História Only Hope - Tentar não te amar, só me faz te amar mais.

Os membros estavam reunidos na sala enquanto ouviam a briga, de repente um forte estrondo na porta do quarto de Baekhyun e em seguida Chanyeol passa correndo para o outro quarto enquanto tentava esconder seu rosto com seu antebraço. Mais uma vez ouviram o som da porta batendo quando Chanyeol entrou. Suho que estava sentado no sofá da sala com os outros membros, ouvindo os gritos, mas ao mesmo tempo, não sendo capazes de entender o que os dois tanto berravam, assustou-se com a forma que Chanyeol passou pelo corredor e num ato automático levantou-se para saber o que estava acontecendo. Assim que se colocou de pé, sentiu a mão de Chen segurar seu pulso.

-Eu não iria lá, se eu fosse você. – falou baixo para que Baekhyun e Chanyeol não escutassem.

-Eu preciso ir lá. Você não ouviu os gritos? – Suho respondeu aflito.

-Sei que você está preocupado, mas acha mesmo que vai adiantar alguma coisa? – Chen soltou o pulso alheio, e todos os olhares na sala se voltaram para Suho.

-O que realmente aconteceu? Estou confuso. – pronunciou-se Luhan.

-Não sei. Chanyeol parecia estar tão bem há alguns minutos atrás. – Sehun falou abraçado em uma almofada.

-Por outro lado, Baekhyun não parecia estar tão bem assim. – Lay suspirou.

-Ele não esteve bem desde que a SM confirmou o namoro. – Sehun concordou.

-Talvez o Baekki tenha contado pro Chanyeol sobre o namoro. Ele não pediu pra que ninguém falasse nada porque ele queria contar pessoalmente? - Jongin falou mais baixo que os outros membros, fazendo com que todos fizessem mais silencio ainda para conseguir ouvir.

-Não é possível que esse seja o motivo. – Suho negou com a cabeça. – Não tem cabimento. Eu sei que eles são muito próximos, e se eu já fiquei chateado com o Baekhyun por não ter me contado sobre o namoro antes, o Chanyeol com certeza ficaria bem mais chateado do que eu. Mas mesmo assim, isso não é motivo pra gerar uma briga tão barulhenta. Eu sei que eles brigam muito por qualquer razão, mas mesmo assim.

Todos ficaram novamente em silêncio. Alguns encarando o chão enquanto outros apenas se entreolhavam. Até que Xiumin soltou um longo suspiro cansado que fez com que todos despertassem de seus devaneios. Kai levantou sua cabeça, encarando Suho, bateu com suas mãos uma em cada perna e soltou o ar de seus pulmões.

-Estou preocupado com o Chanyeol, vou ver como ele tá. – disse se levantando do sofá.

-Você acha que ele vai dizer alguma coisa pra você? – Chen perguntou preocupado.

-Não sei, mas não custa tentar.

-Eu vou falar com o Baekki. – Kyungsoo levantou-se de repente.

-Kyungsoo, eu sei que você quer ajudar, mas eu não acho que o Baekhyun vá falar alguma coisa pra você, você sabe como ele é. – Falou Suho derrotado, sentando-se ao lado de Chen no sofá.

-Eu já acho que vai ser difícil o Chanyeol falar algo, quanto mais o Baekhyun. – disse Kai coçando a nuca.

-Pode não parecer, mas o Baekki tem se aberto muito comigo desde que passamos a dividir o quarto. Eu realmente acho que posso arrancar alguma coisa dele, embora eu esteja completamente confuso com essa história também. – Kyungsoo falou confiante.

-Tudo bem então, mas se eles não quiserem conversar, os deixem sozinhos. – Suho concordou com um aceno e no mesmo instante Jongin e Kyungsoo viraram-se em direção ao corredor. – E se por acaso eles disserem algo, vocês terão que me contar depois. Estamos combinados? – Falou depressa.

-Combinado. – concordou Kai. Kyungsoo nada falou e seguiu até seu quarto.

-Vamos esperar aqui. – Chen falou quase que num sussurro que por pouco não foi ouvido pelos dois que já adentravam os quartos.

 

****

 

-Baekki?! Eh... Posso entrar? – Kyungsoo perguntou colocando sua cabeça por inteiro dentro do quarto e avistando Baekhyun encolhido em sua cama abraçado com seu elefantinho de pelúcia.

