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História On The Road - Oh Boy...


Escrita por: bearpringles

Notas do Autor


OLHA SÓ QUEM VOLTOU DAS PROFUNDEZAS DO INFERNO! TUDO BOM? TUDO CERTO?

Tanta coisa aconteceu nesse tempo, né? As RV mudaram os penteados e cores de cabelo e MEU DEUS DO CÉU, KIM YERIM DE CABELINHO CURTO ❤❤❤❤

*caham*
Seulgi e Wendy vão lançar single na Station com o Kangta, Irene fez fansign da Nuovo e participou das gravações do Running Man com a Joy, e mais Yeri postando aleatoriedades no Instagram. (AS FOTINHAS DELA, OS VÍDEOS, AAAAAAAAA)

ReVeluv sofre, né? Mas sofre com amor.

E hoje, em On The Road: pedido de namoro, unnie bêbada, treta (pra quem esperou, hoje tem recompensa), fofuras, safadezas e romance. E, pra fechar o pacote, competitividade na quebrada é nois.

Amém?

Capítulo 10 - Oh Boy...


Sneaky Dee's era o bar preferido das garotas em Daegu. Era limpo, tinha boa música e era calmo, apesar de ser cheio. Todas as sextas e sábados as garotas se reuniam lá para beber suas cervejas e fofocar sobre seus trabalhos/faculdade, mas, desde a última semana, os únicos assuntos entre elas eram o concurso e a treta eterna com a Mamamoo. Joy tinha uma novidade para contar e talvez mudaria todo o curso da conversa pela primeira vez.

– Então, vadias e Yerim... – falou entusiasmada, piscando para a menor. – Cês tão sabendo que eu tô solteira?

– Oi? – pulou Wendy.

– Quê? – foi a vez de Irene arregalar os olhos.

– Quando foi que isso aconteceu? – Seulgi perguntou, quase sem acreditar.

– Ontem, meus amores. – o sorriso da baterista era tão grande que poderia ser visto até de costas.

– Peraí, isso foi enquanto eu estava na sua casa? – Yeri indagou.

– Sim. – a resposta foi imediata. – A pessoa com quem eu tava falando no celular era ele.

– VOCÊ TERMINOU COM ELE POR TELEFONE?! VOCÊ FUMOU, PARK SOOYOUNG? – a canadense quase teve um ataque.

– Qual o problema? Eu queria fazer isso logo e ele tava no Japão, então...

– Voasse pro Japão, ué! Você foi louca ao ponto de fazer isso, então voar pro Japão é o de menos.

– Pelo menos ela se livrou daquele traste, Toronto. – a alaranjada resolveu mediar. – Aquele cara não fazia bem pra ela.

– Deu pra sentir o peso dos chifres, Sooyoung? – Irene brincou, com um fundo de verdade que deixou as outras chocadas.

– Chifres? – a Park ficou no ar com o que ouviu.

– É, chifres. Sabe, as bocas que ele beijou, as vagabundas que ele com-

– BAECHU! – a guitarrista repreendeu a namorada antes que fosse tarde demais. – Não precisa disso, credo!

– Ué, ela tem que saber a verdade! – a arroxeada tentou de se defender com o argumento. – Ela tem que saber o quão canalha ele é.

– Acho que ela já sabe. – Wendy disse, bebendo um gole de sua cerveja preta em seguida.

– Mas é pouco. – a mais velha recomeçou. – Tá ligada naquela puta da Kim Soojung, a que se pegava com todo mundo?

– Joohyun, não começa com essa história de novo... – a ursa ficou receosa e puxou Irene para perto, constatando algo. – Peraí, Hyun... Você bebeu vodka?

– Talvez... – respondeu com um sorriso travesso no rosto.

– Quanto você bebeu?

– Num sei... acho que um tantão assim, ó. – ela esticou os braços e levantou ambas as mãos abertas.

Aish... Às vezes parece que você é que é a maknae aqui. – Seulgi ficou transtornada. – Vai lavar o rosto no banheiro e vê se volta rápido, mocinha. Eu vou te dar uma bronca daquelas.

