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História On The Road - Hectic, Busy, Schedules


Escrita por: bearpringles

Notas do Autor


E a patota volta, senhoras e senhores.

Hola, mis amigos. Como estan?
(Antes que perguntem, sim, eu tô assistindo La Casa de Papel.)

Tanta coisa aconteceu durante essas semanas, né? My Mischievous Boss acabou, saiu extra de Seulgi is Bored, Red Velvet e Etude House pisando no meu coração e me dando vontade de comprar maquiagem só pra ganhar pôster autografado, Joy sofrendo em dorama e me dando ódio do personagem do Dohwan (eu quero matar o Si Hyun, é sério), E A WENDY BRINCANDO COM A SANIDADE DO FANDOM POSTANDO COVER DE MÚSICA COM CONTEÚDO EXPLICITAMENTE LÉSBICO.

Tá bom ou vocês querem mais?

And now, let's talk about the chapter. Vamos dar um salto no tempo pra ver como anda a carreira dessas mulheres maravilhosas que só cantam hino atrás de hino e amém Red Velvet. Apertem os cintos e boa viagem. ;)

Capítulo 17 - Hectic, Busy, Schedules


⚫ Um ano depois ⚫

– Eu quero saber quem foi que deixou você postar isso, Myemim. – uma Seungwan meio enfurecida se remexia no seu assento na mini van.

– Ih, Wendy… O Twitter é meu e eu posto o que eu quiser. – a maknae simplesmente respondeu, rindo em seguida.

– Aquela foto nem tava tão ruim assim, ela podia ter escolhido uma bem pior. – Sooyoung diz, calma como nunca esteve antes.

– Ainda bem que ela não escolheu, Joy. – Joohyun sorri. – Sorte que ela pegou justo as fotos da photoshoot que a Wendy bancou pra gente. Saudades da época em que eu era loira...

– Sabiam que aquele photoshoot foi a inspiração pra Seulgi escrever o Ice Cream Cake? – Yerim disse, concentrada em seu celular para ler os comentários dos fãs na sua última postagem.

– Nem duvido, ela pega inspiração de umas coisas bizarras… – Sooyoung riu, arrumando os fios da extensão de seu cabelo.

– Como é compor música? – Joohyun perguntou, curiosa sobre o processo. Dentro da banda apenas Seulgi, Wendy e Yeri participavam do processo de composição de novas músicas.

– Costuma ser divertido quando a gente faz isso juntas, tipo, eu, Seulgi e Wendy no estúdio, escrevendo e tocando. É legal quando elas dão sugestões e a gente monta as coisas todas juntas, mas é chato e complicado pra mim fazer isso sozinha. – a mais nova explica.

– Inclusive, a gente tava montando uma música pro próximo álbum mas bateu uma dúvida… – Wendy entra na conversa, como se não estivesse quase cospindo fogo por conta de Yeri segundos atrás.

– O que foi? – Irene pergunta e logo todas prestam atenção. Menos Seulgi, que dormia no banco ao lado de Yeri.

– A gente finalmente conseguiu compor uma música boa o suficiente pra chamar a atenção de todos os públicos, mas a gente ainda não fechou a letra dela.

– Por quê?

– Simples: a gente não decidiu se vai deixar o eu lírico feminino se referenciando a uma relação heterossexual ou não.

– Ah, você tá falando da Bad Boy, não é? – Yerim perguntou.

– Sim. Como a gente não conseguiu acertar isso no estúdio, eu achei melhor perguntar em grupo.

– Não seria melhor eu acordar a Seulgi pra ela dar opinião também? – Joohyun questionou, olhando para Seulgi, que dormia profundamente.

– Ela já disse pra gente decidir, ela não liga muito pra esse tópico. – a Kim colocou seu celular de lado e se sentou de forma que pudesse ver todas as outras. – Além disso, ela é a favor de usar o eu lírico feminino hétero. Sabe, pra evitar polêmica com esse povo conservador.

– Acho que eu tô dentro dessa ideia também. – Sooyoung disse, depois de pensar nas coisas que foram ditas. – Nossa imagem é muito feminina e as nossas músicas são famosas entre o público feminino.

– Se bem que a ideia da representatividade me agrada pra cacete. – um olhar pensativo fica preso na face de Joohyun.

– Imagina se a Coreia acorda e descobre que Red Velvet é um brejo… – a canadense ri, sendo acompanhada por todas as outras.

