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História Onde tudo começou - Festa no jardim


Escrita por: nahsantos_

Capítulo 27 - Festa no jardim


   -Diana pode se retirar.

   -Mas mãe...
Ela me olhou com aquele olhar que poderia perfurar a alma, então sai resmungando e quase batendo o pé, então parei no corredor e fiquei, assim poderia ouvir um pouco da conversa, e minha irmã também estava lá.

Ouvi um puxar de cadeira e um suspiro grande.

   -Sabe Andrey, como você pode ver minha casa é humilde, e nossa família só tem o suficiente para colocar na mesa, e pelo que vejo no carro em frente a minha casa ele é bem mais caro que tudo que tenho aqui dentro, nos podemos parecer humildes mas temos caráter, quero que saiba que ela parece bobinha aos seus olhos mas ela tem uma família que a ama, e espero que no dia que vier a magoa-la se lembre que ela tem uma mãe, e que você esteve aqui e disse que estava sendo sincero sobre o pedido de namoro.

   -Eu estou realmente serio, eu gosto dela e nunca ousaria a magoar.

   -Todo mundo diz isso, mas os sentimentos muda, eu gostaria de dar uma vida melhor a ela, porque apesar de tudo ela é uma menina de ouro, eu tenho dois filhos com necessidades especiais mas ela nunca reclamou sobre eu dar prioridade a eles, e mesmo que eu dissesse que não poderia dar um calçado novo a ela para comprar remédio para os irmãos ela só concordava, e então ia pra escola com os tênis surrados parecendo feliz com aquilo, porque ela sabia que se fizesse uma carinha triste seria eu que me magoaria, então eu estarei te dando meu tesouro, e quero que você cuide com o mesmo valor que eu coloco nela ou até mais.

Do corredor ouvindo aquelas palavras não consegui segurar o choro, não sabia que minha mãe pensava daquele jeito, e muitas vezes me sentia egoísta por querer mais, mas fingia  suportar porque eu sabia das dificuldades que passavamos.
Muitas vezes a gente não tinha um grão de arroz para comer, e as vezes ela pegava farinha de trigo que tinha no armário e colocava água e açúcar e fazia bolinho para nos comer, mas as vezes era tão pouco que nem dava para ela comer, então ela dormia com fome para dar a gente, como eu era a menor as vezes reclamava de fome e ia até o quarto, então a via chorar porque ela também tinha fome, mas tinha os filhos pra criar.

Depois de ver a situação difícil ela começou a fazer vários bicos, e graças a Deus hoje nossa situação só estava melhor porque ela foi guerreira e lutou para nos sustentar, e quando ela comprou calçado para cada um de nós ela se sentiu realizada. Nossa casa antes era no piso cru, e então logo depois ela colocou azulejo e depois pintou, foi a maior realização para ela, e tinha orgulho de dizer que aquela mulher é minha mãe.

E ouvir aquilo da boca dela me deixava mais feliz ainda, isso mostra o quanto ela se importa.

Acabei indo no banheiro enxugar as lágrimas e não pude ouvir o resto da conversa, também aproveitei para arrumar minha bolsa.

Assim que sai minha mãe olhava pras minhas roupas. 

   -Meu Deus agora que me lembrei, como você vai para uma festa tão chique? 

   -Não se preocupe, ela tem o mesmo tamanho da minha irmã, ela disse que se ela não tivesse um vestido arrumaria a ela.

   -Graças a Deus, não deixaria ela sair assim de jeito nenhum.

Me despedi da minha mãe e ela só falava para ligar assim que chegasse.

Eu estava o caminho todo super nervosa, uma festa com ele, e ainda dos pais dele, não podia passar vergonha, e agora pra ajudar nos dois estava com aquela aparência. 

   -Meu Deus o que você vai dizer pra sua mãe sobre esse soco.

   -Ela vai estar tão ocupada recebendo os convidados que nem prestará atenção.

Assim que chegamos a casa dele a irmã dele estava a nossa espera, o primo dele também estava lá. 

   -Meu Deus vocês estão horríveis. 

   -Nem começa. Catarina leve a Diana para se maquiar e eu também comprei um sapato e um vestido está em cima da minha cama de para ela.

   -Você não fez isso sem antes me avisar fez?
Ele simplesmente me olhou e sorriu.

Catarina saiu me puxando pra dentro e me empurrou pro banheiro.

