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História Onde Devo Estar (Spin-Off) - Sementes Do Amor


Escrita por: DearDanvers

Notas do Autor


Esse capítulo está bem caprichado para compensar o tempo que demorei!
Boa sorte e boa leitura!

Capítulo 3 - Sementes Do Amor


Fanfic / Fanfiction Onde Devo Estar (Spin-Off) - Sementes Do Amor

— Calminha, pequenina. Não fique afoita. — disse eu com o máximo de dulçor.

Quanto mais Angel vai crescendo também mais os olhos da casa vão se voltando à ela. Tudo o que a pequena faz de novo é esplêndido, lindo ao seu ápice e de derreter o coração do maior dos trogloditas. Matthew têm crescido tanto, está tão falante e às vezes Camila e eu o pegamos conversando em espanhol com a menor (ao menos tentando fazê-lo porque Carmen é incapaz de o responder qualquer coisa; paciência é uma virtude).

Enquanto minha mulher está a dar banho no tigrinho da casa fiquei pela sala cantando e assistindo programas infantis com a menor. A pequena Angel ficou sobre meu peito, deitada de bruços com seus olhinhos curiosos observando as cores vindas da televisão; passamos o tempo juntas, eu deitada sobre o sofá e ela deitada sobre mim, seus cabelos negros e ainda curtos faziam contraste com a pele branca (ainda mais com a roupinha salmão)... E os olhos... Ah! Os olhos... Não são diferentes dos meus, nenhum pouco diferentes.

O nosso menino tigre está para ir ao parque brincar um pouco na areia e se esquecer dos joguinhos eletrônicos que o rodeiam, o fará bem desse jeito. Enquanto ele se arrumava, um dos desenhos mais frequentes passava na tela. Qualquer mãe teria enlouquecido mas é tão agradável estar com os pequenos que se torna um mero detalhe.

"Havia um tigrinho que corria sem parar

Veio um guepardo rápido para brincar

Os dois correram, correram sem parar!"

 

— Começou! — a voz mais linda disse.

Matty veio correndo e se sentou num canto disponível do sofá.

— Venha aqui para eu te dar um beijo, mí amor. — implorei com certa manha.

Ele sorriu ansioso e engatinhou pelo estreito caminho entre meu quadril e o apoio para costas do móvel em questão. O pedi para deitar-se sobre meu ombro com cuidado, pois a milímetro dali estava Angel, um ser muito vulnerável. O apertei contra mim com leveza (Camz me mataria se sua roupa nova ficasse amassada) e o beijei na testa.

— ¿Qué vas a hacer? — o indaguei.

— Voy... —  pensou bem. —  al parque!

O enchi de mordidas enquanto ele grunhia e se contorcia gargalhando.

— Você é um gostosão muito sabido! —  observei a beleza de seus cachinhos castanhos. —  Está ficando muito parecido com sua mãe, sabia? — dei uma beijoca na ponta de seu nariz. —  O nariz está ficando igual... A boca também, os cabelos... O jeito de olhar. —  por alguns segundos fiquei encantada; fiquei sei saber o que dizer e nem disse.

A menina deitada sobre o outro ombro se contorceu afobada, o fez com certo choramingo. Depositei meu palmo sobre suas costas, a aninhei balançando-a de leve. Matt fica sempre confuso, aflito ao vê-la sonolenta.

— Quando neném vai falar?

— Quando ela estiver maior, tipo do seu tamanho.

O bebê tigre da casa esticou o braço para fazer carinhos nos cabelos lisos de sua irmãzinha.

— Irmãzinha tigue! Neném tigue! — falou contente.

— É sim, meu Bebê Tigre. Ela vai crescer pra brincar com você  e vamos ter dois tigrinhos muito sapecas correndo pela casa.

— Mas a neném dorme e dorme o tempo todo... — ficou desconfiado.

— É porque ela está descansando pra crescer e brincar muito depois. — fiz carinho em sua orelha.

Ah... — pareceu compreender.

Uma mão acariciou o meu rosto. E um par de lábios foram ao encontro dos meus com bastante carinho. Abri os olhos vendo quem eu esperava ver.

— Camz... — murmurei.

— Não iria trabalhar hoje? — deu certo sermão.

— Eu vou. — tentei me ajustar no sofá. — Vou em breve... — me jogou um olhar melindroso. — É que quando eu estou com eles... Eu fico hipnotizada.

Camila pareceu se derreter observando os menores interagindo. Matthew estava tão concentrado vendo a delicadeza de sua irmã, não que fosse raro acontecer, a frequência é enorme entretanto a afinidade mesmo que sem palavras o atingia no fundo do coração. Fico completamente abobalhada.

