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História One World Away - "Não mais."


Escrita por: Ezarelica

Notas do Autor


Olá meus amores! <3 Estou aqui mais cedo do que o prometido, mas é por um bom motivo.
Tem umas pessoas maravilhosamente lindas que comentaram no primeiro capítulo e que me deixaram MUITO feliz! <3 Por esse motivo, eu resolvi postar o capítulo dois (que por sinal já estava pronto desde que postei a fanfic HEIUAHUEI) para agradecer o fato de vocês serem tão incríveis! <3
Eu espero realmente que vocês gostem dele, porque as tretas que esse capítulo vai trazer serão intensas HUIEHAIUE e sem falar que vai, de certa maneira, explicar muita coisa que vai acontecer mais pra frente.
Vou parar de enrolar e deixar vocês lerem em paz <3
Boa leitura!

Capítulo 2 - "Não mais."


Fanfic / Fanfiction One World Away - "Não mais."

 [...]— Ela não apareceu por aí? A senhora tem certeza?

Naquele mesmo dia, Castiel caminhava de um lado para outro, nervoso. Viu sua namorada pela última vez há horas atrás e sempre que tentava ligar para ela, o celular estava fora de área ou sem sinal. Ligou para Iris, Lysandre, Rosalya e até mesmo para Nathaniel, mas nenhum deles tinha notícias dela. A última vez que foi vista por ele foi quando se despediram. Agora ele conversava com a mãe de Erika, que também parecia não ter notícias da filha.

O garoto respirou fundo e agradeceu, desligando a chamada logo em seguida. Sentia seu coração apertar sempre que lembrava do fato de que ela havia ido até aquela merda de bosque. Ele sabia que aquele não era um lugar bom, que tinha alguma coisa de errado ali, mas ninguém nunca acreditou nele. Agora, sua namorada simplesmente parecia ter sumido.

— MÃE!  — Ele gritou do seu quarto enquanto vestia sua jaqueta e andava até a sala — Vou ir na polícia.

— Filho, já te disse que não adianta. Mesmo que você faça a denúncia e por mais que nós saibamos que tem algo de errado acontecendo, eles só podem declarar como desaparecida e começar a procurar pela Erika após 48 horas. Eles não farão nada agora. Quem sabe você não tenta ligar para ela novamente?

Castiel bateu o pé levemente no chão, pensativo. Não se conformava com esse procedimento da polícia. No entanto, quando pensou em avisar os pais que sairia para procurar a garota, logo se deu conta de que era óbvio que não permitiriam. Sabia que ela podia estar correndo riscos e seus pais também sabiam disso, portanto jamais permitiriam que o garoto fosse atrás de Erika.

Bufou. Agradeceu à mãe por ter lhe oferecido que ela mesma ligasse e voltou para seu quarto. Precisava esperar seus pais irem dormir para sair. Pegou o celular e discou o número de Lysandre, mas hesitou na hora de ligar. Passou quase dez minutos inteiros pensando, até que resolveu não fazê-lo. Não queria envolver seu melhor amigo em problemas.

[...]

Atravessou a cidade até chegar ao bosque. Já era tarde, quase meia noite e a falta de claridade não estava colaborando com a sua procura. Respirou fundo e começou a caminhar por entre as árvores, tentando encontrar algum vestígio de sua amada.

Para sua tristeza, não encontrou pegadas ou qualquer outro sinal. Fez todo o percurso que fizeram na última vez em que estiveram ali, mas não encontrou nada. Foi mais além e também não teve sorte. Castiel sentiu o peito apertar e as lágrimas começarem a brotar dos seus olhos. A visão começou a ficar embaçada e a garganta parecia ter um nó. Não conseguia sequer imaginar o que é que poderia ter acontecido de ruim com a sua garota.

Quando virou-se para fazer o caminho de volta para sua casa, pisou em alguma coisa dura. Era o pingente de Erika. Uma pedra azul celeste bruta que parecia brilhar mesmo com a claridade fraca da lanterna de seu celular que a tocava. Apertou-a na mão e fechou os olhos com força. Será que ela esteve ali? Será que alguém a levou? Será que foi atacada? Agora ele sabia que não podia parar de tentar encontrá-la, mas que precisava ser cuidadoso. Se alguém a atacou, poderia estar por ali ainda.

Continuou procurando-a pela floresta, contudo ele permaneceu agachado durante todo o tempo. Olhava com atenção para qualquer detalhe ou sombra e mantinha sua audição atenta. Fazia o possível para fazer o mínimo de barulho.

