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História One Night - Sasuhina - Lótus


Escrita por: Louiisee

Notas do Autor


Olá minna-san, tudo bem com vocês?

📢 Por favor, tirem um tempinho para ler essa nota. Sei que faz um tempo que não nos vemos, mas eu precisei tirar um tempo para mim, me diverti muito fazendo coisas que eu amo além da escrita e agora, com mais calma e menos pressão, decidi que era hora de voltar.

Essa pausa se deu também por ter começado a me cobrar demais. Esse capitulo mesmo, deveria ter saído semana passada, mas eu reescrevi ele duas vezes e agora de noite, uma terceira. Ainda esta difícil ser confiante na minha escrita novamente, as vezes eu passo por isso, é normal, e eu não gosto de me cobrar mais do que já faço normalmente então me deixo sentir essa frustração até que ela passe. Espero que não estejam bravos comigo e que ainda possam apreciar a historia, pausas são necessárias e n digo que essa será a última vez, mas saibam que eu sempre vou voltar para fazer o que eu amo, que é escrever <3

🌸 Frozinha de hoje significa Renascimento, bom... acho que vcs vão entender o contexto no final do capitulo.

Boa leitura:

Capítulo 6 - Lótus


Fanfic / Fanfiction One Night - Sasuhina - Lótus

Hinata teve certeza que seu rosto assumiu uma coloração avermelhada quando sua irmã mais nova soltou um risinho, a rodeando de forma presunçosa.

— Do que você está falando Hanabi? — sempre foi uma péssima mentirosa, mas naquele momento, apesar de ter tropeçado nas palavras, desejou estar soando convincente o suficiente para que sua irmã mais nova acreditasse em suas palavras.

O que obviamente não aconteceu.  

— Nee-chan, eu sou mais nova, não burra, e muito menos surda, agora você quer me contar o que esta acontecendo entre você e o Uchiha? — a perolada observou a menor se sentar em sua cama, girando a kunai uma última vez antes de colocá-la ao seu lado no colchão e lhe dirigir o olhar. — Ou eu vou precisar perguntar para ele?

Seu rosto esquentou novamente, arregalou levemente os olhos com a prepotência da garota, às vezes desejava ter um terço da autoconfiança de Hanabi.

— Como sabe que era o Sasuke-kun? — desistindo de tentar negar que fora pega no flagra, ao menos queria saber onde foi que errou para evitar que acontecesse de novo. Cruzou os braços, parecendo decidida. — Podia ser qualquer outra pessoa. 

— Claro — o canto de sua boca se levantou e Hanabi revirou os olhos. — se você não estivesse gritando o nome dele e pedindo para que fosse mais fort-

Hinata prontamente se lançou contra a irmã, tampando sua boca antes que pudesse terminar sua fala.

— C- Certo, eu já entendi! — se rendeu, soltando-a e sentando ao seu lado. — Nós estamos juntos a um tempo, mas ainda é um segredo então...

— Relaxa, Nee-chan, não vou contar, mas você tem sorte do quarto do Otou-san ser no andar de baixo. — uma expressão maliciosa preencheu sua face e Hinata pensou que a mente de sua irmã era muito poluída para uma menina de apenas dezesseis anos. — Você pretende contar para ele quando? Sabe... não acho que ele vai reagir bem, desde que seu relacionamento com aquele idiota terminou, papai vem falando de te arrumar um noivo com ramificações Hyuuga.

— Eu ainda não sei, Hana. — Hinata desviou o olhar para o armário em sua frente. — Estou esperando um bom momento, mas não tenho certeza se ele chegará tão cedo.

A mais velha levou a mão ao ventre inconscientemente, ato que não passou despercebido pelos olhos atentos da mais nova, Hanabi podia não parece mas era uma boa observadora e nisso acabou deixando que um pequeno sorriso brotasse em seus lábios, talvez fosse só uma loucura de sua cabeça achar que Hinata ainda lhe escondia alguma coisa, todavia, não iria pressioná-la a contar, esperaria seu momento e a apoiaria silenciosamente.

Tocou-a no ombro, uma forma de passar-lhe segurança, conforto e carinho.

— Contanto que você esteja feliz, conte comigo para o que precisar. — os olhos da mais velha se encheram de lágrimas e ela a abraçou apertado.