— Como neném chegou? — o menino me encarou.

Franzi o cenho.

— Da mesma forma que todos os neném chegam, Bebê Tigre.

— Você saiu da minha barriga, que nem a Angel, mi hijo. — Camz complementou segurando o ventre.

Matty negou balançando o dedo indicador.

— No no! Como o bebê tigue foi palar na sua baíga?! — sentou-se ficando sério.

— C-Como você foi parar na barriga da sua mãe?... — arrastei as palavras.

Camz e eu nos olhamos incômodas com certo ar de riso.

Como o Matthew foi feito...

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Me dirigi a casa de Camila no intuito de ver os gêmeos. Aproveitei o dia encoberto para conversar e chegar talvez num acordo com eles. Minhas intenções assim como o dia eram encobertas, sem previsões ou clareza de resultados diretos, estava ali pelo que conseguisse conquistar. A tensão entre eu e a cubana era gigantesca, uma tensão de espinhos antigos, desconforto histórico... Ficamos na sala, estabelecemos uma conversa superficial, nada além de perguntas secas de respostas mais secas ainda. Apesar disso fui usando o sarcasmo e fazendo graça.

Camila me recebeu muito bem, suas ações diziam o quanto ela oprimia as memórias ruins e abria o coração afim de me fazer amiga de vez. Entregou-se contente com mais facilidade do que imaginava, claro que não exibia um sorriso largo e ficara radiante com minha visita mas a timidez de sua simpatia (de grande esforço) me fez um fluido correr pelo corpo.

Seria efeito errôneo da tensão ou o quê?

Ao fim de alguns minutos percebi que ia além de certos espinhos, houve um certo romance no tom dela e meu olhar sobre ela ficou predatório. Saudade é um sentimento que eu não admitiria nunca! E muito menos os sentimentos antigos, vim aqui apenas pelos gêmeos, o futuro do meu sangue... Mas meu espírito sangrava do dente de saudade que me mordeu. Há muitos anos ela não me via interativa e amável, um fascínio absurdo, ficou banhada em nostalgia. E estava linda sorrindo daquela maneira, de sentimentos submissos e trejeitos vulneráveis, tudo o que ambas  tentavam nunca deixar transparecer. Ambas se foram a deixar falhar.

— Luna está dormindo na casa de alguma amiga. — avisou.

— Pois bem, o Miguel estando vale a vinda. — tentei fechar-me ficando cabisbaixa.

A cubana ficou sem graça e foi em busca do garoto que talvez estivesse em um dos pequenos quartos da casa. A ouvi chamando o seu nome poucas vezes sem nenhuma resposta. Refleti nesse curto período de tempo, fiquei repetindo mantras desconsolados expulsando os pensamentos que me envolviam, eram demasiados empáticos... Além do que eu me permitia, Camila deveria ficar longe da minha vida.

Era nisso que eu queria acreditar e gostaria de conseguir cumprir. Num segundo almejei um aperto de mãos, pensei num abraço, senti o seu perfume e vi suas curvas, o sorriso. Fiquei arrepiada em vê-la sem tanta indignação de me ver, adorável como uma moça.

Confesso que me veio o desejo de até outra coisa...

— O Miguel não está. — pareceu desapontada. — Deve ter ido dormir na casa de algum amigo também, ele disse que o faria essa semana.

Tomei um susto. Reprimi todas as minhas reflexões e desejos no fundo da minha consciência, oprimi meus trejeitos anteriores e me fiz fria.

— Preciso ir! — levantei depressa indo até a porta.

Camila me olhou desenganada. Num instinto tocou-me o braço num súplica silenciosa. Aquele fluido anterior, aquele desejo, me embebedaram. Deixei meu corpo fazer o que quisesse.

— De algo terá de valer minha visita. — murmurei.

A icei com força puxando-a pelos braços. Meus lábios colidiram com os dela, suguei seu lábio inferior, minha mão segurou sua nuca. Fui bruta e esfomeada pelo contato, o beijo foi profundo e meu corpo pareceu queimar assim como o dela. Fui empurrada.

— O que diabos você acha que está fazendo?! — ela gritou.

Sua mão colidiu com meu rosto com força. Fiquei chocada e de bochecha dolorida, a mulher estava brava e desviou o olhar recuperando o fôlego de sua explosão.

