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História One In a Million - Hear Me


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


Olá amores!
A partir de hoje os próximos capítulos que virão serão menores. Estive lendo e relendo alguns e vi que estava colocando mais de um fato/ou acontecimento no mesmo capítulo. E com isso, um acabava tirando o foco do outro. Agora colocarei um acontecimento por capítulo ou dois no máximo. Consequentemente os capítulos ficarão menores... mas darei o meu melhor para que ao menos ‘’a qualidade dos capítulos não diminua’’. Consequentemente também, a fic durará bem mais por ter mais acontecimentos a serem feitos. Eu sei que muitas de vocês vão ou me odiar mais, ou me amar mais por causa disso. Espero muito que seja a segunda opção rsrsr
Boa leitura <3

💠💠Título do capítulo: Ouça-me.💠💠

Capítulo 36 - Hear Me


Fanfic / Fanfiction One In a Million - Hear Me

 

Eu acho que vou andar pelo meu apartamento algumas vezes

E adormecer no sofá

Acordar cedo para reprises em branco e preto

Ainda por muito tempo

Eu vou te implorar gentilmente de joelhos

Que você volte para mim

Tudo o que eu queria era você

Eu poderia te seguir até o começo

E apenas reviver o início

E talvez depois vamos lembrar de ir devagar

Em todas as nossas partes favoritas

Tudo o que eu preciso é estar com você

Harry

 

...

 

E daí se eu não tenho muito o que falar?

Fechei minha boca e a manterei trancada até que você me diga que me ama

Eu subo, eu tropeço, eu caio

Procurando as suas mãos

Mas eu deito aqui a noite sozinha

E você está logo atrás de mim na cama

Sugando todo o meu sangue

Se eu pudesse descobrir como

Fazer com que você ouça agora

Porque eu estou desesperada

Mas você trancou todas as portas

Você levantou uma parede e agora o mundo inteiro está desmoronando

A tragédia, parece interminável

Mas eu continuo acreditando

Selena

 

 

Não, eu não posso pensar nessas coisas...

 

Esvaziar a cabeça e começar de novo, era isso que eu precisava.

Respirei fundo e sequei o rosto.

 

Se eu tenho que aceitar que perdi o Harry que seja essa a hora... Está na hora de colocar em prática tudo que eu aprendi com a minha ira.

 

E uma coisa era certa... eu nunca mais seria a mesma.

 

 

 

 

Harry

 

Já eram quase duas horas da manhã. Logo depois de ter explicado tudo para Sky sobre aquela história do Liam, comecei a me despedir dela e os meus pensamentos já estavam longe de estarem dentro de mim. Mesmo de costas para a casa, a minha mente não saía de Selena. Meus pensamentos estavam lá – dentro daquele quarto. Mas aquilo não se remetia apenas a saudades dela – que por sinal eu já estava morrendo – é que eu só conseguia pensar em como ela estaria depois de tudo. No que estaria pensando e mais. Eu pensava, que depois de tanto tempo, que finalmente algo poderia surgir de novo. Era uma chance, a nossa chance. Eu quase conseguia senti-la. Meu coração estava se animando com o fato de poder me aproximar dela de novo. Aquela raiva que estávamos vivenciando e que eu tanto insistia em sentir por ela estava posto de lado. Agora, novamente, eu sentia que podia mudar tudo entre nós.

- Tchau, Harry – Sky disse.

- Tchau – Antes mesmo de terminar a palavra, eu já estava me virando em direção a casa, correndo.

Entrei casa adentro correndo. Ignorei os meninos que me chamavam para alguma coisa e desviei. Acho que eles queriam saber sobre mim e Selena, mas nem eu mesmo saberia informá-los tal informação. Eu também estava eufórico para saber.

Aquelas escadas mais pareciam montanhas. Nunca havia subido uma escada tão longa como aquela. Não sabia se os degraus haviam se multiplicado ou se tudo era obra da minha ansiedade. Por já me ver lá em cima, beijando Selena. Enquanto subia a escada ainda correndo me frustrava ao saber que – na verdade – ainda estava no meio do caminho. Ainda teria que passar pelo extenso corredor, pelos outros quartos – afinal o nosso quarto era o último. Mas com um sorriso esperançoso no rosto e passos largos – eu corria em direção a Selena.

Em minha mente muitas coisas se passavam, menos o que eu deveria falar quando a visse. Enquanto corria para lá, eu já tinha me imaginado várias e várias vezes abrindo sua porta e lhe olhando, mas em nenhuma delas eu conseguia pensar em o que dizer. O que seria o certo a se dizer? Eu estava com medo. Na verdade, não pensava nas coisas certas a dizer, pensava apenas nas erradas que eu não devia dizer. Mas isso que era o mais difícil a se fazer. Afinal Selena mexia tanto comigo – seja com amor ou com raiva... que me desestruturava todo. Ela não só parecia estar dentro de mim como, também representava todos os meus polos.

