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História One Last Time - Why not?


Escrita por: QueenOfMeereen

Capítulo 7 - Why not?


Can't you forgive me?

Você não pode me perdoar?

At least just temporarily 

  Pelo menos temporariamente

Lydia alternava o olhar entre Stiles e o piso. Ele revirou os olhos.


- Lydia, você pediu um minuto e já usou 200% do seu tempo. 


Ela encarou seus olhos. As palavras que queria pronunciar se embaralhavam em sua mente confusa; as frases que pretendia dizer soavam sem nexo enquanto as repassava na sua cabeça.


- Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que sinto muito. 


Ele riu, cínico. 


- Eu já ouvi esse discurso trinta e sete vezes, Lydia, não quero e não vou ouvir de novo. 


- Ao contrário do que pensa, nenhuma das vezes era mentira - Lydia continuou, ignorando o comentário anterior. 


Ele riu, ainda mais cínico. Seus olhos faíscavam com uma raiva primitiva - raiva essa que ele usava para mascarar outros sentimentos mais difíceis de se lidar, como a profunda dor que perfurava seu peito.


- Eu cansei dos seus "sinto muito". Não, Lydia, eu não vou te perdoar! Sabe por quê? - o garoto se levantou bruscamente e apontou o indicador contra seu rosto. 


A ruiva tirou o dedo dele de frente do seu rosto e também se levantou, os saltos deixando-a mais alta do que ele.


- Não, Stiles, eu não sei! - gritou de volta. 


- Pois bem, eu posso refrescar sua mente - seu tom de voz saiu quase calmo, como se ele estivesse fazendo um jogo com ela.


Ela bufou.


- Que droga, por que não me deixa falar?


- Porque eu já cansei da sua voz. - Stiles justificou, mantendo o tom de voz indiferente.


A garota fechou os olhos. 


- Stiles, eu não sabia que os segredos iriam repercutir dessa forma, tá legal? Eu não tinha ideia! Eram só bobagens inofensivas que eu imaginei que ninguém além de Aiden ou Ethan ou Theo ficaria sabendo. - Ela recuperou o fôlego. Suas mãos mexiam para acompanhar sua fala frenética. - Eram bobagens e...


Ele a interrompeu, as sobrancelhas franzidas numa expressão que ela esperava nunca mais ver. 


- Bobagens? - repetiu, incrédulo. - Bobagens?! Malia perdeu um filho e você chama isso de bobagem?! 


- Não foi isso que eu quis dizer - ela se explicou, de repente cansada demais.


- Mas foi exatamente o que você disse. 


Lydia deu um passo à frente, ficando mais próxima dele. 


- O que eu quis dizer, Stiles... 


Mais uma vez, ela foi interrompida por um grito.


- Caralho, é tão difícil entender?! Eu não vou te perdoar, Lydia, nem agora, nem nunca! Não hoje, não amanhã, não para sempre, não temporariamente... Nunca, Lydia - a palavra tinha um peso enorme, maior do que ela podia suportar. - As coisas que você fez... Você tem ao menos noção de tudo que você fez? De tudo que você causou? Você ao menos sabe o quanto você nos machucou? O quanto me machucou? - Lágrimas de raiva brotavam em seus olhos. Seu rosto estava vermelho até as orelhas, sua voz era cortante como uma lâmina. 


- Você pode até pensar que eu sou egoísta, mas depois de tudo que eu fiz... - Lydia começou a argumentar, sentindo o peito subir e descer com a respiração trêmula. - Eu só conseguia pensar em vocês. Pensar no quanto tinha magoado vocês. Pode até parecer arrogante, mas eu sabia que estavam sofrendo por mim, pelo que fiz. Nenhum segundo eu deixei de desejar uma maneira de voltar no tempo e consertar a droga do meu erro, Stiles! 


- Não, Lydia, você não tem ideia de como nos magoou. De todas as maneiras possíveis você nos magoou. Doeu como uma lâmina atravessando a pele. Doeu como uma bala perfurando um músculo. Doeu, Lydia, e você não tem ideia do quanto. 


Ele fez uma pausa, seus pulmões imploravam por ar. 


- Eu posso contar tudo que você fez e de quantas formas nos atingiu, mas não levaria menos que um dia inteiro para isso.


- Conte, Stiles, conte! Conte todas as merdas que eu fiz, jogue na minha cara como se eu não soubesse! Quem sabe eu não acho um novo motivo para acrescentar à minha lista de "Por que eu devo me matar"? - Lydia gritou de volta. - Eu sei, Stiles, que é tudo minha culpa. Eu tenho noção das coisas que fiz e que fiz porque quis. Que sempre foi minha culpa, que não há ninguém mais para culpar. Que eu devia, no mínimo, ter sido mais cuidadosa com o que dizer para certas companhias. Eu sei que a porra da culpa é toda minha! 


Ele já não prestava atenção desde o "por que devo me matar". 


- Você tem uma lista de motivos para se matar? - sua voz saiu suave, preocupada. 


A ruiva olhou para ele, surpresa por não ouvir mais seus gritos acusatórios. A preocupação em sua voz a desarmou e ela nada respondeu. Ele tomou isso como um sim.


- Por quê?


Lydia riu sem humor.


- Por que não teria?



I know that this is my faul

              Eu sei que isso é minha culpa 

I should have been more careful 

Eu devia ter sido mais cuidadosa




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