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História One More Chance - Nós dois.


Escrita por: Alasca__Young

Notas do Autor


O POV Maxon Schreave que prometi!
Boa leitura, amores...

Capítulo 17 - Nós dois.


Fanfic / Fanfiction One More Chance - Nós dois.


Point of view Maxon Schreave 
A semana passou arrastada, pesada e uma confusão. Decidi trabalhar durante 7 dias seguidos e 8 horas por dia, o que nunca fiz na vida. Não fui ao bar, não fiquei com ninguém, mas enchia a cara todos os dias na minha casa, aquela casa que ainda tinha o cheiro de América, tinha o nosso cheiro, apesar de feder a bebida alcoólica também. 
Não vi Brice, não queria que ela me visse no estado deplorável que eu estava e também não queria ouvi-la perguntar sobre América.
No dia seguinte que chegamos daquela maldita viagem, Celeste veio aqui em casa e pegou as coisas de América e levou embora, mas antes de sair, me mandou para o inferno quando lhe fiz um questionamento sobre a ruiva. 
“- Vai se foder, seu filho da puta! Você fez tudo errado!” - gritou pra o prédio todinho ouvir.
Eu estava preocupado com ela e com muita saudade, muita, muita! Mas estava machucado também.
Ariela. 
Era o nome da filha de Kriss, o nome da menina que seria minha filha, a menina que me fez mudar e me fez sentir vontade de ser o melhor pai do mundo, a menina que me fazia contar os dias para ver seu rosto e que anos após nascer eu vi a cara, a cara do pai, que não era eu. 
Incrível. 
Me senti destruído. 
Como aquela vaca teve coragem? 
Vagabunda do caralho! 
E aquela criança, pobre coitada, ter uma mãe desgraçada daquela e um pai descarado daqueles, que ficava dando em cima da mulher dos outros! 
Mas de qualquer jeito, com todas as merdas, eles três eram uma família. América, independentemente das péssimas circunstâncias daquela gente ruiva e incrivelmente bonita, tinha uma família. 
A minha família era apenas Brice. Também tenho uma família, mas ver Kriss com Ariela e aquele merda, não sei... Eu tinha vergonha de admitir que senti inveja deles. Talvez... talvez não fosse saudade, mas quando eu estava com América e Brice, era como se o vazio que tenho dentro de mim fosse preenchido, mesmo que eu fantasiasse quanto a isso.
América nunca iria querer se casar comigo, ela está destruída, porque todos aqueles filhos da puta a destruíram covardemente, e às vezes, quando eu a olho, com aqueles olhos azuis lindos como o céu e o mar e com aquela pele clara meio rosada destacada por aquele cabelo maravilhoso e ruivo, sinto que nunca, independentemente do que eu faça, vou conseguir conserta-la e por mais que seja um desafio tentador, tenho medo de machucá-la ainda mais. 
Ela não é como as outras, e é por isso que me apaixonei, e é por isso que tenho medo de estragar tudo ou de já ter estragado.
Tivemos uma história de amor que não durou mais que um mês e algumas semanas, ela é uma bomba relógio e por mais que eu queira poder abraçá-la e dizer que na minha vida só tenho espaço para ela... 
Talvez uma pessoa desconsertada não possa consertar outra pela metade, isso pode resumir nós dois.
Mas como é possível que duas almas possam se apaixonar tão rápido? 
Toc toc.
- Entra - falei enquanto deixava a papelada de lado e George entrava na minha sala.
- Boa noite seu grande merda - falou sorrindo, imitando Celeste.
Levantei o dedo do meio em resposta.
- Então? - encostei a cabeça na cadeira.
- Nada, só queria ver se estava vivo mesmo. Você está péssimo, passou a semana toda trabalhando, nunca vi isso desde que trabalho aqui. E olha que tem 3 anos, em? Isso é saudade da ruiva? Trabalhando para não pensar nela?
Olhei feio para ele.
- Não fode.
Ele riu.
- Você... tem visto a Celeste? - perguntei como quem não queria nada e ele se jogou no sofá sorrindo enquanto mordia a caneta.
- Você quis dizer, ruivinha? 
Respirei fundo e ele prosseguiu.
- Ela não parece bem. Está no mesmo estado que você, sempre está dormindo, na praia de noite ou trabalhando. Às vezes tenho a impressão de que ela não gosta de mim, me aí eu lembro que ela se relaciona com você e aí percebi que o problema não sou eu...  - ele parou de falar e me encarou.
Engoli em seco.
- Crises no namoro? 
- Acho que nunca namoramos... 
