História On That House - Sincronia

 

Carol Pov

 A festa foi muito boa. Melhor do que o esperado e com boas lembranças pra levar na bagagem. Porém, o dia seguinte não foi dos melhores pra quem exagerou no colega etílico. Chen, Luhan e Lay acordaram com dor de cabeça. Eu e Minseok – o barista da casa! – reforçamos o café preto.

— Aish! – o unicórnio reclamou. – Esse café tá forte demais!

— Claro que está! Foi feito pra curar ressaca, não pra coffee break. – respondi.

O resto dos caras estava comentando a noite. As partes mais marcantes. E na minha humilde opinião, a melhor foi a Lala dando um senhor pt, bem bonito mesmo. Posso dizer que eu vivi pra ver isto! Lembrar disso me fazia sorrir pro nada. Algumas das mulheres se sentavam a mesa sonolentas. Pura preguicinha! Observava as reações do grupo, e aí meus olhos pousaram no menino Kai… Pensativo, com as mãos nos lábios… Eita, a vaca da Laís causou uma impressão e tanto!

— Você vê o que eu vejo, Carol?

— Sim Ster! E tá me dando até vontade de cantar… – preparei minha garganta e soltei o português. – (em português) Esse beijo da tua boca tem sabor de fruta fresca, o toque dos teus lábios não sai da minha cabeça…

— (em português) Esse beijo com que sonho, quando a brisa me refresca. Que me leva até o céu e a terra me regressa… – Ster completou e rimos.

A mulherada toda começou a cantoria, e chamou a atenção do EXO. Lorrana e Fran dançavam de tão empolgadas. “O que estão cantando?”, indagou meu amigo impressionado. Os boys ainda estão aprendendo português, mas estão no nível básico. Por enquanto...

— Uma música famosa brasileira, Kai! Coisa nossa! – o olhei sorrateira. – Dormiu bem? – as garotas riam.

— Melhor impossível, porque não dormiria? – o sorriso do boy ia de orelha a orelha.

— Não sei… Insônia! Acontece nas melhores famílias.

— Não existe nada sobre o que você queira realmente conversar?

— Até que tem. Mas não contigo, vou esperar a Rica acordar…

Não demorou muito e a mulher da vez cruzou a cozinha. Vinha com uma das blusas otaku/nerd que ela adora… Só que era do Cowboy Bebop, o predileto dos prediletos! “Me digam que fizeram café preto pra lá de poderoso!”

— Ne! Recomendado pelos médicos para a cura da ressaca. – Xiumin soltou e não resisti.

— Minseok, você é o amor em forma de gente! Merece até um beijinho. – sorriu.

— Não precisa! O pagamento foi adiantado.

Toda a casa ria baixo e a Rica nos olhava confusa. “Tem algo que eu não tô sabendo?”, dizia colocando as mãos na cintura.

— Tem sim, senhora! – e os caras jogaram beijos pra ela. O que só piorou as coisas. “Que merda é esta?”

— Você não se lembra, Omma?! Sério mesmo? – Loh a fitava desacreditada.

— Juro que, se eu lembrasse, não estaria perguntando.

E rasgamos o véu da viúva cautelosamente, como Fran costuma dizer. Ela contou aos poucos o que lembrava: os caras enxeridos, Kyungsoo brigando com ela, alguma coisa sobre mim e o Baekhyun… E só! Explicamos o quase atentado da Frannie, que a deixou nervosa.

— Poxa! Ela não lembra da melhor parte. – Chanyeol deu uma piscada de olho.

— Pois é, não é? – Suho sorria que nem uma criança. – Então lá vai! Desafiou Kai pra dança… e beijou todo mundo! – ela arregalou os olhos. “Todo mundo quem?”

— Falemos de dados agora. – era Sehun. – 75% do EXO. Bom número, não? Os outros 25% eram comprometidos, você evitou.

— Pelamor da minha mãe… – se fez de mulher pra não desmaiar. Cobriu o rosto que já estava vermelho. E ríamos mais ainda.