– Não, que isso, isso não. Se acontecer, eu juro que eu me mudo pros Estados Unidos. – Yeri logo disparou, ainda rindo.

– Então Bad Boy é hétera. Tá decidido.

– Wan, me explica uma coisa. – disse a Bae.

– Hm?

– Seulgi foi pra academia ontem?

– Não que eu saiba, por quê?

– Ela tá meio…

– Morta. – Yerim completou, se segurando para não cutucar a Kang.

– É, bem que ela não tem se mexido desde que ela sentou nesse banco. – Wendy então começou a pensar nas coisas que Seulgi poderia ter feito no dia. – O manager não deixa ela ir pra academia durante a semana se a gente tem que se apresentar. E a gente tem que ir pra um programa de rádio depois do Music Bank, então…

– Ela tem dormido bem? – Sooyoung perguntou, olhando diretamente para o corpo de Seulgi jogado no banco.

– Creio eu que sim. Ela não se mexe na cama nem nada, dorme igual um bêbado. – pontos de interrogação flutuam sobre a cabeça de Joohyun enquanto ouvia Wendy responder Joy.

– Não dá pra saber, a gente não vê exatamente ela dormir.

– Como assim, Hyun?

– Ela dorme no quarto com a gente e tal, mas em camas separadas.

– Esse é um dos motivos de eu odiar aquele dormitório. – a vocalista rolou os olhos.

– Não dá pra ver precisamente se a Seulgi dorme ou não. – Joohyun continuou. – Ela pode deitar na cama e não conseguir dormir.

– Ih, pronto. Agora vocês vão montar vigilância em cima dela. – Joy diz, em tom de brincadeira.

– Gente, a Seulgi é ansiosa ou tem insônia? – a maknae perguntou, tendo algo em mente.

– Insônia ela não tem, mas a ansiedade é provável. – a Son se lembra de um detalhe. – O produtor do último álbum tá trabalhando com ela e a coitada tá com medo de ele não gostar das músicas e fuder com o álbum todo.

– A gente devia ter chamado o Henry e o Yesung… Eles são muito melhores do que aquele norueguês maluco. – o rosto de Yerim tomou uma expressão de nojo ao lembrar do compositor.

– E ainda vem o bônus de o Yesung ser diretor. – Joy disse, pulando de animação. – Ele tem que dirigir Bad Boy.

– Ele vai dirigir Bad Boy. Eu já falei sobre isso com os produtores e eles vão ter que me engolir. O CEO também, quero nem saber. – Wendy disse, com um olhar obstinado.

– E a mídia insiste em dizer que a banda anda com cabresto por causa da empresa. Se eles soubessem como a gente trabalha nessa porra…

– Nah, Joy. Eles sabem sim, eles só não ligam. – Seulgi diz enquanto boceja, levantando o corpo da posição em que ficou por muito tempo.


Já era o intervalo do programa e Yeri e Wendy conversavam sobre algumas pegadinhas que iriam aprontar com Seulgi e Joy mais tarde. Joy, Seulgi e Irene cantavam e dançavam sentadas a canção que tocava durante a pausa enquanto esperavam o MC Kim Heechul voltar do banheiro. Essa era uma das muitas entrevistas que tiveram sobre a produção do novo álbum de estúdio. Depois que a empresa deixou vazar que um novo disco estava sendo produzido, a mídia ficou louca e sedenta por mais informações.

Yerim, vendo que a situação podia sair de controle, resolveu recorrer às redes sociais para divulgar os leaks e colocar mais lenha na fogueira, aumentando o alvoroço dos fãs e também as expectativas gerais sobre o próximo trabalho de carreira. E o pior é que isso deu certo. Com ela na banda, a empresa nunca precisaria se preocupar com marketing.

Na primeira parte da entrevista, como esperado, as garotas foram perguntadas sobre conceitos, quantidade de faixas, Music Video e até sobre photoshoots e tempo de promoção. As únicas coisas que podiam revelar (porque se revelassem mais que isso todo o hype do álbum estaria ameaçado) era que ainda iriam gravar o MV, que o álbum tinha doze músicas e que o conceito era diferente de tudo o que elas tinham feito antes. Foram até calmas ao falar sobre isso, mesmo que no fundo estivessem morrendo de medo de o álbum não vender.

