1. Spirit Fanfics >
  2. Olicity - Last Chance >
  3. Capítulo 07

História Olicity - Last Chance - Capítulo 07


Escrita por: buhhsmoak

Notas do Autor


Voltei a postar aqui no Spirit. Tenho muitos capítulos para atualizar, aos poucos colocando tudo. =***

Capítulo 7 - Capítulo 07



Barry estava tão confuso quanto Oliver sobre a troca de suas assistentes. Por mais que Oliver tentasse obter novas informações sobre a ida de Felicity para Central City, Barry sabia tanto quanto ele. Estavam nas docas, onde combinaram de se encontrar para que Feliciy não soubesse de nada.

- Olha, Oliver. Tenho que confessar que ela até que demorou para tomar essa atitude. - dizendo, mesmo sentindo que estava falando demais. 
- Eu sei. - sentindo o mau humor despontar por concordar com ele.
- Ela te colocou contra a parede, não é?
- Sim.

    Era obvio até demais que Felicity e Oliver se gostavam e Barry sabia disso mais do que qualquer um. No começo ficou muito mal por saber que não teria chance com ela, mas com o tempo entendeu que a pessoa que realmente lhe interessava estava mais perto do que ele imaginava.

- Eu não tenho que me meter, mas eu no seu lugar já tinha resolvido isso.
- Ah é? - o encarando, de braços cruzados. 
- É. - o encarando de volta, com receio de estar passando dos limites. - Uma pessoa como a Felicity a gente não costuma encontrar sempre, ainda mais quando ela mostra ter sentimentos por você.
- Eu sei, mas não é tão fácil assim. 
- Eu sei que não é. Esqueceu que estamos na mesma posição? Mas e dai? A nossa vida já é cheia de dificuldades, porque não descomplicar uma parte dela?

    Oliver estava prestes a começar seu discurso sobre a segurança de Felicity e que o melhor era se manter a distância, quando Roy apareceu.

- Finalmente te encontrei. - esbravejou Roy.
- O que aconteceu? - ficando em alerta. 
- A Felicity sumiu.

---

    Tudo estava escuro quando Felicity abriu os olhos. Sentia os pulsos arderem e quando tentou se mover a dor multiplicou.

- Se eu fosse você não se moveria.

    A voz rouca não era conhecida por ela, mas um calafrio subiu por sua espinha quando percebeu que só conseguia ouvir sua respiração e a do outro homem. Estavam sozinhos em meio a escuridão.

- Engraçado como ficamos vulneráveis no escuro, não? Acho que deve ser essa a sensação do Arqueiro quando não tem você para guiar seus passos.
- Quem é você?

    Alguns passos foram dados pela sala, mas Felicity não sabia dizer a distância que ele estavam de si.

- Sou um conhecido do Arqueiro. 
- E porque estou aqui?
- Porque você é importante pra ele e nada melhor do que mexer com alguém da equipe para ter a atenção dele.

    Um nó começou a se formar na garganta dela, mas respirou fundo para que não se deixasse abater. Precisava de toda a sanidade que ainda restava, mesmo não tendo ideia de onde estava e quem era aquele homem que a capturou.

- Fique tranquila que não farei nada contra você, meu problema é com o Arqueiro. Ele fez uma escolha a dois anos atrás e pelo egoísmo dele eu perdi a pessoa mais importante da minha vida. Está na hora dele pagar por isso.

    Mais alguns passos foram dados e logo uma porta foi aberta. A luz que vinha de fora era fraca, mas foi suficiente para que Felicity visse a silhueta do homem. Conseguiu ver que estava em uma sala pequena, sem moveis, além da cadeira que estava sentada. Quando a porta bateu e fez a escuridão voltar, ela fechou os olhos tentando conter as lágrimas, mas não foi suficiente para afastar o desespero.

---

- Finalmente.

    Laurel nem tinha terminado de descer as escadas quando Oliver avançou em sua direção.

- Cade ela? 
- Não faço ideia. 
- Como não? Você não é a mais nova amiguinha da Felicity? - esbravejando.
- Pode parar com isso, não fui eu que fiz ela chorar horas a trás.

    Sem querer, Laurel falou mais do que deveria. Oliver franziu a testa e pensou em questionar o porque do choro de Felicity, mas não era hora pra isso. Tinham que encontrá-la.

- Você acha que ela foi embora? - perguntou com medo da resposta.
- Claro que não, ela nunca faria isso sem falar com ninguém.
- Oliver. - Roy desceu as escadas correndo e parou ao lado de Laurel, quase sem conseguir respirar.
- Acharam a Felicity?
- Não. - tentando controlar a respiração. - Achei o celular dela caído na saída da estação de trem.
- Isso mesmo. A mãe dela ia embora hoje. - se culpando por esquecer disso.
- Onde estão os outros? - perguntou Oliver.
- Vasculhando cada canto da estação e redondezas.
- Alguma coisa aconteceu.

    O instinto de Oliver nunca falhava. Sabia que se ela não estava em lugar nenhum era porque alguma coisa tinha realmente acontecido. Infelizmente não demorou muito para que eles descobrissem a verdade.

---

- Acho que estamos prontos.

    Uma luz forte foi acendida na frente de Felicity e ela teve que fechar os olhos para se acostumar com a claridade. Não sabia o que estava acontecendo, mas entendeu quando finalmente conseguiu abrir os olhos. Uma câmera estava a poucos centímetros de distância da luz, a colocando em primeiro plano. O tal homem estava com o rosto exposto, como se não se importasse de ser identificado, o que era estranho para alguém que estava cometendo um crime.

