Eu não queria acordar, não queria ir na escola, mas tive que acordar de qualquer jeito, deu comida par o Gowther e fiz o que eu faço toda manhã. Enquanto eu estava indo de bicicleta para a escola, meu coração batia rápido, como que eu ia ficar lá? Dava muita vergonha!
Cheguei e me sentei, eu escondi minha cara em meu braço, estava parecendo que eu estava dormindo ali na classe, eu espiei para ver se o Ari, a Toka, e a Mitaka já tinham chegado, e eles estavam ali, no momento que fui espiar se o Ari estava e cutucou minhas costas, ele parecia meio triste, eu não queria olhar para ele, mas tive que virar e olhar, eu estava cheia de olheras e realmente não estava nada feliz.
-Ei, Rinka, você está bem? -ele perguntou.
Parecia preocupado, eu virei para frente, mas o respondi.
-S-sim, estou bem... -respondi.
- Não minta, sério, você não está bem, né? -ele disse.
Aí ótimo! Ele vai me odiar! Ah eu odeio isso.
Eu me virei e não respondi, baixei a cabeça, e esperei, chegou o recreio, a aula inteira eu fica tremendo. Eu fui para a casa na árvore que tem no pátio, e fiquei comendo meu lanche lá, até ver alguém subir, era o Ari, isso não pode acabar bem.
Ele se sentou ao meu lado e eu olhei para ele.
-O que foi? -perguntei tentando desviar o olhar.
- Nada, só queria que tu saiba, que eu não te odeio, eu te encontrei ontem, desculpa, é que as meninas, estavam todas dando em cima de mim, e elas eram chatas, e como você não fez nada, e ficou lá parada achei que daria para falar com você. -explicou ele.
Não sei se poderia entender ele, site que as outras meninas são umas idiotas, mas eu não consigo viver com isso.
- Por que você veio para esse colégio? -perguntei tentando mudar de assunto.
- Bem, minha família não tinha mais dinheiro para pagar, primeiro, meus pais se separaram, meu pai batia na minha mãe, eu era pequeno e não tinha o que fazer. Quando se separaram, ele roubou minha mãe, hoje em dia ele é rico, e ninguém sabe o que relação fez, minha irmã mais nova, sofre de uma síndrome e minha mãe gasta muito com isso... -ele disse.
Juro, que me deu vontade de abraçar ele é dizer que vai ficar tudo bem, mas eu fiquei para não sabia o que fazer, e estava segurando um pouco o choro, eu estava ali sem saber o que fazer.
-Tudo bem, isso é normal...eu acho. -ele disse, parecia tentar me acalmar.
Eu não pude, abracei ele mesmo querendo morrer só invés disso.
-Meu Deus...por que você não disse isso antes? -eu gritei.
-Ei calma, não é nada, calma sério. -ele disse.
Eu ouvi o sinal bater levantei e fui até a sala de cabeça baixa, ainda bem que ninguém mais tinha visto, e se viu, pelo menos não fez nada.
A Toka estava olhando para mim curiosa.
- O que aconteceu? - Ela perguntou sem mostrar quase nenhuma emoção de querer ajudar.
- Ah nada não. -respondi.
- Agora vai mentira para mim? -ela disse.
Por que hoje às pessoas decidiram ter o poder de ver quando eu estou mentindo, ou eu monto mal?
- ...Eu conto depois...pode ser? Amanhã? -eu respondi.
Ela afirmou com a cabeça. Agora só piorou, e amanhã? Como ia ser? Eu acho que não vou conseguir ir a aula, tem ainda mais uma semana inteira!
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