Por fim, quando cheguei em frente à porta do quarto, eu fiquei parado, estático, com um medo excruciante de abri-la. A minha respiração pesada e desordenada deixava claro o meu estado. Estiquei o braço e direcionei minha mão para a maçaneta. Ela tremia tanto que meus olhos conseguiam notar a maçaneta vibrando. Senti que minha mão estava muito soada, e fria, quando toquei no aço gelado da maçaneta. Eu não consegui segurá-la com força. Eu via aquela maçaneta de perto, e era como se ela me enfrentasse – e eu então – cedi. Engoli a seco, respirei fundo e girei ela lentamente. Ela estava trancada.

Foi então que resolvi bater.

- Quem é?! - A voz de Selena, embargada, perguntou lá de dentro.

- Sou eu! – Respondi ansioso por sua reação.

- Vai embora, Harry!! - Ela respondeu.

Apesar de constatar que ela havia reconhecido a minha voz, não entendi o seu comportamento. Ela parecia furiosa comigo. Fiquei pensativo alguns segundos franzindo o cenho tentando entender aquilo. Há poucos minutos atrás nós dois parecíamos estar indo tão bem. O clima no banheiro havia sido ótimo. Então, por que isso agora?

- O que houve, Selena? - Perguntei confuso.

- VOCÊ SABE!! - Ela devolveu em um grito violento.

- Não, eu não sei!

- Ora, não se faça de sonso, Harry Styles! - Ela me surpreendeu ao abrir a porta e me olhar com ira nos olhos.

- Mas eu juro qu... - Quando ia terminar minha explicação, afinal realmente não lembrava de nada que justificasse aquilo, algo me veio à mente.

 

Selena só pode ter me visto abraçando a Sky e pensou besteira.

 

- Não jure em vão, HARRY!! EU VI! – Isso só confirmou o que eu pensava.

- Mas, Selena, se estiver falando do abraço que viu agora a pouco em Sky eu só estava explicando as coisas para ela, aquilo não quis dizer nada! - Eu tentei entrar no quarto, mas ela colocou suas mãos sobre o meu peitoral me impedindo.

- Claro que quis dizer alguma coisa, Harry! Você aos abraços com outra garota. E ainda tem a cara de pau de vir aqui tentar resolver algo sobre a gente! – Ela moveu os dedos fazendo aspas quando falou ‘’a gente’’.

- Mas eu só estava esclarecendo uma questão com ela. Eu só estava me despedindo! Não poderia rolar nada com ela, Selena... afinal eu já havia explicado para ela que o que eu sentia era forte... e pertencia a outra garota! - Foi difícil assumir isso, ainda mais para ela. Mas quando dei por mim, as palavras já tinham saído.

 

 

 

 

Selena

 

Eu já estava preparada. Todas as dores e decepções já haviam me armado com ira contra Harry Styles. Todo aquele momento – desde quando o vi lá em baixo com aquela garota – até o momento que imaginei que ele viria falar comigo – eu fiquei pensando em todas as formas de sentir nojo e ódio por ele. De machucá-lo igualmente ele fez a mim. Mas – ao ouvi essas últimas palavras dele – eu me desarmei. Pensei em gritar algo, mas nada saíra. Olhava bem para ele, mas nada me vinha a cabeça.

Só amor.

Com minhas pernas fracas e boca trêmula eu levei minha mão a testa como se isso fosse me segurar da tontura e dei alguns passos para trás ao me sentar na cama. Harry então adentrou no quarto e fechou a porta. Não tive forças para contestá-lo. Não tive.

- Selena, eu estou falando a verdade – Ele disse calmo. Confesso que suas palavras estavam chegando a mim de outra forma. Uma forma que me inspiraram confiança e paz. Mas algo em mim ainda gritava para não acreditar nele.

- Harry, eu quero ficar sozinha – Eu só queria me deitar e chorar até que aquela confusão se amenizasse como já vinha fazendo em todo esse ano.

- Mas, Selena! - Ele veio até mim e se ajoelhou a minha frente pegando em minhas mãos – por que você não consegue ver?

- Talvez por que eu tenha visto demais, Harry. Talvez eu tenha que acreditar mais no que eu vejo e não me deixar cair naquilo que eu apenas escuto e sinto.

Ele me olhou, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Como pode achar isso de mim quando estou aqui de coração aberto por você...? – Sua voz embargada denunciou o que eu suspeitava. Eu já havia visto os olhos de Harry começando a ficar luminosos por causa das lágrimas que estavam se instalando...

Levantei-me para não encará-lo mais.

- Harry, eu acho melhor a gente conversar em outro momento – Pedi de olhos fechados.

Eu tinha visto as lágrimas nos olhos dele, mas nos meus elas já estavam a descer por todo o meu rosto. Por isso estava de costas para ele, para escondê-las.

- Se é assim que você quer... - eu não estava vendo Harry, mas pude escutar seus soluços baixinhos e ter a certeza que ele também estava chorando.