A segunda parte já ia começar e essa era a principal parte da entrevista. A rodada de perguntas enviadas pelos ouvintes era onde a banda garantia a relação com o público e era a coisa mais importante para todas elas. Toda essa coisa de mostrar para os fãs que elas também eram seres humanos e que passavam pelas mesmas coisas que eles passavam na vida era o mecanismo que tinham para mostrar também à mídia que elas não eram robôs controlados por uma grande empresa.

Ao verem o MC retornar e sentar em sua cadeira de couro, todas começaram a se ajeitar em seus lugares e a pôr seus fones de ouvido.

– Prontas? – o homem acena e as meninas assentem.

Com o programa de volta ao ar, Heechul anunciou o retorno e leu algumas mensagens enviadas por fãs.

– “gomgom257” diz: “suas músicas são muito cativantes, minha família e eu amamos vocês. Esperamos conseguir ingressos para o show para ver vocês de perto.”

– Que amável! – Joohyun diz, sorrindo com uma das mãos cobrindo a boca.

– Obrigado a você e a sua família por apoiarem tanto a gente. – agradeceu a guitarrista. – E não se preocupa, os ingressos esgotaram nas bilheterias mas você ainda pode encontrar eles no nosso site.

– Sempre há uma esperança. – a Park riu, piscando para uma das câmeras que filmavam a transmissão.

– Muito bem, próxima mensagem. Essa vem de “chu143” e diz o seguinte: “vocês já pensaram em fazer apresentações em Itaewon?

Essa sim era uma pergunta boa demais para se deixar passar. As garotas se entreolham, como se perguntassem em silêncio quem iria responder.

– Era a nossa vontade tocar em Itaewon desde que nós debutamos. – Wendy respondeu. – Não só pra seguir os passos da BoA-sunbaenim, mas também porque a galera de Itaewon é muito divertida e animada.

Sim, Seungwan se utilizou do benefício da dúvida com a audiência. Qualquer coisa que dissesse sendo a favor ou contra a Pride Parade de Itaewon iria causar um estardalhaço, então optou por uma resposta simples.

– É lá que eu compro as minhas blusinhas. – disse Yerim, fazendo todos os outros na sala rirem.

– Então vocês ouviram, Itaewon. Red Velvet não esqueceu de vocês. – o homem disse, procurando no computador uma nova mensagem. – “kimbaplegend” pergunta: “o que vocês acham dos caras que insistem muito na balada? Acham bom, acham ruim..?

– A gente acha graça, mesmo. – Joy responde e as outras começam a rir quase histericamente por entenderem o real contexto da frase. – É sério, não tem nada mais desnecessário que um cara que não sabe quando parar.

– Rapazes, escutem a especialista Park. – Seulgi brincou, levando um pequeno tapa na orelha.

– Isso é importante. Se você, rapaz de respeito, encontrar uma garota na balada e tiver interesse nela, não chega nela já querendo beijar. É desagradável.

– E o que se deve fazer? – o Kim pergunta.

– Simples. Conversa com a garota, conhece ela primeiro pra ver se ela tem a mesma intenção que você. Não chega beijando. E nem insiste nela se ela disser não. Mulher nenhuma gosta de cara grudento quando sai pra se divertir.

– Eu falei que ela era uma especialista… – Seulgi resmungou.

– Todas vocês concordam com isso, garotas? – o locutor perguntou ao grupo.

– Com certeza. – elas respondem em uníssono.

– Então o recado foi dado. Em seguida temos “allbops” perguntando: “vocês pretendem participar de alguma causa social?

– Na verdade, eu já participo. – ao erguer a mão, Joohyun atraiu o foco da câmera para si. – Eu sou adepta da fundação da Unicef pela distribuição de água em áreas carentes.

– Ah, eu vi uma foto sua no Twitter da Unicef. – Heechul se anima. – Se não me engano o Xiumin também estava na reunião que aconteceu semana passada, não é?

– Sim, ele também apoia a causa e foi uma surpresa ver ele lá. Eu não sabia que ele vinha.

– E como foi a palestra?

– Foi muito interessante. Muitas áreas sofrem com a escassez e a má distribuição de água. Isso influencia em muita coisa como educação, economia e bem estar. Minha esperança é que essa palestra tenha alertado mais gente sobre essa situação. – a Bae esbanjava sinceridade ao falar sobre o assunto.

– Isso é admirável, Irene. Esperamos que mais pessoas tenham captado a mensagem. Er… Eu tô tendo um pouco de dificuldade pra pegar uma mensagem aqui, tá tudo passando muito rápido. – os olhos do coitado percorriam a tela. – Vamos com calma, pessoal.