Enquanto olhava à sua volta, um brilho estranho capturou sua atenção. Vinha de algum local no meio de algumas árvores, mas ele não conseguia distinguir o que era. Não sabia se era de uma fogueira ou de alguma lanterna. Aproximou-se na expectativa de encontrar alguém, mas não encontrou nada além de um curioso círculo de cogumelos.

Uma raiva quase incontrolável subiu pelo seu corpo. Estava procurando por sua namorada desaparecida e encontrava um círculo idiota de cogumelos que provavelmente algum inútil plantou só para alguém achar que era algo sobrenatural ou estranho. Levantou-se rapidamente, deixando que a raiva tomasse conta dele.

Caminhou com passos fortes, praguejando o inútil que fizera aquilo. Estava pronto para chutar tudo e destruir aquela merda, quando vagalumes começaram a sair do centro de círculo e voar à sua volta. Por um momento, Castiel achou que tinha sido drogado. Talvez atingido por um dardo? Pode ter sido isso o que aconteceu com Erika.

Tentou chutar os malditos cogumelos e espantar os insetos que supostamente lhe cercavam, mas não tinha sucesso. Não sabia como nem porque aquilo estava acontecendo depois de ele ter pisado no meio do círculo. A luz forte começou a ofuscar sua visão, mas ele ainda conseguia distinguir alguns vultos.

— Ei! Quem são vocês?! Onde está a Erika?!

Nada. Não recebeu nenhuma resposta. Precisou fechar os olhos devido à luz ofuscante e não conseguiu ver mais nada. Depois de alguns instantes, a claridade diminuiu e ele pôde abri-los novamente. Estava no meio de uma floresta que não era a mesma que ele estava anteriormente.

As árvores pareciam maiores e mais exóticas, o que era muito estranho. Começou a pensar que ele realmente havia sido drogado, mas não tinha como ter certeza. Desligou a lanterna do celular e tentou ligar para Erika ou para sua família, mas não tinha sinal. Será que ele foi drogado e acabou perdendo noção de tempo e com isso foi levado para outro lugar? Se foi sequestrado, provavelmente encontrará Erika.

Olhou ao seu redor e não conseguia ver nada nem ninguém ao longe. Olhou para o céu estrelado e não encontrou nenhum meio de se guiar. Aquilo era realmente muito estranho. Procurou pegadas na terra abaixo de si, mas também não teve sorte. Estava começando a sentir raiva novamente.

— ERIKA! — Gritou.

Nenhuma resposta.

— ERIKA!! — Gritou mais alto.

Novamente, não obteve resposta. Tinha a impressão de que seu coração estava apertado dentro do peito, como se não tivesse espaço para ele. Começou a caminhar sem rumo pelo meio da floresta, tomando cuidado para se esconder o máximo possível e fazer o mínimo de barulho. A cada passo que dava, sentia-se mais vazio. Perdera sua namorada e, agora que estava em um lugar estranho, provavelmente irá perder sua família porque não tinha certeza de que conseguiria voltar para casa.

Um barulho de folhas secas e galhos sendo quebrados chamou sua atenção. Olhou na direção do som mas não conseguia enxergar nada. Sabia que não estava ouvindo coisas e isso o deixou receoso. Castiel afastou-se um pouco e escondeu-se ao lado de um arbusto.

Esperou ansioso por outro barulho, mas não ouviu nada. Talvez só tivesse sido impressão sua ou algo da sua cabeça? Não tinha como saber. Ligou a lanterna do celular e tentou ver alguma coisa, mas não teve muito sucesso.

— Quem está aí? Estou armado! — Mentiu com a expectativa de tentar intimidar quem quer que estivesse ali.

Para sua decepção - ou não -, não era uma pessoa. Um lobo incomum, de pelagem negra e com uma aura também negra em sua volta surgiu do meio dos arbustos. Seu rosnado era atormentador e ele caminhava lentamente em direção ao Castiel. Seus olhos tinham a cor de um lilás brilhante e vivo.

O lobo estava pronto para atacar. Castiel, enquanto procurava uma rota de fuga ou algo que ele pudesse usar para enfrentar o animal, tentava manter-se imóvel. Olhava para os lados discretamente, mas não conseguia encontrar sequer um graveto ao seu alcance.

Outro barulho parecido com o último foi ouvido. Antes que Castiel tivesse chance de olhar e temer que fosse outro lobo, o ser a sua frente rosnou e tentou atacá-lo, saltando em sua direção. Devido ao fato de ter um cachorro de estimação grande e brincar muito com ele, o garoto de cabelos vermelhos conseguiu desviar-se a tempo e empurrar o animal.

