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História Olicity - Last Chance - Capítulo 23


Escrita por: buhhsmoak

Capítulo 23 - Capítulo 23


Se tinha uma coisa que Oliver não suportava era se sentir impotente na situação de Felicity. Tentas vezes se colocou em risco para salvar quem amava, mas dessa vez não tinha nada que pudesse fazer por ela.

– Oliver, temos que voltar ao laboratório.

O terraço dos Laboratórios Star era um ótimo refúgio, mas naquele momento era um perigo quando a pessoa que estava presente era Tommy Merlin.

– Vai embora Tommy.

– Acho que já passou da hora de você despejar em mim toda sua frustração.

– E porque eu perderia meu tempo fazendo isso? – se virando e encarando os olhos vermelhos do antigo amigo.

– Eu vou ter que repetir que não sou o vilão? Porque você ainda age como se eu fosse.

– Vilão não, mas meu antigo amigo você não é.

– Não mesmo. Esse permanece morto e acredito que não vá retornar.

O sentimento de perda acompanhava Oliver todas as vezes que encarava Tommy, como se revivesse seu velório dia após dia.

– Não sei como lidar com você, Tommy. Já pensei em todas as possibilidades e não encontro uma que faça sentido.

– Não é fácil, eu sei. Demorei muito para acreditar que as coisas tinham seguido por esse caminho. Observei vocês por um tempo, Ollie.

– A uns dias eu penso sobre isso.

– Pois então, fiquei tentado a te procurar muitas vezes e na única vez que pensei que conseguiria ir pedir sua ajuda, vi a Laurel parada na frente do Verdant. Desisti e nunca mais voltei lá.

– Ela vai ficar devastada quando descobrir que você não está morto.

– Eu sei, não queria que ela sofresse por minha causa.

– Mentir pra Laurel está fora das minhas intenções.

– Imaginei que estaria.

– Muita coisa aconteceu desde que você morreu e a Laurel ajudou a Felicity quando eu fui um cretino com ela. Tenho uma dívida com ela e quando sai de Starling da última vez ela percebeu que alguma coisa estava acontecendo além do estado da Felicity. Não sei como ela ainda não veio pra cá mesmo me prometendo que não viria.

– Muita coisa mudou em mim Oliver, mas o amor que sinto por ela nunca deixou de existir. Só que não sou mais quem ela amou, isso eu nunca vou poder mudar.

– Seja justo com a Laurel e deixe ela escolher o caminho que quer seguir. Se eu aprendi alguma coisa desde que a Felicity entrou em minha vida, é que ela tem direito de escolha tanto quanto eu.

A conversa já não era tão ríspida como no começo, mas a frustração ainda estava no peito de Oliver.

– Depois que a poeira baixar e eu resolver meus problemas vou pedir para o Dr. Wells me ajudar a encontrar um meio de aperfeiçoar minha mutação. Já que não tenho opção de me livrar dela, vou dar alguma utilidade pra tudo isso.

Oliver jamais daria a opção para que Tommy ficasse em Starling City o ajudando a proteger a cidade, mas Oliver sabia que essa era a opção mais provável. Estava prestes a dizer qualquer coisa para mudar de assunto quando uma luz vermelha ofuscou sua visão. Em seguida viu o lampejo vermelho vindo do prédio do outro lado da rua, seguido de um zumbido.

Por um milésimo de segundo Tommy não foi atingido na cabeça pelo tiro que acompanhou o laser. Oliver pulou sobre ele, mas não o protegendo por inteiro.

– Mas o que está acontecendo? – Tommy ainda conseguiu falar antes de perceber que tinha sido atingido.

– Estamos sob ataque. – arrastando Tommy para um canto qualquer que não o deixasse vulnerável.

Oliver voltou para perto da mureta e assim que tentou levantar para olhar para o prédio da frente um novo tiro foi disparado, não acertando o alvo já que Oliver abaixou na hora certa.

– Oliver? - chamou Barry abrindo a porta do terraço e já agachando ao lado de Tommy, desviando de mais um tiro. – Mas o que? – olhando para Oliver sem entender.