– Se não der pra gente responder aqui, vocês podem mandar as perguntas no Instagram que a gente responde em live. – disse Yerim, obviamente com a intenção de promover as redes sociais da banda.

– Isso facilita muito as coisas. – o MC riu. – Bom, temos mais perguntas. “elpolloskino” pergunta: “o que vocês gostam de fazer no tempo livre?

– A gente tem tempo livre? – a pergunta de Seulgi causa risadas em todos. – Tô brincando. Mas então, quando a gente pode, no geral, todo mundo sai junto. Na maioria das vezes a gente sai pra comer churrasco, mas quando a gente se divide as coisas mudam. Quando Joy e Yeri saem juntas, por exemplo, elas costumam comer sushi.

– Ou pizza. – Sooyoung completa.

– É, ou pizza. Quando Irene-unnie e eu saímos, nós vamos ao cinema ou a um jogo de baseball. Wendy e eu saímos pra pescar ou pra ir num karaokê e assim vai.

– Foi divertido quando nós fomos juntas pra praia e acampamos no carro. – Joy se lembra. – Só que isso foi há muitos anos atrás.

– “jojojoy” mandou uma pergunta interessante. “Quais são as músicas que vocês têm escutado ultimamente?

– Quem responde primeiro? – perguntou Joohyun, apontando para o grupo.

– Pode ser você mesma, já que está na ponta. – Heechul balança a cabeça e pisca para a garota.

– Tudo bem. Tem uma música da Heize que eu escuto toda vez que eu me sinto cansada, que se chama Underwater. Eu recomendo, ela é ótima.

– Muito bem. Seulgi?

– Ah, eu tenho escutado muito aquela nova da Hayley Kiyoko, Molecules.

– Eu ando ouvindo muito Honey da Kehlani e algumas músicas do Dean. – Wendy começa a falar assim que nota Heechul apontando para si. – Em especial love e instagram. Eu gosto muito das músicas dele.

– Ele é um ótimo compositor. – o MC concorda.

– Com certeza. – Seungwan fica um pouco envergonhada. – Será que ele tá ouvindo o programa agora?

– Tem uma chance. – o Kim ri.

– Ah, então… Dean-ssi, eu gosto muito do seu trabalho! Eu sou sua fã! – a garota diz, enrubescendo gradualmente.

– Todas somos. – Joy continua. – Inclusive, eu ando ouvindo Bonnie & Clyde mais do que tudo. Ah, essa música não é dele, mas eu ando ouvindo Story também.

– De quem é essa música? – o locutor pergunta e Yeri se encolhe um pouco na cadeira.

– É do Ragoon. E um fato curioso: Yeri co-escreveu e compôs essa música.

– Verdade, Yeri?

– S-sim, é sim. Foi um projeto paralelo que eu assumi além da banda. – a garota fez o possível para não engasgar. Ninguém nunca tinha feito uma divulgação tão descarada desse projeto antes como Joy acabara de fazer.

– Você anda realmente dedicada com a composição ultimamente. Mas então, é a sua vez de sugerir algo.

– A minha sugestão é uma música do meu eterno sunbae, Jonghyun. Ele tem uma canção que se chama End of a Day e eu escuto ela sempre, ainda mais quando eu vou descansar. Ela é muito linda.

– Jonghyun era o calouro que participou do concurso com vocês, não é?

– Sim, ele era da SHINee, mas ele acabou dando uma pausa pra cuidar de si mesmo há um tempo e acabou lançando um single.

– Devo acrescentar que todas nós temos muito orgulho dele. – Wendy comenta.

– Muito bem e isso encerra o programa de hoje. Antes de irmos, querem dizer mais alguma coisa?

– Ah, sim. – a líder se manifestou. – Nós agradecemos a companhia de vocês nessa manhã fria e calma. Esperamos que vocês tenham se divertido tanto quanto nós. Nosso novo trabalho de estúdio ainda está a caminho, mas quando ele chegar, por favor, dêem muito amor a ele. O clima tá meio estranho, então andem agasalhados, comam bem, bebam água e sejam saudáveis. Obrigada desde sempre pelo amor, carinho e apoio.


Horas depois, quando a banda se separou para assumir seus compromissos solo, Seulgi voltou para o estúdio a pedido de um dos managers. Ela pensava que iria resolver apenas questões sobre as canções, mas estava enganada. O produtor havia perdido interesse no projeto e resolveu abandoná-lo sem mais nem menos, deixando a guitarrista perdida e sem chão. Ela precisava de estrutura e um olhar profissional como um apoio e supervisão para que as outras apenas gravassem suas vozes, mas isso não iria acontecer se Seulgi não encontrasse outra pessoa para a produção.