- Vamos mandar uma mensagem para o Arqueiro, ele deve estar preocupado com você. 
- Ele vai te encontrar. - sentindo a raiva se misturar com o pânico.
- Mas a intenção é exatamente essa, nos encontrar.

    Em nenhum momento o homem tocou nela, somente se posicionou atrás dela depois de acionar a gravação da câmera. Quando a câmera foi desligada, ela sabia que os problemas que aquele homem tinha com Oliver não eram somente sobre o mundo do crime, alguma coisa pessoal tinha acontecido em relação ao homem pelo modo que ele se referia ao passado. Pela primeira vez no pouco tempo que pensava estar ali, ela começou a rezar para que Oliver não a encontrasse, porque se assim fizesse, algo muito ruim poderia acontecer.


---


- As vezes a gente se sente perdido, porque certas pessoas que nos dão o rumo a seguir são tiradas da gente.

    Oliver não conseguia respirar enquanto assistia ao vídeo, onde Felicity estava amarrada em uma cadeira e um homem, que Oliver sabia quem era, falava.

- Não se preocupe, Arqueiro. Sua assistente está segura, mas só vou soltá-la quando estivermos cara a cara e nas minhas condições. Você tem uma dívida comigo. Nunca se esqueça disso.

    Ele olhou para Felicity e sorriu. Saiu de foco por um instante, nesse momento ela olhou na câmera e ele pode ver o pânico em seu olhar.

- Não, Oliver.

    Foi a única coisa que ela disse antes do vídeo acabar.

- Do que esse homem está falando? Que condições são essas? - quis saber Dig.
- Esse homem acha que eu fui culpado pela morte da filha dele.
- Como assim? - quis saber Laurel.
- A filha dele trabalhava em um bar perto das docas. Ela morreu a dois anos atrás e foi por estar no lugar errado e na hora errada. Ele me culpa de ter escolhido ir atrás dos bandidos e não salvar a filha dele.
- E você fez isso? - quis saber Laurel.
- É claro que não. - se sentindo ofendido. - A filha dele estava em uma das extremidades das docas quando uma explosão aconteceu. Eu estava justamente tentando evitar isso, mas os traficantes que estávamos perseguindo foram mais rápidos. Eu segui a pista dele e só fiquei sabendo que teve uma vitima depois. 
- Lembro disso, mas muito vagamente. - disse Dig.
Oliver entendia o ódio que aquele homem alimentava, mas esse problema era entre eles e não tinha nada a ver com Felicity. Um novo vídeo chegou, mas agora somente o homem aparecia. Ele dizia que estaria esperando por Oliver no mesmo lugar que sua filha morreu e que Felicity estaria com ele.
- Isso está muito estranho, não acham? - disse Roy. - Ele está se expondo demais.
- Parece que essa é a intenção dele.
- Esse é o problema. Ele não quer fugir. Já perdeu a filha, o que ele tem a perder?

---

Oliver sabia que as coisas podiam sair de controle a qualquer momento. Não sabia o que aquele homem era capaz, mas não se importava com si mesmo, tinha que tirar Felicity do meio de tudo isso. Tudo estava deserto no ponto de encontro, mas não demorou muito para Oliver ouvir passos em um ponto mais escuro.

- Posso te acusar de muitas coisas, mas nunca de não ser pontual.

Se virando, ele viu o homem parado a poucos metros de onde estava, sozinho.

- Onde está a minha assistente? 
- Em um lugar seguro, no momento certo vou soltá-la.
- O que você quer?
- Quero que você sinta o mesmo desespero que senti quando minha filha foi tirada de mim.
- Eu não sabia que sua filha estava lá na hora da explosão.
- Mentiroso. - esbravejou, perdendo a calma pela primeira vez.
- Não estou mentindo. Só fui informado que tinha uma vitima bem depois.
- Como vocês que se dizem protetores, podem ser tão frios desse jeito? Quer que eu acredite que não sabia que minha menina estava lá? - cuspindo as palavras. - A obrigação de vocês não é só prender os bandidos e sim proteger os inocentes.
Não tinha nenhum argumento que Oliver poderia usar para que o homem mudasse sua opinião sobre aquilo.
- O que você quer? - repetiu a pergunta.
- Já te disse. Quero que você sinta a mesma dor que eu senti.

Assim que um sorriso doentio se formou no rosto do homem, Oliver sabia que ele estava mentindo quando disse que não faria mal a Felicity. Aquele brilho em seus olhos era de pura maldade.

- Onde ela está? - gritou Oliver.
- Está em um lugar que você não pode chegar. - olhando por sobre o ombro de Oliver.

O pânico já tinha tomado conta de Oliver quando ele se virou. A uns 100 metros de onde eles estavam, ele pode ver um barco de pequeno porte. E no meio dele um foco de luz indicava alguém amarrado a um mastro. Alguém de cabelos loiros e que ele conhecia como ninguém.

- Felicity. - o nome dela saiu como um sussurro de seus lábios.
- Boa sorte salvando sua assistente, se é que você é capaz disso.

Oliver nem se deu o trabalho de se virar. Sem pensar, ele se atirou na água e começou a nadar como se sua vida dependesse disso.
Tudo aconteceu muito rápido, enquanto Oliver tentava ser o mais rápido que podia, um zunido fez com que ele parasse. Olhou para o barco que ainda estava longe, mas de dentro da água não conseguia ver Felicity. O silêncio só era quebrado pelo zumbido, que aumentava cada vez mais.

Foi ai que Oliver entendeu que não conseguiria salvá-la. Mesmo voltando a nadar, ela estava longe demais e o zumbido era o sinal de que o fim estava próximo. Foi então que tudo explodiu.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...