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História On My Way - Professora Julia


Escrita por: LoboDaEstepe e Juma_Strike

Notas do Autor


Olá pessoas, tudo bem? @Juh_Black na área.
Mais um capítulo. Espero que gostem. E desculpem os erros.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Professora Julia


Fanfic / Fanfiction On My Way - Professora Julia

- VOCÊ FEZ O QUÊ?

O grito irritante de Lena chamou a atenção da lanchonete onde se encontrávamos depois da escola. O treino de futebol tinha terminado e eu ainda estava radiante quando Marco veio me cumprimentar e confirmar minha presença no jogo de sábado, deixando minhas amigas surpresas e curiosas. Mas nada era mais importante do que Candy voltar afobada para as arquibancadas, junto de um Mario Götze totalmente sem graça.

- Isso, Lena, grita mais. Quer um auto-falante? - Candy sussurrou irônica. - O que eu podia fazer? Estava desesperada!

- Mas beijar Mario Götze para espantar o Schmidt foi golpe baixo, Candy. Muito baixo.

- Eu sei. - Candy baixou a cabeça, envergonhada. - Eu pedi desculpas pra ele depois, mas...

- Mas... - Pedi pra ela continuar. Candy respirou fundo antes de dizer:

- Vou ter que sair com ele.

- O quê?

- É isso! Pronto. Vou ter que sair com Mario Götze. Ele não admitirá ser usado pra espantar ex e agora eu vou ter que sair com ele! – Candy bufou irritada.

- Oras, mas isso é bom, não é? - Falei e as meninas me olharam assustadas. - Se começar a sair com o Mario, quem sabe se livra do Jake. Ele vai ver que perdeu.

- Nós só vamos sair, Ju. É apenas um encontro. E isso não vai espantar o Jake.

- Você quer se livrar dele? Lena perguntou. Candy assentiu. - Pronto. Dê uma chance ao Mario, mostre a Jake que você está em outra.

Candy ficou calada. Parecia pensar nos nossos conselhos. Será que Mario aguentaria sustentar um namoro de mentira, mesmo que gostasse dela? Então, era melhor ser honesta com ele e com ela mesma.

- Eu não sei... Mario é legal, mas...

- Mas nada! - Lena interrompeu. - Mario é muito melhor que o Jake. Se livre dele. Daí ele para de te encher.

- Concordo com a Lena, Candy - apoiei.

- Ok! Ok! Vocês venceram. - Candy bufou irritada. - Vou dar uma chance ao Mario. Vamos sair para ver o que acontece.

- Apoiada! - Lena bateu palmas. Eu apenas sorri. Era evidente que Mario gostava de Candy e não seria justo ela usar ele. Era mais fácil dar uma chance.

- Mudando de assunto, dona Julia. - Candy me tirou dos meios devaneios. - O que foi aquilo no treino?

- Aquilo o quê? - Me fiz de desentendida, bebendo um gole de suco para disfarçar.

- Fora que Marco de cumprimentou um pouco feliz e veio conversar com você depois do jogo?

Corei. Eu estava fugindo do assunto "Marco Reus" porque eu não queria parecer tão empolgada quanto já estava. Odiei-me por isso.

- Ele só veio confirmar se iremos ao jogo. - Dei de ombros, mas o rubor na minha face ainda era evidente.

- E desde quando vocês conversam? - Lena perguntou, arqueando uma sobrancelha.

Respirei fundo e contei pra eles como encontrei o Marco no parque. O atropelamento e a conversa enquanto comíamos um delicioso apfelstrudel. Só de me lembrar aquele doce, eu me lembrava dele e um sorriso bobo surgia no meu rosto. - e foi isso. Nada demais. - Terminei o relato e as duas me olhavam de olhos arregalados.

- Então... - Lena começou - você saiu com o Marco pra comer apfelstrudel?

- Você ouviu o que eu disse? Eu não saí com ninguém! Foi um acidente!

- Sobre o que conversaram? - Candy perguntou.

- Escola, faculdade, essas coisas... - Dei de ombros. - Só isso.

- E agora vocês são amigos?

- Estamos mais para colegas. Não é nada! - Queria mudar de assunto. Falar dos meus sentimentos por Marco doía. Agora mais que ele sabia que eu existia e conversávamos. Não queria me iludir. Só de dizer "oi" e "tchau" já estava bom.

