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História One Night - Sabe quem é o pai, pelo menos?


Escrita por: greatelly

Notas do Autor


AAAAHHH PRIMEIRO CAPITULO DO ANO!
To 19 dias atrasa, mas feliz natal e ano novo pra todo mundo <3

Capítulo 6 - Sabe quem é o pai, pelo menos?


Fanfic / Fanfiction One Night - Sabe quem é o pai, pelo menos?

Brooke Thompson narrando

— Então foi isso? — Nicole perguntou assim que terminei de contar o que havia acontecido.

Assenti. — E você vai ligar pra ele? — minha irmã questionou. 

A verdade é que eu não sabia se ligar pra Harry seria uma coisa positiva. Ele poderia muito bem dizer que iria assumir, ou pelo menos ajudar nas despesas, mas ele também poderia dizer que não é problema dele, já que não tenho como provar nada. 

— Talvez amanhã. — peguei o jornal na mesa de centro, olhando os classificados, e estiquei minhas pernas, apoiando-as na mesa. 

— Bom, pelo menos ele te levou ao médico. — analisou. Dei de ombros. Era o mínimo que ele poderia fazer. 

— Procurou o que te pedi? — questiono minha irmã. Ontem, quando ela foi embora com Laurel, pedi para que procurasse uma casa para que eu me mudasse. Estava de saco cheio de apartamentos, inclusive desse. 

— Procurar, procurei. Só não achei nada. — reviro os olhos. 

— Amanhã voltarei para a empresa. — suspiro. Havia ligado hoje pela manhã para Anessa, pedindo para que avisasse a Andy que não iria pois ainda não me sentia bem. 

— Vai contar que está grávida? — questionou, enquanto eu circulava alguns anunciados com uma caneta. Ligaria depois. Dei de ombros para minha irmã novamente. Não ia fazer diferença agora. 

— Talvez. Tenho que me explicar para Andy de qualquer forma, então, talvez eu conte. 

× × × 

Adentro na empresa, e passo pela recepção, dando um breve "oi" para Anessa, que tenta me parar, mas digo estar atrasada. Não temos muita intimidade, então, não preciso contar a "maravilhosa" novidade para ela. Sigo até o elevador, e me encosto no vidro, fechando os olhos por um segundo. Quando a porta ia se fechar, o elevador da um pequeno solavanco que me fazem abrir os olhos e ver que uma mão parou a porta, e ela volta a abrir, revelando Dave Grohl, que está sorridente como sempre.

— Bom dia, Brooke! — ele diz animado, entrando no elevador. Em seu terno azul escuro, e seu cabelo loiro perfeitamente arrumado para trás. Ajeito minha postura e sorrio para meu chefe. Não diretamente.

— Bom dia, senhor Grohl. — desejo. 

— Por favor, nada de senhor, Brooke. Não sou o Andy. — ele diz e sorri, o acompanho. — O que aconteceu ontem para que faltasse? — indaga, e aperta o botão de número 15. — Passou mal? — me encara, e encosta na parede. Ele parece realmente interessado. 

— Sim. Quer dizer, tive que ir ao médico. — respondo. E antes que pergunte, respondo: — Não passei bem desde o dia do incidente… — respiro fundo. Dave assente, parecendo entender. 

— Mas, está bem agora, certo? — balanço a cabeça em afirmação. E ele sorri pra mim. 

Encaro-o por alguns segundos que parecem minutos. Dave não é velho. Muito pelo contrário. É extremamente novo e bonito. Seus cabelos lisos e jogados para trás e sua heterocromia, são seus pontos fortes. Um olho seu é castanho escuro, e o outro reveza entre verde e, dependendo da luz, azul. Sua boca é rosada e pequena. Não deveria pensar uma coisa dessas do meu chefe. 

Tusso falsamente, e desvio o olhar do loiro, que percebe que já estou o encarando há algum tempo. Agradeço mentalmente quando as portas de aço do cúbico se abrem. Saio do elevador, e dou uma pequena corrida, indo em direção a minha mesa, ignorando o mais velho. Sento em minha cadeira giratória de couro e olho para mesa ao lado. Laurel ainda não chegou, o que não é novidade. Olho para a porta ao meu lado, está entreaberta. Andy já chegou. Suspiro. Vejo Dave seguir para sua sala de cabeça baixa, provavelmente o deixei constrangido. 

Encarar Andy vai ser difícil. Contar da gravidez mais ainda. Andy é um cara completamente grosso, e sem escrúpulos. Não sei como o aguentei todo esse tempo, por fim. 