Se algo havia irritado Hanabi no passado era a forma como o Uzumaki terminou o noivado com sua irmã, fora cruel e sem um pingo de consideração, Hinata ficou mal por semanas, e se ela estivesse feliz agora, era o que importava, independente de quem fosse a pessoa ao seu lado e desejava que seu pai pensasse o mesmo assim que entendesse a situação.

-...-

Uma semana se passou e Hinata se encontrava completando seu primeiro mês de gestação. De dentro do hospital, ela saiu com um envelope discreto em mãos, encontrando um Uchiha de braços cruzados - e visivelmente emburrado -, esperando-a próximo a sombra de uma árvore. Havia sido difícil convencê-lo, mas pediu a Sasuke que esperasse do lado de fora enquanto pegava algumas recomendações de vitaminas com Ino, sabia que ele queria entrar e acompanhá-la até a sala da loira, entretanto, ainda era muito cedo para serem vistos juntos dentro do hospital, ficaria muito... óbvio.

E não estava passando por uma consulta nem nada do tipo, somente encontrou com a Yamanaka alguns dias e recebeu a notícia que seu exame de sangue estava pronto e que ela precisaria tomar algumas vitaminas só por precaução pois havia falta de algumas delas em seu organismo.

Sasuke se desencostou da árvore assim que se aproximou mas seu rosto ainda era tomado por uma carranca, um sorriso de escárnio brotou em seus lábios gordinhos.

— O que foi, Sasuke-kun? — soltou um risinho abafado quando ele bufou, descruzando os braços.

— Nada. — ele virou o rosto para o outro lado, achou graça.

Aquele era um lado do moreno que ainda não conhecia, o que era capaz de fazer birra quando contrariado, achou fofo mas guardou essa pequena informação só para si e o segurou pelo braço quando ele ameaçou sair de sua frente.

— Eu só passei para pegar uma prescrição, não foi nada importante e nem mesmo demorou. — o Uchiha a olhou pelo canto dos olhos e dessa vez conteve a vontade de rir. — Prometo que quando retornar, trarei você junto comigo.

Ele ainda estava chateado, mas se rendeu quando a Hyuuga passou os braços por seu pescoço, lhe roubando um selinho para depois oferecer um sorriso que derrubou suas barreiras, não satisfeito, a puxou pela cintura, roubando um beijo um pouco mais profundo que logo foi afastado pela pérola.

— E- Estamos em um local público. — tímida, ela se afastou de seu abraço também, mas ainda se manteve em sua frente.

Sasuke não disse nada, seus olhos escuros foram para os lados constatando que ninguém os olhava no momento, respirou fundo, guardando para si a ideia de que talvez Hinata sentisse vergonha de ser vista com ele, claro, ela era herdeira de um Clã de prestígio, enquanto para si restava o estigma de ex-nukenin que matou o próprio irmão e tentou destruir a própria vila quando cegado pelo ódio.

Em contrapartida, enquanto se mantinha preso em pensamentos sabotadores, Hinata segurou sua mão, passando a caminhar lentamente ao seu lado, guiando-o para a direção do centro da vila, a seguiu em silêncio aproveitando para dizer a si mesmo que deveria parar de pensar o pior sempre, o que era difícil quando todos aqueles que amavam haviam sido tirados de si de forma abrupta, às vezes tinha certeza que a Hyuuga seria levada para longe também, pois sua vida seguia um rumo bom demais para ser verdade.

— Posso ver isso? — pegou o envelope sem esperar uma resposta, tentando ocupar a cabeça com qualquer outra coisa que não fosse o sabotar. Liberou a outra mão para abri-lo e sentiu as orbes claras o olhando o tempo todo enquanto lia o que estava escrito, eram muitas vitaminas, se perguntou até que ponto seria normal ou então se Hinata andava se alimentando direito, pois a garota vivia se queixando dos enjoos frequentes, principalmente com frutos do mar. — Vou comprar 'pra você.

— Não precisa, eu posso fazer isso. — ela tentou tomar o papel de sua mão, mas foi mais rápido e levantou o braço, deixando-o fora de seu alcance.

— Eu quero fazer isso, Hyuuga. — assumiu uma postura mais séria, vendo-a desistir de tomar a prescrição de sua posse e voltar a caminhar. — Você pode ir comigo à farmácia agora, se quiser.

Se dando por vencida, Hinata concordou com a cabeça, pelo pouco que o conhecia sabia que seria inútil discutir.

