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História Ônix - Capítulo I - Awake


Escrita por: LightB

Notas do Autor


Hey Meus Wolfies lindos!!*
Aqui estou eu, atualizando como uma fanfic nova em um universo inexplorado de TO
Esse é um projeto antigo postado no Nyah, mas eu resolvi atualizar ele e acrescentar algumas ideias insanas que tive...
Gostando ou não, aqui esta...

Capítulo 1 - Capítulo I - Awake


Capitulo I

Três dias e absolutamente nada do Tyler. A polícia está fazendo seu melhor para encontra-lo, o carro foi achado ontem e estava completamente destruído, mas não havia nenhum vestígio do Ty nele, apenas um pouco de sangue, o que para os policiais já era suficiente para começar a procurar pelo corpo, que devia ter sido lançado para fora do carro durante o acidente.

Existiam diversas possibilidades do que havia acontecido com ele, pelo menos até ontem havia, sequestro, perda de memória graças ao acidente e fuga. Estão até mesmo cogitando a possibilidade de que ele tenha fugido, como se o Ty fosse capaz de fazer uma coisa dessas, ele jamais faria isso com meus pais, comigo.

Algumas pessoas acham que ele está morto, mas sei que ele não está, eu sinto isso.

Duas semanas depois e ainda nada dele, nenhuma notícia, absolutamente nada. A polícia estava perdendo as esperanças, assim como os familiares, amigos e vizinhos. As pessoas começaram a parar de falar das possibilidades de ele estar vivo, começavam a nos dar seus pêsames e eu realmente não podia acreditar no quão rápido as pessoas perdem a fé.

Apenas meus pais ainda se agarravam a esperança de que ele ainda estava por aí em algum lugar, minha mãe não saia da frente da TV e do lado do telefone, comia pouco e estava a cada dia pior. Meu pai saia cedo todos os dias e voltava apenas tarde da noite, se afundou no trabalho de uma maneira que mal ouvia sua voz ou via seu rosto.

E eu? Bem, tinha de aguentar a escola e todos me perguntando sobre o meu irmão ou me dando os pêsames. Era uma verdadeira merda, todos me olhavam com pena e dando sorrisos forçados. Eu era basicamente o centro das atenções quase todos os dias, o que eu odiava com todas as minhas forças.

"Tyler Becrole, 20, estudante de engenharia, desaparecido desde o dia 20/02.

Depois de um acidente grave o jovem ainda está desaparecido. Relatos dizem que nos últimos dias ele andava muito calmo e nada indicava que ele pudesse fugir de casa, uma teoria descartada pela polícia de Dark Moon..."

Amassei o jornal e o joguei no lixo, irritada, meus pais não precisavam ler coisas inúteis assim, apenas iria piorar ainda mais a situação deles e isso era o que menos queria nesse momento. Comi alguma coisa rápida e sai para ir à escola, Nanda já estava me esperando no portão.

A pele clara se sobrepunha aos cabelos extremamente negros, que caiam em cachos por seus ombros, vestida como sempre, short jeans e meia calça preta rasgada em alguns lugares, um moletom azul maior do que ela, quase tampando completamente o short.

—Animada pra escola? - me perguntou com os olhos castanhos brilhando de animação, como se o 2° ano fosse uma das melhores coisas que pudesse acontecer em nossas vidas.

—Ui, muito animada - falei rindo sem humor. Aquele jornal havia me perturbado mais do que o normal - e ai como estão às coisas com o John?

John é o, como posso dizer, namorado que não é namorado dela, os pais dele são mega chatos, daquele tipo que quer que você seja o melhor em tudo, e ele está enrolando a Nanda a aproximadamente 5 meses, dizendo que vai assumir publicamente o namoro, mas tudo o que vi até agora é eles juntos as escondidas, e quem tinha de encobrir? Exatamente, eu.

—Ótimas, ele disse que quer ir ao baile comigo, o que quer dizer que ele vai assumir nosso namoro para todo mundo – ela sorria tão animada que sorri verdadeiramente, feliz para ela.