Esforçava-me muito para dizer que era isso que eu queria, apesar de estar longe do que eu realmente queira. Meu desejo era de que isso não tivesse acontecido, de que essa angustia de tê-lo visto com outra jamais estivesse dentro de mim e nós pudéssemos nos beijar e estarmos juntos de novo. Mas isso já não parecia possível...

-... Sim... é assim que eu quero. Vai embora... - Disse apertando os olhos e rezando para tudo sumir.

- Tudo bem – Assim que escutei as suas palavras, o próximo barulho que ouvi fora o da porta do quarto batendo. Assustei-me com o barulho, mas o que fez meu coração acelerar-se não fora o susto, mas foi a certeza de que Harry tinha ido embora. Isso me doera acima de qualquer outra coisa que eu estivesse sentindo naquele momento – apesar de que havia sido eu que havia feito ele sair.

Assim que ele saiu, joguei-me na cama como quem se joga em um precipício. Meu desejo era de sumir ou passar uma eternidade em queda. Não seria muito diferente do que eu estava vivenciando ali. Uma parte de mim, a maior, não existia sem Harry. Então, praticamente, eu já não estava mais ali, não existia e não vivia sem ele. Eu estava morta, mas viva o suficiente apenas para ficar com a pior parte: as dores de não o ter.

Nem o barulho estrondoso da festa lá em baixo conseguia me trazer de volta. Eu estava anestesiada em cima da cama. Meu pensamento estava apenas em como Harry estaria, e o que ele iria fazer? As imagens ainda vinham em minha cabeça como flash do momento que eu o vi com a tal garota.

Eu o amava e o odiava; o queria, mas não o suportava perto. Talvez fosse isso o que mais me doesse: a ideia dele está perto e não tê-lo.

 

 

                                                                             [...]

 

 

Harry

 

- FECHA A DROGA DESSA CORTINA! - Gritei, ao sentir os raios de sol agredindo os meus olhos e ardendo toda a minha face. - Fecha logo! – Repeti mais uma vez.

Mas nada aconteceu.

Quando me levantei para brigar com quem quer que tivesse aberto as cortinas, reparei que não estava em meu quarto. Olhando em volta, eu só vi árvores, muitas garrafas de uísque, e o som de passarinhos pelo ao redor.

Minha cabeça doía tanto e os meus olhos, apertados, estavam enchendo-se de lágrimas por conta da claridade e dor. Esforcei para tentar avistar alguém, porém não via nada. Somente a casa do Liam pouco longe de onde eu estava, e eu ali, sobre a grama. De algum vizinho.

- PUTA QUE PARIU! - Gritei ao colocar as mãos no rosto e me jogar na grama novamente. Eu tentava me lembrar e entender o que tinha acontecido na noite passada, mas a única coisa que eu ainda lembrava era a Selena me ‘’expulsando’’ do nosso quarto e eu ter voltado a festa para beber.

Soquei várias vezes a grama antes de me levantar chateado com Selena e comigo mesmo.

- Harry! - Escutei eles me chamando quando fui me aproximando da casa. Não respondi por estar com dores de cabeça intensas. - Ali está ele! - Disseram quando me avistaram mais de perto.

- O que aconteceu ontem à noite? - Perguntei quando Louis e Liam chegaram até mim.

- Você sumiu de repente, Harry. Nós estávamos tentando te impedir de beber quando de repente você sumiu. Nós te procuramos a festa inteira – explicou Louis.

- Mas eu não me lembro de nada – Sussurrei e levei a mão a cabeça.

- Você com certeza bebeu demais – Falou Liam – vamos, tome um banho, lave bem essa cabeça e desça para comer algo.

- Vocês já tomaram café? Que horas são? - Eu estava completamente desorientado.

- Sim, falta só você – Falou Liam.

- E também S... - Louis ia dizer algo, mas logo foi interrompido por Liam.

- Só você, Harry! Vá logo! - Liam me pegou pelos ombros e começou a me guiar.

Nós fomos no banheiro de baixo mesmo. Pois além do banheiro que eu estava usando estar no quarto onde Selena estava, eu não estava nada disposto a subir aquelas escadas naquele estado. Então, entrei no banheiro e comecei a tirar a roupa. Meu corpo estava dolorido, não era só a minha cabeça que doía. Dormir no chão me deixou todo quebrado. Assim que tirei a camisa, eu dei de cara com a privada. Mas aquela nunca mais seria uma privada qualquer. Rapidamente eu voltei aquele momento na noite passada onde eu havia trazido Selena até ali para que ela pudesse vomitar. Sorri bobo ao lembrar que em meio a uma cena tão constrangedora onde ela estava a vomitar, rolou um dos momentos tão bonitos entre nós. Momentos esses, que não aconteciam há tanto tempo...

Sem notar, me deparei, depois, com meus olhos cheios de lágrimas. As retirei depressa e respirei fundo como quem quisesse superar algo. Terminei de tirar minha roupa e fui ao chuveiro quente. Enquanto a água descia, eu tentava lembrar do que mais tinha acontecido na noite passada, mas tudo em vão. Só havia um espaço em branco. Só o que eu me lembrava dolorosamente era de Selena me tirando do nosso quarto. Aquilo me doía como um espinho enfiando no peito. Cada vez mais que eu pensava, doía mais. No entanto, não conseguia deixar de pensar.