A icei pela cintura com os olhos fixos. Tentou esmurrar-me na clavícula e deu outros tapas mais leves no rosto afim de extravasar sua frustração, esperneou um pouco e eu a segurava firme sem me importar com a dor física que tentava me causar. Segurei seus cabelos com firmeza. A beijei novamente. Seria a resposta final de tudo: se gostasse, eu a possuiria como quero fazer... Se não gostar e continuar a me repugnar a solto e vou-me embora. 

Minha língua explorou sua boca achando a desconhecer. Relembrei de todo o nosso laço quando a dela enroscou a minha e seu corpo pareceu derreter como açúcar no calor do meu corpo. Suas roupas eram simples e confortáveis, uma blusa de algodão assim como o short curto que usava. Minhas mãos arrastaram-se por sua cintura, levantei um pouco da blusa com os dedos e tateei sua pele por baixo dela. Camila segurava-se firme na minha roupa.

Meus palmos desceram mais acariciando de leve seu corpo até que cravei os dedos em seu traseiro. Minhas calças ficaram apertadas, dei um tempo rápido e praticamente arranquei minha blusa, a ataquei com chupões no pescoço. O seu perfume invadiu o meu olfato e minha língua recolheu o sabor de sua pele macia, jogou a cabeça para trás após minha mão livre encostar em sua intimidade. Massageou por cima da calça minha crescente ereção, a necessidade estava me matando. Meus dedos foram ficando úmidos ao acariciar seu centro. 

Voltamos a nos beijar, seus lábios pareciam arder (de uma forma deliciosa) ao encostar nos meus, seus seios contra os meus, e ela rebolava (inconscientemente) contra mim fazendo sua intimidade molhada pressionar-se contra o centro da minha calça que ia crescendo cada vez mais, ficando mais rígido. Seus dedos desceram no cós da mesma e desabotoaram, meus olhos se encheram de luxúria enquanto ela se concentrava em liberar minhas partes baixas, dei uma risada ofegante.

Tirei os sapatos em movimentos simples com os pés, a cubana retirou a própria blusa. Afundei meu rosto no meio de seus seios, icei com os braços as pernas bronzeadas, as mesmas entrelaçaram minha cintura, seus braços em volta do meu pescoço. Seu corpo me pertencia como o meu a pertencia. Guiei nós duas pelo corredor estreito e empurrei a porta do quarto principal.

Nem raparei no quarto, foquei na grande cama em nossa frente. A deitei sobre ela grunhindo de tesão, retirei a calça e a mesma ficou pelo chão, em seguida a cubana quase delirante levantou o quadril para que eu retira-se seu short e eu o fiz sem demora. Camila mordia o lábio olhando para mim com toda a luxúria do mundo, os cabelos compridos espalhados pelo colchão, seus olhos marejados me deixaram arrepiada. Separou com lentidão as pernas revelando com clareza sua calcinha encharcada a ponto de pingar.

O membro em minha cueca tremelicou. Avancei por entre suas pernas como um animal necessitado, ela gemeu em aprovação, afundei meu rosto em seus seios livres, chupei seus mamilos com maior vontade conforme ela gemia abafado me acariciando os cabelos. Minha ereção roçava de maneira muito prazerosa seu clítoris pulsante, um roçar por cima das roupas de baixo. Apenas a cueca e a calcinha no separava do prazer máximo, no entanto a fricção a excitava muito fazendo-a rebolar e molhar-se mais.

Movi os quadris investindo na esfregação, minha glande estava totalmente melada de pré-gozo além do dela. De tanta euforia nos movimentos meu comprimento foi escapando da cueca, o pré-gozo pingou no ventre de Camz que olhou a área em seguida, com o dedo indicador espalhou mais o líquido oleoso perto do umbigo em seguida levou o mesmo dedo à boca, lambeu os lábios. Rangi não aguentando a provocação.

— Eu p-preciso de você dentro. — avisou entre gemidos. 

Lhe rasguei a calcinha.

— Vou preparar sua boceta pra me receber, querida. — falei por debaixo de minha respiração.

Seu corpo estava completamente nu para mim, os seios médios de mamilos rígidos, o abdome definido, a pele bronzeada, as coxas grossas e traseiro grande. Seus lábios carnudos e olhar voluptuoso me enlouqueceram por inteiro, lambi dois dedos os lambuzando bastante... Sua entrada rosada se demonstrou muito apertada conforme meus dedos foram a penetrando, o queixo de Camila caiu em surpresa, os retirei com cuidado e os penetrei novamente indo mais fundo, o ruído esguichante obrigou-me a masturbação, me esfreguei com intensidade. Meu palmo percorreu cada centímetro disponível, minha glande ansiava por melhor contato com a vagina encharcada que eu punha os dedos.