—Grave para que eu possa assistir depois – minha vontade era dizer algo como, “finalmente”, mas não quis estragar a animação dela.

—Você realmente não vai?

—A menos que meu irmão apareça e me arraste para o baile, não.

Nanda revirou os olhos e começou a falar sobre como o Erick, meu namorado a tipo, minha vida toda, ia me obrigar a ir e como ela ia estar ali para ver e rir de mim quando me visse entrando no salão do baile, apenas revirei os olhos e continuamos andando enquanto ela falava sobre qual vestido ia usar, o sapato que queria emprestado, resumindo, sobre o baile.

A escola estava um tédio completo, tanto que eu nem me dava ao trabalho de olhar para a lousa ou para a professora, isso por que era uma revisão de tudo o que havíamos estudado e eu não estava com humor para esse tipo de coisa. Estava ocupada pensando no Tyler.

Ele estava vivo, disso eu tinha certeza. Segurei a lua de ônix que estava pousada sob minha blusa. Tyler havia me dado aquele colar poucas semanas antes de sumir, era meu presente de aniversário. E agora, uma das poucas lembranças dele que mantinha sempre por perto.

O intervalo foi à gota d'água pra mim.

Enquanto eu ia com a Nanda para o pátio eu a vi. Com uma micro-saia e o cabelo bronze solto, Tifany chamava atenção de qualquer um, e não por ser alguém legal ou simpática, mas por ser uma vadia que usava roupas ridículas e mesmo assim havia vários garotos babando por ela e algumas seguidoras superficiais que apenas se preocupavam em serem populares, nada mais.

Mas para mim, Tifany apenas era uma garota patética e oferecida, além de extremamente superficial e hipócrita que fazia de tudo para se manter no topo da pirâmide social, e se alguém cruzasse seu caminho, ela fazia de tudo e usava qualquer um para destruir o pobre coitado que a desafiou.

Mas quando ela tentou me humilhar publicamente, ainda não entendo o porquê, já que nunca fui popular, ela acabou se dando mal, por que não rebaixei ao nível dela e ainda por cima, consegui fazer com que ela parecesse uma vadia desesperada por atenção, desde então ela não perde a oportunidade de tentar me perturbar.

—Meu pai é policial - ela disse para suas seguidoras que pareciam um bando de cadelas na coleira - e ele me disse que o Ty esta praticamente considerado morto. Bastam apenas mais alguns dias para o veredicto oficial. O que é uma pena, ele era tão gostoso.

Vê-las rindo do que aquela vadia disse sobre meu irmão me fez perder a cabeça, estava prestes a ir até lá quebrar a cara dela quando fui pega pela cintura e puxada para longe do lugar, o que fui agradecer depois de mais calma, não podia me meter em mais problemas, nas últimas semanas já havia levado duas advertências e, na próxima seria suspensa, o que não iria ser bom pros meus pais.

—Calma Liah - Erick falava enquanto ele e a Nanda me tiravam dali.

—Eu vou quebrar a cara daquela vadia - rosnei com tanta frieza que até eu me assustei - ela não tem o direito de falar dele.

—Eu sei Liah, eu sei. Mas não vai se ferrar por causa dela não é? - Nanda tentava parecer calma, mas eu conseguia ouvir a raiva em sua voz, Ty era como um irmão para ela - vamos fazer assim, vocês dois matam aula, digo que você não estava bem e que o Erick te levou para casa. Vai ser fácil considerando tudo...

Ela não consegui terminar a frase, mas todos sabiamos a que a razão para todos sempre me liberarem era o sumisso dele.

—Ótima ideia Nanda - Erick pegou minha mão e me levou até seu carro - O que deu em você? Nunca te vi com tanta raiva de alguém, e olha que te conheço desde sempre.