Irene até ia rebater, mas ao ver Seulgi massagear as têmporas com as pontas dos dedos, fechou a boca e foi direto fazer o que tinha de fazer. E na mesa, sem se importar com o que acabaram de ver, Joy e Yeri começaram a trocar carícias, beijos e algumas juras de amor tão doces que deram ânsia de vômito em Wendy e Seulgi.

– E ainda nem estão namorando... – Seulgi riu, fazendo as mais novas arregalarem os olhos.

– Eita que a lerda tem razão! – Sooyoung rapidamente se levantou, ajeitou a roupa e se ajoelhou ao lado da cadeira de Yerim. – Kim Yerim, pequeno raio de sol, beleza que ilumina os meus dias, minha razão de viver, enfim, amor da minha vida, eu percebi que a minha vida sem você é um erro e que eu preciso de você pra que a minha felicidade seja completa. Sem você eu sou um nada, uma idiota, sem rumo. Será que você me daria a honra de ser a sua namorada gigantona?

Yerim parou e pensou, olhou ao redor, bocejou um pouco e, por fim, riu, pegando as mãos da unnie.

– Sim, Soo! Eu aceito! Seja a minha namorada gigantona!

Seulgi e Wendy prendiam o riso e batiam palmas enquanto Joy se levantava para dar um beijo em sua amada squirtle, que agora era oficialmente sua.

– E segue o baile... Duas chatas namorando. Tomara que agora elas fiquem mais ocupadas roubando a maquiagem uma da outra ao invés de roubar a nossa. – a vocalista brincou, recebendo os dedos médios das duas garotas como resposta. – Nossa, que agressividade...

– Amor é isso, defender um ao outro em todas as situações. – riu Seulgi, com uma voz grave forçada.

– Parem de rir, vocês duas. Caralho, é tão bom encher o saco assim? – surpreendentemente, Yerim foi a que defendeu Sooyoung dessa vez.

– Quando é com vocês duas, é hilário. – respondeu a canadense.

– Aposto que você só faz isso porque não tem nada melhor pra fazer na vida. – a mais alta virou os olhos.

– Ah, Park Sooyoung... Acontece que você e Myemim são a melhor dupla que existe nesse mundo pra encher o saco. Eu adoro a reação de vocês, sempre soltando uma pérola.

– Isso é só uma tentativa sua de elogiar a gente pra evitar levar uns tapas.

– Tenta me dar um tapa pra você ver só.

– Espera, cadê a Baechu? – Seulgi perguntou de súbito.

– Deve estar no banheiro, ainda. Eu vou lá ver como ela tá, provavelmente ainda não ficou com sono por causa da bebida.

A Kang deu espaço para Seungwan passar e, assim que a garota saiu, sentou-se melhor. Os dedos tamborilavam sobre a mesa em preocupação porque Seulgi sabia bem que Irene podia cometer todas as loucuras que queria quando ficava bêbada. No caminho para o banheiro, Wendy pôde jurar ter visto Moonbyul ali perto, mas prosseguiu e entrou no lugar. Saiu olhando pelos cantos e quando chegou perto dos cubículos sanitários, ouviu suspiros e gemidos conhecidos. Seus ouvidos nunca poderiam enganá-la, eram bons demais para provocarem uma alucinação auditiva, mas, mesmo não acreditando e preferindo ver, abriu a porta.

E se arrependeu de ter feito tal coisa.

– Joohyun? Solar?

 

Ao mesmo tempo, na mesa...

– Vocês já passam o tempo todo juntas, agora então... vão virar uma pessoa só.

– Não exagera, Seulgi! – riu a mais alta. – Ela vai dormir lá em casa mais vezes, só isso.

– Por que é que você não fica com ela de uma vez? Assim você poupa a vida da coitada da Taeyeon-sunbae.

– Vocês podem por favor parar de falar como se eu não estivesse aqui? – Yeri falou, beliscando Joy.

– Ih, ficou estressadinha...

– Ela gosta de atenção, unnie. Você tem que ver como ela parece um bebê comigo.

Aish, Sooyoungie... – com um bico fofo e uma voz doce, Yeri protestou. – Para de falar disso.

– Quer que eu pare? – a baterista olhou para a pequena e perguntou calmamente.

– Por favor...

