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História One In a Million - Forever Gone, Forever You


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


💠💠Título do capítulo: Para sempre foi, Para sempre você.💠💠

Boa leitura <3

Capítulo 20 - Forever Gone, Forever You


Fanfic / Fanfiction One In a Million - Forever Gone, Forever You

                                                                                                                                                                            Você me abandonou

O amor não vive mais aqui

Apenas o vazio e as memórias do que nós tínhamos de antes

Você foi embora

Achou um lugar para ficar, outro lar

Por que você teve que ir embora, Selena? 

Harry

...

Não pode me encontrar onde estou

Permaneço aqui, sozinha eu temo

Medo do escuro

Ninguém para reclamar, sozinha novamente...

Selena

 

Alguns minutos se passaram e eu só escutava o som do meu choro ecoando pela casa. Foi quando resolvi abrir os olhos e vi o copo de uísque deixado por ele ao meu lado no chão de madeira.

 

 

 

Selena

 

Todos no avião já estavam reclamando, mas o que eu poderia fazer? Eu chorava descontroladamente. Foi um pedaço de mim que ficou em Londres. Um pedaço chamado Harry. Meu pai parecia até gostar de ver o meu estado. Calado ele estava ao olhar o seu jornal de negócios. Por um momento eu desejei que aquele avião caísse e acabasse com a minha dor. Mas logo pensei nas palavras doces de Harry quando eu queria me flagelar. Ah... as suas belas e doces palavras. “Você vai sempre me ligar quando essa vontade vier... Certo?''. Só Deus sabe o quanto eu queria ligar para você, meu amor. Não, eu não queria mais que o avião caísse. Assim, sem mais volta, eu não veria os meus lindos olhos verdes que eu amava tanto.

Corri e fui para o banheiro. Tentei trancar a porta rapidamente para tentar ficar sozinha, mas minhas mãos tremiam tanto que dificultou na hora de trancá-la. Eu soquei uma, duas, três vezes a porta e desci com a face arranhando pela porta até o chão e fiquei caída sob o solo. Eu chorava tanto, que era possível notar o caminho deixado por minhas lágrimas na porta.

- A senhorita está bem? – uma aeromoça me perguntou de forma preocupada.

- Ela está bem – era meu pai respondendo a ela. Afinal, eu parecia ter forças apenas para chorar – eu resolvo isso.

- Tudo bem, senhor.

- Filha, saia daí! Vamos voltar para a sua poltrona – dizia ele como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

Eu sequer o respondi. Levei minha mão perto do rosto e depois a estiquei como se esperasse que a mão de Harry encaixasse com a minha. Já estava esperando, mesmo que em delírio, senti-lo. Soquei, esperneei e bati a cabeça em toda a cabine aos gritos. Eu precisava de Harry! O que eu fiz, meu Deus?! Meu coração doía mais do que qualquer coisa já sentida. Entre os meus soluços eu escutava a voz dele dizendo que ia ficar tudo bem, mas sabia que não. A essa altura ele estaria destruído, e pensando justamente o contrário. Que não ficaria tudo bem. Ele estaria triste, arrasado… E era por minha causa. Eu merecia morrer… Eu não o merecia.

Foi então que eu vi o espelho…

 

 

 

Harry

 

Levei meus dedos até os lábios; fechei os olhos e tentei imaginar a boca de Selena. Meu rosto esquentava e formigava tentando segurar o choro enquanto me entorpecia com aquela ilusão dolorosa. Imaginei, naquele toque com os dedos, seus beijos. Só que eu não sentia o gosto doce de morango que ela tinha, mas o salgado das lágrimas que ela me causara. Soquei-me forte para acordar daquilo. Devia parar de pensar essas coisas. Selena tinha me deixado sem ao menos me dar uma explicação! Mas eu a amo tanto meu Deus… Juro que se ela entrasse por aquela porta, eu esqueceria tudo! Só a abraçaria, levantaria e daria o beijo mais longo do mundo… Daqueles que duram uma vida inteira. Eu até olhei para a porta embaçada por alguns minutos fixamente. Mas ela não entrou. Caí sobre o solo de novo batendo forte a cabeça e chorando novamente. Nem senti a dor da pancada, mas o copo virou derramando todo o uísque. Foi então que eu o notei.

Virei-me rapidamente e lembrei da bebida. Eu nunca tinha bebido em toda a vida, mas sabia, por amigos que bebiam, e pelo meu próprio pai, que ela ajudava a esquecer os problemas. Para mim, não havia nada que pudesse diminuir a dor que estava sentindo, mas qualquer que fosse a coisa que diminuísse pelo menos um pouco parecia ser maravilhoso. Levantei-me lentamente e fui até o balcão. A garrafa do meu pai ainda estava em cima dele. Peguei um copo de vidro e coloquei do lado da garrafa. Eu os encarava com desespero e temor. Sabia que entraria em uma estrada que não teria volta. Mas Selena foi embora sem ter volta também. Então, foda-se!