A cubana se contorceu e o subir e descer de seu peito estava descompassado.

— Por favor... Eu preciso... — choramingou de prazer.

Deslizei a cueca pelos calcanhares. Estava tão nua quanto Camila. Minha Camila. Fiquei de joelhos sobre a cama, 

— Você é minha... Minha gostosa... Minha vagabunda... Minha mulher. — a provoquei usando severidade na entrelinha.

— Eu preciso de você... — implorou acariciando seu clítoris.

— Onde? — a desafiei.

Mordeu o lábio de expressão contorcida ao se masturbar com rapidez.

— Dentro de mim! Preciso de você dentro de mim! — choramingou.

Lhe agarrei o pulso com força, juntei-lhe as pernas pondo-a de bruços. Passei o braço pela cintura e com a outra mão segurei-a pela nuca ajeitando no ângulo perfeito. A lateral de seu rosto encostando no colchão, num desespero pelo prazer fez o resto empinando bem a bunda me proporcionando uma linda imagem que eu não via há muito tempo, suas nádegas fartas à minha espera, seu ânus e entrada expostos esperando por mim.

Segurei a base do meu pênis com firmeza, e na mesma precisão forcei a glande entre duas dobras embebidas e empurrei para dentro. Estremeci num choque que me percorreu o corpo. Cabello abafou um gemido mordendo o lábio, mas conforme fui me penetrando completamente soltou um grito agudo e atacou o travesseiro com os dentes.

Afastei o quadril até o limite da cabecinha e empurrei com força para dentro novamente, um som primitivo me escapou da garganta ao tempo que meus olhos cerraram e exalei o arme entregando ao prazer. Suas paredes espremiam maravilhosamente o meu pau, nunca senti um prazer como este com nenhuma outra mulher. Estoquei devagar, me inclinei sobre ela me aninhando ao corpo da morena, meu peito pressionado contra suas costas. Agarrei-lhe os seios os massageando de mão cheia. Fiquei naquele ritmo gostoso movendo com bastante cuidado o quadril.

— Mais rápido! — ordenou. — Mete em mim mais r-rápido!

Jogou os braços para trás segurando as próprias nádegas e as separando buscando alguma maneira imediata de me ter mais fundo e mais livremente. Aumentei a velocidade, meus quadris bateram com mais força contra o seu traseiro causando a cama ranger no ritmo, o barulho de pele colidindo também pelos meus testículos indo de encontro ao seu clítoris de novo e de novo e de novo...

— Caralho... — grunhi. — Muito... — perdi o raciocínio metendo mais fundo. — Muito apertada!
Camila gemeu agudo com menor espaço de tempo, minha respiração em seu ouvido a fez perder o senso. Seus olhos reviraram e seu corpo tremulou por inteiro, ela estava perto. Quis uma nova posição, para não perder a excitação do momento a deitei de lado num movimento brusco e deite-me atrás dela. Camz por intuição própria buscou minha verga pela sua traseira, a empurrou sozinha para sua boceta pondo de volta a cabeça bulbosa.

— De ladinho é muito gostoso, amor, — sussurrei em seu ouvido. — vou te comer assim de ladinho, safada. — lhe desci um tapa bem forte na bunda.

Segurei sua perna por trás dos joelho e a estendi apoiando em meu braço. Comecei a meter com velocidade, jogou sua cabeça para trás e juntei a lateral de nossos rostos, as respirações aceleradas, corpos suados se esfregando. Passei o outro braço por debaixo de seu leve peso para conseguir apertar os seios.

— Não para!! — exclamou num grito. — Me fode com força, me fode...

— Vou te foder bem gostoso. — rebati.

Meu pau ia fundo dentro de sua boceta, minha glande batia cada vez mais em seu ponto esponjoso pondo-a a colapsar num onda de prazer absurdo. Sempre que batia naquele ponto interno ela me soltava um grito fino, e me implorava para não parar. Sua maciez começou a mastigar meu pênis fazendo todo o interno ficar mais apertado a cada segundo. O ruído de penetração molhada ficou mais claro aos ouvidos, eu a meti com mais intensidade, fiz um esforço buscando beijar seus lábios. Meu quadril batia com força, a cabeceira produzia um estrondo ao bater contra a parede.

Seu corpo tremulou intensamente, gemeu arrastado. Nossos dedos dos pés se contraíram, eu fui o mais fundo que pude... Esguichou contra meu membro ao mesmo tempo que liberei inúmeros jatos de porra dentro dela. Meu corpo relaxou viajando no prazer absoluto e o sono me tomou quase imediatamente.