– Ok, eu paro. Você tá quase mais vermelha que o seu cabelo.

– Yeri, você não era de corar fácil assim. – observou a ursa. – A Joy te deixa assim?

Yerim apenas assentiu com o balançar de sua cabeça.

– Omo, que fofo! – a Kang riu, pondo as mãos na boca. – Vocês duas são perfeitas juntas, tenho de admitir.

– Ah, mas você, Wendy-unnie e Irene-unnie são fofas também. – a baixista sorriu para a mais velha, pondo os cotovelos na mesa e apoiando o rosto nas próprias mãos.

– Falando nisso, cadê as duas? Elas não foram só no banheiro?

– Tirou as palavras da minha boca, Sooyoung. – Seulgi se levantou e as outras fizeram o mesmo. – Vamos lá ver isso.

As três fizeram o caminho delas por entre as pessoas que dançavam perto da jukebox e jogavam dardos, logo achando a porta do banheiro. Ainda do lado de fora, as garotas ouviram ruídos, baques violentos. Parecia um Mardi Gras dentro do local com direito a bateria. Com o mínimo de vozes que ouviu lá dentro, Seulgi já sabia o que estava acontecendo.

– Vocês duas, fiquem aqui fora e só entrem quando eu mandar.

Mesmo com medo, as garotas concordaram e Seulgi entrou.

Os sons ficavam mais altos à medida que ela se aproximava dos fundos, perto da janela que era uma saída de emergência. Seus olhos encontraram Joohyun encolhida num canto, apavorada, enquanto via em primeira mão a namorada desferir socos fortes no estômago de Solar, que quase nem se mexia. Wendy tinha um olho roxo e cortes na bochecha, o que indicava que Solar também atacou, mas ela conseguiu virar o jogo.

– SEULGI! AJUDA, POR FAVOR! – Joohyun gritou ao perceber a Kang parada.

Seulgi não sabia se ajudava Irene, se separava a briga ou se aproveitava o ensejo para dar uns socos em Solar, também. Mesmo que quisesse fazer a última coisa, respirou fundo e deu um grito, que fez Wendy parar e soltar a gola da camisa de Solar, deixando-a cair no chão. A Son olhou para o corpo no piso e ia voltar a esmurrar a garota, mas a alaranjada foi mais rápida e correu para segurar a namorada, imobilizando seus braços.

– Sooyoung! Yerim!

Seungwan se debatia e tentava se soltar, mas Seulgi era mais forte. Sooyoung e Yerim, ao entrarem e verem a cena pavorosa que era Joohyun aos mais escandalosos prantos, Wendy sendo contida pela Kang enquanto Solar se contorcia de dor no chão, engoliram em seco e não fizeram nada até a líder dizer:

– Ajudem a Hyun. Levem ela pra fora e dêem um copo d'água pra ela. Sooyoung, procure a Hwasa, a Wheein ou a Moon pra pegar a amiga delas. – um silêncio se fez presente e as garotas não se mexiam, paralisadas de medo. – VÃO LOGO!

Hesitantes e um pouco sem chão, as garotas fizeram conforme mandado pela unnie. Irene foi levada para fora e, em poucos minutos, Moonbyul e Hwasa apareceram para carregar Solar. Wendy e Seulgi ficaram para que a canadense pudesse explicar o que houve e o motivo de toda aquela bagunça ter acontecido. Claro que a coreana não ficou nada feliz ao descobrir que Joohyun estava aos beijos com a "sujeita", mas pensou antes de tomar qualquer outra decisão naquele momento.

Ao sair e ver Moonbyul do lado de fora ajudando Solar a limpar o rosto, Seulgi não resistiu e foi falar com a amiga.

– Moon... – apareceu atrás da loira, tocando seu ombro direito.

– Oh, Seulgi... – virou-se assustada, logo encarando a mais baixa nos olhos. – Olha, d-desculpa por...

– Deixa a gente em paz. Diz pra Solar deixar a gente em paz. – começou ela, segurando as lágrimas apesar do grande nó que se formava em sua garganta. – Diz pra ela ficar longe da gente. Essa palhaçada dela tá indo longe demais.