Levanto-me e vou até a máquina de café, servindo um copo, e indo em direção a porta do meu chefe. Suspiro uma última vez e dou dois toquinhos na porta, fazendo-a se abrir um pouco. 

— Entre. — ouço a voz grossa de Nikle. Adentro a sala. Andy está escrevendo algo, provavelmente assinando alguma coisa.

— Bom dia, senhor Nikle. — desejo e deixo o café em cima de sua mesa. Dave levanta a cabeça e me encara. 

— O que faz aqui? — indaga.

— Eu vim trazer seu café, e dizer o porquê de ter faltado ontem… — explico, com a voz baixa. Andy me intimida. 

— Achei que não viria hoje também... — aponta para cadeira a sua frente e eu me sento. — Então, como está de saúde? Foi ao médico? — questiona. 

Um filme passa em minha cabeça com as imagens do dia anterior. Eu poderia muito bem dizer que não foi nada, mas o que mais me assusta agora é o fato que Harry sabe que eu trabalho aqui. Ele pode aparecer aqui a qualquer hora e dar com a língua nos dentes, contando que estou grávida. De um filho dele, ainda por cima. Minha única e sensata opção é dizer a verdade. Suspiro. 

— Sim, eu fui. E eu estou grávida. — digo em um único fôlego. — Isso explica o enjôo... E também o vômito. — argumento, e levanto os ombros. Andy parece paralisado e assustado com o que digo. Talvez até com raiva. E entendo um pouco seu lado.

Trabalho aqui há quatro anos. Arrumar alguém que esteja disposto a fazer absolutamente tudo e ganhar absurdamente mal por isso, é difícil. Com a minha especialidade eu poderia estar trabalhando em uma empresa muito mais renomada que essa e ganhando muito mais por menos trabalho.

Assustadoramente, Andy começa a rir, o que me deixa intrigada. Franzo o cenho

— O que aconteceu? — pergunto a meu chefe, que continua rindo como se eu tivesse contado uma ótima piada.

— Grávida? Você? — debocha. Sinto-me um pouco ofendida, mas assinto, relutante. — Sabe quem é o pai, pelo menos? — ele indaga debochado. Então sinto-me um lixo.

Seguro a vontade de chorar, e assinto. É óbvio que eu sei quem é o pai. Ele só não aceita isso.

— Sim, eu sei. — respondo-o baixo. Levanto-me de cabeça baixa. Estou envergonhada demais para olhar para sua cara de deboche. — Agora se me der licença, tenho que trabalhar. — profiro e saio da sala, onde ainda Nikle está gargalhando.

× × ×

Ainda estou chateada quando Laurel passa pelas portas de metal sorrindo. Antes que venha até mim, ela abre a porta da sala de seu chefe, e anuncia sua chegada. Laurel está claramente feliz hoje.

— Cheguei! — diz assim que fecha a porta da sala de Dave. — E aí, como está? — pergunta seguindo até sua mesa e se sentando. — Como foi ontem com o Styles? — ela começa a perguntar, enquanto liga o Notebook em cima de sua mesa. — Ele vai assumir a paternidade? — essa é sua última pergunta e ela finalmente me olha. Nego com a cabeça e minha vista se enche de lágrima. — O que houve? — a feição de minha amiga se torna preocupada, que a faz se levantar e dar a volta em sua mesa seguindo para a minha.

— Contei para Andy que estava grávida... — a morena faz um sinal com as mãos, insinuando para que eu continue. — Ele começou a rir e perguntou se eu sabia quem era o pai, pelo menos. — as lágrimas caíam e eu nem tentavam as interromper. — Ele acha que eu sou uma puta! Eu não sou uma puta, Laurel. Eu sou a porra de uma secretária para um filho de uma puta sem noção que não sabe me respeitar! — digo em tom alto. Estou exausta desta merda. — Quem ele pensa que é pra falar desse jeito comigo? — indago, soluçando.

Quando Laurel abriu a boca para falar, a porta ao lado se abre, revelando Andy com uma expressão identificável. Provavelmente raiva. Eu não tinha noção que estava falando tão alto a ponto dele ouvir em sua sala. Andy anda calmamente até minha mesa e posso botar seu rosto vermelho de raiva, e Laurel dá dois passos para trás.