   -Toma um banho que eu vou deixar tudo preparado e vou te maquiar, você vai ser a mais bela do jantar da minha mãe.
Ela me deu uma piscadela e saiu puxando um monte de caixa de maquiagem, acho que estava indo pra guerra.

Tomei banho e estava pensando em várias coisas, um jantar na casa deles, eu teria que fazer a finicima se queria que a mãe dele me odiasse mais, então fiquei no chuveiro fazendo até poses de como deveria ficar parada.

Ao sair do banheiro Catarina estava de avental e várias escovas e pincel de maquiagem nos bolso.

   -Ah que bom que você lavou o cabelo, vou mecher nele também.
Segurei meu cabelo na frente do corpo sem saber o que estava me esperando. 

   -Não, não precisa, eu vou só escovar e pronto.

   -Seu cabelo é grande e tem cachos não sei porque você alisa, e na verdade tá sem corte parece sem movimento. Só me deixa fazer e não reclama.

Ela me puxou pra sentar na cadeira e começou a pentear meu cabelo, meu cabelo bate quase na bunda e eu o amava, várias vezes minha mãe tentou corta ele por que também dizia que era reto e não dava ondas, e eu passava mais tempo tentando alisar ele que tudo, e sempre ia pra escola parecendo um leão porque inchava.

Vi algumas mechas de cabelo caindo no chão e sentia meu coração se quebrar junto.

   -Vai corta muito?

   -Você acha? Seu cabelo é lindo, você só não sabe usar, vou fazer umas camadas e sem tirar o comprimento, só pra quando você alisar ficar bem jogado na frente, e sinceramente essa cor te caiu muito bem. Pronto.

Ela começou a escovar e o que ela disse era verdade, ele continuava grande e quando puxava pra frente podia ver ele cacheando nas pontas.
Assim que ela terminou foi me maquiar, ela passava um monte de coisa que eu não entendia o que era, já que sou leiga quando se refere a maquiagem, e me mandava fechar o olho e ficar quieta.

Assim que ela terminou a guerra dela disse  que eu podia me olhar, assim que me virei eu me surpreendi, ela tinha feito uma maquiagem bem delicada, quase rosada e os lábios numa cor suave, com isso meu cabelo ficou parecendo bem mais ruivo, parecendo que eu tinha sardas e a cor da pele mais viva, eu me amei me ver daquele jeito.

   -Ufa, fala se não sou boa.

Tive que concorda com ela, eu era outra pessoa, nem parecia que antes havia arranhões no meu rosto, acho que ter feito sardas no meu rosto deu a impressão melhor.

Quando me levantei e olhei para a cama havia uma caixa grande, e pelos nomes pratas escrito em alto relevo na caixa dava a impressão de terem sido caros.

   -Eu não posso aceitar isso.

   -Bom, eles não aceita devolução, se você não ficar não teremos uso pra ele.

   -Você pode usar.

   -Eu? Querida se eu fosse você aceitava, não é todo dia que recebemos um vestido desse.

Ela abriu a caixa e tirou os papéis que cobria o vestido, dentro havia um vestido de um azul incrível, ele não chegava a ser azul, era quase preto, mas quando você fazia movimentos no tecido você podia ver que era azul, minha cor preferida.
Ela me ajudou a vestir, o vestido é justo na região do peito e a barriga o que me dizia "não coma ou vai explodir", e indo pra saia era meio cheinho até o meio das coxas, o que me dava a impressão de ser mais alta e me deixava um pouco mais velha, ela pegou os saltos e me ajudou a colocar já que não podia me curvar muito, os saltos pretos deixava minhas pernas mais longas, eu me olhava no espelho e mal podia me reconhecer.

   -Nossa queria saber quando que meu irmão começou a ter bom gosto, fiquei com um pingo de inveja. 

   -Você não ajudou a escolher ?

   -Não, ele não me contou nada. Ele até sabe o tamanho certo. Acho que andam se agarrando demais.
E deu uma risadinha, senti minhas bochechas corar no mesmo instante.

Meu nervosismo estava grande e não parava de olhar pro espelho e ver minhas coxas de fora, ah, também resolvi tirar uma foto porque eu iria mandar pra minha mãe, aposto que ela ia ficar feliz de me ver assim. Então deixei Catarina termina de se arrumar e sai do quarto, quando passei pela porta Andrey e Roger estava sentados no sofá conversando, e assim que ouviu a porta abrindo os dois se levantou, assim que se viraram e me viu ali Roger começou a bater palmas.