– Seulgi, eu tô tentando. Tô tentando muito sério, mas eu já disse que a Yongsun tem uma obsessão pela Irene, uma obsessão muito grande.

– E muito doentia. Se ela não percebeu, a Joohyun é minha namorada. Ninguém vai tirar ela de mim e eu não vou aceitar que a sua linda amiguinha tente isso. Não vai rolar.

Moonbyul realmente não queria que nada disso tivesse acontecido. Ela realmente tomou as dores de Seulgi e se sentiu culpada em não conseguir conter Solar. Ficou atordoada com tudo o que aconteceu e com as palavras que ouvia sair da boca de Seulgi, via que ela estava farta de todos os jogos que Yongsun lançava. Porém, Moonbyul não tinha muita escolha. Ela estava sim envolvida com tudo, indiretamente. A culpa ficava cada vez mais pesada.

– Eu sinto muito.

– É melhor que sinta, mesmo.

Ver Seulgi saindo daquele jeito, cheia de raiva e rancor, causou em si uma sensação ruim, uma dor no estômago e um aperto no coração. Suas pernas congelaram, seu rosto perdeu a cor. Ela sentia medo, remorso e desejava ter feito algo para parar Solar. Moonbyul se sentia culpada.

 

O corpo trêmulo de Joohyun foi posto na cama enorme do quarto. Ela não conseguia se controlar, nem ao menos seu medo. Estava bêbada e apavorada, tinha um cheiro forte de álcool por sua roupa e estava vermelha, se encontrava frágil, não conseguia ficar em pé por conta própria. Cabia a Seungwan e Seulgi cuidarem dela, mas como a Son estava ferida, o trabalho de Seulgi foi duplicado.

Enquanto a vocalista removia com cuidado as roupas da mais velha, Seulgi preparava a banheira para que Joohyun e Seungwan pudessem se banhar mais confortavelmente. Adicionou espuma, sais de banho e até patinhos de borracha (que eram dela, mas, como sabia que Irene perdia a noção da própria idade quando bebia, resolveu deixar os brinquedos ali), tudo para que as outras pudessem relaxar.

Voltou para o quarto e encontrou as namoradas num momento até bem terno, Seungwan acariciava os cabelos de Joohyun enquanto ela tinha sua cabeça repousada no ombro esquerdo da baixinha. Ambas já nuas, apenas esperando Seulgi as chamar.

– Wan, vem. Vamos levar a Hyun pra água.

Seungwan levantou-se com a unnie grudada em si e caminhou com ela até o banheiro. Seulgi as escoltava para prevenir uma queda de qualquer uma das duas. Joohyun foi posta na água morna pelas duas mais novas e, quando deu corpo tocou o fundo da banheira, ela relaxou, o suficiente para afundar um pouco e assustar as outras. Seungwan logo entrou e se sentou atrás da Bae, envolvendo-a num abraço e dando um apoio mais seguro para ela se deitar.

Seulgi abriu o armário de remédios e tirou de lá uma solução antisséptica, algodões e alguns band-aids, afim de cuidar dos ferimentos no rosto de Wendy. Se aproximou novamente da banheira e puxou um banquinho que sempre ficava por perto, se sentou nele e ficou observando a morena esfregar o corpo da unnie bêbada com uma esponja enquanto a mais velha brincava com os patinhos, afundando-os na água para vê-los subir e espirrar espuma para todos os lados. As risadas da arroxeada preencheram o espaço do banheiro e ecoaram pelo cômodo, contagiando as outras.

– Joohyun, amor, você pode lavar o rosto da Toronto pra mim? Eu preciso que o rosto dela esteja limpo pra que eu possa fazer o curativo nela. – a Kang pediu com jeitinho, como se fosse mais velha que a própria unnie.

– Toma cuidado, Hyunnie. Eu sou sensível. – Seungwan apertou os braços dela e fez cócegas em sua cintura antes de ela se virar por completo.

Bae Joohyun, mesmo trocando as bolas, conseguiu se manter estável para mudar de posição e ficar de frente para Wendy. Seulgi a entregou uma toalha pequena para que ela pudesse molhar e passar pelo rosto da baixinha briguenta e Joohyun assim o fez. A mulher não parava de rir com as caretas que a mais nova fazia, mas conseguiu manter pulso firme para concluir a tarefa dada pela ursa.

