História OMG! Sou a babá do BTS - Seven - Texting her

P.O.V Taehyung

Min ho enviou uma mensagem.

— Finalmente! — Jungkook sai de sua posição reflexiva, pronto para tocar no aparelho proibido. Eu o acompanho na expectativa de ler as tantas mensagens enviadas à nossa babá, num curto espaço de tempo, mas o líder do grupo nos barra, torcendo nossos pulsos. O maknae choraminga, sendo solto por Namjoon.

— Como vocês são teimosos! Não é certo invadir a privacidade dos outros, quanto menos da nossa babá, que cuida tão bem da gente. — Ele discursa, fazendo-nos revirar os olhos em reprovação.— Façam isso de novo e arranco os olhos de todos vocês. — Adverte e nós seguramos o riso.

— Por que estão tão preocupados com as mensagens que chegam? — Suga questiona, tentando espiar a tela  do aparelho posto à mesa de centro, no meio da roda de meditação.

— Min ho... Ela salvou o nome dele! — Informo contrariado.

— Será que é um namorado? — Questiona J-Hope, acabando com minhas esperanças.

— Cala a boca! — Eu, Jimin e Suga dizemos em uníssono, fazendo com que nos entreolhemos.

— Hum... Entendi tudo! — Jungkook curva os lábios num sorriso  malicioso. Lá vem.

— Vocês três querem ser o oppa dela! — Ele gargalha.

Como se fosse possível que eu gostasse de uma caipira como ela!

Ouve-se um limpar de garganta e nós todos ficamos em silêncio. Fechamos os olhos e fingimos meditar.

— O que vocês falam que não posso ouvir? — É o mesmo aroma de morango de minutos atrás, quando nossos rostos estavam muito próximos. Eu posso sentir o perfume que exala de sua pele à quilômetros de distância, como um predador faminto. O que está de errado comigo? Quando me tornei uma fera de olfato hiper sensível?

— Nós discutimos sobre a falta de virilidade do Taehyung. — Entre abro meus olhos que soltaram chamas contra Namjoon que permanecia de olhos fechados, fingindo meditar. — Você quer saber sobre o tamanh...

Abro meus olhos em alarme. Não é possível que ele omita à esse ponto! Que humilhação! 

— Não! — S/N adverte, fazendo risos ecoarem pela sala. Meu coração dispara frente à exposição de Namjoon. Eu vou matá-lo. — Não estou interessada. — Ela rejeita, torcendo  o nariz. Eu sorrio pela reação dela. S/N tem uma expressão realmente fofa.

— Pois esse é o assunto que tentamos esconder de você. — Nosso líder continua omitindo a verdade como um cão fiel.

— Me perdoem pela intromissão,nesse caso. — Pede, nos reverenciando.

— Algumas vezes eu penso que nós somos suas babás. — Deixo meu pensamento escapar em linguagem verbal e todos os membros me encaram. 

S/N, que ia se dirigindo para o jardim com seu chapéu de palha e tendo uma pá em mãos, vira seu corpo para mim, expressando ofendimento.

— Por que pensa isso? — O mais novo de todos nós, questiona, se intrometendo.

— Ela é pequena, frágil, inocente e só sabe cozinhar e limpar. Nós damos à ela abrigo, um quarto de frente para o mar e alimento. Sinto que nós a protegemos. 

Ela cora, não pronunciando uma palavra.

— Eu discordo. Me sinto meio infantil com S/N aqui. Sinto que ela nos dá o amor materno de que precisamos agora que estamos longe da nossa família. — Suga a defende.

— Sinto que a onee-chan é mais forte que todos nós juntos. — Jimin opina e essa discussão não parece como se ela estivesse presenciando, já que S/N não nos interrompe em um só segundo, nem o som de sua respiração sou capaz de ouvir. — Se esse não fosse o caso, por que nosso manager a escolheria para cuidar de seis adolescentes problemáticos? 

Ela pisca várias vezes, encarando o chão. 

Não sei mais como defender minha teoria, nem sobre o que ela está pensando, muito menos se algum de nós está certo sobre sua afirmação. Ela apenas maneia a cabeça e sai pela porta da frente, arrastando um saco de terra vermelha.

— O que foi isso? — J-Hope torna em palavras todas nossas incertezas. 

— Penso que onee-chan está magoada. — Jimin opina. Uma forte dor no peito me invade, como uma doença inexplicável. Será que, quando S/N olhou para baixo, ela na verdade estava tentando conter as lágrimas?

— Eu não disse nada demais. — Me defendo, embora esteja incerto disso.

— Talvez ela seja sensível, só isso. — Suga diz e Namjoon assente.

— Sim, deve ser isso.

— Eu devo ir vê-la? — Indaga Jungkook, já se levantando e desamassando suas roupas de verão. 

Não. Eu quero dizer. Não quero que nenhum outro membro seja tão próximo dela quanto eu, mas, ao invés disso, apenas assinto, fazendo com que o mais novo desapareça sob nossos olhares, tomando o mesmo caminho de S/N.

P.O.V Jungkook

S/N estava sentada sobre seus pés enquanto cavava em nosso jardim. Os raios solares típicos do verão, transpassavam entre os galhos de uma cerejeira que começava a desabrochar flores cor de rosa em cada extremo, refletindo um belo jogo de sombras no rosto da garota que tem a pele muito bonita e os olhos mais bonitos ainda.

Ela me vê enquanto me aproximo, soltando um sorriso tímido e enxugando o rosto desesperadamente com o dorso da mão. 

Então ela realmente estava chorando. Por que?