Havia momentos em que eu pensava que estava louco e outros que eu tinha medo de realmente ficar. Eu tinha medo – apesar de tentar me enganar com o contrário – de que não houvesse mais nada entre mim e ela. Que estivesse de fato, tudo perdido. Só que, mesmo depois de termos magoado tanto um ao outro – eu ainda tinha, por mais que não aceitasse, em nós dois. A confusão em minha cabeça fora tanta que quando dei por mim já estava a me enxugar com uma toalha qualquer que estava ali.

Enfim, quando terminei de me vestir e pensei em escovar os dentes, lembrei que a minha escova estava lá, no quarto onde Selena estava. Fiquei puto, com medo, e pavor. Um tremor e aflição me tomou só com a ideia de vê-la, mas eu precisava fazer isso. Como eu iria fugir dela a viagem toda? Não tinha como. Respirei fundo e me preparei para ir até lá para escovar os meus dentes. Foi quando, ao sair do banheiro, como um susto repentino, eu dei de cara com Selena na sala de refeições. Ela estava sentando na cadeira e se preparando para tomar café. Assim que eu a vi, fiquei em choque. Não controlei a porta e a deixei bater.

- Bom dia – Ela disse ao ouvir a porta batendo sem ver nem quem era.

Não consegui responder.

- Bom dia, né, Niall! – Disse em tom brincalhão – Seu mal educa... - Quando ela ia terminar de ‘’brigar com Niall’’, afinal era ele que estava usando aquele banheiro, ela olhou em minha direção, e viu que não se tratava dele.

- Bom-dia – Só então tomei coragem para responder.

- Ah, oi – Ela disse ao voltar a preparar seu café, dando as costas para mim.

 

 

 

 

Selena

 

Aquilo parecia um carma. Eu sei que estávamos hospedados na mesma casa, mas a sensação que me rondava era de que em todo canto que eu fosse, Harry também estaria lá. Apesar de estar totalmente desconfortável com a ideia dele também está ali, eu não conseguia negar a animação que ele causava em meu coração sempre que o via.

Harry veio lentamente de onde estava até a mesa. Eu o olhava de canto de olho me esforçando ao máximo para ele não notar. Ele estava lindo com seus cabelos molhados e meio bagunçados. Ele ainda estava sem camisa. O que me deixou nervosa... ele estava só a olhar para os lados como se estivesse esperando que alguém aparecesse a qualquer momento. Ou então só estava tão nervoso quanto eu.

Na noite passada confesso que estava com muita raiva dele. Mas agora, não sei mais. O vendo assim, ele estava com uma carinha tão fragilizada, parecia ter realmente sofrido. Acima da minha raiva, uma vontade de cuidar dele me sobressaiu. Mas a contive apenas dentro de mim.

Olhei para o meu prato e comecei a comer minhas torradas.

- Au, caramba!! – Ele esbravejou e eu rapidamente o olhei, assustada. Ele estava balançando sua mão direita no ar, visivelmente irritado.

- O que houve? – Quebrei o silencio ao perguntar.

- Nada. Eu me queimei com o chá, só – Ele resmungou e eu sorri internamente.

- Deixa eu ver? – Ele me olhou abismado. – Machucou? – Perguntei ao deduzir que ele não iria me mostrar.

- Queimou um pouquinho – Ele respondeu analisando sua mão.

- Veja se Liam tem Vick. Ajuda com o incomodo. – Sugeri, tentando ao máximo não parecer preocupada.

- Obrigado – Ele agradeceu sem me olhar, pegando com a outra mão a chaleira. Sorri com a boca fechada outra vez.

 Passei os olhos rapidamente pela mão dele e vi que não havia sido na grave. Estava meio vermelha e irritada, mas não havia sido nenhuma queimadura mais séria. Graças a Deus. Eu já estava a um passo de colocá-lo em meu colo para cuidar dele – imagina se algo mais sério tivesse acontecido?

- Posso sentar aqui? – Perguntou ele, calmamente e baixo.

- Claro... – Respondi sem olhá-lo, eu estava encarando o meu prato.

Ele então sentou à minha frente e assim tomamos o nosso café.

Os dois em silêncio.

 

                                                                            [...]

 

 

Harry

 

- O que acham de a gente ir conhecer mais a cidade? – Abby sugeriu animada.

- Massa! - Todos queriam sair da casa. Parece que eu e Selena não éramos os únicos a se sentir presos naquela casa.

- Vamos, por favor! – Pediu Niall suplicante.

Era certo que eu toparia qualquer coisa para sair dali e tomar um ar longe de Selena. Eu estava muito mexido com ela tão perto de mim, e por isso precisava urgentemente sair um pouco. Me distanciar dela. Por mais que eu estivesse cada vez mais querendo chegar perto dela, em contrapartida, ela me irritava profundamente e eu a queria longe.

