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História One Piece - my life in school - Desenterrando o passado! O começo da busca de Ace!


Escrita por: Athena--sama

Notas do Autor


Mais um capítulo pra voces ^-^
Esse capítulo é focado mais no Ace, então os outros personagens não aparecem ok?
Anoite vou reler o capítulo e se tiver erros cabulosos irei arrumar amanhã certo?
Hm...acho que é só isso mesmo...espero que gostem ^^

Capítulo 39 - Desenterrando o passado! O começo da busca de Ace!


Fanfic / Fanfiction One Piece - my life in school - Desenterrando o passado! O começo da busca de Ace!

Ace pov on

Eu: Quem realmente foi meu pai?

Garp: Deixe eu pensar num jeito de responder essa sua pergunta...- Ele passou a mão pela barba e olhou o teto- Vejamos...digamos que ele era sim um ladrão, mas não um ladrão 'comum' por assim dizer

Eu: Como assim?

Garp: Seu pai não era maldoso garoto. Pelo contrário, ele era um homem bom, que queria mudar o mundo em que vivemos

Eu: Explica melhor velho

Garp: Seu moleque burro para de me interromper!

Eu: Desculpe...

Garp: Continuando...o sonho de seu pai era tornar o mundo um lugar melhor. Ele estava cansado de viver em um mundo onde paz é desculpa para criar guerras, onde um homem que mata uma pessoa inocente é solto após pagar fiança enquanto um pai de família que rouba um pão para seus filhos é preso sem condicional, um mundo desigual onde aqueles que tem tudo e mais um pouco não movem uma unha para ajudar aqueles que não tem nem onde cair mortos. Seu pai estava cansado disso, estava cansado das injustiças e egoísmos daqui, então ele resolveu tentar mudar o mundo sozinho e a sua própria maneira

Eu:Mudar o mundo como? Roubando como ele fazia? Tsc....

Garp: É complicado Ace, mas ele fez o que estava ao alcance dele, e isso ajudou muitas pessoas. Ele assaltou milhares de bancos ao redor do mundo, mas ele não roubava pra ele...ele roubava daqueles que tinham mais que o necessário e dava pra quem não tinha nada

Eu: Eu entendo essa vontade de mudar o mundo, mas mesmo assim, roubar é errado

Garp: E quem decide o que é certo e errado? Eu? Voce? O certo e errado é algo muito complexo Ace, não é algo para ser definido logo de cara. Um ato pode parecer errado, mas ao mesmo tempo ser correto. Voce não deve definir o certo pela atitude de alguém, mas sim pelo motivo dessa pessoa. Seu pai roubava, isso é considerado errado, mas os motivos dele eram nobres e justos, portanto o que ele fez não foi de todo erro assim, foi certo. 

Eu: Mesmo assim, se fosse assim poderíamos matar pessoas desde que tivéssemos bons motivos

Garp: Matar é diferente de roubar. Quando um objeto é roubado, ainda à chances de ser recuperado, agora uma vida roubada jamais retorna. Quando alguém morre tudo pra ela acaba, agora quando um objeto é roubado, ainda continua a existir, essa é a diferença entre matar e roubar. Ainda sim, qualquer coisa que voce faça que é considerado errado, independente de seus motivos, um dia voce vai ter que arcar com as consequências. Foi o que aconteceu com seu pai

Eu: Como assim?

Garp: Em um dos assaltos, em um banco de Dubai, algo deu errado, seu pai acabou sendo preso lá e consequentemente transferido para cá um tempo depois. Até hoje eu me lembro de quando o vi na cela...

Ace pov off

Garp pov on

Dezoito anos atrás 

Eu tinha acabado de ser promovido para capitão, admito que estava muito feliz com isso. Quando chegasse em casa faria questão de dar um abraço em minha esposa e conta-lá da boa notícia

Eu já estava indo para casa, mas me lembrei do prisioneiro transferido a pouco tempo, Roger, eu já o conhecia de tempos atrás, quando eu tentava prende-lo, mas ele sempre fugia. Dessa vez a sorte não esteve do seu lado e ele acabou sendo preso. Por algum motivo resolvi passar para dar uma olhada nele, queria sua expressão por estar na cadeia depois de ter conseguido escapar de tosas as tentativas da polícia de pega-lo 

Lentamente entrei no corredor onde ficavam algumas celas, incluindo a que ele estava. Era a última cela do corredor, no canto mais escuro e ele estava ali, sozinho. Parei de frente à cela e o encarei

Eu: Roger?

Roger:...- Ele levantou o olhar para mim devagar, e quando o fez me assustei. Ele....ele estava sorrindo!?