— Não vai atrasá-lo para encontrar Kakashi-sensei? — perguntou, sabendo que ele partiria em missão antes das dez da manhã com o futuro Hokage, assim que soube da novidade, ficou imensamente feliz pelo Hatake, ele merecia depois de toda sua ajuda na guerra que fora essencial para a vitória e seria um bom líder, tinha plena certeza disso.

E ficou mais feliz ainda quando soube do convite que Sasuke recebeu para trabalhar ao seu lado, como seu braço direito, sabia da dificuldade do Uchiha de ser aceito de novo em Konoha, não por Tsunade, mas sim pelos moradores em sua grande maioria que faziam questão de deixar estampado em suas faces o desprezo pelo ex-nukenin, trabalhar ao lado da maior autoridade da Vila deveria ajudar em sua reputação pois odiava vê-lo receber olhares tortos por onde passava, mesmo que ele dissesse não se importar e sempre tratasse o assunto com indiferença, sabia que pelo menos um pouco, o afetava.

— Não, Kakashi sempre se atrasa, e mesmo que não se atrasasse, você é mais importante.

Sentindo seu rosto esquentar, se colocou nas pontas dos pés e lhe deu um beijinho na bochecha, o ato inocente o deixou desconcertado e Hinata pode jurar que quando Sasuke virou o rosto para o outro lado, ele assumiu uma coloração levemente rosada, mas depois presumiu que deveria ser um devaneio seu, afinal Uchiha Sasuke jamais coraria com um simples beijo. Voltou a caminhar, sorrindo satisfeita ao sentir a mão dele cobrir a sua novamente.

Dentro do hospital, mais precisamente no terceiro andar, o barulho do salto baixo ecoando a cada passo não foi o suficiente para alertar duas estagiárias que a Doutora Uzumaki, estava chegando. Arrumando os botões do jaleco branco recém lavado, Sakura observou as garotas vestidas de enfermeira olhando atentas pelo vitral que dava acesso a frente do estabelecimento, ponderou se deveria lhes dar uma bronca pela folga ou só passar reto quando a conversa atraiu sua atenção.

— Oh, eles se beijaram! Então os boatos são verdadeiros? — uma delas choramingou, sem desviar a atenção do vidro. — É uma pena que ele esteja comprometido, pensei que poderia ter uma chance...

— Até que os dois combinam. — a outra deu de ombros, como se não se importasse muito com o fato deles serem ou não um casal. — Queria mesmo é saber o que ela vem fazer com tanta frequência no hospital. Será que está doente, ou... — sua expressão facial se tornou maliciosa e ela virou o rosto na direção da amiga. — vem 'pra pegar camisinhas?

As duas caíram na risada, fazendo Sakura revirar os olhos e se aproximar das enfermeiras com uma aura destrutiva.

— E eu gostaria de saber se estão mesmo com tanto tempo livre ao ponto de ficarem fofocando nos corredores em vez de ir trabalhar! — as garotas, visivelmente mais novas que si, se encolheram assustadas, abaixando a cabeça e proferindo mil desculpas antes de sumirem de sua vista como um foguete dando partida.

Sakura poderia simplesmente continuar seu trajeto até sua sala, mas a curiosidade falou mais alto e assim que se encontrou sozinha no corredor, foi até o vitral, e o que viu a fez bufar de raiva. A cena que as duas meninas observavam tão atentas se tratava de Sasuke e Hinata conversando e quando eles passaram a andar, desviou de uma janela para outra para não perdê-los de vista. Era como se simplesmente não conseguisse parar de olhar. Fez isso até que a Hyuuga o beijou no rosto, nesse momento, se afastou da parede sem conter a expressão de nojo em seu rosto.

Por que eles estavam indo tão bem?

Respirando fundo, tentou deixar aquela imagem de lado e seguiu pelo corredor, uma mulher casada, pensou, era uma mulher casada com outro, sentir ciúmes de sua paixão de infância seria muita tolice. Claro que Sasuke iria assumir a criança, ele não era do tipo que abandonava suas responsabilidades, só ficou surpresa por ele e Hinata continuarem juntos quando seu caso parecia mais ser de apenas uma noite e nada mais.