Coloquei o uísque dentro do copo e bebi. Era a primeira vez na vida que eu estava bebendo. Esse era o ato que eu mais abominava em meu pai e que eu tanto recriminei. Achava as pessoas que bebem para esquecer seus problemas uns fracos e irresponsáveis. E ali estava eu. Bebendo feito um desses. Mas não me dei ao luxo de ter consciência. Me julgue aquele que sofreu por amor como eu sofri. Se passou por isso, talvez estivesse aqui, bebendo comigo.

 O gosto era forte e se misturava com o amargo que tinha em meu coração, mas ao chegar no estômago, diminuía a minha dor. Foi então que eu gostei... Coloquei um, dois, três, quatro e continuei até perder as contas. Era verdade… A bebida fazia a dor ir embora… A dor ia, mas algo ainda doía… E se chamava saudade… Se chamava lembranças… Então decidi beber mais. Beber até apagar e tudo sumir. Foi então que tudo começou a girar. E em um estado de pura incoerência, eu comecei a querer rir. Gargalhava enquanto lágrimas ainda desciam pelo meu rosto. Eu já não sabia mais o que se passava dentro de mim, mas dor não era mais. Então lembro-me de ter caído do banco e apagado sobre aquele chão de madeira fria. Mas não mais fria do que o meu coração...

 

 

 

Selena

 

Soquei o espelho com muita força. Eu não estava com medo da dor; pelo contrário. Queria eu sentir uma dor mais forte do que aquela que em meu coração estava sendo esmagado. Preferia mil vezes cortar meus pulsos do que imaginar as lágrimas embaçando aqueles lindos olhos verdes por minha causa. Conforme olhava para o espelho trincado eu imaginei a face de Harry ali olhando para mim. Suas feições tristes e suas sobrancelhas caídas. Do lado de fora da porta gritava meu pai e outras pessoas, mas eu não prestava atenção. Era como se só existisse eu e Harry no espelho. Eu só escutava a minha respiração rápida, os batimentos de meu coração e os soluços do choro dele. Aos poucos notava seu rosto se despedaçando e indo embora. Peguei a parte do espelho que  estava sua linda covinha que tanto amava. Eu sorri boba em meio as lágrimas. Uma entrou em minha boca e senti o gosto salgado e amargo dela.

Desculpe, desculpe, desculpe. Era só isso o que eu conseguia dizer. Dizia como se ele pudesse me escutar. Mas logo vi que não. Harry não estava mais no espelho... Ele tinha ido embora. Melhor dizendo, eu tinha ido embora e deixado o homem de minha vida para trás. Como alguém pode fazer aquilo com um homem tão maravilhoso como ele? Certo que meu pai me forçou a fazer isso. E eu fiz isso para o bem dele, pois ele destruiria sua vida. Mas porquê eu não enfrentei as dificuldades e os desafios junto dele?! Harry sempre me dizia que um casal é para isso. Enfrentar os desafios juntos. Eramos namorados, mas mais do que isso: Eramos cúmplices. Eu não merecia mais viver.

Foi então que peguei o pedaço de vidro do espelho quebrado e comecei a cortar meus pulsos. Comecei lentamente para ver o vermelho surgindo sobre o tom branco da minha pele. A dor era notável, mas não sobressaía. Foi a primeira vez que me flagelei sem que a dor do corte não chegasse nem perto da dor que sentia. Eu já estava ficando tonta e tudo escurecendo ao meu redor, mas a dor não ia. A dor não ia embora. Foi então que coloquei o vidro sob o meu pescoço. Eu encarava o espelho me vendo em pedaços. Era assim que eu merecia ficar. Em pedaços. Fechei meus olhos com força. As lágrimas saíram como quando se espreme um pano molhado. Eu escutava as batidas e forçadas na porta, mas eu não estaria mais ali quando abrissem a porta. Pensei em escrever algo para Harry, mas era melhor não. Antes ele achasse que eu fui embora do que eu ter morrido. Na verdade eu só queria dizer que o amei mais do que a mim mesma. O amei mais do que poderia caber dentro de uma pessoa só. O amei mais do que uma vida… E o esperaria na outra… Foi então que apaguei…

 

 

 

Harry

 

Minha cabeça doía muito. Pude ver que estava escuro, mas não tão escuro. Meus olhos pareciam estar sensíveis e tudo rodava. Logo que tentei me levantar um golfo enorme me veio e acabei por vomitar. Foi então que lembrei do ocorrido. Selena tinha me deixado... gritei tão alto que deu pra ouvir na vizinhança toda. Soquei e soquei o chão de madeira com tanta força que minha mão sangrara e minha cabeça doía a cada chacoalhada. Isso não podia ser real. Eu acordei pensando ter passado só por um pesadelo, mas era real. Eu não sabia que horas eram, que dia era, mas sabia de uma coisa... Todos os dias iriam ser dolorosos assim. Até o último dia de minha vida, pois nunca mais iria ter Selena de volta. Mesmo que a visse dias, meses ou anos depois, eu iria odiá-la por tudo que ela me fez sentir. Por destruir meu coração. Eu chorei, e cada lágrima doía tanto o meu coração como minha cabeça. Meu corpo todo cedia à ausência de Selena. Jamais negaria que ela era a razão de meu viver, mas, ali, tudo se confirmou.