   -Meu Deus sequestraram sua namorada e colocaram outra no lugar.

   -Para de ser engraçadinho. -Andrey deu um tapa no peito de Roger e veio até mim, ele passou a mão na minha cintura me puxando pra mais perto, com o salto alto eu podia chegar facilmente na altura do seu ombro. - Você está linda meu amor. -então ele me deu um beijo na testa.

   -Deixa eu ver também. -Roger segurou minha mão e me fez dar uma volta. -Meu Deus você vai calar a boca da titia.
Ficamos por ali conversando e Roger fazendo várias brincadeiras, então Catarina saiu do quarto, ela estava também vestindo um vestido preto de seda comprido.

   -Meu Deus vamos chegar bem acompanhados hoje.
Roger pegou o braço dela e então entramos no carro, eu fui com Andrey no carro dele e Catarina com Roger.

Como o vestido ficava no meio das coxas quando sentei ele acabou subindo um pouco, deixando minhas coxas a mostra, então Andrey entregou seu terno para mim.

   -Amor você pode segurar? Se não amassa.
Dei um sorriso tentando disfarçar que não tinha entendido, e então o coloquei no meu colo, me sentia bem melhor.

Quando chegamos na casa dos pais dele fiquei chocada com o tamanho, era enorme, parecia aquelas casas dos estados unidos com grama verde na calçada. 

   -Não estava tendo um jantar aqui? Parece calmo.

   -Bom, ela organizou tudo nos fundos.

Quando entramos na casa tudo me impressionava, a casa era toda na madeira com móveis de luxo, tudo ali parecia caro.
Quando ele abriu uma porta de vidro na sala demos de cara com o quintal, e tinha luzes por todos os cantos, tinha uma tenda comprida tampando o local e várias mesas, tinha várias pessoas conversando e rindo, e eu podia dizer só pelo olhar delas, o dinheiro as fazia rir.

As mulheres se vestia elegantemente, e os homens vestindo terno, todos pareciam ser da alta sociedade e graças ao Andrey por ter me comprado aquele vestido e a Catarine ter me arrumado não me sentia tão inferior, mas teria que ter cuidado nos meus modos, e não sei porque, só conseguia pensar eu cortando carne e ela pulando em algum prato de algum granfino.

Quando fomos chegando perto de uma mesa a mãe de Andrey nos avistou, então pediu licença a uns convidados e veio em nossa direção. 

   -Oh meu Deus você veio.

   -Obrigada pelo convite, tudo parece muito lindo.
Ela me olhou de cima em baixo e deu um sorrisinho.

   -Nossa Catarina, não me lembro de você ter esse vestido, serviu perfeitamente nela.

   -Não mãe, esse vestido é dela, ela que trouxe. -Catarina tomou uma bebida e deu um sorriso escondido .
Eu pude ver o rosto da mãe dele ficar todo vermelho.

   -Nossa, você tem bom gosto.

   -Obrigada.

   -Se me derem licença irei receber alguns convidados.
Assim que ela saiu Roger e Catarina começou a rir.

   -Meu Deus, eu nunca pensei que veria a titia com a cara no chão. 

   -Parem de rir, sabe como ela é vai sobrar pra vocês.

Eles falando daquele jeito consegui capitar tudo, ele ficou com medo de eu acabar passando vergonha na festa e então comprou um vestido para mim, o puxei para o canto e então ele sorriu tempos depois de estar naquela festa.

   -Desculpa, eu sei que minha mãe estava com alguma intenção ao te chamar a essa festa, então preferi te dar o vestido de presente, mas espero que não pense mal de mim.
O abracei bem apertado, apesar de ter sido pra não passar vergonha na festa senti sua boa intenção, eu sei que a mãe dele não gosta de mim, e ela faria o possível para me humilhar na festa, e sobre o vestido só foi o começo, eu provaria a ela que eu sou tão boa quanto qualquer riquinho dali, ou até melhor.

Estavamos os quatro conversando e rindo, até mesmo Carlos o pai de Andrey ficou com a gente conversando.

   -Está gostando da festa?

   -Estou sim, a comida também está boa. 

   -Minha mulher não está por perto, não se preocupe, pode falar que está ruim, eu só como porque só tem isso na festa, mas adoraria comer uma pizza.

