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História ONE SHOT - Kim Taehyung (BTS) - Falling


Escrita por: _luuuubs

Notas do Autor


Sim, sou eu mesma. Não morri!
~ NOT NOT TODAY ~
Tudo bom contigo? Quanto tempo, não é mesmo? Senti saudades, como estão? Bom, através desse ONE SHOT, eu vim me desculpar à quem lê minhas histórias. Eu sei, demorei séculos para aoarecer aqui e peço perdão por isso!
Aproveitem, fiz de coração e não esqueçam de perdoarem meus erros! ❤

Capítulo 1 - Falling


Eu sentia;

Sentia sua dor me invadir por meio daquele abraço. Sinceramente, não me lembrava de uma só vez em que Taehyung chorou tanto como chorava agora. 

Na verdade, em tantos anos juntos, eu nunca tinha o visto chorar.

O garoto alto, de pele morena, costumava dizer que eu era o motivo de seu sorriso e que, enquanto me tivesse por perto, nunca iria chorar. 

Eu acreditava nisso porque ele fazia questão de me provar seu amor todos os dias. 

Me lembro bem, daqueles bons e doces dias, em que nos sentavamos entre os outro, comendo besteiras ou jgando conversa fora. Geralmente, eram dias raros e encontros difíceis de serem marcados; eu o entendia. Ser idol nunca foi fácil.

Eu sinto como se fosse ontem, na platéia, cantando com as outras no show de debut do Bangtan; dos meus meninos. 

E eu chorava. Estava orgulhosa porque, acima de qualquer um, eu os assisti crescer. Eu os assisti batalharem por seus sonhos, os ajudei nas noites em claro, enxuguei suas lágrimas e como a boa noona que sou, os proibi de pensar em desistir.

Hoje, era uma dia cinzento e frio. Talvez estivesse refletindo o humor de todos nós ou talvez, fosse apenas uma ironia do destino, escondendo entre às nuvens um bom dia. 

Um dia alegre, talvez

Taehyung sempre acreditou muito em superstições; dizia que tudo o que sentia era real. Haviam as noites em que ele me acordava e dizia que tinha um bom pressentimento e, ironicamente, no dia seguinte coisas boas aconteciam. 

Era do mesmo jeito com os dias maus.

Não eram bem-vindos, tampouco esperados. Mas existiam; os maus dias sempre existirão.

Me lembro bem. 

Acordei com sua voz e um leve chacoalhar. Meu garoto tinha a expressão chorosa, olhos quase fechados e vermelhos. Parecia tão triste, que meu peito se fechou e quase se estraçalhou em mil pedacinhos. 

Seus lábios se moveram, explicando-me o motivo de seu desânimo: pressentia que algo ruim aconteceria. Suspirei, selando o seu nariz vermelho, dizendo que iria ficar tudo bem e que, se o dia mau chegasse, eu estaria ali. 

Uma semana se passou e, assim como todos, pensei que pela primeira vez, Taehyung tinha errado em sua superstição. 

Estávamos todos abraçados. Era uma despedida, pra mim. Além de ser conhecida como esposa de Kim Taehyung, também tinha devido reconhecimento por meu talento nato com o balé. 

E esse era o real motivo de minha saída da Coréia por longas semanas na Rússia. Eu já havia abraçado todos, faltavam pouco mais de dez minutos para que o embarque começasse e, por ser uma pequena aeronave, eu deveria entrar logo.

Taehyung não havia me soltado ainda. Podia ouvir seus fungados e pequenos soluços, enquanto escondia meu rosto em seu ombro, acariciando suas costas da maneira que ele tanto gostava. 

"Eu preciso ir." Sussurrei, parando as mãos e tentando manter as lágrimas dentro dos olhos. 

"Baby, eu sei, é seu sonho. Você se esforçou bastante pra estar aqui mas eu não quero que vá." Me apertou mais. Suspirei, frustrada. 

Havia me preparado por tantos dias para quando chegar aqui não deixá-lo triste ou chorando. Ele tinha o incrível dom de me fazer sentir o melhor ser humano do mundo e, segundos depois, o pior.

"Tae..." Murmurei, repreendendo-o.

"Eu estou sentindo de novo." Soluçou. "Estou sentindo de novo aquela angústia e eu juro, desta vez é mais forte que semana passada." Com luta me afastei dele, segurando seu rosto. Sorri, tanto para encoraja-lo quanto por sentir suas mãos sobre as minhas. 

"Vai ficar tudo bem, meu bolinho." Dei-lhe um beijo esquimó. "Quando menos esperar, eu vou estar de volta. Eu prometo." 

"Eu vou me sentir sozinho à noite." Choramingou. Neguei com a cabeça e revirei os olhos. "Quem vai cuidar de você enquanto estiver lá? E se adoecer? E se..." Calei-o com um selar que não demorou para ser retribuído. 

"Não vai acontecer nada, Taehyung." Me afastei de seu corpo, soltando suas mãos aos poucos. "Sarangheyo." Silibei e sorri, andando de costas. Seus braços caíram quando Jin abraçou-lhe os ombros. As lágrimas desciam livremente por seu rosto e eu sorri, tentando dizer que ia mesmo ficar tudo bem.

