguns instantes eu apenas fiquei vendo o quanto ela estava feliz.

A limousine parou e em instantes Charles abriu a porta para nós. Mamãe saiu primeiro e ficou me esperando. Ao sair era inevitável notar o quanto aquele restaurante era lindo. Fiquei até com um certo medo de entrar porque eu não estou acostumada com tudo isso, eu não tenho o que se precisa para um restaurante desse porte. Fico até meio sem graça com a altíssima tentativa do meu pai de me agradar.

Minha mãe ao perceber minha cara de pânico passou o braço pelo meu ombro e me guiou até a entrada. Quando entramos meus olhos percorreram por todo restaurante. É um lugar muito luxuoso, a sala é decorada com lustres de cristais, bronze e mármore, tem janelas enormes que vão do chão até quase o teto, da onde se dá para ver um lindo jardim de lavandas.

- Boa noite, no que posso ajudar? - perguntou a recepcionista

- Elas estão comigo Candace - disse Peter

- Tudo bem, tenham um ótimo jantar - disse Candace sorrindo

Naquele momento meu coração gelou, minhas pernas travaram e parecia que eu não sabia mais como andar e por isso minha mãe teve que me guiar até a mesa. Meu pai foi na frente e puxou a cadeira pra minha mãe e eu percebi que ele não parava de sorrir. Depois que minha mãe sentou ele olhou pra mim, veio em minha direção e me abraçou.

- Como é bom te conhecer - disse meu pai enquanto me abraçava

Quando ele me abraçou foi como se tudo finalmente se encaixasse e fizesse sentido, foi como se aquela pergunta que eu tinha na cabeça a anos finalmente tivesse sido respondida. Eu finalmente consegui relaxar e o abracei de volta. Ficamos abraçados por um tempo, acredito que tempo demais porque minha mãe teve até que nos chamar.

- Estou me sentindo sozinha nessa mesa - disse minha mãe choramingando

Nos separamos e sorrimos um para o outro. Meu pai então puxou a cadeira para mim e se sentou ao meu lado.

- Como eu venho muito aqui, eu sei quais são os melhores pratos, então se vocês não se importarem eu adoraria fazer o pedido pra vocês - disse meu pai todo entusiasmado

- Por mim está tudo bem - disse minha mãe

- Deu pra perceber que você vem muito aqui, você até chamou a recepcionista pelo primeiro nome - digo em tom de brincadeira

- Você é igualzinha a sua mãe - disse meu pai rindo

O garçom veio e meu pai pediu três pratos principais diferentes com nomes estranhos cada um. Depois que o garçom saiu ficamos conversando sobre a escola e principalmente sobre mim, quando eu finalmente tomei coragem para perguntar sobre ele.

- Eu gostaria de perguntar algumas coisas sobre você - digo rapidamente

- Claro, você pode me perguntar qualquer coisa - disse meu pai

- O que você faz atualmente? - pergunto olhando para ele

- Sou consultor internacional de seguros - disse meu pai

- É casado? - pergunto

- Sou divorciado - disse meu pai

- Tem filhos? - pergunto curiosa

- Além de você, eu tenho um menino, ele se chama Griffin e tem 9 anos, quase 10 na verdade... E eu acho que ele vai adorar conhecer você - disse meu pai

- Eu também adoraria - digo sorrindo

O garçom trouxe a comida e nos serviu. Os pratos eram tão bonitos que fiquei até com dó de comer, mas a única coisa que superava a beleza deles era o sabor. Estávamos comendo em silêncio, apenas apreciando cada garfada que colocavamos na boca, até que meu pai resolveu voltar ao assunto anterior.

- Você estava falando sério? Porque amanhã eu vou dar uma festa em minha casa para arrecadar fundos para uma instituição de animais abandonados e eu adoraria que você fosse - disse meu pai entusiasmado

- Eu não sei... - digo olhando para o meu prato

- Por favor, eu queria muito que você conhecesse os meus amigos e o Griffin. E você pode até levar alguns amigos seus se você quiser para não se sentir sozinha e vocês também podem dormir lá depois - disse meu pai com os olhos brilhando

- Mãe? - digo olhando para minha mãe

- É você quem sabe filha - disse minha mãe pegando em minha mão

Já estava mais do que na hora de eu conhecer o meu pai e essa é a vida dele, então eu vou ter que encarar mesmo não sendo algo comum para mim. Olho para ele e ele estava todo ancioso esperando a minha resposta.

- É claro que eu vou Peter - digo sorrindo

- Você vai adorar, vai ter vários cachorros e gatos para as pessoas adotarem... E eu sei que é difícil pra você, mas eu adoraria que com o tempo você começasse a me chamar de pai - disse meu pai

- Na minha cabeça eu te chamo de pai, eu só achei que seria um pouco estranho falar no começo, mas eu juro que eu vou tentar - digo

- Eu acho que esse progresso todo que fizemos essa noite merece uma sobremesa com muito chocolate para comemorarmos - disse meu pai enquanto fazia sinal para o garçom

- Eu também acho - dissemos minha mãe e eu ao mesmo tempo

Nós rimos quando vimos que falamos a mesma coisa ao mesmo tempo. O resto daquela noite foi maravilhoso, acho que nada vai superar esse dia. Ele é incrível e eu sei que ele era um babaca na época de escola, mas ver a pessoa que ele se tornou hoje em dia não tem preço.

Conversamos absolutamente sobre tudo no resto daquela noite, várias pessoas já tinham ido embora, mas nós continuamos lá empolgados com a conversa. Tão empolgados que a recepcionista veio nos avisar que eles estavam quase fechando. Mas antes eu pedi um prato aleatório do cardápio que eu não fazia a mínima idéia do que era para viagem.

- Pra que você quer isso filha? - perguntou minha mãe

- Vocês vão ver - digo empolgada

O garçom me entregou o pacote, meu pai pagou a conta, nos levantamos e meu pai nos acompanhou até a limousine. Eu apressei o passo e bati na janela de Charles que se assustou com o barulho.

- Mil perdões, eu sei que deveria estar esperando vocês do lado de fora para abrir a porta, mas eu estava tão cansado - disse Charles nervoso

- Está tudo bem Charles, sei que deve está com fome por ter ficado a noite inteira nos esperando, mas eu trouxe isso pra você, sinceramente eu não sei o que é, mas deve ser bom - digo entregando o pacote para Charles

- Com todo respeito, a sua filha é incrível senhor - disse Charles sorrindo

- Eu sei - disse meu pai sorrindo também

- Você vai embora com a gente? - pergunto para o meu pai

- Sinto muito querida, meu outro motorista está me esperando logo ali na frente - disse meu pai apontando com a cabeça

- Está tudo bem... Eu amei a noite de hoje, obrigada por tudo - digo abraçando ele

- Eu também amei, a gente se vê amanhã - disse meu pai me dando um beijo na testa -

- Até amanhã - digo entrando na limousine

- Sabe o que falta pra essa noite ser perfeita? - perguntou minha mãe

- O que? - perguntei curiosa

- Charles abre o teto solar - disse minha mãe

O teto solar abriu e minha mãe levantou e me puxou junto. Aquele vento batendo em nossos rostos era tão gostoso e libertador. E assim acabou nossa noite, com nós duas no teto solar cantando todas as músicas que tocavam e as vezes acenando para algumas pessoas que estavam andando na calçada.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.


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