Eu: Seu maldito por que esta sorrindo!?- Aquilo me deixou com raiva. Sorrir por ter sido preso, é como se ele estivesse zombando dos meus companheiros que o prenderam!

Roger: E por que eu não deveria sorrir?

Eu: Voce esta preso, sua vida acabou! Voce não vai mais sair daqui! Isso já é um bom motivo pra tirar esse sorriso da cara!

Roger: Eu estou respirando Garp, ainda estou vivo. O simples fato de respirar já é um motivo para sorrir, além do mais eu consegui o que queria, eu fiz um tumulto no mundo e ajudei pessoas que precisavam de ajuda

Eu: Voce roubou Roger! Isso não ajudou ninguém!

Roger: Ajudou sim. Ajudei pessoas que nem tinham o que comer. Com o dinheiro que roubei pude dar á elas uma vida de verdade! Uma vida digna!

Eu: O que um ladrão entende de dignidade!?- Francamente, se a cela estivesse aberta já o teria espancado! "Dignidade"? Me poupe!

Roger: Não sei quanto aos outros, mas ao menos eu, tenho muito mais dignidade nos meus atos do que muitas pessoas que são consideradas nobres.  Ao invés de vestir um terno e dar um sorriso falso ditando discursos mentirosos para pessoas inocentes, enquanto as roubo descaradamente e humilhantemente por suas costas como muitos fazem , eu vesti a armadura da humildade e decidi fazer minha própria justiça. Eu não sou como os outros bandidos que roubam de quem mal tem e ainda tiram vidas de pessoas inocentes, ou fazem coisas pior e ainda mais desumanas, eles sim não tem dignidade alguma! Interromper o ciclo de uma vida não é dignidade! Roubar quem mal tem é totalmente indigno! Roubar em si não é mesmo um ato digno, mas a partir do momento que o motivo é nobre, esse ato passa a ser nobre também. Então, eu tenho sim um pouco de dignidade, diferente dos outros 

Eu: Belo discurso para tentar parecer bonzinho, mas não acho que o juiz cairá  em algo assim 

Roger: Eu não fiz discurso algum Garp, apenas disse a verdade. E não pretendo convencer juiz nenhum, vou aceitar minha pena, qualquer que seja ela. Se o mundo me considera um vilão, então eu pagarei pelos meu atos como um vilão, apesar de ser um herói. Irônico não?

 Eu: Voce é muito estranho....e isso me irrita- Eu sai dali e fui embora. Dois dias se passaram, um julgamento avia sido feito e Roger pegou prisão perpétua. Por algum motivo, eu acabei indo ve-lo de novo

Roger: Ora? Voltou?

Eu: Voce pegou prisão perpétua...e ainda sim continua com esse sorriso no rosto?

Roger: Eu descobri algo...algo que não me permite chorar, mas que me deixa muito feliz

Eu: E o que é?

Roger: Eu vou ter um filho Garp! Um filho!- Quando ele disse isso eu arregalei os olhos. Um filho!? Sério!? 

Eu: Mas--

Roger: Por isso, tenho algo a te pedir

Eu: Hã? O que te faz pensar que pode pedir algo pra mim!?

Roger: Eu nao posso pedir isso a mais ninguém Garp!

Eu: Tsc, o que é? Eu não vou soltar voce, se é isso que ia pedir

Roger: O mundo me considera um bandido e me odeiam, não quero que façam isso com meu filho também

Eu: Como assim?

Roger: Quero que cuide do meu filho Garp

Eu: O-O que!?

Roger: Cuide dele, e esconda ele do mundo, não deixe as pessoas saberem que ele é meu filho. Não quero que ele sofra com isso! Se descobrirem sei que vão faze-lo pagar pelas coisas que fiz também

Eu: Eu não posso fazer isso

Roger: Garp...o garoto ainda nem nasceu...ele não fez nada, não deixe o mundo culpar uma criança inocente pelos meus erros. Por favor Garp, cuide dele. Estou te implorando! Meu filho não merece sofrer por minha culpa

Eu: Roger...- Mas ele tinha razão, não podia deixar uma criança pagar pelos erros dele no futuro, e se o mundo descobrisse sobre esse filho, era justamente isso que iria acontecer. 

Roger: Voce é um policial, policiais lutam pela justiça certo? Então por favor, é injusto condenar uma criança que ainda nem nasceu Garp!

Eu: Tsc, tudo bem, me convenceu. Eu cuidarei dele. 