Recuperou seu equilíbrio e começou a correr, sem sequer possuir uma direção exata. Ele apenas fugia do lobo negro que insistia em segui-lo e caçá-lo. Desviava sempre que podia dos galhos e folhas que encontrava em seu caminho, para não se ferir. Nem sempre ele tinha sorte e acabou adquirindo alguns ferimentos leves, como cortes e arranhões, mas evitava maiores problemas.

A floresta parecia ficar cada vez mais densa. As árvores maiores e os arbustos menos esparsos. A grama, que antes cobria apenas uma parte do solo de terra, agora cobria quase tudo e parecia mais alta. Castiel começou a temer que pudesse estar apenas piorando sua situação na tentativa de fugir do lobo, mas não tinha como ter certeza de nada.

O animal parecia estar cada vez mais próximo. Seus rosnados e uivos tornavam-se mais altos e mais próximos, fazendo um arrepio subir pela espinha do garoto. No momento, a única coisa que se passava pela sua cabeça era que o seu dia estava sendo uma merda. O pior de todos os dias ruins. Brigar com Erika não era tão ruim quanto o que estava acontecendo com ele.

Erika... Se ao menos ele soubesse onde ela está, se está bem, segura... O que será que aconteceu com ela? Será que foi perseguida por um lobo também? Ou pior... Será que o lobo a alcançou...?

Distraído com seus pensamentos, Castiel parou por um momento de prestar atenção em seu percurso. Quando se deu conta, já era tarde demais. Uma ladeira enorme o esperava e não lhe dava tempo de parar e seguir outra rota, seu pé já havia tentado encontrar o chão e já havia falhado. Ele começou a rolar pelo chão duro e áspero, ouvindo os ganidos de dor do animal atrás de si.

Por sorte, ela não era muito alta. Suas costas se chocaram contra o chão em um baque seco, fazendo o jovem resmungar de dor. Tossiu e ergueu-se rapidamente, fechando os olhos na esperança de fazer a tontura desaparecer. Lembrou-se do ser feroz que o perseguia há pouco e abriu-os novamente, assustado. Olhou em volta e a única coisa que viu foi o corpo imóvel do lobo de pelagem negra a alguns passos de distância de si.

Será que está morto?  Pensou. Talvez tenha apenas desmaiado.

No fundo, sabia que era melhor não pensar muito. O ideal era se afastar logo dali. Levantou-se do chão, bateu as mãos na roupa e começou a correr. Devido à mata estar cada vez mais fechada, resolveu ir na direção contrária e voltar de onde havia vindo. Mesmo sem sequer saber para onde estava indo, na pior das hipóteses encontraria mais lobos.

Correu e caminhou por aproximadamente uma hora, sem encontrar nada. Chamou pelo nome de Erika algumas vezes, mas também não obteve sucesso. Estava cansado, com sono, com fome e com dor. Precisava parar pelo menos por alguns minutos para se recuperar.

Recostou-se no tronco de uma árvore e respirou fundo. Que merda de lugar é esse? Ele ainda não havia parado para pensar nisso direito. Por que aquele lobo tinha uma aura? Isso não fazia o menor sentido. Talvez ele realmente estivesse drogado. E o pior de tudo: ele parecia ter três olhos.

Castiel ligou a tela do celular. A foto de Erika sorridente abraçada nele acalmava seu coração. Um pequeno sorriso despontou nos lábios do garoto, mas logo sumiu quando ouviu novos uivos e rosnados. Dessa vez, pareciam vir de mais de um animal.

Levantou-se rapidamente e começou a correr. Tropeçava quase o tempo todo em arbustos espinhosos e raízes de árvores que saíam da terra. Seu objetivo de seguir uma linha reta na direção de onde viera já havia ido por água a baixo. Ele não fazia ideia de onde estava indo, só sabia que estava fugindo.

Dessa vez, no entanto, ele não estava com a mesma energia para correr. Os predadores o alcançavam mais rápido do que antes. Uma vez eu li que lobos costumam ser vingativos. Talvez eles saibam que um deles se feriu enquanto me caçava?

Castiel olhou de relance para trás. Mais um pouco e ele viraria banquete. Quando olhou novamente para frente, teve uma ideia brilhante: escalar uma das árvores. O fez rapidamente e obteve sucesso. Quando chegou no topo, chutou um dos galhos inferiores até quebrá-lo para que os animais não conseguissem escalar. Já estava começando a achar que a sorte estava novamente a seu favor quando, para sua surpresa, os lobos pulavam muito alto e cravavam suas garras no tronco da árvore.