— E não é só isso! – Luhan falava como os caras do comercial da Polishop. – Quase fez performance em cima do balcão do bar… Disse quase, porque não deixaram. E na volta pra casa, se agarrou com todas as forças no carro, dizendo que esta não era sua casa e que você se perdeu dos seus pais.

E voltamos a rir. Quer dizer, estava impossível não rir enquanto narravam a ‘saga de Omma’. “Tá proibida de beber tequila, ouviu?”, D.O falou chateado.

— Perdão galera! Que vergonha… Acho que vou aderir a ideia de Fran e me trancafiar no quarto, adeus!

— Nem pensar, sua lesa! – Ster a acompanhou até a sala. – Faz isso e eu te merendo na bicuda! – falou na nossa língua mãe. – De tudo isso, teve um lado bom pra você e mais alguém.

— Quer explicar?! Ou vai fazer a enigmática?!

— Eis que te digo que… – Francielly iniciou. – Um dos boys tu beijaste porque quis. Os outros foram apenas selinhos. Quanto a quem foi, digamos que nem “teletransporte” evitaria o beijo!

Ela arregalou os olhos e então se retirou, cabisbaixa. Jurei ter escutado um chorinho também. Será que a gente pegou pesado com ela? “A Rica tá legal?”, Ster perguntou.

— Seria bom ver se sim, porque… Vai que ela se tranca mesmo? – Lay comentou e Fran saiu em rumo do quarto.

Ficamos preocupadas, mas fomos as tarefas… Contudo, comecei a ficar estressada porque os caras estavam desleixados. “Ah por favor! Não é possível que seja difícil guardar a louça, né?”

— Relaxa aí, Carol! – Baekhyun me olhava. – Tudo está sob controle.

— Quer saber?! Vou fazer outra tarefa… Não estou afim de me estressar mais.

— Você quis dizer mais do que já é, não? – Kris falou baixo, mas eu ouvi.

Desci o verbo nele e no senhor Byun. Não sou mulher de ouvir as coisas calada… Hunf, dizer que eu sou estressada! Vai ver quem é estressada na China! E ainda tem essa cólica horrorosa pra estragar meu humor… Ah claro, meu período chegou, por isso essa minha raiva não direcionada. Preciso de um Dorflex pra ontem.

Nem foi preciso ficar dois minutos no quarto. Ao sair, vejo Fran e a Rica saírem correndo como duas gazelas. “As princesas bailarinas vão aonde, posso saber?”

— Pra cozinha, fazer brigadeiro de panela! Quer vir?

— Nem precisa perguntar duas vezes, maninha!

O fogão estava disputadíssimo, mas… Os cozinheiros cederam um espaço. O mais divertido era fazer do que comer, Fran sujava com chocolate a mim e a Lala. “Mulheres… Por favor!”

— Seja menos sério, Suho. – eu disse arrumando a mesa pro doce.

Ster apareceu na cozinha bufando, mas mudou de cara quando nos viu com a panela.

— Tem vaga pra mais uma nessa panela?! – perguntou.

— Sempre tem lugar pras amigas.

— Puxa… Eu sonhei ontem com brigadeiro, e se vocês não fizessem, eu faria. Ainda mais com a chegada do meu status vermelho...

— Você também? Caramba, ligamos o bluetooth, foi? – disse e começamos a rir.

— A Íris costuma dizer que, quando a amizade é boa e forte, coisas como estas acontecem… Só não pensei que, um dia, eu teria a prova disso.

— Isso aí, Raposa Felpuda! Isso quer dizer uma coisa: que a nossa amizade será eterna!

— Só falta a Loh… Mas tá lá, no quarto, quase pronunciando as últimas palavras.

— A dela sempre foi mortal! – concordamos com Stefanny.

Lavamos a louça, e fomos as nossas tarefas: arrumar os quartos e lavar o banheiro. Os caras são muito desorganizados. É blusa para um lado, calça para o outro, e nem me fale das cuecas... Verdadeira visão do caos!

— Deixai toda a esperança, vós que aqui entrais! – Ster disse ao abrir a porta do banheiro e catar uma cueca do chão.