Roger: Ótimo, arigato! Minha esposa mora na cidade vizinha, o nome dela é Rouge

Eu: Ta, ta tudo bem. Irei lá logo pela manhã. Mas não sei se ela vai aceitar essa sua decisão...

Roger: Tenho certeza que vai. Ela é teimosa, mas inteligente, se for pro bem do nosso filho ela vai aceitar

Eu: Assim espero...

No dia seguinte sai cedo de casa e fui até a casa de Rouge. Foi difícil de achar, ela morava sozinha em uma casa escondida nas montanhas, demorei horas pra chegar lá, mas quando cheguei fui recebido por uma mulher de longos cabelos cor de salmão com uma flor na cabeça, era sua mãe. No começo ela não aceitou muito a ideia, ela queria ficar com voce, mas no fim acabou cedendo, sob a condição de que eu a deixaria ve-lo 

Eu: Temos um acordo então?

Rouge: Sim- Dava pra sentir a tristeza na voz dela- Cuide bem dele

Eu: Vou cuidar. Quando ele estiver pra nascer, voltarei

Rouge: Ok...- Estava tudo certo, eu só tinha que ir buscar voce na data do nascimento e então cuidar de voce, mas as coisas deram erado. Por algum motivo surgiu a duvida na policia de que Roger poderia ter tido relações com alguma mulher e assim ter tido um filho. Uma longa investigação foi feita e várias mães foram levadas para fazer exames de DNA para ver se o bebe que carregavam dentro delas não era de Roger. A policia passou pro várias cidades inclusive onde sua mãe estava, por isso tive que tira-la de lá as pressas. Por sorte logo as investigações cessaram, como não acharam nada foi considerado que Roger nunca teve ou teria um filho. Assim, sua mãe voltou pra casa e o dia de voce nascer chegou

Rouge: Dói! Ta doendo muito!- Eu entrei no quarto e sentei em uma cadeira silenciosamente. Sua mãe tinha medo de ir ao hospital e alguém acabar descobrindo quem era seu pai, por isso ela decidiu ter voce em casa- Dona Glória isso dói!- Ela chamou uma parteira que morava próxima a ela para fazer o parto

D. Glória: Respire Rouge, vai passar- Voce demorou pra caramba pra nascer moleque, mas quando nasceu, dava pra ver que sua mãe se sentia a pessoa mais feliz do mundo. Ela abraçou voce fortemente e sorriu- Que coisa fofa!

Voce não tinha as sardas da sua mãe e o cabelo preto do seu pai. Por algum motivo voce não chorou no colo de sua mãe, apenas sorria. Sua mãe queria colocar o sobrenome do seu pai em voce, mas ela viu que era perigoso então não o colocou

Rouge: Ace. Seu nome vai ser Portgas D. Ace! Meu amado filho

D. Glória: "Ace" Significa "sua marca no mundo" certo? Que nome bonito Rouge-san

Rouge: Ace...Voce vai ser uma ótima pessoa quando crescer e-- Do nada sua mãe cuspiu sangue e tive que pegar voe do colo dela

D. Glória: ROUGE!

Rouge: Meu filho...me de ele! Quero abra-abraça-lo uma ultima vez- Ela pegou voce no colo e beijou usa testa- Eu amo voce Ace...Garp, faça com que ele vire um bom homem ok?

Eu: Certo

Rouge: Muito obrigada- Um pouco depois ela desmaiou

D. Glória: Rouge!?

Eu: Ela esta morrendo não esta?

D. Glória: Vire essa boca pra lá seu velho ignorante senão faço uma macumba pra voce! Ela não vai morrer! Não vou deixa-la morrer! Sai daqui! Vá embora!

Eu: Mas--

D. Glória: SAI! Eu vou cuidar da Rouge, vou dar um jeito! Voce só vai me atrapalhar se ficar, vá embora, e faça um favor de cuidar bem do filho dela! Eu vou estar de olho! Agora sai!- Eu peguei voce e sai uns dias depois voltei, mas não achei ninguém na casa, estava tudo vazio. Dei uma olhada nos fundos da casa e vi um túmulo ali, um túmulo com o nome da sua mãe. Como previsto ela tinha mesmo morrido, por algum motivo enterraram ela ali, e não em um cemitério. Não tinha mais nada pra fazer ali, então apenas deixei uma flor e prometi que cuidaria de voce pra sempre. Depois sai e deixei voce com a Dadan

Dadan: Cuidar de uma criança!? Eu tenho coisa melhor pra fazer do que tomar conta de um ranhento! Se vire e ache outra pessoa Garp!