– Bom trabalho, unnie! – Seulgi bateu palmas leves e pegou a toalha de volta, torcendo-a e pendurando-a na borda da banheira. – Sentiu arder, Wannie?

– Não, I'm okay. Joohyun tem mãos de fada.

– Já terminaram?

– Já, me ajuda a tirar ela.

– Eu quero ficar mais um pouco... – resmungou a Bae, com um bico adorável nos lábios.

– Mas tá tarde, meu amor. – Seungwan disse. – A gente tem que ir dormir.

– Ela tem razão. A sua sorte, mocinha... – tocou o nariz de Joohyun com a ponta do dedo indicador e a viu franzir o nariz com o toque. – ... é que a gente não tem nada pra fazer amanhã cedo, porque se tivesse, não conseguiríamos dormir direito e eu ficaria irritada com isso. Vamos, tá na hora de dormir.

As garotas levantaram da banheira e Seulgi pegou um roupão para cada uma. Seungwan vestiu Joohyun com ele e a levou para a cama, onde deitou-a e a deixou dormir. Como a unnie estava nua, Seungwan a cobriu com um edredom e lhe beijou a testa, recuando um pouco pela dor que sentia nos lábios cortados.

 

– Não vai deitar também? – perguntou Seulgi ao ver a namorada na porta do banheiro.

– Não agora. Ela tá dormindo igual pedra, não quero incomodar.

– Eu tenho que fazer os curativos do seu rosto... – a alaranjada murmurou, se aproximando da Son e tocando a sua face com a ponta dos dedos.

– Faz isso depois. Você ainda tem que tomar banho, né? – a mais alta assentiu. – Então eu posso esperar.

– O que você tá fazendo? – sentiu-se confusa com os toques da garota em sua cintura.

– Eu vou tomar banho com você. – sussurrou, abrindo a camisa da mais velha. – Vou cuidar de você. – grudou o rosto na curva do pescoço dela. – E agora é sua vez de tomar banho. Quer ajuda? – deslizou os dedos no abdômen da garota e iniciou o processo de remover seu sutiã. 

Quero... – Seulgi automaticamente respondeu, já quase entregue.

– Então deixa eu tirar essas suas roupas.

Aquela noite tinha sido tumultuada demais, Seulgi precisava relaxar e Wendy sabia bem disso.

– Eu quero sentir você... – a guitarrista deixou escapar um suspiro ao sentir as mãos mornas de Seungwan entrarem em suas calças.

– Você vai, vai me sentir. – puxou com força a peça de roupa, tirando sua calcinha de uma vez.

As duas caminharam até o chuveiro e entraram juntas, os lábios se encontravam sem pressa num beijo até então calmo, levando em consideração os cortes nos lábios de Wendy. Seulgi pendurou os braços ao redor do pescoço da mais baixa e pendeu a cabeça para trás, dando carta branca para que a namorada pudesse beijar aquela área e a base de seu pescoço.

Ambas se arrepiaram com o contato e ainda mais quando Wendy usou sua língua para provar do sabor da pele de sua amada. Seus quadris se chocavam pela influência que a canadense exercia com suas mãos, aproximando seus corpos o máximo possível.

Wendy passou seus braços pelo traseiro da Kang e subiu com eles até suas costas, que usou como apoio para grudar seus corpos de vez e fazer seus seios se tocarem, o que rendeu um gemido mais alto de Seulgi. Começaram a se mover mais abruptamente, esfregando-se uma na outra sem qualquer vergonha, afinal eram apenas as duas ali dentro.

Era incrível como Seulgi correspondia bem a cada toque que recebia, como se fossem moldados especialmente para si. Ela adorava como Seungwan lhe saciava, carinhosa e ainda sim desejosa pelo seu corpo, sempre suprindo as expectativas.

As duas se beijavam ferozmente e Wendy sentia seus lábios arderem, mas ignorou tudo para que pudesse aproveitar o máximo daquele momento íntimo. Com seus dedos nos fios agora molhados da mais baixa, Seulgi agarrou-se ao sentir a língua macia tocar a sua junto de um toque delicado em sua intimidade.