Mas não ficou. 

Fechei meus olhos, deixando as lágrimas escorrerem livremente por meu rosto. Haviam os gritos desesperados ao meu redor, crianças choravam, pessoas corriam de um lado para o outro.

E em meio à tanto caos, eu permaneci sentada, de olhos fechados. Apertei o casaco de Tae ao meu redor, inalando seu cheiro uma - provável - última vez. 

Sua risada ecoava em minha mente, nossas noites de amor; quando saíamos para nos divertir, quando levávamos bronca de Jin por termos nos sujado de sorvete.

Das guerras de pipoca, das danças e piadas sem graça. 

Eu me lembrava perfeitamente do dia em que eu o conheci. Eu podia sentir as lágrimas descerem do mesmo jeito daquele dia, em que ele me abraçou e sorriu.

Um abraço de um estranho que uniu todos os cacos em mim.

O chacoalhar do avião me causou ânsias e não demorei à por tudo para fora. Ao fitar à janela, eu vi as grandes nuvens cinzas e os pingos grossos caírem no vidro.
Irônica, eu ri. 

Horas atrás eu disse que as nuvens podiam estar escondendo um dia bom. 

Tola

A cada minuto, o verde das árvores parecia mais e mais perto. 

Busquei, com dificuldade o meu celular e sorri fraco, fitando nossa foto. Era inevitável, eu sabia. A única certeza que eu sempre tive em minha vida era minha morte.

Eu sabia que ela iria chegar, uma hora ou outra ela sempre chega, assim como os dias maus. 

Até porque, eles são amantes

E eu, feliz, tinha uma novidade para contar.

Abri na nossa conversa, deixando uma lágrima rolar com a foto enviada. 

'Eu sinto sua falta' Era o que ele tinha dito. Olhei novamente pela janela, no momento certo de ver perfeitamente as árvores e sentir os movimentos bruscos do avião se intensificarem.

'Me desculpe, amor. Eu não volto.' Enviei. Antes de ser jogada para trás com o impulso da aeronave, eu lhe enviei uma última coisa.

'Mas de onde quer que eu esteja, te protegerei. Eu te amo.' 

E então, eu senti cada pedaço meu doer com a explosão. 

Naquele momento de pânico, eu pude fantasiar Taehyung sorrindo ao descobrir minha surpresa.

É, acabou

{...}

Eu fitava a mensagem recebida segundos atrás.

Estava confuso e com medo.

Por que diabos ela não iria voltar? 

Meu desespero ficou nítido. 

'De onde quer que esteja'? O que ela quis dizer com isso? 

Angustiado, lhe enviei mais de duzentas mensagens questionando o que tinha acontecido e me desculpando, seja lá o quê for que eu tenha feito.

Ela prometeu não me deixar, ela jurou ficar ao meu lado para sempre então não pode sinplesmente dizer que não irá voltar.

Ela tem que voltar.

Tem que voltar para mim, para cuidar de mim. 

O aperto em meu peito continuou, cada vez mais forte e sufocante. Eu queria entender, tentava de todas as formas revisar minhas atitudes desses últimos dias, em busca de algo que a fizesse sentir brava ou chateada comigo.

Mas tudo o que fiz foi ficar agarrado à ela, memorizando seu cheiro e marcando os traços de seu corpo com meus lábios. 

Em uma das minhas voltas no quarto, a porta foi escancarada por Namjoon Hyung; descabelado, chorando e desesperado. 

Antes que eu questionasse, seus braços me rodearam com força e eu correspondi, na esperança de que pudesse consola-lo.

- Eu s-sinto muito, Tae... - Ele disse, me deixando confuso. Franzi o cenho e afastei meu corpo dele. 

- Hyung, o quê houve? - Questionei.

- Eu sinto muito, você estava certo. - Soluçou à toda altura. - Algo horrível aconteceu. - Meus ombros caíram.

- Você está me assustando. - Falei sério, com um nó na garganta. Namjoon Hyung não costumava chorar também, isso me deixou ainda mais nervoso.

Meu celular vibrou novamente, uma mensagem dela, provavelmente demorou para ter sido enviada. 

'Eu sinto muito, Tae. Você vai ter que aprender a viver sem mim. Sem nós.' Anexada à mensagem à imagem de um papel, com as marcas de dobras. Haviam coisas estranhas escritas mas, entre tantas palavras desconhecidas, eu pude ver um "positivo."

E eu mal tinha lido e me recuperado da imagem, quando ouvi aquelas palavras vindas da boca de Hyung.

- Vocês iam ser pais. - Fungou, me abraçando de novo. - M-Mas... - Me apertou. - O avião onde ela estava caiu. - Soluçou. - Não houveram sobreviventes. Eu sinto muito. 
 


Notas Finais


Quero agradecer à minha miguxa lindona, Anally ❤ Obrigada por me aturar e por me incentivar à postar hoje, eu te amo! 😘


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