Eu: Eu posso te dar um pagamento se voce quiser

Dadan: Passa o moleque pra cá!- Rapidamente ela pegou voce- Quero dois mil por mes

Eu: Ta maluca!? Te dou 100 conto!

Dadan: Seu mão de vaca!- Voce começou a brincar com o cabelo dela e ela ficou te encarando- Que fofo...quer dizer que peste! Tudo bem, eu cuido dele, mas quero que voce de um auxilio pra mim poder cuidar dele, preciso de dinheiro pra comida e tal, 100 conto é pouco

Eu: cento e cinquenta

Dadan: Seu mão de vaca...

Eu: Mercenária

Dadan: Tsc, tanto faz, mas me pague. Agora vá em bora!- Ela simplesmente fechou a porta na minha cara

Eu: Dadan...

Dadan: Que foi!?- Ela abriu de novo

Eu: Cuide bem dele...Quando ele crescer eu venho buscá-lo- Eu me virei e sai. Conforme o tempo passava eu ia visitar voce e ver o que a Dadan ensinava a voce...Que no caso não eram coisas legais pra uma criança...

Em uma das vezes que voltei voce já estava com sete anos, nessa época fi quando deixei o Luffy lá 

Eu: Ace-chan!

Ace: Sai fora seu velho!- Uma das coisas que Dadan não te ensinou foi a ter educação...- Não me abrace- Voce me deu um cocão e saiu do meu colo- Quem é esse ranhento de chapéu de palha

Luffy: Eu sou o Luffy! Vamos ser amigos!?- Seu irmão na época era um tonto inocente corrompido pelo Shanks para aprender a brigar, aquele ruivo maldito nunca ensinou coisas legais também...- Qual seu nome?

Ace: Ace, e me solta garoto!

Luffy: Vamos ser amigos Ace!

Ace: Velho por que trouxe esse pirralho? Oe tira a mão do meu cabelo!

Luffy: Que cabelo macio!

Ace: Solta!- Voce amava tanto seu irmão na época...que no primeiro minuto junto já bateu nele

Luffy: Isso doeu!

Ace: Bem feito, agora me deixe em paz

Dadan: Mais um pra mim cuidar?

Eu: Sim

Dadan: Voce ta ficando muito abusado...

Eu: Cuide bem deles, tchau!- Eu foi embora e pude ouvir a Dadan me xingando ao longe

Uns anos depois voces dois, Voce e o Luffy, voltaram a morar comigo, acompanhados do Sabo. O único educado...Não graças a Dadan. claro

Garp pov off

Ace pov on

Eu: Ei o Sabo não é um poço de educação...Mas isso não importa, obrigado por me contar isso. Mas onde minha mãe esta enterrada mesmo?

Garp: Atrás da casa

Eu: Entendo...- Me levante e ele me olhou

Garp: O que vai fazer?

Eu: Estava pensando...em ir ve-la

Garp: Hoje?

Eu: Não sei...quem sabe

Garp: Escute, a Dadan deve ter te falado pra ficar longe da polícia né?

Eu: Sim falou, mas não entendi o porque

Garp: Tem um policial...querendo reabrir o caso do seu pai, investigar mais. Sengoku não permitiu, mas pelo que sei ele tem investigado mesmo assim, sem ordens

Eu: E?

Garp: Cuidado, ele pode muito bem descobrir sobre voce

Eu: Por que ele esta investigando?

Garp: Um tempo depois de voce nascer, questão de meses, seu pai fugiu da prisão. Durante a fuga ele acabou atirando acidentalmente em um policial, o cara morreu. Esse policial era pai do homem que esta investigando o caso de novo

Eu: Espera ai. Meu pai fugiu!? Por que não me disse isso antes!?

Garp: Voce não perguntou... 

Eu: Seu velho idiota...

Garp: Mas bem, na fuga ele acabou caindo precipício abaixo e seu corpo afundou no mar, não o encontramos, então ele foi dado como morto, afinal era impossível sobreviver- Precipício? Mar? Meu pai estava em uma prisão isolada?

Eu: A prisão que ele estava... 

Garp: Prisão de segurança máxima de Impel Down. Cercada pelo mar e muito, muito afastada da costa, além de ter várias pedras abaixo...Impossível sobreviver a uma queda ali. Impossível de se fugir

Eu: Mas voce acabou de falar que ele fugiu...

