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História One and Only - As chegadas...


Escrita por: AnaOli

Notas do Autor


Oiee!
Primeiro capítulo saindo do forno.
Espero que gostem!!!

Capítulo 1 - As chegadas...


Fanfic / Fanfiction One and Only - As chegadas...

Cecília:

Quando eu tinha dez anos de idade, sonhava em ser astronauta. Viajar pra fora do mundo e ver todas as pessoas lá de cima, como se fossem formiguinhas, me deixava fascinada. Meu irmão Diego vivia debochando de mim:

- Isso é lá sonho de se ter? – vivia dizendo.

- Minha filha – dizia meu pai – Você pode ter o sonho que quiser! Eu te ajudo a realiza-lo. – depositava um beijo em minha testa.

Essas palavras de meu pai nunca saiam da minha cabeça, sempre confiei que qualquer sonho que eu tivesse, ele iria fazer acontecer. Depositava todas as minhas forças nisso.

Só não imaginava que em tão pouco tempo, minha vida viraria de cabeça pra baixo. Lembro-me bem do dia que a tão terrível notícia chegou. Eu tinha acabado de completar quinze anos, a idade dos sonhos, e me preparava para fazer minha primeira viagem sozinha. Iria conhecer a Disney!

Enquanto arrumava minha mala e brigava com meu irmão que insistia que eu levasse sua lista de compras e trouxesse tudo que ele queria.

- Diego, já te falei que eu não sou um cabide. Se quiser que eu compre suas coisas, arranje um jeito de pagar pela bagagem extra.

- Ah, dá pra enfiar tudo na sua mala. É só você tirar um pouco dessas roupas... – dizia apontando para a mala enquanto eu revirava os olhos.

- Já te disse que não vou deixar de levar nada meu pra trazer coisas pra você!

Nesse momento, minha mãe entra no quarto com os olhos cheios de lágrimas:

- Mãe, aconteceu alguma coisa? – saio correndo para abraça-la.

- Nem sei como dizer uma coisa dessas pra vocês! – ela diz apertando o abraço enquanto meu irmão se aproxima – O pai de vocês...

- O QUE ACONTECEU COM MEU PAI? – pergunto desesperada.

- Seu pai morreu. – ela disse.

Foi como se meu mundo tivesse desabado naquele momento. Não me lembro com clareza os fatos que se seguiram, pois não me sentia dentro de meu corpo. Não conseguia acreditar que meu pai tinha nos deixado, que não estava mais entre nós. Era impossível uma coisa dessas!

Meu irmão, por ser mais velho, conseguiu lidar melhor com a situação. Mas eu segui por muito tempo desolada e sem entender qual o sentido disso tudo. Foi então que Dona Regina e Seu Ladislau entraram na minha vida. Durante muito tempo, eles foram amigos íntimos de meus pais. Conheceram-se no grupo de casais da igreja e se tornaram grandes amigos. Seus filhos eram um pouco mais velhos que eu, portanto não tivemos muito contato, além de que David era jogador de futebol e se mudou aos 14 anos para realizar seu sonho. Nos víamos durante alguns natais e datas comemorativas, nada mais que isso.

O casal, percebendo a grande falta que meu pai fazia pra mim e a dificuldade financeira que minha mãe passava, logo tratou de tentar nos ajudar. Bancaram psicólogos, cursos e claro, deram todo carinho e atenção que podiam. Minha mãe não sabe como agradecer até hoje pelo apoio dos dois nesse momento tão difícil. Se não fosse por eles, sei que não teria chegado onde estou hoje. Afirmo isso com toda convicção, pois foram eles que deram o pontapé inicial na minha entrada na faculdade de gastronomia. Inscreveram-me no vestibular em que consegui uma bolsa integral. Sempre digo que o casal Marinho são anjos na minha vida e não tenho palavras e nem forma de agradecê-los por tudo que fizeram por mim.

Voltando aos dias atuais, tenho 22 anos e sou formada em gastronomia, trabalho em um restaurante muito importante da cidade de São Paulo. Quer dizer, trabalhava, pois fui selecionada para uma vaga de aprendiz em uma das maiores confeitarias de Londres e daqui a menos de um mês estarei de malas prontas para uma nova aventura em minha vida. Mal posso esperar!

A noite passada foi minha última e dolorida noite em São Paulo. Trabalhei numa felicidade sem medidas e a despedida daquele lugar fez meu coração apertar dentro do peito. Mas sei que Londres vai abrir as portas de um novo mundo pra mim e eu não podia desperdiçar a oportunidade.

Hoje estou indo para Juiz de Fora, minha cidade natal. Vou passar um tempo com a minha família antes de embarcar para a Europa. Já me acostumei com a ideia de morar sozinha, pois durante a faculdade tive que me mudar de cidade, mas só de pensar em estar do outro lado do mundo, sem a minha família, meu coração dói.

Meu ônibus para na rodoviária depois de algumas horas de viagem. Meu corpo inteiro dói por ter ficado tanto tempo na mesma posição. Levanto-me e saio do ônibus. Pego minha bagagem e vou andando em direção ao portão de desembarque. Logo avisto minha mãe e meu irmão, que acenam desesperadamente para mim. Vou correndo até eles e então percebo a presença de meus anjos, Ladislau e Regina.