- Ah, Maxon! Não acredito que você é a mulher da relação, porra! - ele sentou no sofá rindo - Vocês estavam morando juntos! Vocês viajaram juntos! Você passou uma semana sem ir a um bar! Só não tinha aliança no dedo, mas vocês namoraram sim! 
Revirei os olhos.
- É complicado.
- Realmente, amar é complicado. Mas amar só é complicado quando não é recíproco ou quando alguém que você ama já não está mais aqui. Do contrário, o amor é a solução de todas as causas e consequências.
Aquilo me pesou.
- Ainda é cedo para falar de amor. 
- E amanhã talvez seja tarde demais - ele piscou pra mim - Eu nunca te vi apaixonado por ninguém, Maxon. Eu nunca vi você beijar tanto o chão pra alguém passar. 
Porque da última vez que me apaixonei fui ferido até a alma e você não estava aqui para ver a minha dor.
- Talvez seja hora... não sei. Você sabe o que faz, eu estou aqui mas agora estou indo pra casa, precisando - ele se levantou e fez um gesto de ligação com a mão antes de ir embora.
Não terminei meu trabalho, tranquei minha sala e sai silenciosamente para não ter que falar com meu pai.
Já era fim de tarde, o céu quase escuro, peguei meu lindo e maravilhosíssimo carro e fui dar uma volta pela orla. Me atentei a praia, talvez eu a visse, apesar de ser sexta-feira e a praia estar lotada. 
Acabei estacionando a linda, tirei meu paletó, sobre um pouco a calça social,desabotoei alguns botões e tirei o sapato. Atravessei a rua descalço e depois da calçada meus pés se chocaram contra a maciez da areia branca. 
Respirei fundo.
Comecei a ir na direção do mar, olhando para todos os lados em busca de fogo.
Não sei o que me deu para achar que iria encontrar América na praia em uma hora dessas, e quando comecei a raciocinar, desisti e a alegria e esperança que havia dentro de mim, por menor que fosse, se tornaram exaustão e a mesma tristeza que senti durante toda a semana. 
Fui ao quiosque e pedi um uísque puro. Tomei dois enquanto olhava para a praia, por mais que eu tivesse desistido, não conseguia parar de olhar pra lá. 
E então, acho que meus olhos brilharam, pois de repente, do nada, meus olhos focaram a alguns vários metros de distância, onde ela estava sentada sobre uma toalha, os braços apoiando o peso do corpo e os pés para frente. A cabeça estava deitada para o lado e os cabelos voavam.
Senti raiva, muita raiva, quando um grupo de homens passaram ali perto e a encararam e depois ficaram olhando para ela.
Ah, fiquei puto. Fiquei muito puto.
Paguei minha vodca e fui andando até lá com pressa. Esbarrei em algumas pessoas, estava cego para os outros, só conseguia enxerga-lá.
Parei em sua frente.
Ela estava com a parte de cima do biquíni branca, destacando seus seios lindos seios, os olhos estavam fechados, a expressão fácil era leve. 
Olhando aquele paraíso de mulher senti saudade de seu toque, de suas mãos em mim, do seu cheiro, do seu gosto, de sua boca na minha, me beijando, me chupando, me xingando, se declarando para mim com os olhos, revirando-os, me batendo, me arranhando, seu corpo contra o meu, seu sexo, seu carinho, seu jeito grosso e encantador de ser, o sorriso, a maneira como fazia com que eu me sentisse o homem mais feliz e sortudo quando estava com ela.
Eu simplesmente senti saudade dela e aquilo me partiu.
Eu a abandonei quando ela mais precisava, eu prometi que ficaria com ela e a ajudaria, mas eu a abandonei. 
Ela abriu os olhos e como imaginei que faria: ela revirou os olhos e eu me sentei ao seu lado.
- Desculpa.
Ela não respondeu nada.
- Por que? - perguntou vários segundos depois.
- Eu disse que ficaria com você. Eu te abandonei.
- Tudo bem, posso conviver com isso.
- Você está triste.
- Você também.
- Estamos triste então.
- É. Talvez não tenha sido uma boa ideia essa viagem - ela suspirou e eu a olhei, mas ela ainda estava olhando para o horizonte. 
- Talvez não.
O som do mar e das outras pessoas se divertindo era a nossa trilha sonora enquanto eu olhava para ela e ela olhava para o mar.
- Sinto sua falta - admiti - A cama tá muito grande, a casa tá silenciosa, minha vida tá sem graça. Tudo fica uma porra sem você, eu me acostumei em te ter por perto e agora não estou mais conseguindo viver sem...
- Então por que me deixou ir? Não parecia fazer muita questão de mim quando entrou no táxi - Ela finalmente me olhou, séria - Uma semana depois você sentiu minha falta? O que houve, deu saudade de foder comigo? 