Eu continuava a amando, sim, eu ainda amo Camila. Droga...

 

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Eu sempre vou amar essa mulher, independente do que acontece. Ninguém combina comigo mais do que minha Camz.

— Mamãe engoliu sementes do amor! — Miguel falou de supetão quebrando o silêncio.

Camila e eu nos olhamos menos culpadas.

O que é...?! — o menino perguntou novamente

Miguel encheu o peito parecendo ter total conhecimento desse falso fato.

— São iguais aquelas sementes de maçã só que elas não viram maças, elas... — pensou na besteira que estava falando. — Elas viram bebês. — se esmurrou em pensamento.

Luna apareceu de trás do irmão parecendo demasiadamente confusa.

— Mas meu professor disse que... — foi interrompida por um monte de chiados vindo de nós. — Certo, certo. — engoliu as palavras.

— Vamos, Matty, — 'Guel o ofereceu a mão. — Luna e eu vamos ao parque com você.

O menino pulou do sofá e correu na carreira engraçada de bebês para segurar a mão do irmão maior.

— Ei, cara, adorei essa sua roupa nova. — Miguel enfatizou um elogio a ele caminho para ora.

Matty o olhou contente.

— Eu sei! 'Bigado... Eu sou lindo 'lindão'! — falou contente.

Luna os acompanhou igualmente animada (igualmente ao Matthew, obviamente).

— Eu vou no balanço primeiro! — avisou.

— Bebê tigue também! — levantou o bracinho.

O rapaz bufou.

— Haja braços para empurrar vocês dois... 

Angel choramingou muito incômoda. Pôs a puxar a alça e a gola da minha camiseta com as minúsculas e alvas mãos. Tentou erguer a cabeça afim de me encarar. Camila sentou conosco para a fazer certa graça, enxugou-lhe a boca toda babada com um pano limpo.

— O que foi, vida minha? — a encarei com uma expressão abobalhada.

Continuou me olhando com certa expectativa. E fez alguns barulhinhos tentando pelo menos balbuciar alguma palavra.

— Certo, certo... — assenti. — Vamos cantar essa música só mais uma vez, só. — falei séria.

E por encargo primitivo da relação humana... Sem entender nenhuma palavra minha e muito menos minha entonação, Carmen abriu um sorriso largo, sem dentes, que lhe apertou os olhos.

Minha esposa concordou sem desviar o amável olhar sobre nossa neném.

A este ponto da vida estou me humilhando por um sorriso banguela, meu fim chegou, definitivamente. Minha mulher e eu nos pusemos a cantar numa harmonia impecável.


Isn't she lovely   (Ela não é amável?)
Isn't she wonderful  (Ela não é maravilhosa?)
Isn't she precious  (Ela não é preciosa?)
Less than two months old  (Menos de dois meses de idade)
I never thought through love we'd be (Nunca imaginei o amor que teríamos)
Making one as lovely as she (Fazendo algo tão amável quanto ela)
But isn't she lovely made from love  (Ela não é adorável? Foi feita de amor)

Isn't she pretty  (Ela não é linda?)
Truly the angel's best  (Certamente a melhor dos anjos)
Boy, I'm so happy  (Nossa, estou tão feliz)
We have been heaven blessed  (Fomos abençoadas pelos céus)
I can't believe what God has done  (Não acredito no que Deus pôde fazer)
Through us he's given life to one (Por nós ele deu vida à uma) 
But isn't she lovely made from love.  (Mas ela não é adorável? Foi feita de amor)

Carmen sorriu quase hipnotizada pelas nossas vozes juntas. Abaixou a cabeça querendo se esconder no meu pescoço de tão sem graça que ficou. Camila beijou o topo de sua cabeça e em seguida a dei um demorado selinho.

— Eu te amo. — murmurei.

— Eu também te amo. — respondeu.

— Deixa eu pôr mais uma sementinha do amor em você? — dei uma piscadela.

Levantou de imediato e pegou a neném nos braços.

— Nada disso! Chega de sementinhas! — foi em direção à cozinha. — Vá se aprontar para trabalhar, bunda branca.

Ri para mim mesma.

— Estou indo, estou indo. — levantei contente do sofá com certa preguiça.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Essa música final foi Isnt She Lovely do Stevie Wonder

Esse flashback foi uma sugestão então podem deixar suas sugestões!

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Meu twitter: https://www.twitter.com/fosterjergi

Até apróxima,pequenos gafanhotos<3


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