—Sabe que eu não gosto dela, e com tudo o que está acontecendo - a raiva subiu a minha cabeça e eu quis quebrar alguma coisa, o que não era muito normal pra mim, sempre havia sido a mais controlada da familia - aquela vadia não tinha o direito de falar dele, não tinha...

Erick me abraçou antes que eu terminasse de falar, essa era a parte boa de namorar o mesmo cara durante muito tempo, ele sabe exatamente o que você está sentindo, e sabe o que fazer para te acalmar.

—Sinto tanta falta dele - falei com lagrimas nos olhos - não acredito que ele está... Ele não pode ter morrido.

—Eu sei Liah, eu sei.

Ficamos ali por algum tempo, eu estava tão abalada que basicamente não conseguia nem pensar em ir para casa, quanto mais encarar meus pais. Erick achou melhor irmos para o grill, pelo menos até eu me acalmar um pouco.

O lugar estava vazio, era sempre mais movimentado fora dos horarios de aula, considerando que basicamente todos os adolescentes da cidade gostavam de passar o tempo ali.

—Vai querer alguma coisa?

—Um café preto e sem açucar - falei enquanto me sentava em uma mesa bem longe da porta.

Havia uma garota, ela me parecia estranhamente familiar, como se a conhecesse de algum lugar, na verdade eu tenho certeza de que a conheço, só não conseguia dizer quem era, ou mesmo como ou de onde a conhecia.

Ela estava no canto mais distante, jogando sinuca com alguns homens, todos desconhecidos, grandes e fortes demais, com certeza eu os conheceria se fossem da cidade, depois que comecei a prestar atenção nela percebi que, vez ou outra seus olhos paravam em mim, discretamente, mas não tanto, já que eu conseguia perceber.

Quando Erick começou a vir até mim, com as xícaras em mãos, ela e os amigos deixaram os tacos sobre a mesa foram embora, mas a sensação de conhecê-la continuou me perturbando, tentava inutilmente forçar minha memoria, para descobrir quem ela era, mas simplesmente não conseguia.

—O que foi?

—Havia uma garota jogando sinuca, acho que a conheço, mas não me lembro de onde.

—Não havia ninguém jogando sinuca Liah - Erick falou me encarando meio confuso - talvez ela estivesse apenas perto da mesa.

—Pode ser - concordei sabendo que ela estava jogando, mas sem vontade de discutir por uma bobagem como essa - mas isso não é importante.

—Ok - ele pegou o celular e depois de alguns segundos fez uma careta e soltou em um sussurro baixo - não acredito.

—O que foi?

—Nada- pegou meu celular de cima da mesa e o colocou no bolso, deixando longe de mim - vamos, vou te levar para dar uma volta.

Fitei seus olhos cinzentos confusa, o que ele estaca escondendo de mim a ponto de precisar pegar meu celular e querer me levar embora antes mesmo que eu bebesse meu café?

—Eu não vou sair até dizer o que foi.

—Se vir comigo eu te digo.

Depois de alguns segundo me encarando, implorando silenciosamente com aqueles lindos olhos acinzentados, eu cedi e fui com ele, não sem antes pedir meu café para a viagem, afinal, ele havia pagado e eu não disperdiçaria café.

Andamos por longos minutos em silêncio, aparentemente precisava chegar praticamente na porta da minha casa para que ele finalmente soltasse a primeira palavra.

—Eu recebi uma mensagem geral - o fitei confusa, mensagens assim só são enviadas quando há um anuncio importante a fazer, e normalmente não era o tipo bom de anuncio - declararam o Tyler como morto.

A única coisa que ouvi foi "Tyler morto", meu mundo parou de girar naquele segundo, por algum motivo eu não comecei a chorar, nem falei que não acreditava, ou que era mentira dele.

Estava tão calma que não perecia ter ouvido sobre meu irmão estar declarado como morto. Simplesmente não tive nenhuma reação, apenas me virei e continuei andando em direção a minha casa, sem nenhum comentário, nada.

Meus pais precisavam de mim.


Notas Finais


Adios...


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