De repente, o som da porta se abrindo é ouvido e Wendy entra no local, procurando por Seulgi. Wendy, ao encontrar a Kang jogada com a cabeça sobre a mesa de mixagem, não entende bem a situação.

– De todos os lugares pra se dormir, você foi logo bater a sesta aqui, preguiçosa? – bateu com a mão aberta sobre a beirada da mesa.

– Eu não tô dormindo, tô só deprimida. – a outra respondeu, a voz abafada pela posição em que estava.

– E o que foi que te deprimiu? Joy comeu as tuas batatas de novo?

– Claro que não, isso não me irrita mais até porque eu compro Pringles todo dia. – levantou a cabeça e girou a cadeira para conseguir olhar Seungwan melhor. – É aquele puto do norueguês safado que saiu fora da produção e me deixou aqui a ver navios.

– E mais uma vez você se fudeu bonito. – brincou.

– Nossa, obrigada, Captain Obvious. Agora por que você não me faz um favor e vai tomar no centro do seu orifício anal?

– Sabia que é estranho te ver estressada desse jeito? – a canadense ignorou a resposta mal humorada da namorada e mudou o assunto. – Acho que todo esse trabalho tá é te deixando de pavio curto.

– Seungwan, se você não quiser ajudar, tudo bem. É só não me atrapalhar e calar a desgraça da boca. – frustração era pouco para descrever o que Seulgi sentia naquele momento.

– Tá ficando igual a Joohyun, credo. – mesmo provocando, no fundo Seungwan estava era preocupada com o estado mental e emocional de Seulgi. – Mas eu vou te quebrar uma asa, só porque eu sou gente boa.

Seulgi ficou em silêncio, pensando no que iria fazer e, enquanto isso, Wendy puxava o celular para fazer contato com um antigo colega que, por uma ironia divina do destino, estava na Coreia trabalhando em uma demo para o EXO, os sunbaes de empresa da Red Velvet. Foram necessárias apenas algumas mensagens e uns minutinhos pra que ele desse uma resposta que poderia ser “sim, eu vou ajudar vocês com isso” ou “não, tô ocupado demais”.

Seulgi continuava firme em sua cadeira, queimando neurônios para encontrar uma maneira de ela mesma salvar o álbum semanas antes de ele sair. Claro que ela não entendia nada de produção e só sabia escrever, mas ela daria um jeito nem que para isso fosse preciso morrer e nascer de novo. O problema era que ela não tinha contatos como Wendy ou Yeri e a única pessoa que ela conhecia e trabalhava na área estava longe de alcance. Não era possível.

Por outro lado, Wendy estava mais do que tranquila. Já tinha até chamado o tal colega para vir ao estúdio checar o material que tinham até o momento. Tinha certeza de que tudo sairia como o esperado e até melhor do que isso, só que ela esqueceu de avisar Seulgi sobre esse fato.

– Eu não acredito que eu acabei de afundar a banda no primeiro ano de sucesso dela… – resmungou a guitarrista, que voltou a jogar o corpo sobre a mesa de mixagem.

– Não, Seulgi, você não afundou nem vai afundar nada. Relaxa. – a outra disse, na tentativa de acalmar a namorada. – Não se preocupa com isso, tá tudo certo. Esse álbum vai sair, a gente vai dar all kill nas paradas com ele e… V-você tá chorando?

– O que é que isso parece? Uma risada feliz? – gritou sem nem perceber.

Oh my holy Paul McCartney… – massageou as têmporas, rindo ao mesmo tempo. – Senta no sofá, eu vou te trazer uma água.

Wendy saiu do estúdio e, enquanto Seulgi se sentava no sofá que ficava do lado oposto da cadeira, checou o celular e viu que o colega estava no prédio e que já estava chegando na sala. Não demorou para ela voltar. Seulgi bebeu a água com rapidez, Seungwan a envolveu num abraço e ambas ficaram no sofá, Seungwan acariciando os cabelos castanhos e desgrenhados da líder.

O homem entra na sala e vê a cena: Seulgi chorando de se acabar no colo da canadense, falando algo sobre ter destruído todo o trabalho do grupo, ter de se mudar para a Sibéria e mais alguma coisa que não foi identificada por ela soluçar violentamente durante o choro.