   -Tio, que tal nos fugir e pedir uma pizza e comer no quarto de Andrey?

   -Se a mamãe pegasse nos tudo lá teria vários caixão depois.

   -A mãe de vocês pode nem ouvir isso.

   -Shiu. -Catarina apontou pro outro lado e vinha a mãe deles com alguns convidados em nossa direção.

   -Andrey esse aqui é o senhor Marcos e sua esposa Julia, eles são donos do hospital MC.

   -É um prazer conhecê-los, essa daqui é a minha n..

   -Essa é a amiga dele, Diana.
Claro que eu não diria ao contrário, seria uma ofensa a ela na própria festa, mas entendi sua intenção ao dizer aquilo, não queria me apresentar como namorada de seu filho.
Andrey segurou forte na minha mão e balancei a cabeça dizendo que não importava.

   -Vamos Diana andar um pouco.
Catarina me pegou pelo braço e me guiou para o outro lado, deixando eles conversa na outra mesa.

   -Não se sinta ofendida, ela é assim mesmo, até eu que sou filha sei o quanto ela usa a lingua para envenenar, vou te contar um segredo.

   -Então porque vai me contar se é segredo.

   -Bobinha, não quero que pense que todos na minha família são ruins, na verdade o Andrey é bom demais, por isso ele foi embora de casa, para poder viver a vida dele sem que minha mãe desse ordem em cada passo dele, e ele nunca segura namoro nenhum por causa dela.

   -Ela não gosta de nenhuma?

   -Eu soube que até uma das namorada dele ela ofereceu dinheiro, ele não dura com nenhuma, mas sabe depois que te vi novamente hoje eu acho que você é a única que vai vencer minha mãe. 

   -Porque acha isso?

   -Eu posso ver sinceridade no olhar de vocês dois.

Continuamos a conversa e então veio algumas jovens em nossa direção, podia ver a cara da riqueza em cada uma, e eu pensava que Deus foi generoso com elas, e a mais bonita de todas vinha na frente do grupo como se estivesse liderando todas, parecia a própria Cleópatra, cabelos negros grandes e de franja, e os olhos tão verdes que mesmo a noite parecia uma joia, ela vinha sorrindo como se fosse seduzir qualquer um, e seu vestido vermelho com um lascado do lado deixava a mostra suas coxas bem torneadas, e sua pele morena deixava qualquer um com inveja.
Eu sei que apesar de eu ser baixinha tinha muita coxa, o que no meu vestido parecia maiores ainda, o que deixava bem sensual, mas perto daquela mulher eu me sentia mirrada.

   -Olá Catarina, a muito tempo sem te ver.

   -Eu digo o mesmo Rosângela, como foi a viagem?

   -Maravilhosa, Paris linda como sempre, devia ter ido comigo.

   -Desculpa, estava ocupada com alguns trabalhos voluntários. 

   -Claro claro, sempre ajudando os necessitados. -Então ela me olhou de cima a baixo e sorriu. -E essa é...

   -Prazer conhecê-la, me chamo Diana.
Ela continuou olhando para Catarina esperando a resposta, quase me ignorando.

   -E a namorada do Andrey.
No mesmo segundo os olhos dela se voltou novamente a mim, eu podia ver chamas saindo de seus olhos.

   -Nossa, ele já está namorando? Sua mãe não me falou nada, ela mesma me convidou avisando que ele estava aqui sozinho.

   -Talvez ela tenha se equivocado, eles já estão juntos a um bom tempo.

   -Hmm, eu nunca te vi em festa nenhuma da sociedade, quem são seus pais?

   -Eu não sou daqui, desculpe te desapontar.

   -Esse vestido não é um limitado?
Eu não sabia se era um limitado, mas se ela falava aquilo era porque é muito caro, e seus olhos fuminava mais ainda. Então resolvi brincar também. 

   -Isso? Eu tinha no fundo do guarda roupa e resolvi usar hoje, não estava muito animada, mas meu namorado disse que eu devia acompanhar ele.
Catarina acabou soltando um risinho chamando mais ainda a atenção da menina, o que a deixava com mais raiva ainda.

Um garçom passava bem na hora, e então parou na nossa frente oferecendo bebida, então eu acabei acenando que não aceitaria, Rosângela pegou duas taças e então me ofereceu uma delas.