Sem obter resposta alguma, Kyungsoo adentrou o cômodo, fechando a porta atrás de si. Aproximou-se cautelosamente da cama de Baekhyun, com receio de que esse ficasse irritado, mas ao perceber que ele se encontrava chorando, sentou-se ao seu lado.

-Baekki?

Nada.

-Baekhyun, o que ouve?

Baekhyun fungou e enfiou sua cara em seu elefantinho, ainda de costas para o outro.

-Byun Baekhyun, quer, por favor, me dizer alguma coisa? Qualquer coisa. Se está bem, se está sentindo alguma coisa, ou se precisa de alguma coisa. Pelos céus Byun, eu estou preocupado. Será que pode olhar para mim e me responder? – Kyungsoo falou irritado.

Baekhyun afastou seu rosto da pelúcia e virou-se devagar para Kyungsoo, seus olhos vermelhos o fizeram arregalar ainda mais seus olhos.

-Briguei com ele, Kyungsoo... Foi pior que todas as outras vezes. – falou soluçando.

-Percebi, Baekki. A casa inteira percebeu. – Baekhyun formou um bico inconscientemente, pronto para chorar mais, o que fez Kyungsoo querer acalma-lo. – Mas calma, isso acontece. Nenhum casal é perfeito e vive sem brigas. Não importa quantas vezes vocês briguem, se houver amor, vocês logo irão fazer as pazes. – Sorriu, tentando amenizar aquele choro.

-Você fala como se o amor fosse algo bonito e agradável.– Baekhyun soltou um riso sem humor.

-Mas é lógico que é. – Kyungsoo ditou espantado. – Baekhyun, o amor é a coisa mais bonita que existe. É a única esperança que resta na humanidade. Se não tivermos amor, o que de bom nós podemos esperar do mundo?

-Você está enganado. O amor não é agradável, o amor machuca, deixa cicatrizes, o amor fere e prejudica qualquer coração que não seja resistente ou forte o suficiente para aguentar muita dor. O amor é como uma nuvem que contém muita chuva. Desde que experimentei essa droga de sentimento, eu só venho me machucando e machucando as pessoas a minha volta. Eu realmente aprendi muito, o amor é como uma chama, ele te queima quando é ardente. – lágrimas mais grossas do que antes, escorriam dos olhos opacos de Baekhyun, que encarava os alheios, com uma tristeza estampada em cada frase.

-Baekhyun, você esta olhando pelo lado errado.  – Agora quem lutava para não chorar junto com o amigo, era Kyungsoo que o encarava entristecido.

-Alguns tolos pensam em felicidade, alegria, união. Alguns tolos enganam a si mesmos eu suponho, mas eles não estão enganando a mim. – Baekhyun falou alto, com um tom irritado, enquanto fechava os olhos com força por conta do choro. Kyungsoo segurava seus ombros tentando o acalmar. – Eu sei que não é verdade. Eu sei que não é verdade. – chacoalhou a cabeça para os lados. – O amor é apenas uma mentira, feita para te deixar triste.

-Baekhyun, pare! – Kyungsoo o apertou mais forte. – preste atenção, não coloque a culpa no sentimento. Se as coisas não estão indo bem para você, então é porque você não está sendo capaz de controlar seus sentimentos de forma correta.

Baekhyun calou-se, deixando com que sua cabeça, caísse sobre o ombro de Kyungsoo a sua frente.

-Me diga. Que merda foi que você fez agora. – falou impaciente. – Alias, me explique que história é essa de namoro, por que eu não estou entendendo nada.

Afastou o corpo de Baekhyun do seu para que pudesse o olhar.

-Eu... Eu não estou namorando de verdade com a Taeyeon.

-Imaginei.

-O presidente disse que eu precisaria assumir um namoro com ela, caso quisesse o bem do grupo. – Kyungsoo franziu o cenho. – Era uma jogada de marketing para atrair atenção para o grupo novamente, por causa da saída do Kris.

-Você aceitou isso?

-Eu não tinha outra escolha. – abaixou a cabeça.

-Então é por isso que vocês brigaram? Você não contou que isso foi ideia do CEO?