– Tire o Tommy daqui, Barry. Ele está ferido. – olhando para o amigo que apertava o ferimento com uma das mãos.

– Eu estou bem. - disse Tommy como se não estivesse sangrando. – Sou tolerante a dor, lembra?

– Barry, agora.

Sem esperar mais, Barry agarrou Tommy e sumiu do terraço. Oliver ainda viu a luz do laser deslizar pelo terraço por alguns segundos antes de desaparecer. Sabia que Tommy era tolerante a dor, mas alguma coisa dizia a ele que o antigo amigo era o alvo de quem quer que estivesse atirando.

Com todo cuidado ele se levantou e arrastando o corpo foi para um dos cantos da mureta. Tentou ver algo no prédio da frente, mas não conseguiu ver nada além das janelas espelhadas. O terraço do outro prédio era mais alto, o que não permitia que Oliver enxergasse qualquer coisa.

Observou por mais um tempo, quando desistindo de encontrar algo pegou o celular do bolso e saiu do terraço, descendo as escadas que davam para os andares inferiores.

– Dig, sofremos um ataque.

–--

Dr. Wells escutou tudo o que Oliver tinha a dizer antes de sair da sala e pedir que os seguranças da Star ficassem de olho nas redondezas. Não precisou dar muitos detalhes porque somente a menção de tiros no terraço já foi suficiente para todos ficarem alerta.

– Estão atrás de quem exatamente? De você ou do Tommy? - quis saber Diggle, que desistiu de ir embora depois que Tommy foi atingido.

– Sem dúvidas do Tommy. – andando de um lado para o outro na sala que Dr. Wells reservou para Oliver se comunicar com a caverna. - Precisamos falar com Sara e descobrir se ela tem alguma novidade em Starling.

– A Laurel com certeza vai estar na caverna.

Oliver sabia que contar a Laurel o que estava acontecendo não era o certo, mas não via outra alternativa.

– Vá até a enfermaria e se certifique que Tommy não virá até aqui enquanto eu estiver falando com a Sara.

– Ok.

A porta nem tinha se fechado ainda quando Barry entrou, pela expressão de poucos amigos alguma coisa tinha acontecido.

– O que foi?

– A Felicity estava falando com a Caitlin quando eu entrei no laboratório falando sobre o Tommy.

– Como ela está?

– Digamos que ela está um pouco mais agitada do que o normal.

– Eu iria contar tudo pra ela de qualquer jeito. – ligando o computador e acionando o telão que ficava na outra extremidade da sala.

– Não vai me xingar? – parando ao lado dele e o ajudando a encontrar uma linha de conexão para ligar para a caverna. – Achei. – já conectando.

– Não tem espaço na minha mente para encontrar xingamentos para você agora, Barry.

Esperaram alguns segundos até o telão ficar todo preto e logo mostrar a imagem de Sara, que não parecia nada feliz em vê-los.

– Me diz que o Diggle está voltando.

– Sinto muito Sara, mas ele ainda está aqui.

– Oliver, essa cidade está a ponto de entrar em colapso. Não estamos dando conta.

– O que está acontecendo?

– Também queria saber, mas até meu pai perdeu a noção das coisas depois da última vez que foi para a rua. Alguma coisa mexeu com sua mente e ele não está mais reconhecendo nada nem ninguém.

Era visível como Sara estava abalada, mas fazia o possível para não deixar isso transparecer. Oliver estava preste a começar a falar quando Laurel apareceu, com o rosto cheio de marcas.

– Oliver? Pelo amor de Deus, cadê o Dig?

– Aqui. – entrando na sala e parando ao lado de Oliver.

– Porque não está de volta? Precisamos de você.

– Eu iria voltar, mas desisti quando o Oliver sofreu um ataque a pouco.

– Um ataque?

Oliver e Diggle se olharam entrando em acordo em manter Tommy fora da conversa. Barry estava buscando algo em um computador ao lado, alheio a eles.

– O que está acontecendo ai? – questionou Sara.