Por que é que você foi até aqueles cogumelos? Por que é que você tem sempre que ser tão revoltado? Pensou. Estava com raiva de si mesmo, pois provavelmente aquele seria seu fim. Onde estaria Erika? Esperava apenas que ela estivesse melhor que ele. E esperava também que pudesse vê-la novamente e que tudo aquilo não passasse de um pesadelo ou de alucinações causadas por algum tipo de droga.

Quase caindo do tronco em que estava, conseguiu chutar o focinho de um dos lobos que quase o alcançou. Foi uma decisão péssima, porque eles pareciam ficar cada vez mais revoltados e famintos. Já estava totalmente sem esperanças quando, saída do meio das sombras, uma lâmina foi cravada em um deles. O animal ganiu de dor e tentou atacar o agressor, mas não tinha forças para isso. Os outros dois lobos foram mortos rapidamente e de maneira brutal, terminando inertes no chão e rodeados por uma poça de sangue.

Receoso, Castiel desceu da árvore. A cena era perturbadora, mas ele tentava se manter calmo. Quem quer que tenha feito aquilo com aqueles seres — por qualquer motivo que fosse — o salvou.  Varreu a floresta com o seu olhar, mas não viu ninguém. Não havia barulho de passos ou de qualquer outro movimento. Um silêncio incômodo parecia pairar sobre aquele local.

— Quem está aí?

Silêncio. Ele olhava para todos os lados, mas não via nada nem ninguém. A escuridão da noite não estava ajudando.

— Quem quer que seja, obrigado. Mas eu ainda preciso de ajuda! Acho que eu e minha namorada fomos drogados e sequestrados!

Eu pareço um idiota. Castiel pensava. Estava sentindo o rosto aquecer de raiva por estar se passando por um maluco que falava sozinho no meio de uma floresta durante a noite. Ouviu passos atrás de si e virou-se rapidamente, levando um susto. Um homem alto, trajando uma armadura negra e uma máscara estava parado diante dele, segurando uma espada ensanguentada.

— Eu sei onde sua namorada está.

O coração de Castiel pareceu querer explodir. Ele engoliu em seco, olhando para o homem. Ele não fazia a mínima ideia de quem era aquela pessoa, mas parecia ser alguém perigoso. Não só pela armadura e pela espada, mas era muito suspeito saber sobre Erika.

— Foi você quem nos trouxe até aqui?

O homem riu. O riso era abafado pela máscara que ele usava.

— Vocês chegaram aqui por meio de um círculo de cogumelos. Eu não tenho nenhuma relação com eles, mas eu sei sobre a sua garota porque ela está com pessoas perigosas.

Pessoas perigosas.

Essas duas palavras atingiram o garoto como um soco. Seus batimentos aceleraram e suas pernas fraquejaram, lhe dando a impressão, por um momento, de estar prestes a cair no chão. Suas suspeitas estavam corretas: Erika está correndo perigo.

— Onde ela está? ME RESPONDA!

— Se acalme, criança. — O homem calmamente limpou a sua lâmina no corpo de um dos lobos. Naquele momento Castiel lembrou-se do ocorrido e sentiu-se enjoado. Ele estava de pé ao lado de três cadáveres — Se quer salvá-la, precisará ser paciente. Eles são muito ardilosos.

— Eles quem? Quem está com ela? Como você sabe disso tudo? Você é um deles?

O homem suspirou, parecendo irritado.

— Me chame de Ashkore. Ela está no Quartel General da Guarda de Eel e eu não sou um deles. — Ele fez uma pausa — Não mais.


Notas Finais


THE TRETA HAS BEEN PLANTED.
A piada foi ruim, mas a intenção foi boa! <3
E então, o que acharam? Espero que gostem desse capítulo e do rumo que a história está tomando! <3
Deixem suas teorias sobre o que a ida de Castiel para Eldarya vai acarretar <3 Vou amar ler todas <3
Gente, se por acaso eu me atrasar um pouco na postagem do próximo capítulo (que será daqui a uma semana) não se preocupem, eu não terei abandonado vocês <3 é que nem sempre eu tenho disponibilidade para ficar escrevendo :<
É isso, vejo vocês nos comentários e no próximo capítulo!
Beijões para todos! <3 <3 <3 <3 Amo vocês demais!! <3 <3 <3 <3 <3


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