- Nós sabemos que você gosta dele. Não adianta disfarçar. - Candy disse séria. Meu silêncio fora a resposta.

- Vou tentar não gostar, prometo. Ele tem namorada e eu não quero sofrer por isso. - Falei forçando um sorriso.

- Sou super a favor de vocês juntos. - Candy disse, nos pegando de surpresa. - Não gosto da Carolin. Acho ela metida e nojenta.

- Mas não é você que tem que achar isso, Candy. - Lena disse.

- Tem razão. A Carolin deve ter algo bom pro Marco gostar dela.

- Eu sei o que ela tem. - Candy fez um gesto e nós rimos.

Eu adorava aquelas duas. Eu podia me abrir com elas que elas ouviam e davam ótimos conselhos. E conversar com elas sobre meus sentimentos por Marco só me fazia acordar pra realidade e perceber que ele nunca me veria com outros olhos.

Marco

-... é claro que ela fez isso para espantar o Schmidt, mas aproveitei e a chamei para sair. Vou sair ganhando nessa história. – Mario relatava o pequeno encontro com Candice enquanto nos trocávamos. O treino havia sido puxado. Meus pés estavam me matando.

- Eu não acredito que ela namorou o Schmidt. Esse cara é um idiota. – Mats disse e concordamos.

- Eu sou mais eu. Vou espantar esse Jake, podem ter certeza! – Mario disse confiante.

- Você com a Candy e eu com a Lena. Seremos os “casais vinte”. – Mats disse brincando.

- Se resolveu com a garota, Hummels? – Perguntei.

- Ainda não. Mas não vai demorar.

- Você está afim dela, não está?

- Estou, cara.

- Mas e a Cathy? – Insisti e Mats fez uma careta.

- Ela não faz meu tipo. É muito superficial. A Lena... – suspirou. – Ela é diferente, sabe?

- Entendi.

- Acho que acertamos, não é? – Mario interviu. – Estamos afim de duas garotas maravilhosas. Só falta o Mario largar a Carolin e pegar a outra... como é mesmo o nome dela? Julie?

- O quê? – Perguntei pasmo. Eles não estavam sugerindo aquilo. – E quem disse que vou largar a Carolin? Eu gosto dela!

- Mas você ficou de papo com a Julie depois do treino. Depois de comerem juntos na praça.

- E daí? Isso não significa que eu gosto dela. E não é “Julie”, Mario. É Julia, com “a”. Eu a convidei para o jogo e ela vai, junto com as “minas” de vocês.

- Mas vocês fariam um casal legal. Ela parece inteligente e os opostos se atraem.

Bufei irritado. Eles não iriam me infernizar com aquilo, não mesmo. Carolin podia não ser a mulher mais perfeita do mundo, mas eu gostava dela. Tínhamos nossas diferenças e estávamos juntos há três anos.

Depois da briga que tivemos, fizemos as pazes e ela havia me comprado uma calça jeans de marca como pedido de desculpas. Mats ironizou que ela queria me comprar com isso. Nem dei bola. Carolin era meio materialista, mas era carinhosa e simpática e isso me agradava muito.

- Reus!! – O treinador Klopp entrou no vestiário. – O diretor que falar com você.

Gelei. Sabia sobre o que era. Meu desempenho em matemática estava indo de mal a pior e eu poderia perder a vaga no time se eu reprovasse. Pior! Poderia perder a bolsa pra faculdade.

- Estou indo. – Peguei a minha mochila e me despedi dos meus amigos. – A gente se vê depois.

Entrei na sala do diretor que estava analisando uns papéis. O diretor, Peter Adler, era uma pessoa calma, mas impunha respeito.

- Com licença, Sr. Adler. – Chamei a atenção dele, que olhou pra cima.

- Ah, senhor Reus. Sente-se. – Ele apontou a cadeira na qual eu sentei. – Bom, eu o chamei aqui, senhor Reus, para falar sobre suas notas de matemática.

Afundei-me na cadeira. O que eu podia fazer se eu e os números, fora os de futebol, não nos dávamos bem?

- Você sabe que se for reprovado...