Sem ela eu não era nada. Sem ela eu ia me tornar mais um idiota bêbado e sem amor-próprio. Mas antes um bêbado do que aquelas dores insuportáveis. Antes um bêbado do que um idiota esperando uma mulher que o abandonou e não voltará nunca mais.

Tentei me levantar. Apoiei-me sobre a cadeira e fui até a pia. Molhei meu rosto várias e várias vezes. Eu estava podre. Deixei a água pingar de meu rosto alguns instantes e olhei pro espelho. Me vi. Foi então que olhando dentro de meus olhos eu prometi a mim mesmo que nunca mais buscaria pensar em Selena Gomez. Nunca mais eu choraria por ela ou buscaria encontrá-la. Apagaria Selena da minha vida, afinal, ela quis sair dela primeiro. Subi as escadas para ir ao meu quarto tomar um banho para depois comer algo. Em mim não havia fome,  nem um pingo, mas tinha que ser consciente. Precisava comer. Tomei um banho, vesti uma roupa adequada e desci para tomar café. Meu pai não estava mais em minha casa, para a minha alegria. Minha cabeça ainda doía muito. E meu coração também, claro. Cheguei a cozinha e vi que já era 16:27. Não era hora de café da manhã, mas quase de jantar. Resolvi preparar algo para comer. Abri a geladeira e coloquei algumas coisas sobre o balcão para fazer. Foi então que me virei para as coisas e parei por uns segundos. Então eu fiz. Quebrei a promessa que tinha feito há alguns minutos. Quebrei tudo a minha volta e derrubei tudo de cima da mesa. Voltei a chorar e gritar como um louco. Mas não podia fazer nada. A dor ainda era maior do que eu. O amor que tinha por Selena era maior do que eu e mil vidas pareciam poucas para amar ela até que ele acabasse.

 

 

Selena

 

Era tudo branco, macio e tinha cheiro de flores, mas não era o céu. Ainda podia ver pessoas e pior, vi meu pai. Poderia ser o inferno.

- Minha filha!! – Ele gritou e isso doeu até dentro do meu cérebro – Ainda bem que acordou – Ele me abraçou. Eu não estava entendendo nada – Eu estava tão preocupado com você! Graças a Deus! - Foi então que me perguntando sobre aquilo eu me lembrei do ocorrido.

Olhei rapidamente para os lados e tudo girava. Eu estava fraca e mal conseguia me mover. Tentei mover meus braços e vi que os mesmos estavam presos sob a cama.

- Mas… o que é isso? – Estava difícil até para falar.

- Era preciso, filha – Ele disse se afastando – Era preciso…

Aconteceu o que eu fui constatar só algumas horas depois. Eu não tinha morrido. Meu pai tinha me internado em uma clínica dessas para doidos. Quis me desesperar, mas eu não tinha forças. Eu não sentia nem as lágrimas caírem. Só as notei quando olhei para baixo e a manta branca que me deram estava úmida.

- Harry… - Eu sussurrava – Harry… eu preciso de você amor – Era o que eu tentava dizer, mas nenhum deles ali conseguia ouvir.

Minha cabeça caiu sob o travesseiro grande e macio. Não estava com forças nem para levantar a minha cabeça. Pelo menos a dor tinha ido embora. Eu adormeci logo em seguida escutando a conversa deles como se estivessem a metros de distância.

Sonhei comigo e Harry. Nós estávamos bem e alegres. Ele me melava com o sorvete de baunilha dele enquanto pedalávamos em um padalinho no lago. Dizia ele que estava se desequilibrando e por isso batia o sorvete no meu rosto. Harry sendo bobo. Eu apenas gargalhava. Sabia que era só desculpa sua para depois tirar o sorvete com a boca. E eu deixava, é claro. Estávamos tão felizes. Era uma tarde dourada com muitas nuvens rosadas no céu. Mas logo eu parava o pedalo e abaixava a cabeça. A água era verde da cor dos olhos de Harry. Logo, quando olhei para ele, suas lágrimas estavam descendo da cor de seus olhos e enchia todo aquele lago. O lago era feito das lágrimas dele. Lágrimas que eu provoquei.

Acordei já a noite, bem tarde. Na janela eu via a escuridão de uma noite sem estrelas. A partir dali eu sabia que essa dor iria me perseguir até em meus sonhos.

- Apesar de tudo… só queria que soubesse, Harry – Dizia a mim mesma em tom baixo – Eu sempre vou amar você...

 


Notas Finais


Me digam o que acharam e até o próximo capitulo ❤️

→ ❤️❤️❤️ Música tema do casal Sarry: https://www.youtube.com/watch?v=4o2xnzANIHY ❤️❤️❤️
Tradução: https://www.letras.mus.br/whitney-houston/18491/traducao.html


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