- E para onde vamos? - Selena perguntou, do sofá.

Virei meu rosto a olhando meio surpreso. Foi só ali, colocando os meus juízos em ordem, que notei que ela obviamente também iria. Isso já foi me dando uma raiva.

- Eu ouvi falar ontem na festa que tem um parque de diversões muito maneiro na cidade – disse Liam.

- Eba! Vamos! - Abby reforçou para irmos e Niall também.

Parques de diversões sempre me trazem uma ideia romântica e as ideias românticas sempre me remetiam a Selena. Confesso que não gostei daquela ideia, mas antes que eu pudesse pestanejar e contrariar isso, eles se separaram e espalharam-se pela casa para se arrumarem deixando apenas, como sempre, eu e Selena sozinhos.

Eu a olhei, mas ela não me olhou. Pensei em dizer algo, mas fiquei apenas na vontade, pois quando pensei em abrir a boca, Selena se levantou do sofá e igual os outros me deixou sozinho lá. Sei que ela não tinha a obrigação de falar comigo ou de me dar sua atenção, mas fiquei puto com isso. Foi só então que decidi ir me arrumar também.

Escolhi apenas as primeiras roupas que vi. Normalmente, se fosse para um lugar onde eu pudesse imaginar que Selena fosse estar – escolheria as minhas melhores roupas. Mas, estava convicto de que não a viria – apesar de estarmos indo para o mesmo parque. Estava torcendo em minha cabeça de que ele fosse suficientemente grande para ela ficar em um lado e eu em outro.

Ao começar a sair e pegar as chaves do meu carro, não avistei mais ninguém dentro da casa. Um silêncio havia tomando conta de tudo, e não a mesma gritaria de sempre. Tanto que me assustei. Será que eles já foram sem mim? Acelerei os passos para fora da casa esperando ver algo. E vi.

- Ufa, pensei que vocês já tinham ido – Disse.

Eles não haviam ido, mas já estavam dentro dos carros.

- Se liga, Hazza. Pega logo teu carro e vamos! - Disse Liam.

- Tudo bem, calma! – Disse já indo.

- Ainda bem que estão aqui! - Me surpreendi ao escutar a voz de Selena vinda detrás de mim, ainda da casa.

- Selena, você vai com o Harry porque já está tudo lotado aqui! – Liam jogou a bomba.

- O que?! - Eu e Selena falamos ao mesmo tempo.

- Eu não vou com ele! – Esbravejou alterada.

- Eu não vou levá-la! – Exclamei irritado.

- É isso ou vocês ficam para trás – Liam contestou – Fui! - Ele saiu com o carro e Louis seguiu ele.

Olhei para Selena rapidamente. Sem crer. Eu não estava acreditando... eu esperava passar o resto do dia distante dela para poder colocar minhas ideias no lugar e acontece isso. A tarde mal havia começado e eu já ia ter que dividir o carro com ela. Sua expressão não estava nada amigável também. Imaginava até que ela poderia vomitar a qualquer momento como na noite passada – só com a cara que ela estava fazendo. Mas, apesar do clima pesado, não tivemos muito o que fazer e corremos para dentro do meu carro para irmos.

Era tão estranho toda aquela situação. Está ao lado de Selena me fazia mal conseguir rodar a chave do carro na ignição. Nervoso, as chaves chegaram até a cair. Não sabia ao certo se era por eles já estarem um pouco longe e eu não fazer ideia de onde era esse parque, ou se era pelo fato de estar perto dela. Eu arriscaria nos dois, mas eu tremia bem mais por estar perto de dela...

- Vamos, Harry. - O mais estranho era que mesmo eu estando com raiva dela e nervoso, eu gostei de ouvir aquilo.

 

 

 

 

Selena

 

Nem sei por que motivos eu acabei falando aquilo. Assim que terminei, levei as minhas mãos a boca me repreendendo. No entanto, ele não olhou para mim, o que amenizou a minha aflição.

Pareceu que eu estava ansiosa para sair com ele – e fundo eu realmente estava.

Harry então ligou o carro. Já a um bom tempo a caminho desse tal parque e com o ar-condicionado ligado, as minhas mãos ainda estavam a soar frio. Eu as esfregava em meu short jeans constantemente no intuito de diminuir a umidade.

- Nós não estamos achando eles, Harry! - Disse aflita ao ver a estrada e nada deles.

- Eles devem estar logo ali – Ele falou de olho na estrada, mas o olhando, eu conseguia ver que seu rosto estava estranho.

- Você já veio aqui antes? – Resolvi logo perguntar, Na verdade as perguntas iam saindo de minha boca sem que eu pudesse contê-la de tamanho nervosismo. Eu simplesmente estava soltando todas.

- Já. Conheço a cidade, só não estou conhecendo bem esse caminho – Ele informou, me preocupando mais ainda.