- Eu perderei a bolsa. – Conclui com um suspiro. – Eu sei. – Senti um bolo na garganta. Bateu-me um desespero. Só havia um jeito de eu continuar no time: enfiar a cara nos livros.

- Pois então, senhor Reus... trate de se esforçar mais. Um B+ já ajuda.

- Tudo isso? – Perguntei irônica. O diretor permaneceu calado. – Eu vou me esforçar, eu prometo.

- Por favor. Você é o melhor jogador que temos e tem um futuro brilhante como profissional. Não jogue isso fora. Todo esforço vale a pena.

- É, eu sei. Eu vou tentar.

- Ótimo. Bom jogo na sexta. – O Sr. Adler me deu a mão e eu sai com a cabeça a mil. Precisava fazer alguma coisa. Apaixonar-me por matemática, talvez. Será que Carolin conhecia alguém que pudesse me ajudar.

- Amor!! – Carolin correu até mim e se jogou nos meus braços. – Estava com saudades de você. – Disse me beijando. – Não nos vimos depois do treino e quem era aquela pateta com quem você estava conversando? – Desvencilhou-se de mim e colocou a mão na cintura, esperando resposta.

- Ela é amiga da garota que o Mario está afim. Perguntei se ela iria ao jogo. – Pensei logo nessa desculpa. Disse o nome do Mario, pois Carolin era amiga de Cathy e não podia dizer que ele gostava de outra, senão ela iria correndo contar pra ela.

- Ah bom... Já estava com ciúmes. – Ela fez biquinho, mexendo na gola da minha camisa. – Estou com saudades. Vamos namorar um pouquinho? – Falou maliciosa. A idéia era boa se eu tivesse cabeça, mas meu foco era achar alguém que me ensinasse matemática e me ajudasse nas notas.

- Caro, eu adoraria, mas... Eu preciso resolver uma coisa. Aliás, sabe de alguém que goste de matemática?

- Quem gosta de matemática? – Carolin riu e revirou os olhos. Bufei. Já vi que eu não poderia contar com ela e nenhum dos seus amigos. Mats e Mario passavam raspando na matéria e não tinham esse problema. Acho que teria que contratar um professor particular.

Julia

Os professores deviam odiar a gente. Estava sentada na mesma, olhando a pilha de tarefas, sem saber por onde começar. Lista de exercícios de Matemática, redação de História sobre a Segunda Guerra Mundial, fazer uma Mapa que mostrasse a topografia da Ásia... E tudo isso pra amanhã. Eu estava doida.

Depois da lanchonete, fui para a cara. Ajudei a minha mãe e agora estava sentada com a pilha de livros, cadernos e atlas. Respirei fundo e resolvi começar pelo mais fácil: a redação. Comecei a fazer. Depois os exercícios de matemática, que eu estava conseguindo dominar bem e, por último, o mapa.

Eram quase seis horas da terminei quando terminei. Meio zonza, fechei os cadernos e fui tomar banho. A água quentinha relaxou e me acalmou com o estresse. A escola estava me matando. Mas não era só ela. Um certo loiro de olhos verdes escuros não saia da minha cabeça. Fechei os olhos pra tentar espantar esses pensamentos, mas seu sorriso torto – que fora dirigido a mim quando dividimos o apfelstrudel – invadiram a minha mente com força.

- De que adianta pensa nisso, se ele está com outro. Vamos Julia, esquece ele. Vai. Tem tantos rapazes solteiros... não, nada de namoros. Foco na escola.

Sai do banheiro, enrolada na toalha. Já trocada, fui para o quarto e liguei o rádio. A música que estava tocando não ajudou em nada.

So don't act like it's a bad thing
To fall in love with me
'Cause you might fuck around
And find your dreams come true with me
Spend all your time and your money
Just to find out that my love was free
So don't act like it's a bad thing
To fall in love with me, me
It's not a bad thing to fall in love with me, me

- Ai, não! Essa música não! – Desliguei o rádio, sentei na cama e respirei fundo. Eu precisava fazer outras coisas para esquecer Marco Reus. Focar nos estudos me fazia esquecer um pouco ele, mas até quando?

Marco

Dei uma desculpa para Carolin novamente. Ainda não havia conseguindo resolver meu problema. Precisava urgentemente de aulas particulares de matemática. A professora Hensel era boa, mas minha dificuldade era tamanha.