   -Seria uma desfeita se não aceitar da minha mão.
Catarina balançou a cabeça que eu não aceitasse, pois era álcool, e eu também não queria.
Então senti uma mão passando pela minha cintura e quando olhei Andrey estava do meu lado e sorriu me olhando.

   -Desculpa amor te deixar sozinha. Oh Rosângela, é para minha namorada? -ele pegou a taça da mão dela e então a tomou. -Fico feliz que estão se dando bem. Se nos derem licença.

Ele me puxou e deixou as meninas ali, Rosângela tinha a cara quase no chão, acho que ela nunca pensou que aquilo aconteceria.

   -Meu Deus você viu a cara dela?

   -Deixa isso pra lá, eu quero te beijar.
Ele me levou para um canto do Jardim onde ninguém poderia nos ver, e então  me beijou, o beijo parecia sedento e cheio de desejo, e ele quase me deixou sem fôlego. 

   -O que aconteceu?

   -Eu fiquei de longe te olhando e nossa, você está muito gata, se eu soubesse que suas coxas ficariam tão amostra não deixaria você ter vindo com ele, tem vários homens te olhando.
Dei um tapa no ombro dele e então ele riu.

   -Para de gracinha.

   -Não estou, nem acredito que é minha namorada. Sério, adoro essa palavra, MINHA NAMORADA.

   -Ok, não podemos ficar aqui se não sua mãe vai sentir falta da gente na festa, e não quero aparecer descabelada.
Ele fez beicinho e então me deu outro beijo.
Assim que estavamos saindo dali avistamos a mãe dele conversa com Catarina e olhar para todos os lugares.

Quando chegamos perto ela me deu um olhar de repreensão. 

   -Onde vocês estava?

   -Estavamos dando uma volta.

   -Uma volta na boca dela primo.
Todos olhamos para Roger, sempre soltando uma brincadeira.

   -Olha mocinha, eu não quero que me envergonhe na frente dos meus convidados e Andrey não deve se afastar, se veio aqui para namorar ficasse em casa.

   -Olha mãe, eu vim porque a senhora pediu, mas se continuar a falar assim dela eu sairei por aquela porta.

Rosângela vinha novamente em nossa direção, agora com um casal ao seu lado, e pela beleza da senhora só poderia dizer que é a mãe dela.

   -Minha querida, fico feliz que você tinha vindo.

   -Eu nunca perderia um jantar de vocês, era só que estava ocupada com algumas coisas. Andrey nossa como você está crescido, agora é um homem.
Ele sorriu e comprimentou os dois.

   -É um prazer vê-la novamente, elegante como sempre.
Ela sorriu e então puxou Rosângela mais a frente.

   -Você já viu minha filha? Ela está uma moça agora, passou anos estudando fora, Carla aposto que eles formariam um casal lindo.

   -Sem dúvida, aposto que nenhum homem não cairia nos encantos dela.
Carla pegou a mão de Rosângela e colocou sobre a de Andrey, bem na minha frente como se não estivesse ali, mas rapidamente Andrey tirou a mão da moça e pediu desculpa. 

   -Terei que dizer que já tenho uma bela moça ao meu lado, bom está ficando tarde então iremos nos despedir aqui.

Meus nervos por dentro estava a flor da pele, nem mesmo na minha frente aquela mulher deixava de querer me humilhar, oferecer outra mulher a seu filho mesmo eu estando do lado? Eu não iria suporta aquilo por tanto tempo.

Assim que passamos pela porta da frente tirei os saltos alto e fiquei descalça, eu queria explodir, eu não fiz nada que a envergonhasse e mesmo assim ela oferecia seu filho assim, isso provava que ela nunca aprovaria nosso namoro.

   -Amor, calce os sapatos novamente, vai machucar seus pés. 

   -O que é os pés machucados a ter o orgulho machucado daquele jeito? Não viu como ela me tratou?

   -Ela é assim com todo mundo. 

   -Não, ela só estava assim comigo, mas com aquela Rosângela ela ficou toda amores, sabe eu e você realmente não somos compatíveis. 

   -Não fala assim amor, estavamos tão bem até nestante, não comece a ficar brava novamente por causa dela.

   -Ela nunca me aceitará, sera sempre a mesma coisa, eu pensei que hoje vestida assim toda chique mostraria a ela que mereço estar ao seu lado, mas parece que não. 