- Ai, meu Deus! - Disse ao me segurar no apoio próximo a porta, aflita.

- Não se preocupe, Sel – Ele disse ao ainda olhar para os lados, que por sinal só havia mato e algumas ribanceiras – Eu não vou deixar nada acontecer com você – Alguma coisa me disse que ele também deixou soltar aquilo. Mas independente de ser sua verdadeira intenção ou não, aquilo prendeu a minha atenção nele. E minha respiração. E meu coração - Quero dizer, com a gente. Não vou deixar nada demais acontecer conosco – ele quis se retratar, mas já era tarde demais, meu coração já estava a palpitar de emoção.

- Tudo bem – Disse envergonhada.

- Vou até aquela casa pedir informações – Ele disse.

Havia uma casa mais à frente, em meio a tanto mato, mas quando Harry chegou lá, ela estava abandonada.

- Ai, que ótimo!

 Esbravejei aos nervos. Observando Harry tão – calmo – voltar a dirigir.

O meu medo era de cair a noite e ficarmos presos naquele matagal no meio do nada. Eu temia por mim, temia por Harry. E apesar de estarmos guerra, ainda havia uma porção de coisas para conversarmos antes de morrer.

- Calma, Selena – Harry tentava me acalmar em vão já ficando nervoso por minha causa.

- Como calma, Harry! Isso é culpa sua! Não devíamos ter nos atrasado – falei estressada já.

- Você mesma acabou de dizer que se atrasou também e vem colocar a culpa só em mim?! – Retrucou e eu revirei os olhos.

- Não, mas você é que está dirigindo e já veio aqui antes e não sabe nem onde está!

- Eu não sou guia turístico, Selena – Suspirei com tamanha ousadia.

- Você não serve nem para saber onde estamos, Harry? – Impliquei arrancando um sorriso sarcástico dele.

- Pelo menos eu estou tentando fazer alguma coisa, garota!

- Inúteis pelo visto!

- Então tenta, senhora sabe tudo. – Ele freou bruscamente o carro. Ainda bem que eu estava de cinto. O olhei rapidamente.

- E eu vou tentar mesmo, seu irritante! – Levantei-me de onde estava e fiz sinal para ele sair do banco do motorista.

- Vai me dizer que vai tentar dirigir até o parque?! - Harry começou a rir da minha cara

Apesar de ter me irritado bastante por estar rindo da minha cara, eu amava aquela risada gostosa, nossa, meu Deus.

- Sim, e eu vou mostrar que o imprestável é você – Devolvi a ofensa.

- Pois bem! - Harry abriu a porta e desceu arrodeando o carro para sentar no banco do passageiro – quero ver desenrolar aí – ele me desafiou ao sentar no banco.

Era certo que eu não sabia nem por onde começar. Apesar de ainda estar de dia, a estrada era meio apagada e alguns cantos haviam uns matos mais altos, o que dificultava bastante saber que era e o que não era estrada.

- Vamos, começa! - Ele disse ao tentar me deixar mais nervosa do que eu já estava.

- Para com isso, Harry! – Esbravejei ao abanar as minhas mãos no ar altamente nervosa e corada.

- Eu amo quando faz isso – Ele me surpreendeu ao dizer. Fiquei sem entender nada.

- Ama o que? – Me atrevi a perguntar olhando-o de relance.

- Quando fica nervosa e balança as mãos assim – Ele me imitou e começamos a rir loucamente.

- Mas acontece só quando eu fico muito nervosa – Abri um sorriso bobo ao explicar. Ainda estava nervosa, mas eram por outros motivos agora – e você ainda não facilita não é Styles – lhe dei um soco leve no peito.

- Deve ser porque eu gosto de te ver nervosa – Ele disse e eu o olhei.

- Até quando eu fico igual o Pato Donald? – Brinquei e rimos.

- Se o Pato Donald fosse lindo como você ele seria o meu desenho favorito – as palavras dele não só me deixaram sem palavras como me derreteram inteira. A única coisa que fiz foi devolver-lhe uma risada tímida e olhar para baixo ao corar como um pimentão.

- Seu exagerado bobo... Eu nem sou bonita assim... - Disse ainda de cabeça baixa.

- Selena – Senti seus dedos em meu queixo levantando a minha cabeça fazendo-me encará-lo – quando eu te conheci, eu soube que não precisava conhecer todas as mulheres do mundo para saber que a mais bela é e sempre será você – se eu já estava vermelha, fiquei mais ainda.

Naquele momento, com aquelas palavras, eu vi o meu Harry! Fora como se eu tivesse voltado para aquele restaurante que saímos no nosso primeiro encontro. Harry tinha me levado para aquele restaurante romântico e me fez me sentir a garota mais especial do mundo. Eu estava tão naquele momento, que meu corpo quase se embalou com o clima daquela noite me fazendo esquecer por completo que estava perdida naquele fim de mundo... no carro dele. Brigados.

- Você falando assim me deixa envergonhada, Harry – Disse. Sem saber onde enfiar meu rosto.