Garp: Deixe-me corrigir. É impossível fugir de lá com vida- Ele fez questão de frisar bem a "vida" 

Eu: Entendi...- Então ele esta morto mesmo

Garp: Garoto...depois de saber toda essa verdade...voce ainda tem raiva do seu pai?- Ele me olhou de forma melancólica

Eu: Não sei...talvez um pouco de mágoa por ele ter deixado minha mãe sozinha, mas acho que não tenho mais tanto ódio assim

Garp: Ah...isso é algo bom de se ouvir

Eu: Obrigado por me contar tudo velhote- Sai e fui pro meu quarto, me deitei e fiquei encarando o teto pensando sobre o que meu pai tinha feito- É...talvez voce não tenha sido uma pessoa tão ruim assim...pai

*** Quebra de tempo ***

Quatro de fevereiro

No dia seguinte acordei bem cedo e me levantei. Peguei minha bolsa que tinha deixa arrumada da noite passada e sai de casa no maior silencio possível

Eu: O velho disse que minha mãe morava na cidade vizinha, mas o problema é que existem três cidades vizinhas mais próximas...Não vou ficar andando por todas elas, em vez disso, acho que tem alguém que pode me ajudar a achar a cidade certa, mas antes, uma parada...

Eu: OOOOE! Atende Dadan!- Sério, a Dadan podia achar uma casinha na cidade, esse morro é um saco de subir!- DADAN!

Dadan: Voce tem demência moleque!? Por que...o que faz essa hora aqui?

Eu: Arigato!- Me curvei diante dela e ela ficou me encarando

Dadan: Ace...o que é essa mochila? Onde voce vai?

Eu: Preciso esvaziar a mente. Pensar

Dadan: O Garp sabe onde voce vai?- Nem eu sei direito onde vou

Eu: Não...e por favor não conte a ele

Dadan: Ace...voce não avisou ninguém?

Eu: Não...

Dadan: Quando vai voltar?

Eu: Boa pergunta...

Dadan: Voce ta sem juízo é!? 

Eu: Eu preciso mesmo ficar um tempo sozinho Dadan. Eu só passei aqui pra me despedir de voce, mas garanto que logo volto, até por que não posso deixar o Luffy sozinho...ele fica perdido sem mim

Dadan: Tsc, tanto faz, vai embora logo 

Eu: Tchau Dadan

Dadan: Tchau garoto...- Pensei que ela ia me xingar por aparecer na casa dela as seis da manhã...

Certo, agora só preciso confirmar uma coisa

Andei um pouco até a rua do Kid torcendo pra que ele não estivesse acordado, Kid tem o péssimo costume de acordar cedo só pra tacar água em quem passa na rua essas horas da manhã, é estranho, mas  Kid é meio louco mesmo, então não precisa nem de explicação

Procurei a casa e parei em frente a porta, dei uma batida de leve e logo uma senhora de cabelo grisalho com vestido preto e bengala me atendeu

Eu: Senhora D.? 

Senhora D: Quem é voce criança?- Quando ela falou pude sentir o cheiro de cigarro, cara eu odeio cigarro, tanto é que quando o Marco começa a fumar eu já saio de perto

Eu: Hã me chamo-- Nisso ouvi uma voz bem conhecida e em seguida uma voz masculina soltando um palavrão

????: Seu vândalo vai tacar água na besta da sua mãe! Filho duma quenga do caramba!

Kid: Hhahahah- Ele tava na sacada segurando um balde e rachando de rir do senhor que ele tinha molhado. Fala sério qual o problema do Kid?

Eu: Será que posso entrar? Não é bom eu falar com a senhora aqui

Senhora D: Tudo bem, entre, mas se me roubar taco essa bengala onde o sol não bate!

Eu: N-Não sou um ladrão, se acalme...- Ela me deixou entrar- Hã...- A casa tinha uma aparência melancólica e cheiro de fumaça

Senhora D.: Fala logo o que quer

Eu: Vim aqui pra perguntar algo a senhora. Meu nome é Ace. Portgas D. Ace

Sra. D (vou abreviar ok?): P-Portgas?

Eu: Sim, a senh-- Ela me virou um tapa bem forte na cara- Por que fez isso!?

Sra. D.: Saia daqui...SAI DAQUI!

Eu: Mas--

Sra. D: Sai! Portgas? Impossível! Não venha zuar com minha cara garoto! Não tem graça nenhuma!

Eu: Não vem aqui pra te contar mentiras! A senhora conheceu minha mãe! 

Sra. D.: Ah é? Prove

Eu: Aquela ali- Apontei pra um retrato que ela tinha da minha mãe com ela- É minha mãe

Sra. D: Qualquer um pode apontar pra uma foto e dizer isso

Eu: Portgas D. Rouge, era o nome dela e...- Tirei uma foto dela de dentro da minha bolsa- Eu tenho uma foto dela também

Sra. D: Rouge...- Ela pegou a foto com a mãos tremendo- Ace...ACE-CHAN!- Do nada ela me abraçou- Como voce cresceu!