Não precisou de muito para que a Kang ficasse extremamente excitada, porque, apenas por ouvir a respiração de Wendy, seu corpo reagia e se arrepiava. A morena passou a beijar os doces lábios de Seulgi com mais suavidade e, ao mesmo tempo, pincelar seu clitóris com a pontinha do dedo indicador, fazendo a alaranjada arfar e gemer.

– Eu te amo, Seulgi. – falou num sussurro quente próximo ao ouvido da mais alta. – Nada vai separar a gente.

Juntaram os lábios mais uma vez, com mais urgência e voracidade. A guitarrista teve seu lábio inferior mordido enquanto era penetrada por dois dedos velozes e experientes. Wendy gemeu com os dentes fincados no lábio carnudo da garota e a vibração da sua voz fez com que as duas tremessem.

Com a primeira investida, a vocalista passou a dar atenção ao pescoço alvo da namorada, com direito a lambidas lentas. Os gemidos de Seulgi eram música para seus ouvidos, tão deliciosos que a deixavam mais e mais molhada apenas por escutá-los.

– Seung... Wan... – tentou falar, mas foi interrompida por um leve espasmo do próprio corpo. – Seungwan-ah... Eu te amo também.

Os gemidos de ambas se mesclaram ao que a mão de Wendy passou a se chocar com a intimidade encharcada da mais velha.

– Eu vou cuidar bem de você... de vocês duas. Você e Joohyun são... são as melhores coisas da minha vida. – a Son tomou a liberdade de confessar enquanto aumentava sua velocidade dentro de Seulgi. – Vamos ficar juntas, amor.

As promessas que ecoavam naquele banheiro eram a confirmação de que não precisariam de preocupar caso Solar tentasse separá-las, o que já era bem óbvio ver maquinando em seu cérebro. O ataque daquela noite era uma espécie de aviso, como se mostrasse que o relacionamento a três não seria fácil. Seulgi acreditava no que sentia, Joohyun também, apesar de ter suas desconfianças. Wendy, por outro lado, não sabia bem como agir, já que nunca namorou ninguém, mas queria aprender com elas.

Já era evidente que seu corpo logo não aguentaria mais. Seulgi quase se perdia nos sons e nas deliciosas sensações que Seungwan causava em si, gemia com vontade para incentivar mais toques sem pudor pela sua pele sensível, pela extensão de seu sexo. Seus lábios já estavam inchados por conta das mordidas e da intensidade dos beijos.

Claro que ela sabia que a canadense nunca cansaria de lhe beijar, cada selar era único, sempre deixando um gostinho doce de quero mais.

Aquela pele de veludo, aqueles doces lábios, aqueles olhos felinos que disparavam olhares quentes... Tudo era belo para Seungwan. Para ela, Seulgi era a mais linda obra de arte já criada, tudo nela a atraía tão efetiva e instantaneamente quanto qualquer outra coisa no mundo. Era certo, era fato. Era natural, era automático.

Seus corpos não tinham uma gota de suor sequer por estarem constantemente debaixo de água corrente, mas estariam totalmente banhadas por ele se estivessem em outro lugar. A sorte delas era que Joohyun tinha o sono pesado, porque ela facilmente acordaria com os sons que vinham do cômodo. Seulgi cada vez mais se derretia, gritava movia seus quadris para sentir toda a intensidade da morena. Elas não mais controlavam seus próprios movimentos, agiam conforme o desejo e a vontade falavam mais alto.

– Eu te amo. – Seulgi disse, com sua voz falha, seus olhos fechados e sua respiração já fora de compasso.

– Eu te amo. – repetiu a Son, fazendo seus últimos esforços.

– Eu te... te amo... Ah! – seu corpo voltou a espasmar fortemente.

– Te amo... – os dentes se apertaram, uma arcada contra a outra.

– Seungwan... Eu te amo. – foi a última frase antes do último grito e da última estocada.

Foi o orgasmo mais longo da vida da Kang. O maior e mais longo orgasmo. Depois dele, Seulgi virou gelatina, seus braços e pernas perderam as forças e ela caiu no piso gelado e molhado, rindo de si mesma. Foi necessário que Wendy desse banho nela antes de irem dormir. Mas claro que a coreana não iria deixar a namorada dormir sem os devidos cuidados, afinal, ainda faltava fazer seus curativos.