Mesmo amando Harry, mesmo acostumada com suas gentilezas e carinhos, eu nunca me acostumei. Suas palavras sempre tinham o poder de causar euforia em meu coração.

- E você consegue ficar mais bonita quando fica com vergonha – Ele sorriu para mim. Seus olhos verdes penetravam em minha alma.

- Você diz isso porque não deve lembrar como eu acordo de manhã.

Harry veio bem devagar em minha direção. Fiquei tão nervosa que minhas mãos apertaram o volante com força. Seus olhos estavam perto dos meus. Estavam tão perto que eu podia ver meu rosto corado refletido nos olhos verdes dele. Eu pude sentir sua respiração quente em minha face. Mas quando eu estava prestes a fechar os olhos para receber seu beijo, ele desviou-se de mim e foi em direção a minha orelha como se fosse sussurrar algo.

- Quando você acorda de manhã é mais bonita do que o Sol – ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar – Mas eu preciso falar baixo isso, vai que ele ouve e fica com raiva de mim – Sorri boba e ele voltou para o seu lugar também sorrindo – Nosso segredinho. – Piscou para mim e eu abaixei a cabeça sem conseguir respirar.

Juro que tive que me segurar para não desmaiar ali mesmo. Já tinha feito tanto papel de boba, e esse não poderia ser mais um. Minhas pernas estavam bambas que tremiam. Tive medo que ele percebesse então o olhei. Eu o encarava sem saber o que fazer, e muito menos o que pensar depois daquilo. Olhei para o sol quase em fim de tarde. Voltei a olhar para Harry e ele estava me olhando daquele jeito. Aquele jeito que ele sempre me olhava... um poema, uma prosa ou uma música. Qualquer um desses, mesmo sendo os mais belos de todos, ainda não explicaria tamanho sentimento que aqueles olhos e lábios abertos me proporcionavam.

- Harry – Disse com uma voz trêmula a observar seus lábios.

- Diga, Selena – Ele se aproximou de mim, o que me fez mais ainda desejar seus lábios cada vez mais perto.

- Posso de pedir algo? - Nesse momento, era como se não fosse eu. Meu desejo estava tamanho, que meus atos estavam sendo regidos por eles.

- Mas cla...claro – Ele respondeu.

- Me beija? - Ousei pedir.

 Cheguei a ver seus olhos encherem-se de lágrimas antes dele os fechar e sorrir vindo na direção de minha boca. Eu, nervosa – demorei a fechá-los – querendo ver se era real mesmo aquilo e mais, eu queria gravar aquele momento para sempre em minha memória – mas acabei por fechá-los esperando a felicidade de toda a minha vida acontecer através de um toque de lábios.

Mas uma buzina tocou e nós dois saltamos um para longe do outro. O susto foi tão grande que tive que engolir o meu coração de volta. Ele estava em minha garganta com a emoção.

- HARRY!! - Era Niall, gritando que nem um louco e buzinando ao nosso lado. - Vocês estão bem?! - Ele perguntou eufórico.

Harry colocou a cabeça para fora do carro e o respondeu.

- Estamos!

- Então vamos, cara, estamos atrasados. Os outros já chegaram lá! - Ele informa.

Harry voltou a entrar por completo no carro e me olhou com uma cara de criança que se tira o doce. Meu coração se partiu em milhares de pedaços ao notar mais um momento nosso interrompido. Mais um senhor...

- Vamos, né? - Ele disse ao torcer a boca.

- É... - Concordei ao passar para o banco do passageiro e ele para o do motorista.

Confesso que quando passei por cima dele, de costas, e ele agarrou em minha cintura para colocar-me com segurança no outro banco, lembrei de quando estávamos naqueles momentos mais quentes. Aquele toque... confesso que até cheguei a me molhar com aquele simples toque forte de Harry em minha cintura. Mas claro que me guardei. Não ia jamais deixar ele notar uma coisa dessas – ainda mais com Niall ali perto quebrando todo o nosso clima.

 

 

 

Harry

 

Meu coração estava saltando a boca. Minhas mãos trêmulas seguravam na direção como se a mesma fosse me salvar de uma queda livre. Enquanto Niall ainda me esperava ao nosso lado ligar o carro, eu queria, mais do que tudo, largar meus medos, a vergonha, o desespero e até a mim mesmo para pegá-la pela nuca e beijá-la. Eu não queria apenas beijar Selena, eu queria beijá-la até sucumbir na morte e continuar mesmo depois dela. Como era possível gostar tanto de uma pessoa que até a eternidade parece pouco para vivenciar tudo que sentimos? A minha boca salivava desejando o beijo doce e gostoso dela – eu fiquei tão desnorteado, que eu não estava conseguindo me concentrar em nada. Eu esqueci literalmente até como se dirigia.

- Me desculpe – Acabei me desculpando por tudo.