- Também, mas não é isso, eu sinto...
Ela se levantou, furiosa, e tentou puxar a canga que estávamos sentados, mas eu estava em cima.
- Sai daí, imbecilidade ambulante! 
- Não, porra, me escuta! 
- Te escutar!?
Ela me empurrou e quando eu caí pra trás puxei seus braços e ela caiu em cima de mim.
Estávamos tão pertinho.
Senti meu pau endurecer, mas meu coração amoleceu, ela estava em cima de mim, aquele templo dos deuses...
- Já sabia que você também estava com saudades - arrisquei um sorrisinho e então ela me deu um tapa na cara. 
Não doeu na cara, mas dentro de mim. 
Ok, eu a insultei.
- América!
- Aquele homem era o Aspen! O que desgraçou a minha vida! Ele me destruiu e eu tive que ver aquele maldito mais uma vez e você estava lá, você prometeu que estaria comigo, que ia me apoiar! E você não me deu apoio nenhum! Você ficou encarando aquela vadia! Seu merda! - ela gritava comigo e batia no meu peito enquanto ainda estava em cima de mim. 
- Problemas técnicos! - gritei e segurei os pulsos dela - Aquela mulher que estava com Aspen, com Ariela - América ficou séria  - Aquela é a Kriss, aquela menina é a garotinha que seria a minha filha, ela é vaca mentirosa - eu disse. 
América saiu de cima de mim e se deitou do meu lado. 
- Nascemos para nos foder juntos - eu disse - acho que é esse nosso destino.
- Acho melhor você se foder para um lado e eu para o outro - ela levantou, puxou a toalha e eu deixei.
Ela me olhou uma última vez e nossos olhos se encontraram.
- Gosto muito de você - eu disse e no mesmo momento ela desviou.
- Obrigada.
América se levantou e saiu andando com o chinelo na mão e a toalha no ombro.
Mas antes, ela virou para mim e disse, tristemente:
 - Deveria procurar alguém que não tenha sentimentos por você para poder foder, porque eu não vou ser sua boneca, não vou brincar de casinha e não vou aceitar que você continue me usando.
Eu vi aquele corpo de violão e aquele cabelo laranjado se afastar de mim e cada passo que ela dava me abria mais o buraco no meu coração.
Eu não estava usando ela, caralho!
Fodi com tudo. 
Levantei e comecei a correr na direção dela e a peguei de supetão.
- Que foi? - ela não gritou, perguntou assustada e mansa, nem parecia aquela fêmea ogra - Você me assustou - ela me deu um tapa no ombro mas eu não a soltei - Imbecil - aquela era a minha América. 
- Eu só queria dizer que... olha só - eu a soltei e ela cruzou os braços - Veja bem... nós dois tentamos construir nossas vidas com outras pessoas durante anos, a gente tentou amar, a gente achou que era amor mas não era. Era tudo uma ilusão porque talvez o destino... o destino queria nós dois juntos. Eu - peguei a mão dela com cuidado -... e você. Juntos. Não tem dois meses que nós estamos juntos, e nós nos apaixonamos assim, de repente... Não sei explicar porque eu gosto de você, não sei dizer o que foi que eu vi em você naquele dia que você me fez pagar a conta no W&M, eu conheço todas as tuas qualidades e defeitos, mas não sei dizer porque que eu olho pra você e simplesmente as palavras me fogem da boca. Dormindo ou acordado meu sonho sempre é você. Sinto muito por ter deixado essa semana passar sem ao menos te mandar uma mensagem, mas foi tempo o suficiente para eu pensar em tudo o que aconteceu pra pensar na viagem, naquela vagabunda e naquela criança azarada, e perceber que eu preciso continuar a minha vida, preciso experimentar a reciprocidade, o amor e que assim como eu, você também precisa disso, nós precisamos e... América - seus olhos estavam assustados e meio molhados - Eu te amo.
Não achei que aquilo era possível, mas ela ficou ainda mais branca e em segundos soltou a minha mão.
América encarou a areia, o rosto ficou rosado.
- Eu te amo - repeti, um pouco mais baixo dessa vez, esperando que ela me olhasse e dissesse ou fizesse alguma coisa.
Ela cochichou algo como preciso ir embora e então saiu andando de cabeça baixa. Eu não olhei para trás, não a vi ir embora.
Eu tinha dito Eu te amo.
Eu te amo.
Acho que eu já esperava por aquela reação. 
 


Notas Finais


Eu deixo os comentários para vocês!
E agora, Maxerica? :O
Beijos, não deixem de comentar e até mais!


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