Chegando na sala de Ino, bateu na porta uma, duas, três vezes até perceber que estava vazia. Bufando, entrou a fim de pegar o relatório do plantão anterior onde a loira a cobriu pois conhecendo-a, sabia que devia estar em cima de sua bancada. Dito e feito, logo avistou os papéis com um post-it amarelo identificando-os, pegou dando uma breve conferida e se virou para sair do local quando um papel saindo de um envelope pardo e quase caindo da mesa a atraiu.

Balançou a cabeça incomodada com Ino ser tão desorganizada e foi arrumá-lo mas assim que o pegou, notou o nome de Hinata escrito no topo, curiosa, o abriu e deu uma breve lida, era o exame de sangue constando a gravidez, o período de gestação e mais algumas informações importantes, olhou a data, a Hyuuga devia ter vindo enquanto estava de férias e se consultado com a Yamanaka, torceu o nariz ficando um pouco chateada pela preferência visto que ela era uma das melhores médicas além de coordenar o hospital na ausência de Tsunade, entretanto deu de ombros, pegando o envelope e colocando no meio de suas coisas, finalmente deixando a sala.

Talvez aquele papel lhe pudesse ser útil no futuro, por isso iria tirar uma cópia.

-...- 

Durante outro fim de tarde, duas noites e três dias depois, Hinata iniciou seu treinamento para assumir o posto de seu pai futuramente. Ela estava um pouco apreensiva, afinal a notícia de sua gravidez ainda não havia sido dada, preferia esperar que Sasuke voltasse de sua missão e pudesse estar com ela, mas quando soube que iniciaria os treinos com Juuken, relaxou um pouco visto que a técnica seria inicialmente exercida contra um boneco específico.

Ou seja, sem luta corporal seu bebê ficaria bem.

Entretanto, diferente do que imaginou, os treinamentos estavam lhe cansando mais do que o normal, Hiashi passou a pegar no seu pé ao perceber que estava "fora de forma" se comparado a toda sua evolução pós guerra, sendo assim, ele começou a forçá-la a ficar mais tempo nos dojos treinando sua precisão de golpes, às vezes sozinha, às vezes acompanhada, porém só ela atacava, o que acarretou em pequenas feridas em suas mãos e o uso desgastante de seu Byakugan, simplesmente não podia mais continuar naquele ritmo ou corria o risco de ficar doente.

Mas como explicar a ele sem ter que contar a verdade?

Balançou a cabeça quando sua visão fez menção de falhar e atacou novamente o boneco em uma sequência rápida de três golpes, desejando que as horas passassem mais rápido para poder descansar um pouco. Distraída, só notou que Hiashi vinha na direção do dojo quando a porta foi aberta, parou os movimento virando em sua direção, franzindo o cenho assim que viu Satoru, o mais velho e respeitado dos anciões, o seguindo com uma expressão fria em seu rosto.

Não teve tempo de se pronunciar ou então fazer uma mesura adequada pois Hiashi empurrou um envelope pardo na direção do seu peito, fazendo-a oscilar alguns passos para trás com a força desferida.

— O que significa isso, Hinata? É alguma piada de mal gosto?

Sem entender, pegou o envelope e o abriu, arregalando os olhos ao perceber que se tratava do resultado do exame de sangue que havia feito com Ino constatando sua gravidez, e era autêntico pois o carimbo do hospital de Konoha jazia no final da folha. Um misto de sentimentos ruins se apoderou de seu corpo e um nó se formou em sua garganta, como aquele documento havia ido parar nas mãos de seu pai se nem ela mesma possuía uma cópia?

— E- Eu... — gaguejou, guardando o papel com suas mãos trêmulas. Não podia mentir pois a verdade havia sido relevada, de qualquer forma, teria que contar em algum momento, só gostaria que tivesse saído de sua boca, não vindo de um papel que nunca deveria ter saído do arquivo do hospital. — É verdade, Otou-san, estou grávida de quatro semanas.

Hinata apenas fechou os olhos quando a mão de Hiashi atingiu o lado esquerdo de seu rosto, não emitiu nenhum som e as lágrimas que escaparam de seus olhos não foram pela dor externa, afinal estava acostumada com aquele tipo de punição, principalmente quando mais nova, mas o costume não impediu-a de se sentir quebrada por dentro, foi como voltar a infância onde temia um simples levantar de mão que Hiashi fizesse perto de si.

Abriu os olhos vendo Satoru negar com a cabeça, o velho ancião demonstrava toda a decepção que sentia em seu rosto enrugado.