- Tudo bem – Ela me disse. Apesar de ter ficado tudo bem realmente, o que eu queria era sentir sua inquietação assim como a minha. Queria que ela se manifestasse. Talvez, e só talvez, se ela tivesse falado ou insinuado algo, eu tivesse largado tudo e a beijado. Mas não senti isso dela. Era quase como se ela estivesse conformada e até gostado de Niall ter aparecido. Mas como? Se eu via suas mãos tremendo, senti sua respiração e olhei em seus olhos! Se foi ela que me pediu que a beijasse! Nada fazia sentido e o nervosismo não me deixava pensar direito.

 

Fica calmo, Harry, só dirige...

 

Foi então que eu liguei o carro e fui acompanhando Niall. Nosso caminho foi em completo silêncio. Sequer tive coragem de voltar meus olhos para Sel – e ela também não olhava para mim. Eu estava nervoso, receoso a todo instante. Estava preso dentro daqueles pensamentos hostis e meu coração, cheio de amor, se prendia dentro das grades do meu peito. Enquanto eu soava frio, a direção escorregava de minhas mãos e o ar parecia não estar mais dentro daquele carro.

Seguir Niall fora como um piloto automático. Eu não sentia nem que estava ali, quanto mais prestando atenção no caminho. Estava naqueles segundos de minutos atrás, onde quase beijei Selena. A sensação era como está de frente para uma porta onde era a sua saída da escuridão, mas antes que pudesse rodar a maçaneta, ela sumira. E cá estava eu, na escuridão de ser apenas Harry e não mais Sarry.

Depois de alguns minutos nós adentamos na cidade. Já no começo dela dava para ver o parque ao longe com sua imensa roda gigante e a montanha-russa. Engraçado era que saí de casa pensando em ficar o mais longe possível de Selena. Mas agora, depois do ocorrido, eu já estava imaginando as desculpas que teria para chegar perto dela. Para leva-la na roda gigante e comer maçã do amor. Eu parecia aqueles adolescentes bobos de primeira viagem. Mas era isso que eu era com Selena, ela sempre me fazia voltar àquela mesma emoção e fogo de adolescentes apaixonados.

Niall parou o carro mais à frente e fez um sinal com a mão com a cabeça para fora do carro me chamando até ele. Não tive coragem nem de pedir licença para Selena, de tão nervoso que me encontrava.

Então parei o carro e desci. Ao chegar lá, Niall também desceu do carro. Ele estava sozinho.

- Harry, o que aconteceu cara?! Tá inteiro? - Ele perguntou assustado procurando algo em meu corpo com as mãos.

- Para, Niall! - Briguei com ele olhando para o carro para ver se Selena estava vendo aquilo.

- Só estou preocupado! - Ele disse.

- Não aconteceu nada! - Respondi nervoso.

- Então o que aconteceu? Você sabe o caminho tão bem como nós e acabou se perdendo. Voltei com medo que algo estivesse acontecido com vocês seu maluco! - Niall soltou o ar de seus pulmões aliviado.

- Eu só... Eu só... – Sorri bobo – Ah, Niall, deixa isso pra lá! - O deixei falando sozinho indo de volta para o meu carro. Isso com o intuito de encerrar aquela conversa e entrarmos logo no parque.

Eu tinha me perdido de propósito só para ganhar um tempo a mais com a Selena. Eu achei que estava fazendo aquilo meio que inconscientemente, mas não. Minha vontade era tamanha que fiz coisas para ficar com ela mesmo que isso pudesse prejudicarmos. Que bom que não prejudicou. O estranho era que ouvir Niall falando o que eu no fundo já sabia, me angustiou. Era verdade que eu sabia o caminho, como também era verdade que eu queria ficar com Selena a sós. Eu me enganei me forçando a esquecer o caminho para enganar os outros que eu não amava mais a Selena... quando a única coisa que parece que eu sabia fazer era amá-la.

 

Meu Deus Harry e agora? Assumir ou não assumir o que você sente..?

 

- Vamos, Sel. Está pronta? – Perguntei assim que abri a porta do carro para ela. Ela me olhou envergonhada e deu uma risadinha contida.

- Qual é a graça? – Perguntei sorrindo levemente, mas extremamente confuso.

- Você.

- Oi?

- Você é bipolar, Styles – Ela disse saindo do carro ao bagunçar os meus cabelos. Continuei a olhando sem entender.

- E isso é bom ou ruim? – Perguntei, sem rodeios.

- Não sei... – Sorriu suavemente – Mas por enquanto está tudo perfeito. – Ela respondeu com um sorriso iluminado no rosto e eu apenas concordei com um aceno de cabeça sorrindo também. 

E isso era verdade. Selena tinha razão. Estava tudo, absolutamente tudo, perfeito.


Notas Finais


Me desculpem a demora para postar xx quase que minha net não volta.
Me digam o que acharam e até o próximo capítulo ❤️

→ ❤️❤️❤️ Música tema do casal Sarry: https://www.youtube.com/watch?v=4o2xnzANIHY ❤️❤️❤️
Tradução: https://www.letras.mus.br/whitney-houston/18491/traducao.html


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