— Eu sou a porra do seu chefe, senhorita Brooke. — ele se apoia em minha mesa, debruçando seu corpo para que ficasse na minha altura, já que estou sentada. — Eu não acredito que você saiba quem é o pai mesmo, pois realmente é uma puta, que só está aqui ainda porque tiveram piedade você. — ele profere alto apontando o dedo em direção a meu rosto. Vejo pelo canto do olho, Dave sair de sua sala, perguntando o que aconteceu, e ouço o barulho do elevador também. Estou tão aérea que não consigo prestar atenção em que Andy fala. — Enquanto estiver na minha empresa, EU digo quem é quem por aqui, e EU digo que você é a porra de uma vadia. — ele volta a sua posição normal. — Você não sabe quem é o pai por esse motivo. E aprenda a me respeitar. Me respeite para que eu te respeite de volta... Vadiazinha de merda. — ele profere com nojo, encarando-me de cima a baixo. 

Penso em retribuir. Penso em jogar tudo em sua cara, e penso em acertar um tapa tão forte em seu rosto para que fique as marcas vermelhas de meu dedos em sua pele branca. Mas eu desisto assim que lembro que agora eu não sou mais sozinha. Eu tenho um filho para cuidar, e é nele que eu tenho que pensar. Sem esse emprego, não sei como me sustentar, e nem sustenta-lo. 

Minha vista ainda está embaçada pelas lágrimas, e Laurel ainda está assustada, sendo amparada por Dave. Andy se vira e antes que eu possa raciocinar, Harry aparece em meu campo de visão. E ele não está feliz. Ele encara Andy com raiva, e quando o francês percebe a figura de olhos esmeraldas sorri, e se aproxima do mesmo.

— Harry! Como é bom tê-lo aqui... — antes que Andy possa terminar sua fala, Styles acerta um soco em rosto, fazendo-o cair. Dou um pulinho de susto na cadeira, não acreditando no que está acontecendo. Assim que ele se recupera, leva a mão até a bochecha, e encara Styles, ainda no chão. — Mas que porra? — indaga. 

— Ela não é a porra de uma vadia. Ela é a mãe do meu filho. — Styles diz sério e estranhamente calmo, fazendo com que Andy arregale os olhos. — Sim, eu sou o pai do filho que a "vadiazinha de merda" está esperando. — Harry diz e me encara. — Pegue suas coisas, vamos sair daqui. Você não precisa se submeter a isso. — diz, andando até a minha mesa.

Afirmo com a cabeça rapidamente, mas não consigo me levantar. Ainda estou em choque. Styles estica a mão para mim, e a seguro, me levantando. O toque de duas mãos é suave, e faz com que passe correntes elétricas por todo meu corpo. Pego minha bolsa, e Harry começa a caminhar comigo, em direção ao elevador, mas antes para e se vira para trás. Andy já está de pé perto de Dave e Laurel que me encara com um sorriso mínimo. 

— Ah! E antes que eu me esqueça: Pode preparar a demissão dela, ela não trabalha mais para você. E cancelar nosso acordo, é claro. Estive engando quando pensei que investir aqui seria um bom negócio. — Harry dá um último sorriso cínico para o francês e se vira, entrando no elevador comigo que já estava no andar, e apertando o botão da garagem. 

Suspiro fundo quando entramos no cúbico, e solto a mão de Harry, me encostando na parede. Paro para pensar. Não sei como será daqui para frente. Não sei como contar a minha mãe que estou grávida e não é de Toddy. Não sei como fazer nada. E quando percebo já estou chorando de novo, porém silenciosamente. Harry se vira para mim e eu o encaro. Ele está me analisando com semblante de pena, enquanto eu faço o mesmo, porém tentando pensar em como dizer obrigado a ele. 

— O que veio fazer aqui? — pergunto a primeira coisa que se passa em minha mente. Harry sorri minimamente e eu não entendo. 

— Eu pedi para que me ligasse quando saísse do hospital. — argumenta. Dou de ombros. — Você não atendia o telefone. Então decidi vir aqui... Eu tinha que resolver mesmo algumas coisas com Dave e Andy, então apenas juntei o útil ao agradável. — ele diz baixo, e põe as duas mãos no bolso de sua calça social. — Eu sinto muito. — ele suspira.

— Ainda não respondeu minha pergunta… — engulo a seco, e passo a mão pelo meu rosto, limpando minha lágrimas, porém abrindo caminha para que novas caíssem. 

— Precisamos conversar. — ele diz com uma calma que me assusta. — Contei para meu assessor de imprensa essa situação. — ele diz claramente tomando cuidado com as palavras. — E ele quer uma reunião com nós dois. — diz por fim.

 


Notas Finais


Até a próxima
Bye bye


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