– Queria ter essa resposta, mas estou ligando para vocês exatamente para saber se tem novidades. – disse Oliver.

– A única novidade é que só uma meta humana anda dando as caras por aqui. Ela já enlouqueceu metade da unidade do meu pai.

– Deve ser a que incita o caos. Lembra o que disse o To... – Barry parou de falar assim que percebeu a burrada que tinha feito.

Virou a cadeira com os olhos arregalados, encontrando Oliver com o punho cerrado, finalmente encontrando os xingamentos ideias para despejar em Barry assim que tivesse a oportunidade.

– Digo, o Dr. Wells. – tentando concertar.

– Vocês estão escondendo alguma coisa da gente.

A voz de Laurel saiu esganiçada, contendo um rompante de raiva. Oliver voltou a encara-la no telão e suspirou de frustração por não encontrar uma boa desculpa para continuar mentindo para ela.

– Eu queria contar isso pra você pessoalmente Laurel, mas os últimos acontecimentos não me permitem.

– Vou ver como a Felicity está. – disse Barry sumindo no segundo seguinte.

– Anda Queen, desembucha.

Sara só observava a conversa entre eles, mas só pressentia que o pior estava por vir.

– Quando a Felicity estava em coma, uma pessoa apareceu para nos ajudar. – começou Oliver. – Lembra das experiências que eram feitas nas docas?

– Sim. – respondeu Laurel no automático.

– Então, essa pessoa foi submetida a essas experiências e se tornou um meta humano como a Felicity.

– De quem você está falando, Oliver? – Laurel já sentia seu estomago revirando pro saber que essa pessoa tinha mais a ver com ela do que com a irmã.

– Você precisa me prometer que não vai tomar nenhuma atitude depois que eu te contar quem é.

– Oliver. – impaciente.

– Me promete Laurel. – ficando ainda mais sério.

Ela hesitou por alguns segundos, Sara se colocou ao lado da irmã e a abraçou pelos ombros. Sabia que algo grave vinha por ai.

– Eu prometo. – dizendo com receio de não conseguir cumprir essa promessa. – Anda, fala logo quem é essa pessoa.

– Sou eu.

O rosto de Laurel perdeu a cor no mesmo instante que seus olhos focalizaram em quem estava parado atrás de Oliver. Sara estava tão chocada quanto a irmã, mas precisou apertar o agarre para que ela não caísse.

– Tommy? – Laurel quase não tinha voz para chama-lo, seus olhos encheram de lágrimas e segundos depois ela desmaiou.

– Laurel.

Roy estava chegando na caverna quando viu Laurel desmaiada nos braços da irmã. Correu para ampara-la e quando olhou para o monitor quase perdeu os sentidos também ao ver quem estava entre Oliver e Diggle.

– Eu estou vendo o Tommy ou meu cansaço está me fazendo ter alucinações? – pegando a Laurel e a acomodando na cadeira que era de Felicity.

– Oliver o que está acontecendo? Como é possível ele estar vivo? – deixando o corpo cair sobre a cadeira ao lado da irmã.

– É uma longa história. Cuidem de Laurel, assim que ela voltar a si explicamos tudo.

Tommy olhava fixamente para o rosto pálido de Laurel. Se tinha uma coisa que o abalava era saber que nunca mais teria uma vida normal com ela. Deixou o corpo pesar sobre a cadeira vendo o telão ficar preto.

– Vou ver como a Felicity está, ok? – disse Oliver, olhando de Diggle para Tommy, que não se movia.

– Vou ficar aqui com ele. – disse Diggle.

– Vamos encontrar um modo de resolver tudo isso, Tommy. E tenho certeza de que Laurel vai ser a primeira a querer te ajudar.

Esse era o maior medo de Tommy, de ver Laurel envolvida na bagunça que sua vida tinha se tornado. Pela primeira vez desde que chegou a Central City para ajudar Felicity, ele desejava não estar vivo para ver o quão vulnerável Laurel tinha ficado ao saber de sua existência.

– É exatamente isso que me preocupa, ela achar que eu tenho salvação.



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