E agora estava eu na biblioteca – lugar que eu quase não entrava – olhando para um livro de matemática. Abri-o. Os números saltavam dele e parecia grego para mim.

- Ok, garota, agora é só eu e você... – Olhei para o livro. – Droga por onde eu começo? – Sussurrei frustrado. Eu teria que pedir para meus pais contratarem um professor particular ou pagar um curso de matemática. O fantasma da dispensa estava mais vivo que nunca e, pela primeira vez, me encontrei perdido.

- Então, a Candice está mesmo namorando o Götze?

Essa voz me tirou dos meus pensamentos. Eu estava oculto numa estante e a voz vinha de perto espiei por ela e puder ver Schmidt inclinado na mesma, conversando com alguém. A pessoa murmurou alguma coisa.

- Por que eu acho que tem alguma coisa errada nessa história? – Ele parecia meio irritado.

- Porque não tem. – Julia encarou Schmidt. – Eles estão juntos e fim.

- Não por muito tempo.

Não agüentei. Sai de trás da estante e me aproximei.

- Algum problema aqui? – Perguntei olhando para ele e Julia, que parecia um pouco desesperado.

- Cai fora, Reus. Isso não é da sua conta.

- Ele só queria saber do namoro da Candice com o Marco – Julia falou tudo aquilo sem respirar.

- Admita, cara, que você perdeu a Candice - falei firme, encarando ele. – Agora, cai fora.

- O quê? – Perguntou ele com raiva, mas com um pouco de receio.

- Além de babaca, você é surdo? Eu disse: cai fora.

Schmidt bufou.

- Isso não vai ficar assim, Reus. – Lançou um olhar raivoso para Julia antes de sair da biblioteca.

- Obrigada... – murmurou Julia. – Você o conhece?

- Jake Schmidt? Quem não conhece? Ele pensa que sabe jogar futebol. – Ri amargo. – Eu não acredito que a Candice namorou ele.

- É... é complicado - ela disse meio sem-jeito. – Mas agora ela está com o Mario, ele vai ter que desencanar.

- Não foi bem isso que ele me falou - disse e ela me olhou assustado. – Que eu saiba, eles só vão sair.

- É... eu devia ter imaginado que ele contaria a você – ela murmurou. – Ele está bravo com ela?

- Não... só feliz que vai sair com ela. – Respondi observando o livro que ela tinha aberto na mesma. Era o mesmo que o meu. – Você é boa em matemática?

- Eu gosto. É um ótimo treino.

Eu não podia acreditar. Era bom demais pra ser verdade. Será que Julia poderia me ajudar?

- Eu posso? – Apontei a cadeira na frente dela. Ela assentiu e eu sentei. – Eu sou péssimo nisso. Não entendo nada.

- É normal ter dificuldade. Na minha sala sempre tem alguns que fica boiando na matéria.

- Suas notas são boas? – Eu precisava saber mais antes de falar a minha proposta.

- Dá pra passar de ano. – Ela sorriu.

- Ótimo. – Sorri e ela me olhou sem entender. – Posso de pedir um favor? – Ela assentiu e eu continuei: - Eu estou mal em matemática e posso ser dispensado do time caso reprove a posso perder a bolsa. Será que você pode me dar umas aulas?

- Você está falando sério? – Ela perguntou incrédula.

- Claro. É só me dizer quando quer cobrar. – Falei brincando

- Você está me ofendendo. – Ela cruzou os braços. Arrependi-me.

- Desculpa. Mas, você pode me ajudar?

Ela demorou alguns segundo antes de assentir.

- Claro. Podemos marcar de estudar depois das aulas... ou quando você quiser.

- Tudo bem. – Sorri aliviado. – Obrigado, Julia.

- Sem problemas. – Ela sorriu em agradecimento.

Aquilo seria muito, mas muito divertido!

 


Notas Finais


Pronto, pessoal.
Desculpem o clichê, mas achei legal essa maneira de aproximar Julie e Marco.
Sobre a música, ela se chama "Not a Bad Thing", do Justim Timberlake. Link: https://www.youtube.com/watch?v=Vjty080jy60

Espero que gostem. Bjos.

PS: quer ser uma princesa alemã? Mande o whats. Falamos sobre tudo: futebol, fics e outros assuntos.


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