— Eu aguento muita coisa, mas isso já é demais. Toma Carol, acho que essa é do teu boy – Fran disse jogando a cueca em mim

— Atira isso pra lá! – empurro o troço com a vassoura. – E essa definitivamente não é dele.

— Eita! Ela já conhece até as peças íntimas!

Catamos roupas, dobramos lençóis, varremos… As cólicas cessaram por fim! Mas então, a consciência começou a contar as calorias do brigadeiro. E murchamos na hora. “Ai, não quero ficar gorda!”, falou Laís quase chorando.

— Nem me fale! Sabe o quanto é difícil perder dois quilos em uma semana? – Ster se revoltou, jogando as roupas de volta na cama.

E discutimos sobre dietas, exercícios e dicas de saúde ao sair do último quarto. Deixamos as suítes um brinco!

— Finalmente! – era Baekhyun e Chanyeol. E ainda me chegam bagunçando o quarto.

— Ei! Acabamos de limpar o quarto. – Frannie disse protestando.

— Ninguém liga! – Chanyeol se deitou com as sandálias sujas na cama.

— O que foi que disse? – ela perguntou. Hoje haverá derramamento de sangue, senhoras e senhores! Vamos aos sacrifícios.

– •그xx• – 

Chen Pov

Depois da sessão do "Eu sei o que você fez no pt passado", com a Raísseu, todos tomaram café e se dispersaram para as tarefas, dessa vez eu fiquei responsável de limpar a piscina juntamente com Luhan e Sehun. Já estávamos terminando quando Suho apareceu parecendo um pouco nervoso. 

— Galera, reunião no K1. Conversa seríssima! –  ele avisou.

— Sim senhor! Mas o que seria o K1? –  perguntei confuso.

— O quarto que eu durmo. Enfim, quero todos lá depois do almoço.

Foi o suficiente para nos encher de dúvidas, logo Tao, Kai, Lay e Kris hyung juntaram-se a nós e as especulações.

— O que será o motivo dessa reunião urgente? – Sehun cruzou os braços – Se for para falar de comeback ou qualquer tipo de trabalho, eu saio correndo.

— Não creio que seja isso. – respondi – provavelmente será algo relacionado as férias, ou a casa, ou as garotas!

— E por falar em garotas, notaram como elas estavam estranhas? – Lay observou

— Estavam? Estão!

— A baixinha quase me bateu por causa de um comentário! – Kris falou indignado.

— E tudo começou com a mulher do JongIn – disse Lay apontando para Kai.

— Minha?!

— Você fez questão de afirmar isso na festa.  – dei de ombros.

— Foi o calor do momento! – ele se defendeu – Sem contar que alguém precisava fazer algo para tirar aquele brutamontes de cima dela!

— Claro que sim, e aquele beijo também foi calor do momento né?

— Ela me beijou! – o rosto de JongIn corou – E por falar em beijo, alguém mais viu a baixinha e o Baek coladinhos a noite toda?

Como se tivesse sido invocado, Baekhyun atravessou a porta do deck com Chanyeol, ambos pareciam bastante transtornados e Suho vinha logo atrás.

— Estão bem? – perguntei preocupado.

— Agora que estamos longe da zona de guerra, sim. – Baekhyun disse nervoso. – Fui escorraçado duas vezes em menos de dez minutos!  

— Foi horrível! Elas gritaram e jogaram os travesseiros em nós dois, e nem fizemos nada demais! – disse Chanyeol.

Olhamos para Suho sem entender muita coisa.

— Eles só estavam no lugar errado e na hora errada, acabaram sendo enxotados pelas meninas. – ele explicou

— Ok, definitivamente as coisas não estão normais por aqui. – falei.

Nesse momento Minseok e Kyungsoo chegaram quase no mesmo estado que os outros dois.

— A bruxa tá solta nessa casa. –  Minseok comentou.

— Seuter começou a chorar porque eu a pedi para lavar a louça. – explicou Kyungsoo – Então a Rôrrana viu e as coisas não terminaram muito bem.

— Choradeira, acessos de raiva e stress desnecessário – Kai contou nos dedos – Isso só pode significar uma coisa.

— O que hyung? – Sehun perguntou

— Elas estão de TPM e digo por experiência própria, salve-se quem puder!