Wendy tinha um sorriso grande no rosto, apesar de as dores ainda estarem presentes. As mãos delicadas da unnie eram muito leves. Seus dedos passeavam pelas maçãs cheinhas da face da Son, acariciando-as ao mesmo tempo em que desinfetava os ferimentos com o algodão banhado na solução antisséptica. Era a maior habilidade de Seulgi, ela conseguia transformar algo simples em um singelo ato de amor.

As três dormiram juntas na cama, Seulgi à esquerda, Joohyun no centro e Seungwan à direita, todas completamente relaxadas e tranquilas, apesar das circunstâncias anteriores. Dormiram como bebês sem nem precisarem se cobrir.

 

Na manhã seguinte, apesar do que aconteceu entre as bandas, a Red Velvet se reuniu para voltar para Seul e ensaiar no estúdio da empresa, já que os organizadores do concurso insistiram tanto. A banda ainda não tinha roadie, então a guitarrista teve de montar caixa por caixa, instrumento atrás de instrumento, cada cabo, os amplificadores, as pedaleiras, os pratos da bateria de Joy (que, inclusive, deveria estar ajudando), enfim. Tudo sozinha. Mas, mesmo que o trabalho braçal não fosse lá agradável, Seulgi mantinha o sorriso no rosto.

– A mais otimistazinha que nós temos. – disse Joohyun, entrando de supetão no estúdio.

Seulgi não tinha ideia de que a namorada estava ali, então não é preciso dizer que o pulo e a queda dela por sobre os pratos não foram nada suaves.

– BAE JOOHYUN! Não me assusta assim! – a garota ficou pálida com o susto.

– Desculpa, amor! Eu juro que não foi de propósito! – mesmo que realmente não tenha sido de propósito, foi impossível para a arroxeada conter as risadas diante da cena.

– Tá. Eu sei. – limpou os joelhos e as pernas ao levantar. – Aconteceu alguma coisa?

– Por que a pergunta?

– É que você não costuma aparecer no local de ensaio antes da hora.

– Ah, é isso... – Joohyun deu uma leve risada por achar fofo o fato de Seulgi prestar atenção em algo do tipo. – Não, é só... Eu senti falta, Seulgi.

– Hein? Sentiu falta?

– É, senti falta de você... – a mais velha passou uma mecha de cabelo para trás da orelha e começou a se aproximar. – A gente tem ensaiado tanto que não tem sobrado tempo pra...

– Hyun, calma. – riu, nervosa pelo olhar que recebia. – Eu gosto de dar atenção pra você.

– Mas deu pra Wendy, ontem. Literalmente.

– O-o quê? Você ouviu?

– Claro, você fez um escândalo!

É claro que as duas sabiam que isso era mentira, por isso foi a vez de Seulgi dar um olhar desconfiado. Joohyun retornou o olhar por um tempo até o clima alí ficar estranho.

– Tá, não foi um escândalo. – a mais velha rolou os olhos. – Mas aquela não foi a transa mais silenciosa que vocês já tiveram.

– Você queria entrar no meio, é? – a oportunidade de provocar foi dada e Seulgi aproveitou-a.

– Você acha que não?

– Mas você não tava dormindo na hora?

– Seus gemidos me acordaram.

– Aham, tá. Acredito.

– É sério! – e Joohyun chegou mais perto. – Eu quase levantei da cama pra ver se a Wan não tava te matando.

O corpo da alaranjada se arrepiou por completo ao que a unnie ficou quase colada a ela. Irene tentava disfarçar seu interesse, mas a Kang já sabia bem suas intenções.

– Hyun, eu sei o que você quer, mas eu não posso. Ou melhor, a gente não pode. – disse ao que pegou uma das caixas.

– Hm?

– O estúdio, a gente não pode se pegar dentro dele.

Aish, desde quando você virou uma freira?

– Desde o momento em que eu deixei a minha consciência falar mais alto. – respirou fundo ao colocar o peso no chão. – Agora me ajuda aqui, tá quase na hora das outras chegarem.