-Eu contei. Contei tudo pra ele. E ele até disse que poderia lidar com isso. – Sorriu tristemente ao lembrar-se do maior. Secou seu rosto com sua camisa.

-Não estou entendendo. Vocês brigaram ou não? Qual foi então o motivo da briga? – falou impaciente.

-Nós brigamos por que... – Baekhyun mordeu seu lábio inferior.

-Porque o que? Desembucha.

-Eu pedi pra gente terminar.

-Você o que? – Kyungsoo arregalou os olhos, inconformado.

-Eu pedi pra gente terminar, porque eu estava com medo. Porque eu não queria mais machucar o Channie. – Baekhyun falou desesperado. – Você sabe Soo, você sabe que a ultima coisa que eu queria era magoar ele. Eu achei que essa seria a melhor escolha. Eu não posso mais. Eu não quero o fazer ficar triste por causa da minha burrice.

-Você enlouqueceu Baekki? Você acha por acaso que você não magoou o Chanyeol com essa sua ideia brilhante?

-Você não entende? Essa foi a ultima vez que eu magoei ele, agora ele não vai chorar mais por minha causa. Eu vou ficar mais feliz se ele não ficar ferido constantemente por minhas atitudes infantis.

-Baekhyun seu estupido. – Kyungsoo levantou-se da cama, irritado. – Será que você precisava realmente fazer isso? A escolha correta não seria parar de ter essas atitudes infantis? Você sequer pensou nessa opção, não é? Eu te entendo Baekhyun, eu entendo que você não goste de magoar o Chanyeol, e eu sei que você não faz por querer. Eu sei que é difícil lidar com um sentimento do qual você ainda desconhece. Mas não é assim que se resolvem as coisas. Não seria mais inteligente, provar para ele que você pode deixar esse seu comportamento de lado, e tentar não magoa-lo simplesmente porque você o ama? Poxa Baekki, você não está pensando direito. Você feriu o Chanyeol, mais do que você algum dia já fez. Mais do que fisicamente. Como você pôde fazer isso com ele?

-Eu fiz porque eu o amo de mais. Eu fiz porque é o melhor que eu podia ter feito. – Baekhyun abraçou seu elefantinho novamente.

-Baekhyun, some com esse elefante da minha vista antes que eu o enfie na sua garganta, pra não dizer outro lugar. – Kyungsoo passou suas mãos por seu rosto, na esperança de acalmar-se. Como Baekhyun conseguia lhe tirar tanto do sério? Logo ele, uma pessoa tão calma? – Até quando você pretende se arrastar nessa dança infernal de imbecilidade e emburrecimento?

-Não importa o que você fale agora. Minha decisão já foi tomada, e eu só vou me arrepender dela se eu perceber que ele continua ferido por minha causa. – Baekhyun o olhou sério e Kyungsoo bufou, balançando sua cabeça negativamente.

-Tudo bem. Faça o que você achar melhor. Mas vamos ver se daqui uma semana o Chanyeol estará pulando alegremente como você imagina. – Kyungsoo suspirou derrotado. – Estou saindo. Se precisar de alguma coisa, me chame, vou estar na sala com os outros.

Baekhyun assentiu enquanto o outro abria a porta do quarto para sair.

-Baekki, mas e você? – perguntou, voltando a olhar o outro antes de sair.

-Eu o que? – Perguntou confuso.

-O que vai fazer com essa situação?

-Eu vou esquecer o Channie. – falou com sua voz baixa. Kyungsoo sorriu duvidoso.

-Boa sorte, então.

 

****

 

-Ele não quis falar. Eu fiquei perguntando o que tinha acontecido, se ele estava bem. Mas ele não me respondia, ele nem olhou pra mim. – Jongin falava com os outros membros que estavam reunidos na sala.

-Mas como ele estava? – Suho perguntou apreensivo.

-Ele estava chorando, mas ele se recusou a olhar pra mim então eu só consegui perceber porque ele estava soluçando alto até de mais. Nunca vi ele desse jeito, eu estou preocupado de verdade. –Jongin se encontrava tenso.

-Chanyeol chorando? – Lay perguntou espantado. – É raro não o ver sorrindo, mas raro ainda vê-lo chorando.

-Ai, meu Deus. Eu vou morrer, desse jeito. – Suho falou agoniado, apertando a mão de Chen ao seu lado que tentava ajuda-lo a manter a calma.