— Agora vocês entendem o porquê da reunião no K1? – todos assentiram. – precisamos elaborar algumas estratégias de batalha, até lá, muita cautela.

—•빨간 시간 이야기•—

O almoço foi silencioso, qualquer passo em falso poderia ser fatal, haviam apenas quatro mulheres presentes Rôrrana não estava se sentindo bem, então acabou nem descendo, ainda assim eu me sentia em um campo minado, qualquer respiração errada poderia fazer tudo explodir. Onde aperta pra sair correndo da mesa?

— Gente, quando vocês acabarem podem colocar os pratos na pia, eu vou lavar. – Carol disse se levantando.

— Não precisa! – Kyungsoo se pronunciou já começando a retirar os pratos – Eu lavo.

— Mas hoje é meu dia de lavar D.O, meu e da Omma. – a baixinha falou contrariada.

Alerta vermelho! Alerta vermelho!

— Mas eu já acabei minhas tarefas. Deixa que eu lavo. Lay vai me ajudar, não é Lay?

— Ok, então vocês lavam e eu guardo. –  disse Raísseu.

— Ani! – falei pegando um avental – Pode deixar que cuidamos de tudo!

—  Porque vocês não vão assistir um filme ou tomar um sol? – disse Kris tirando-as da cozinha.

— Vocês estão muito cavalheiros hoje, aconteceu algo de especial? – perguntou Puran.

— Ani! Só não queremos que se cansem muito.

Ainda um pouco contrariadas elas foram até o deck e nós começamos a arrumar a cozinha; Depois fizemos as tarefas restantes, as nossas e as delas. Não eram muitas, então terminamos rápido e depois de nos certificarmos que nos encontrávamos fora do campo de visão inimigo, fomos até o K1, onde Suho nos esperava.

— Bom, como todos já perceberam, as meninas estão em sua fase negra. – ele disse após ver que todos estavam presentes.

— Acho que o mais apropriado seria vermelha! – observou Luhan.

— Bem pensado! Enfim, para mantermos a boa convivência na casa e nossas cabeças no lugar, precisamos de muita paciência.

— E bote “muita paciência” nisso! –  disse Tao.

— A proposta é a seguinte: Até o final desse período de trevas, faremos todas as tarefas domésticas e cuidaremos delas, ok?

— Acho que isso vai dar um pouco de trabalho. – Chanyeol se manifestou.

— Eu sei, mas como todos gostamos de viver então teremos que fazer alguns sacrifícios.

— Se uma mulher de tpm já faz estrago, imaginem cinco. – disse Luhan.

— É o fim dos tempos! Mas se for para evitar uma guerra mundial por causa da próxima louça, eu topo. – Baek nos olhou um pouco desesperado procurando apoio.

— Vamos com calma! – disse o líder – Todos terão que contribuir de alguma forma, mas sem dar muito na cara. Dividiremos assim: Tao pode cuidar da ‘Sra. Huang’ – todos começamos a rir. – Kai irá cuidar da mulher dele, Robin já sabe para onde se dirigir, certo? – Sehun assentiu. – Kris, você fica responsável pela Puran e Baek, bem, acho que não preciso nem dizer para onde você vai. Os demais tentem ao máximo deixar tudo em ordem e dividem-se nas tarefas domésticas

Minseok levantou a mão.

— E se tivermos que opinar em alguma coisa?

— Sejam sinceros, só tomem cuidado com o que vão dizer.

— Faremos de tudo? – perguntei.

— Dançaremos todas as coreografias do SNSD se isso ajudar a manter a paz. Aceitam?

— Sim senhor, capitão! – respondemos em uníssono.

Saímos do K1 nos sentindo praticamente no MV de ‘Power’, a única diferença era que no lugar de um robô gigante havia cinco mulheres com os hormônios a mil e nós não tínhamos nossos poderes para usarmos em nossa defesa.

Cada soldado se dedicou a missão que havia sido estabelecida, Kris passou a tarde com Puran, JongIn e Raísseu conseguiram não se matar por um tempo, até foram vistos assistindo TV juntos, Baek sumiu com a baixinha, Peter Parker estava assistindo séries com Tony Stark e o garoto Panda passou a tarde na caverna com sua mulher.