— Um tapa não a fará aprender, Hiashi. Eu te avisei muitas vezes sobre mimar essa garota cheia de falhas, reduzindo os treinamentos, deixando-a perder tempo com bobagens e ignorando seus erros para não ter que puni-la mais severamente. Esse é o resultado, você falhou como pai.

Hiashi não se moveu, seus olhos permaneciam fixos na filha mais velha e esboçaram toda a raiva, todo o rancor que sentia dela no momento por ter sido tão relapsa, devia ter ouvido seus conselheiros e obrigado-a a se casar assim que a guerra terminou.

— Hinata vai tirar essa criança — iniciou, vendo-a arregalar os olhos claros. — e vai se casar no próximo mês com algum viúvo disponível em nosso Clã, já que nenhum homem de sua idade iria aceitar uma noiva que não tem mais sua virtude. — não fez questão de esconder o nojo em sua voz com o fato de sua filha ter se entregado para alguém antes do casamento e se virou para deixar o local, dando a conversa como encerrada.

— Não. — Hinata respondeu firme, fazendo com que Hiashi a olhasse por cima do ombro. — Eu quero ter esse bebê.

— Você irá tirar! — ele explodiu, pegando-a pelo braço e passando a arrastá-la pelo local até a saída. — Não vou deixá-la questionar mais nenhuma ordem minha — o patriarca se virou, chacoalhando-a como se quisesse acordá-la para a realidade. — deixei que namorasse aquele Uzumaki porque um dia ele seria Hokage e olhe onde paramos, você está grávida e ele está casado com outra!

— Naruto não é o pai! — a pérola gritou, vendo tanto seu pai como o ancião ficarem surpresos com a notícia. — E- Ele não é o pai... — repetiu em meio ao choro e puxou seu braço para soltá-lo do aperto de Hiashi. — Eu nunca ficaria com um homem casado Otou-san, é isso que você pensa de mim?

— As vezes eu penso pior, Hinata. — a resposta veio carregada de desprezo fazendo-a se encolher com a ofensa.

— Quem é o pai, Hinata? — Satoru questionou se aproximando novamente dos dois, era o único no cômodo que não se deixava afetar por suas emoções momentâneas.

— Uchiha Sasuke.

A Hyuuga não quis ver suas reações dessa vez, ela podia imaginá-las perfeitamente e não tinha certeza se conseguiria receber mais olhares de desprezo e decepção em um só dia.

— Saia da minha casa. — irredutível, Hiashi se afastou e Hinata sabia que ele não voltaria uma última vez. — Fique com essa criança e o bastardo que o fecundou, só esqueça que um dia você fez parte desse Clã.

— Otou-san... — a perolada murmurou como um pedido de clemência, ela sabia que ser expulsa do Clã Hyuuga significava muito mais do que não ter mais um teto para morar, havia toda uma condenação a parte, dentre as penitências, o ex-membro teria sua kekkei genkai selada para evitar que no futuro ele busque por vingança, fora nunca mais poder ver sua família novamente, só de pensar que nunca mais poderia ver Hanabi e algumas outras pessoas que possuía um carinho gigantesco, se sentiu desolada. 

— Hiashi, se a selar agora, ela perderá a criança e aquele Uchiha se voltará contra nós. Apenas deixei-a ir para que não desonre ainda mais nossa linhagem, poderá fazer o que quiser com ela depois que o bebê nascer, pois duvido muito que ele vá assumir como sua esposa uma mulher como ela. — Satoru, agindo conforme o seu papel, aconselhou o líder do clã Hyuuga que confirmou com a cabeça, entendendo a gravidade que seria entrar em uma briga com o ex-nukenin que aparentemente não possuía nenhum tipo de escrúpulos.

Apesar de duvidar que ele considerasse Hinata ao ponto de procurar briga com o maior e mais forte Clã de Konoha, mexer com seu futuro herdeiro seria outra história.

— Irei esperar essa criança nascer e então vou oficializar sua expulsão como manda nossos costumes, e fique ciente que se esse bebê nascer com nossos olhos, ele também será selado. No mais, tem cinco minutos para deixar o distrito e nunca mais colocar seus pés aqui de novo, ou a tratarei como uma invasora qualquer.