Eu: Ah..então a mulher que o velho falou era voce mesmo

Sar. D.: Como assim?

Eu: Longa história, mas teve uma coisa que ele disse, que me fez pensar que a parteira daquele dia poderia ser voce

Sra. D.: Ótima intuição garoto, acertou em cheio

Eu: Eu vim aqui pra te perguntar algo...

Sra D: Diga! Faço qualquer coisa pelo filho da minha amiga

Eu: A senhora se lembra, onde minha mãe morava?- Aquele velho idiota disse tudo, menos o nome da maldita cidade!

Sra. D: Claro que me lembro! A idade afetou o corpo, não minha mente rapaz. Ela morava em uma colina na cidade de All Blue

Eu: All Blue?- É a cidade próxima a Loguetown, onde meu pai nasceu, o problema é que não sei como chegar lá, nem como achar a colina, lá tem várias colinas, a Dadan que ia gostar...ela ama morar em morro...

Sra. D: Voce sabe chegar lá garoto?

Eu: Infelizmente não...Tem ônibus pra lá?

Sra D: Ah essa hora? Impossível, o único ônibus que sai daqui pra lá é as cinco da tarde- Viva minha má sorte...- Mas, se voce quiser tem uma pessoa que pode te levar até lá. Ela conhece o caminho perfeitamente bem

Eu: Bom, eu agradeceria

Sra D: Neta querida! Vem aqui!

????: Hai vovó! Já vou- Essa voz...- Estou aqui

Eu: Caimie!?

Caimie: Hã? Ace-chin!- Ela estava diferente, o cabelo estava mais curto e com um corte...menos infantil e ela parecia mais alta

Eu: O-o que voce faz aqui?

Caimie: Eu moro aqui, ela é minha vó- Mas ela não tinha se mudado!?- Mas o que voce faz aqui?

Sra. D: Caimie, será que voce pode levar esse garoto até All Blue?

Caimie: O que voce que lá Ace?

Sra D: Voce pode leva-lo ou não?

Caimie: Bom, não vejo problema algum- Por favor que ela não pergunte do meu irmão! Por favor!- Mas agora?

Eu: De preferencia sim...

Caimie: Certo, vou arrumar minhas coisas. Espera ai- Cinco minutos depois ela voltou de camisa preta, calça jeans e mochila nas costas- To pronta

Sra. D: Escute Ace-chan- Ninguém merece esse "chan" já bastava o velho quando eu era pequeno, agora ela também...- Voce sabe que a Ro-- Nisso o telefone tocou e ela foi atender

Caimie: Vamos?

Eu: Não é melhor esperar ela voltar?

Caimie: Ela sempre demora no telefone

Eu: Ah...então vamos- Saímos de casa, dei uma olhada pra ver se o Kid não estava na rua, e começamos a andar em silencio, até ela quebrá-lo

Caimie: Como está o Luffy-chin?- Tava demorando pra perguntar...

Eu: Bem, muito bem

Caimie: Sabe, antes que voce pense que eu ainda sou afim do seu irmão, pode ficar calmo, não sinto mais nada por ele

Eu: Hm...

Caimie: O que voce vai fazer em All Blue?

Eu: Visitar o túmulo de uma pessoa

Caimie: Posso saber de quem?

Eu: Minha mãe...

*** Quebra de tempo ***

Algumas horas depois- Uma da tarde

Estamos indo apé, sim, APÉ! Tentamos pedir carona, mas ninguém dá carona pra dois desconhecidos, então o que nos resta é só nossas pernas

Caimie: Voce vai me pagar por te levar?- Mercenária igual a Nami...

Eu: Quanto voce quer?

Caimie: Cem conto - MERCENÁRIA!

Eu: Cem!?

Caimie: Estamos indo apé, e provavelmente vamos voltar apé. O caminho é longo e tudo mais, até que estou cobrando barato

Eu: Tsc, tudo bem. Quando voltarmos te pago

Caimie: Ótimo- Tivemos uns dez minutos de silencio até ela quebrar ele de novo- Como esta o pessoal da sala? Nunca mais os vi depois que sai de lá, menos o Kid, o Kid vejo todo dia fazendo merda

Eu: Estão bem...

Caimie: Ah, que bom...- Algumas horas se passaram e logo anoiteceu- Tenho dinheiro pra uma pousada, vamos dormir um pouco

Eu: Boa ideia, estou cansado- Dividimos o dinheiro e ela pagou um quarto com duas camas par gente

Caimie: Eu fico na cama perto da janela!