   -Mas uma vez você está dizendo coisas com a cabeça quente.

   -Se fosse você, se minha mãe não tivesse aceitado nosso namoro, você também não ficaria mal?

   -Claro que ficaria, mas provaria que te mereço até que ela aprovasse.

   -Claro que você fala isso, olha sua casa, sua família, você tem dinheiro nunca te falto nada, sinceramente, aposto que está brincando comigo, já que sou uma  criança ainda, e me sinto maravilhada com tudo isso, então depois você vai me descartar.

Quando terminei de dizer isso os olhos dele estavam fuminando, e até eu mesmo percebi o que tinha dito, acabei por o chamar de playboy que só sabe esbanjar e se aproveitar dos outros.

Nessa hora Catarina veio correndo em nossa direção com Roger, e veio até a mim.

   -Ei não coloque a culpa das coisas que minha mãe diz em cima do meu irmão, em momento algum eu vi ele exibir o dinheiro ou coisa parecida.

   -Desculpa, saiu sem querer.

   -Ta ta, estão todos de cabeça quente, Diana eu te levo para casa.
Roger veio em minha direção, mas então Andrey me pegou minha bolsa e a abriu.

   -Ligue pra sua irmã, diga que vai ficar na casa dos meus pais, e Catarina vai falar com ela confirmando.

   -Não, eu quero ir pra lá, não quero ficar aqui nem mais um segundo.

   -Não posso te deixar ir brigada comigo.
Ele pegou o celular e me entregou, então liguei para a minha irmã. 

   -Pensei que não ia ligar, já está tarde cadê você. 

   -Hm, eu vou passar a noite aqui na casa dos pais do Andrey.
Catarina pegou o celular da minha mão e então começou a falar.

   -Oi eu sou a Catarina, irmã do Andrey, ela vai dormi aqui porque a festa ainda não acabou e seria feio se sairmos antes, eu a deixarei ai na sua casa amanhã, diz que podemos hm hm? ... ahh ok obrigada, amanhã estarei ai para te conhecer pessoalmente, boa noite.

Ela desligou o telefone e me entregou, assim como numa rapidez o Andrey me pegou no colo me colocando sobre seu ombro, e segurando a parte do meu vestido na bunda pra não subir.

   -O que você pensa que está fazendo? Me coloque no chão. 

   -Desculpe pessoal, mas levarei ela pra minha casa, obrigado por me acobertarem, e não conte nada pra mamãe.
Quando ele se virou pude ver o rosto sorridente de Catarina e acenando. Meu Deus que família era aquela.
Ele me jogou dentro do carro e então passou o cinto, saiu correndo e entrou dentro do carro.

Assim que chegamos na casa dele ele saiu as pressas e então abriu a porta e já ia me pegar novamente.

   -Eu tenho pernas, posso sair sozinha.
Sai do carro e ele fechou a porta, foi buscando a chave e abriu a porta da casa, ali estavamos novamente e sozinhos, mas não estava com animo nenhum pensando que seria bom e aproveitarmos, eu só queria acabar com tudo aquilo e não ter que passar por aquela humilhação novamente, eu disse a mim mesma que não aceitaria aquilo.

Ele foi até a cozinha e encheu um copo com água, e veio até a mim e me entregou. 

   -Toma essa água e se acalme um pouco, você está de cabeça quente.
Tomei e me sentei no sofá, como eu podia estar passando por aquilo? Se minha mãe soubesse ela faria um barraco naquela festa.

   -Está mais calma?
Balancei a cabeça que sim e ele me sentou ao meu lado. 

   -Ta, sei que estou em falha sobre a minha mãe, mas eu gosto tanto de você, eu nunca me senti assim, e não estou mentindo, eu nunca deixaria a festa da minha mãe por mais que ela falasse algo da minha namorada, mas por você eu sai e não me importei se ela achasse ruim.

   -Mas até quando tenho que suporta isso? Você estando comigo vai sempre me carregar pra almoço ou jantares de família e eu não quero passar por aquilo novamente.

   -Você não vai, eu prometo, não caia nos truques dela, ela fez aquilo porque sabia que você não suportaria.

   -Não vai mesmo, porque eu realmente quero termina.

Os olhos dele pareciam magoados, e senti meus olhos queimar, eu não queria termina com ele, mas aquela situação era difícil demais de suporta.

