Sou fortaleza, com paredes de concreto e portões de aço. Sou tornado, levo tudo que vejo pelo caminho, destruo o que está ao meu alcance. Tenho forma de metáfora, incompreensível até para bons leitores. Tenho olhos de ressaca, tal qual Capitu, cigana, oblíqua e dissimulada – e eu sequer li Dom Casmurro.
Sou quebra-cabeça e o tempo fez questão de lixar os cantinhos de minhas peças apenas com o intuito de me moldar em novo molde, de me permitir encaixar perfeitamente de modo que eu nunca fiz antes.
E eu amo, tal qual Raul, essa metamorfose ambulante a qual me tornei.
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