O dia passou tranquilo, conseguimos manter a ordem e na hora do jantar todos ainda tinham as cabeças sobre seus pescoços. Passadas as fortes emoções da manhã o jantar até que foi bem alegre, se não fosse pela tensão que ainda restava entre os membros eu diria que aquele era quase um dia normal.

— E então boys, eu e as meninas queremos saber, o que está acontecendo? – Seuter perguntou.

Atenção soldados, o inimigo está se movimentando!

— Não sei do que você está falando. – Luhan respondeu nervoso.

— Me engana que eu gosto Lulu! Fizeram todas as tarefas e passaram o dia cuidando de nós. Nesse mato tem cachorro.

Cachorro onde? O ramyun que comíamos até desceu quadrado, a missão estava prestes a ser descoberta.

— Isso é verdade! Sempre enrolam na hora das tarefas e hoje estão com uma disposição fora do normal. – comentou Rôrrana.

— Yah! Não entendo vocês... Fazendo ou não vocês reclamam! – Kris reclamou largando a comida.

Olhei nervoso para Suho; Discretamente ele fez o sinal que combinamos para a estratégia de retirada.

— Mas… – Puran começou.

— Quem quer sobremesa? – perguntei levantando e tentando desviar o foco da conversa.

— Kim Jongdae! – Raísseu parecia um pouco irritada. – Pode se sentar! Ninguém levanta dessa mesa até esclarecer o que está acontecendo aqui! Não se dá ponto sem nó!

Não entendia as metáforas ligadas a costura, mas de uma coisa eu sabia:  Hoje que a gente se ferra! Failed Mission!

— E então? Desembaça Jurassic Park... O que vocês andaram aprontando? – Carol perguntou.

Todos os caras olharam para mim derrotados.

— Só queríamos manter nossas cabeças intactas e manter a paz na casa. Vocês estavam muito estressadas e tivemos medo de acabar em uma briga pior... Então tomamos medidas para deixá-las calmas até esse período conturbado passar, foi isso!

— Foi tudo ideia minha! – disse Suho.

— Isso é sério?

O silêncio constrangedor foi quebrado pela gargalhada de Seuter e logo as outras a acompanharam.

— Não sei se bato em vocês ou dou um abraço em cada um. Isso foi muito fofo, de verdade

Todos soltaram a respiração ao mesmo tempo, elas não iam nos matar, então a missão não havia sido tão fracassada assim.

— Realmente foi fofo, mas da próxima vez não precisam nos tratar como inválidas – falou Puran.

— Pedimos desculpas se passamos um pouco dos limites com vocês, nossos hormônios falaram mais alto.

Após o jantar voltamos a nossa programação normal, fomos assistir TV na sala, e Tao subiu para ver como Rôrrana estava se sentindo. Como sempre nos dividimos entre o chão e o sofá. Só então percebi que nossa missão havia sido mais do que bem sucedida: JongIn estava com a cabeça deitada no colo de Raísseu e ela fazia carinho em seu cabelos; Puran tinha a cabeça apoiada no ombro de Kris e Carol e Baek estavam mais grudados que chiclete e sola de sapato.

O filme já estava terminando quando o celular de Puran começou a tocar de forma estridente. Ela atendeu e começou a falar com alguém em português, ao desligar abriu um sorriso de orelha a orelha.

— Não vão acreditar em quem está vindo para cá! – ela disse quase sem conter a excitação.

— Quem Frannie?

— Uchôa!

Uma palavra foi o suficiente para que todas dessem gritinhos de alegria.

— Utchôa? O que é isso? – perguntou Kyungsoo.

— Não é bem ‘o quê’, mas sim ‘quem’ Garoto coruja! – disse Carol – A última peça do tabuleiro.

A partir desse momento todas saíram da sala e começaram a fazer mil e um planos. Aparentemente essa amiga chegaria em dois dias e ela não fazia ideia da casa compartilhada. As meninas estavam felizes e quanto a nós, estávamos ansiosos para conhecê-la.