Ninguém entendia o motivo daquele ensaio em especial ser no estúdio. Oh My Girl, SHINee, NCT U, BTOB, Mamamoo e Red Velvet ensaiariam em horários separados, todos supervisionados pela equipe do concurso. Os ensaios seriam gravados e os melhores momentos de cada um virariam vídeos promocionais, tanto para a empresa, quanto para o concurso e até para as bandas. As meninas só sabiam da parte da filmagem, mas com tudo para ficarem nervosas, não se deixaram distrair e ficaram no que tinham de fazer. O modo com o qual ensaiavam era dinâmico: elas já tinham as setlists prontas (graças ao esforço de Seulgi e Wendy, que passaram madrugadas montando-as), então tudo o que faziam era ajustar tons, modificar algumas coisas e tocar as canções apenas duas vezes. Todas prezavam pela organização na banda, então era mais fácil ajeitar tudo em equipe.

Menos de trinta minutos após o fim do ensaio, o vídeo da banda tocando "Get Back" foi parar no YouTube, já contando com dez mil visualizações nos primeiros vinte minutos. Claro que a canção dos Beatles já estava preparada para um desafio, mas todas gostavam dela, então cantaram, tocaram e, como dava para ver no fim do vídeo, Wendy sorria, talvez pensando que Paul McCartney teria orgulho dela.

E a reação do público? dezenas de comentários expressavam como grande parte da Coreia amava o estilo das meninas, na música e como grupo. Denominavam Wendy como a "frontwoman durona", Seulgi como a "solista empolgada" (o que não era mentira, porque de vez em quando ela exagerava nos solos), Irene como a "instrumentista maravilha", Joy como a "bela fúria da bateria" e Yeri como a "prodígio compenetrada". As garotas morriam de rir com esses apelidos, principalmente Sooyoung. Chamavam-a de "bela fúria" pelas expressões aparentemente zangadas que ela fazia ao tocar concentrada.

Mas, como tudo ainda era uma competição, as garotas resolveram checar os outros participantes. Foi nessa que Joy acabou gostando do estilo da SHINee e dando o braço a torcer sobre Minho. Wendy adotou a NCT U como uma banda irmã, mesmo que o estilo deles fosse mais punk e menos clássico do que a Red Velvet. Porém, mesmo gostando do estilo das outras bandas, elas tinham de analisar a Mamamoo. Obviamente, era uma estratégia, mas tinha aquela pitada de treta pessoal que todo mundo não podia negar que existia. A surpresa foi grande para elas quando perceberam que as quatro eram imergidas num estilo R&B, totalmente diferente do que imaginaram. As mais velhas, acostumadas com a Mamamoo estilo pop, quase caíram para trás. "Parece que o tempo realmente muda as pessoas", pensou Joohyun enquanto ouvia a versão MMM de "Killing Me Softly (With His Song)".

Holy shit, a voz da Solar se encaixa muito bem nessa música. Merda. – a canadense não conseguia tirar os olhos da tela do computador enquanto Yongsun cantava.

– É, a maldita tem talento. – Joohyun disse. – Mas eu não sabia que a Moonbyul também cantava.

– Você não sabia, muito menos eu. – Seulgi pôs as mãos sobre a face. – Elas são uma caixinha de surpresas.

– Mas a gente consegue pisar nessas aí. – Joy disse, pausando o vídeo. – Ô carai, e aquele papo de "nós podemos, nós estamos juntas, nós somos a RV, clichê de High School Musical, blá blá blá...", hein? Não lembram? Será que morreu o espírito de "vamos acabar com essas piranhas"? Cadê os ensinamentos de Mama RuPaul? Será que eu vou obrigar todo mundo a ver todas as temporadas de RuPaul's lá em casa de novo?

– É, a gigante tem razão. – Yeri riu.

– Claro que eu tenho, eu sou eu. Então, Seulgi-unnie, qual a missão atual?

– Você sabe qual é, palita. A gente vai enfiar o pé no cu dessas putas.


Notas Finais


Eu tô animada, eu tô muito animada, ai.

Tô tão animada que eu já tô escrevendo tudo. Calma, paciência, tá tudo nos conformes.

Vejo vocês mais tarde.
Happiness! 💙


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