- Minha filha, quanto tempo! – minha mãe diz ao me abraçar apertado. Já fazia um mês que não nos víamos – Que saudade que eu tava de você!

- Eu também mãe! – digo me soltando de seu abraço e correndo para abraçar Diego.

- E ai tampinha? – ele diz e eu começo a rir.

- Saudades também Di.

Vou até dona Regina e lhe abraço:

- Como você tá minha linda? – pergunta toda sorridente.

- Melhor impossível! – respondo dando-lhe um beijo.

Abraço Ladislau também e então vamos até o estacionamento para irmos para casa. Diego dirige e paramos primeiro em frente à casa dos Marinho, que antes avisam:

- Ceci, amanhã faremos um churrasco para comemorar a sua chegada e a de David. Conto com sua presença hein. – diz Ladislau.

- Oh, não sabia que David estava por aí. – digo surpresa.

- Está chegando aí. Estou doida pra você revê-lo, tenho certeza que se darão muito bem. – ela diz e eu solto um sorriso sem graça.

- Então até amanhã! – digo e então Diego arranca com o carro.

 

David Luiz

Abro os olhos rapidamente ao sentir o impacto do avião com o solo. Respiro aliviado ao perceber que pousamos em segurança. Olho para a poltrona ao lado e vejo Oscar e Ludmila se levantarem com as crianças. O casal veio passar a nossa folga junto comigo e minha família.

- Querem ajuda? – pergunto me levantando em seguida.

- Tá de boa cara. – responde Oscar enquanto vamos desembarcando.

- Nem acredito que estamos aqui. Que saudade eu estava desse lugar! – diz Lud toda animada.

- Nem eu! – digo tão animado quanto ela.

Pegamos nossas malas e logo encontramos o representante da empresa que vai alugar o carro que nos levará a Juiz de Fora. Ajeitamos todos no carro e então partimos para a cidade. Coloco meus fones de ouvido e ligo numa música aleatória. Enquanto passa o tempo da viagem, fico pensando na vida e na reviravolta que a minha deu de uns tempos.

Em menos de um ano sofri com a troca de time e mudança de cidade, além de terminar um namoro longo com Sara. Eu e a portuguesa sempre tivemos uma relação bastante conturbada, mas nos últimos meses estava difícil de controlar. Os ciúmes que ela sentia de mim era doentio e isso só se acentuava com o fato de namorarmos à distância. Chegou um momento que a situação explodiu e não sobrou nada, além de dois corações partidos. Resolvi me fechar para relacionamentos no momento, não preciso de mais sofrimento na vida.

A mudança de time sempre é complicada, mas com a ajuda de Oscar e de antigos amigos estou de readaptando ao Chelsea e também a Londres. Claro que o apoio da família conta bastante nesse momento. Por falar nisso, resolvo ligar para minha mãe e avisar que estamos chegando:

- David? Tudo bem querido? – minha mãe atende e logo se preocupa.

- Tudo bem mãe. Só estou ligando para avisar que logo estamos chegando.

-Ah que ótimo. Seu pai e eu acabamos de chegar em casa.

- Onde vocês estavam? – pergunto curioso.

- Fomos buscar a Cecília na rodoviária. Ela também veio passar um tempo aqui.

- Hm, que bom. – Cecília era filha de amigos dos meus pais. O pai dela morreu quando a garota era nova e meus pais fizeram de tudo pra ajuda-la. Não tive muito contato com ela, pois quando a conheci já estava saindo de casa para correr atrás do futebol. Conheço mais seu irmão Diego, que sempre encontro nos churrascos da minha família ao ir a Juiz de Fora. Pelo que sei Cecília não mora mais na cidade. A última vez que a vi deve ter uns cinco anos e ela nem estava na faculdade. Não me lembro muito bem de como ela é.

- Estou doida pra você rever a Ceci. – minha mãe diz toda empolgada – Você vai ver como ela tá bonita.

- Lá vem a senhora querendo me empurrar pra primeira que aparece. – digo.

- Não é qualquer uma, é a Cecília. Quando você conhece-la vai ver que tenho razão.

- Tá bom mãe. – respondo rindo – Vou desligar, daqui a pouco estamos aí.

- Beijo querido, até daqui a pouco.

Desligo o telefone e então acabo cochilando. Acordo com o cutucão de Oscar:

- Cara, já chegamos. – ele diz.

- Até que enfim. – Ludmila fala enquanto sai do carro.

Tiramos as coisas do porta malas, acerto as coisas com o motorista que nos trouxe e então o dispenso. Toco a campainha e logo meus pais vem atender.

- Oi meu filho, que saudade! – minha mãe diz ao me abraçar apertado.

- Também estava mãe! – digo meio emocionado. Fazia uns dois meses que eu não via minha família. Essa era a parte mais difícil. Cumprimento meu pai:

- E aí meu campeão? – diz me abraçando e derramo uma lágrima. Mas de felicidade por estar ali entre eles. Seco meus olhos e então entramos em casa. Meus pais levam Oscar e Ludmila até o quarto de hóspedes enquanto vou para o meu quarto. Largo minhas malas em um canto qualquer e me jogo na cama. Espero que essa folga seja boa e que eu consiga descansar de toda a turbulência que minha vida passou.

(...) 


Notas Finais


E aí, gostaram??
Voltem sempre e até o próximo!


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