– Er… Cheguei em má hora? – pergunta o rapaz.

– Não, claro que não, Henry. – Wendy se levanta e dá um aperto de mão no colega. – Na verdade, cê chegou bem na hora.

Seulgi olhava os dois com uma expressão de confusão escancarada na face.

– Seulgi, esse é Henry Lau, o melhor produtor e compositor desse prédio. – a canadense explicou depois de perceber que Seulgi não estava entendendo nada. – Ele vai ser o nosso salvador e vai trabalhar com a gente.

– É um prazer, Seulgi-ssi. – ele estende a mão amigavelmente.

– O prazer é meu, Henry-ssi. Acredite. – diz ela apertando a mão do produtor.

– Eu vou levar ele pra checar o projeto. – Seungwan já estava pronta para direcionar Henry até a mesa, mas foi interrompida por Seulgi.

– Mostra o caminho pra ele e fica, eu tenho que falar com você.

E então, assim que o rapaz colocou os fones de ouvido para ouvir as músicas…

– SUA DEMÔNIA DA TASMÂNIA, INFIEL, PALHAÇA DO CARALHO! – a guitarrista batia no peito da Son com tanta força que parecia querer quebrá-la com murros. – POR QUE É QUE VOCÊ NÃO ME FALOU NADA? TAVA SE DIVERTINDO ME VENDO AGONIZAR ATÉ A MORTE?

– Quanto drama, Seulgi. Nem foi tão ruim assim, fica calma.

– Nem foi tão ruim? NEM FOI TÃO RUIM? SEUNGWAN! – parou de bater na outra apenas para condená-la com seu olhar. – Eu tô morrendo de dor de cabeça e perdendo sono por causa dessa porra de álbum e você ainda vem me dizer que não foi tão ruim?

– Tá, tá bom, eu já entendi. – disse a outra, segurando a namorada irritada pelos ombros. – Agora será que dá pra você recuperar a razão e respirar fundo? O Henry vai ajudar a banda, tá tudo bem agora.

– Eu te odeio, sua chata do caralho. – a coreana encosta a cabeça no peito da vocalista e solta um suspiro.

– Eu sei, eu sei. – diz a Son, acariciando as costas da garota com uma mão e os cabelos dela com a outra. – E pra te deixar feliz eu tenho outra surpresa pra você.

– Qual? – ergueu a cabeça num flash, com os olhos brilhando de curiosidade.

– Já acertei tudo com o diretor do próximo MV. Ele topou sem nem reclamar.

– Tá brincando?

– Não, e tem mais. É o Yesung, cara.

– Seungwan, eu juro que te mato algum dia. – Seulgi pulou e beijou a namorada com força. – Você é um gênio!

– Ah, agora eu sou um gênio, né? – riu. – Não faz mal, eu sei que no fundo você me ama.

– Pois tá certíssima. Eu quero comemorar isso com todo mundo, meu pai. – sem perceber, Seulgi já pulava de alegria.

– Eu vou combinar com todo mundo, pode deixar. Mas você tem que ir falar com o Henry agora.

– Eu já volto. – deu um último beijo na baixinha e foi até o rapaz.

Wendy se sentou no sofá com um sorriso e puxou seu celular para checar suas redes. Como se fosse mágica, lembrou do post de Yerim e pensou em fazer o mesmo, só que com um membro diferente. Por isso, pegou a melhor foto que tinha de Seulgi na época da adolescência e postou sem nem hesitar. Checou suas fanbases, viu as tendências e então, quando se deu por satisfeita, bloqueou a tela do aparelho e guardou-o novamente em seu bolso.

Pensou em tirar um cochilo enquanto Seulgi e Henry acertavam as questões do álbum mas, assim que ela fechou os olhos…

SON SEUNGWAN, QUEM FOI QUE TE DEU O DIREITO DE EXPOR O MEU PASSADO PUBLICAMENTE DESSE JEITO?!


Notas Finais


Eu já falei que eu amo a relação de SeulDy/WenSeul ou seja lá como vocês gostam de chamar? Essa coisa de namorar a melhor amiga rende muito, acreditem. É divertido demais.

Agora eu vou alí fazer umas anotações. Sugestões, críticas construtivas (saibam bem a diferença entre crítica e hate, façam favor) ou até mesmo um chocolate quente com bolachinhas, pode chamar na MP ou na DM @bearpringles no Twitter. I don't bite.

Ciao!
Happiness! 💙


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