Ele se levantou e afrouxou a gravata, e então ficou de costa para mim.

   -Então você quer realmente termina? Você não sabe que essa vai ser a felicidade da minha mãe? E você que parecia querer provar do seu caráter só quer fugir.

   -É só que não sei o quão forte eu sou, e ver ela te empurrar pra outra mostrou que aos olhos dela nunca serei eleita.
Ele veio até a mim e me abraçou forte.

   -Tudo bem, se é o que você quer eu vou te deixar ir.

Ele me soltou e se virou para pegar minhas coisas no quarto, o ver sair daquele jeito desolado me deixava aflita, eu nunca tive tal sentimento, e eu realmente gosto dele, sera que sou tão fraca assim? Mas eu estava em uma luta contra a mãe dele, e eu nunca ganharia, mas porque eu tinha que larga mão da minha felicidade? Eu sou nova ainda, não terei tal oportunidade pela frente se eu vir a termina com ele, um raio não bate no mesmo lugar duas vezes, Deus me deu essa chance e eu largaria assim?
Quando ele voltou segurando minha bolsa percebi os olhos dele vermelho, então fui até ele e passei a mão na sua nuca, ele me olhou sem saber o que era aquilo, então o puxei para beija-lo, ele largou a bolsa de lado e me puxou pela cintura, nosso beijo foi ficando mais intenso, ele me puxou pra cima e entrelacei as pernas nele, ele me encostou na parede e sentia sua língua dentro da minha boca, o aperto dele sobe minha coxa, sentia a mão dele pegando na minha pele nua, e sentia todo meu corpo aquecer, ele vinha beijando meu pescoço e mordiscando minha orelha, então ele colocou meu cabelo de lado e começou a abrir o ziper do meu vestido e então...

   -Espera.

Comecei a tentar raciocionar se depois que tomei banho eu coloquei uma calcinha e sutiã apropriado, se não era um de uma cor e de outro, e se era nova, não conseguia me lembrar. Então ele começou a rir. 

    -O que está pensando? Só estou te ajudando a abrir o ziper, se continuarmos assim não vou conseguir me segurar, principalmente você puxando minha blusa assim.
Quando olhei estava quase desabotoando a camisa dele, e o ombro dele estava meio arranhado, comecei a corar ao ver ele daquele jeito.

   -Pra quem queria termina está bem... hahaha vem, vá tirar esse vestido e dormi, nos dois sozinhos aqui não vai dar certo se você continuar a usar esse vestido.

Ele me colocou no chão e então saiu me puxando pela mão dentro do quarto, e então foi até seu guarda roupa e pegou uma muda de roupa para ele, e então me entregou uma blusa.

   -Eu tenho roupa aqui.

   -Eu sei, mas quero te ver usando minha camisa.
Ele saiu do quarto e fechou a porta. Então comecei a tirar o vestido e coloquei em um cabide, fiquei olhando ele enquanto me trocava, pela primeira vez me senti confiante ao usar algo curto, e só de ver ele daquele jeito ao me ver de vestido me fazia sentir bem.

Quando coloquei a camisa ela ficou no meio das minhas coxas, me olhei no espelho e parecia bem sexy só de olhar, minha pele parecia mais branca ainda, coloquei o cabelo de lado e abri a porta, ele estava trocado e sentado no sofá, quando fui até lá ele me olhou de cima a baixo e então eu pude ver ele mordendo a boca.

   -Droga, vou ter que dormi no sofá. -Ele começou a rir e passou a mão nos cabelos, me puxou pela mão e sentei no colo dele. -Eu acho que Deus foi generoso comigo, uma baixinha dessas.

   -Não sei onde.

   -Bom eu sei.
Me virei pra ele e sentei no colo dele com as pernas ao seu redor, ele parecia o máximo se segurar, eu também me sentia nervosa, mais eu queria estar ali com ele.
Ele me segurou forte e me beijou, senti sua mão passando pela minha bunda e apertando, nossa respiração foi ficando ofegante, então ele se levantou comigo no seu colo e foi me levando pro quarto, quando chegamos lá ele me jogou na cama, veio pra cima e me deu um selinho.

   -Boa noite amor, você dorme ai que eu durmo no sofá.
Ele saiu e fechou a porta, e então pude ouvir algo sendo chutado e ele gritando "droga", eu também gritava por dentro, ahhhh eu não ia conseguir dormi.



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