Eu: Ta tanto faz- Eu me deitei e não ouvi mais nada do que ela disse, não por maldade, mas porque dormi mesmo

- Ace...seu nome vai ser Portgas D. Ace...meu amado filho- Era um sonho, eu tinha certeza, mas eu podia sentir o calor do abraço da minha mãe e as mão dela fazendo carinho em mim, aquilo era bom, era muito bom. Eu nunca tinha sentido o carinho dela, e mesmo sendo um sonho, eu queria não acordar, queria ficar com ela ali...

Caimie: Ace-chin?- Pena que o sonho acabou

Eu: O que foi?- Eu senti a luz bater no meu rosto e tive que fechar os olhos com força

Caimie: Tudo bem? Voce tava chorando...

Eu: Estou bem- Passei a mão no olho rapidamente- Estava sonhando

Caimie: Com sua mãe?

Eu: Sim...

Caimie: Entendi. Bom temos que ir, senão vamos demorar mais ainda pra chegar em All Blue- Isso por que era uma cidade do lado da minha...to vendo o quão "perto" é...

Eu: Já to levantando...- Se a Nojiko souber que dormi no mesmo cômodo que uma garota ela me mata duas vezes

Me levantei e logo nós dois voltamos a andar, e não, não tomamos café, estávamos com pressa e não tínhamos tanta fome assim

Andamos por um bom tempo, mas finalmente chegamos na cidade

Caimie: Bem-vindo à All Blue Ace-chin- A cidade estava cheia, literalmente, mas dava pra andar ali

Eu: Esta lotada, por que?

Caimie: É o festival das flores, é uma atração que acontece todo ano na cidade e atrai muitos turistas, por isso ta tão cheio. Vem, vou levar voce até a casa da sua mãe

Fizemos um longo caminho e logo subimos a colina

Caimie: É aqui- Vi uma casa amarela simples, um um murinho de pedras e dois coqueiros perto dela, era ali...ali que minha mãe morava

Parei em frente a casa e tentei abrir a porta, pra minha surpresa estava aberta. Entre e fui conhecendo cada canto da casa, até chegar no quarto da minha mãe, tinha umas fotos nele e pra uma casa abandonada, estava limpo de mais. Parei em frente o guarda-roupa e abri, tinha uns vestidos ali que deviam ser da minha mãe, peguei um e cheirei, nisso Caimie me olhou etsranho

Caimie: O que voce ta fazendo?

Eu: O cheiro...ainda tem o cheiro da minha mãe...- Parecei até que ela tinha acabado de usa-lo, que loucura. Mas mesmo assim, por mais estranho que seja entra numa casa abandonada e ficar cheirando vestidos, não me importo, eu só queria sentir o cheiro da minha mãe um a vez pelo menos

Caimie: Tem um túmulo lá atrás...- Coloquei o vestido na cama e fui nos fundos da casa, onde tinha o túmulo que o velho tinha feito pra ela. Me ajoelhei na frente dele e Caimie ficou atrás de mim olhando 

Eu: Oi mãe...quanto tempo né?- Comecei a falar e uns quinze minutos depois me levantei

Caimie: Até eu to chorando depois de ouvir o que voce disse- Chorando? Ela tá é botando toda água do corpo pra fora!- Era só isso mesmo? Podemos ir?

Eu: Era só isso, mas eu vou ficar por aqui, já aprendi o caminho

Caimie: Como?

Eu: Tenho muita coisa pra pensar, vou ficar aqui pra isso

Caimie: E como vai me pagar?

Eu: Hã...

Caimie: Tsc, façamos assim, eu nunca fui no festival daqui, então voce me leva, compra o que eu pedir e pronto, já me pagou- Mercenária!

Eu: Não tenho muito dinheiro...

Caimie: Sua carteira ta cheia que eu sei

Eu: Ta, tudo bem- Revirei os olhos e fui com ela até o bendito festival. Tive que comprar um monte de comida pra ela, fala sério ela come mais que o Luffy!

Caimie: Me compra uma rosa? Adoro rosas e minha vó também. Só isso e já vai ter terminado de me pagar

Eu: Tudo bem...- Fui até a barraca que vendia rosas e peguei uma pra ela, virei pra voltar, mas acabei esbarrando em alguém- Desculpe...- Senti um cheiro familiar e reconheci aquele cabelo, nisso meu coração acelerou e a flor caiu da minha mão

Caimie: Ace-chin? Oe voce ta bem?