No momento em que ficou sozinha, Hinata permitiu que suas pernas cedessem e se sentou no chão abraçando os joelhos, as lágrimas de seu rosto aos poucos foram secando e não caiam mais, aquela dor latente se foi aos poucos deixando um vazio profundo em seu lugar, era como se não conseguisse sentir mais nada e ficou assim até um dos guardas Hyuuga bater na porta, pedindo que ela o acompanhasse até a saída.

Aos poucos ia entendendo o motivo de Neji morrer com um sorriso no rosto, ele tinha conseguido se libertar das amarras de pessoas extremamente cruéis, talvez devesse ficar feliz como ele por estar sendo expulsa, e ninguém, nem mesmo Hiashi, tocaria em seu filho, ele viveria livre, nem que para isso Sasuke precisasse levá-lo embora de Konoha. 

— Pode me esperar na porta de minha casa? Só irei pegar minhas coisas. — colocando-se de pé, limpou o rosto com a manga da blusa que usava para treinar.

— Desculpe, Hinata-sama, Hiashi-sama mandou avisá-la que não tem direito a nada pois tudo que esta aqui pertence ao Clã Hyuuga.

Confirmou com a cabeça, sabendo que brigar seria inútil e o seguiu pelo fim do corredor. Quando alcançou o centro de Konoha já era fim de tarde, o sol se pondo e o dia cada vez mais escuro dando lugar a uma noite fria de Outono, abraçou o próprio corpo enquanto caminhava e pensava onde poderia passar a noite, afinal não tinha um tostão no bolso. Todos os seus pertences ficaram em sua casa, incluindo sua carteira.

Pensou em pedir ajuda a Kiba ou Shino, mas eles já tinham pessoas demais em suas casas. Kurenai passou por sua cabeça, só que ela tinha uma filha pequena em uma casa menor ainda e não se falavam com frequência a um bom tempo, não queria ser a pessoa que aparecia para pedir favores, e então sua lista acabou. De qualquer forma, sabia que ficaria péssima em pedir um favor para alguém pois na manhã seguinte acordaria se sentindo um fardo para quem tivesse a ajudado, lhe despertando gatilhos do passado onde Hiashi a lembrava constantemente do quão incômoda era sua existência.

No final, sobrava Sasuke, sabia que estava em missão, todavia, com um pouquinho de sorte ele poderia ter voltado mais cedo sem avisá-la, e bem, lhe dando um abrigo temporário ele não fazia um favor para ela e sim para o próprio filho, então devia estar tudo bem. Decidida, caminhou até os subúrbios de Konoha onde vários mini prédios com portas para o lado de fora, muito semelhantes aos que Naruto costumava morar, residiam. Subiu dois lances de escada até chegar ao apartamento do Uchiha, bateu cerca de três vezes na porta mas não obteve nenhum resultado.

Cansada, com fome e sentindo muito sono - graças a gravidez andava muito sonolenta -, sentou ali mesmo, em sua porta e apoiou a cabeça nos joelhos, pegando no sono logo em seguida.


Notas Finais


Bom... Eu espero que não tenha ficado tão tenso pq não era essa a intenção, mas a revelação pro Hiashi pedia um pouco mais de drama. Inclusive, foi por esse motivo que reescrevi esse final todo de ultima hora, achei que tinha ficado um pouco pesado demais e quis mudar.

Enfim, daqui pra frente eu quero explorar um pouco dos sentimentos dos personagens, no caso da Hinata, o amor q ela esta desenvolvendo pelo Sasuke, como suas inseguranças, ela ainda esta um pouco relutante para aceitar ter um relacionamento com ele, e acho que esse final deu para entender um pouco o pq, a Hina tem bastante traumas por conta do pai e as vezes ela pensa que o Sasuke só esta com ela por causa do bebê. Fora que ela ficou bem fragilizada nesse cap, mas entendam o lado dela, ela esta gravida, sendo expulsa de casa sem nenhum dinheiro e sem ter pra onde ir, espero que as reações dela tenham sido condizentes com a situação.
Sobre esse capitulo, nem tudo pode ser o que parece, e sobre o próximo capitulo nosso Uchiha ira retornar para Konoha 👀🤭

Espero muito que tenham gostado e por favor > Comentem e > Favoritem a fic, eu amo escrever mas tbm amo interagir com vocês, quero muito saber o que estão achando da historia, o que querem ver daqui pra frente, etc, então comentem <3 A interação de vcs me ajuda demais a continuar 💗 Bjinhos e até o próximo cap :3


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