Eu: Aquele cabelo...- Rosa salmão...Mãe!? Impossível..mas...aquele cheiro...- OE! ESPERA AI!- Tentei correr atrás dela, mas ela já tinha sumido na multidão- MERDA!

Caimie: V-voce ta bem?

Eu: Vamos voltar...

Caimie: O que?

Eu: Quero confirmar uma coisa, vamos voltar pra colina- Sai correndo de volta pra casa da minha mãe e Caimie veio logo atrás

Peguei uma pá que tinha jogada em um terreno ali perto e fui pros fundo da casa e agachei de frente pro túmulo

Eu: Desculpe...- Comecei a cavar e Camie me segurou

Caimie: Ta maluco!? Vai desrespeitar o túmulo da sua própria mãe!? Não é nada legal desenterrar alguém morto!

Eu: Quero confirmar algo, para de atrapalhar e me ajuda a cavar!

Caimie: C-calma...- Ela me ajudou e encontramos um caixão- Um caixão, era isso que queria ver? Já viu, agara chega né?

Eu: Me ajude a tira-lo daqui

Caimie: Voce ta doido!?

Eu: Caimie por favor!

Caimie: Espero não me arrepender disso...- Tiramos o caixão e nos encaramos- Me diz que voce não vai abrir...

Eu: É justamente por isso que voltei aqui- Forçamos a "porta" do caixão até ele abrir e bom, a Caimie não gostou muito disso- Abriu!- Tiramos a tampa e pudemos ver dentro dele

Caimie: Vazio, viu, normal

Eu: Vazio....- Não era pra estar vazio...- Não podia estar vazio...não podia!

Caimie: C-Como assim? Voce queria o que? Um corpo intacto!? Isso não é filme não!

Eu: Não queria um corpo- Sinceramente não sei se fico feliz ou nervoso com isso- Queria ossos...

Caimie: Hã? Sua mãe foi enterrada a anos né? Naturalmente os ossos se decom--

Eu: Ossos levam em média quarenta à cinquenta anos para desidratar e então ficarem frágeis até se decomporem e sumir por completo...pela data que ela foi enterrada, os ossos ainda deveriam estar aqui!

Caimie: Eu to entendendo, mas queria não entender...O caixão não poderia estar vazio? É isso? Mas se for assim então...

Eu: Ela...ela...- Ela não morreu? Mas se não morreu então por que não foi me procurar? Melhor, por que fizeram um túmulo pra ela? Que merda o que ta acontecendo!?- Ela ta v-viva?- Aquela mulher...aquela mulher que esbarrou em mim antes..não, impossível...mas...

Caimie: Voce ta bem? Voce ta ficando pálido...Ace? Oe! Respira cara!- Ela começou a me sacudir e virou um tapa em mim- ACORDA!

Eu: Para de me bater...já estou bem- Segurei a mão dela antes que ela me batesse de novo

Caimie: Certeza? Não quer que eu te bata de novo só por precaução?

Eu: Claro que não!

Caimie: Hm...então deixa eu ver se entendi...Se não tem osso no caixão...

Eu: Significa que ela não foi enterrada aqui, ninguém foi

Caimie: Então sua mãe...ta...viva? MAS COMO ASSIM!!!!!?

Eu: Não sei...mas, a mulher de antes...

Caimie: A que voce correu atrás dela feito louco? Ela parece com sua mãe?

Eu: Era idêntica, ao menos de costas, mas até o cheiro era o mesmo do vestido que cheirei 

Caimie: Cacete que confusão...espera ai...não me diz que voce vai--

Eu: Quero saber se ela esta viva mesmo...vou procurá-la

Caimie: É doido mesmo...Então? Por onde começamos?

Eu: Como?

Caimie: Ué, eu vou com voce

Eu: Não vai não

Caimie: Claro que vou. Além do mais, voce não conhece nada dessa cidade, agora eu, conheço ela com a palma da minha mão e se precisar olhar nas cidades próximas, também as coisas perfeitamente bem

Eu: Não tenho dinheiro pra te pagar por isso

Caimie: Não tem que me pagar, apenas garanta que se eu for com voce, eu vou ficar bem, que não vou me machucar nem nada. Prometa

Eu: Tudo bem, prometo que voce vai ficar bem

Caimie: Ótimo! Então vamos procurar sua mamãe hihi!

Eu: Vamos!

Mãe...se voce estiver mesmo viva...garanto que vou encontrar voce.

Ace pov off

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Quem será essa senhora ai eim? Hihi
Bom, espero que tenha ficado bom ^-^


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