-Calma Suho. Deve ser besteira desses dois cabeçudos. Não fique assim. Você ainda está abalado com o que aconteceu a pouco com o grupo, então está ficando nervoso por besteiras. – Chen falou convincente enquanto Tao que estava ao lado de Xiumin abaixou a cabeça. Xiumin que estava ao seu lado, passou o braço em volta de seu ombro dando um sorriso fofo fazendo Tao sorrir de volta.

Kyungsoo apareceu no corredor, fechando a porta do quarto e indo em direção a sala. Assim que Suho avistou o mesmo se aproximando, seu coração aliviou-se um pouco.

-Corre em meu auxilio bondoso Kyungsoo, que sinto meu espirito desfalecer. – falou assim que o outro chegou ao como onde todos estavam reunidos. – Me diz, por favor, como o Baekki está.

-Ele não parece bem. Pra ser sincero, nada bem. – falou receoso. – Quando entrei ele estava chorando, mas depois foi parando aos poucos, mesmo que ainda estivesse triste e soluçando, conseguiu conversar comigo.

-E o que ele disse? – Chen perguntou curioso.

-Bom... – Kyungsoo calou-se, ele não podia mentir, mas não tinha outra opção. – Ele contou pro Chanyeol sobre a Taeyeon como havia dito.

-Foi só isso? – Chen o olhou desconfiado. – Kyungsoo, eu sei que eles são dois briguentos, mas não acho que o Chanyeol brigaria por essa razão. E se brigasse, seria no mínimo, muito estranho e suspeito.

Kyungsoo corou fortemente e seu olhar logo se depositou em Suho.

-Eu concordo, não pode ser só essa a razão. – Suho falou e encarou mais intensamente o outro. –Nos conte a verdade Kyungsoo.

Este arregalou os orbes negros e se viu perdido em meio a tantos pares de olhos lhe mirando a face enrubescida e assustada.

-Eu... Estou falando a verdade. Baekhyun levou Chanyeol para o quarto, pra lhe contar sobre o seu namoro com a Tae. Mas ele me confessou que o namoro com ela era falso, foi algo que a empresa o obrigou a fazer para que a mídia se virasse para o grupo. – tentou mudar o foco do assunto.

-Quer dizer que Baekhyun não está namorando de verdade? Era tudo mentira? – Lay falou assustado.

-Sim. Era mentira, ele nunca esteve namorando a Taeyeon. Ele fez isso por nossa causa.

-E ele contou isso pro Chanyeol também? – Suho perguntou com uma sobrancelha erguida.

-...Contou.

-Então qual a razão de eles terem brigado? Porque o Chanyeol está chorando no quarto e por que o Baekhyun está estranho? – Todos se voltaram para Kyungsoo novamente que dessa vez calou-se por completo. Não conseguiria responder essa questão e sua voz simplesmente sumiu. Suho suspirou depois de uma longa pausa. –Eu já desconfiava na verdade.

Kyungsoo o encarou temeroso, enquanto os demais os olhavam confusos.

-Certo, eu acho que eu preciso falar com vocês. Uma reunião geral para tratar um assunto que eu estava evitando tratar, mas acho que eu não tenho escapatória. – Ninguém sequer respirava mais. –Eu já havia notado certa aproximação excessiva desses dois, e Kyungsoo, pela sua cara, julgo que você já sabia disso. Eu realmente acho que todos já devem ter entendido o que se passa aqui. – Mais silencio. – Eu quero deixar claro, que eu já tinha reparado nisso há muito tempo, e se querem saber a minha opinião sobre, eu não me importo. Eu não tenho nada contra. E eu sequer queria discutir esse assunto, porque acho que mesmo nos considerando uma família, isso seria intromissão da minha parte. E eu também não gostaria de os expor desta forma como estou fazendo agora, mas achei que talvez fosse necessário para que outras pessoas também pudessem ouvir.

Kyungsoo e Jongin engoliram em seco, enquanto Luhan segurou discretamente, a mão de Minseok.

-Eu não vejo problema nenhum nesse fato, se ao pratica-lo, vocês estejam cientes dos riscos. Vocês sabem que nós não levamos uma vida comum, e que nossos passos são contados por cada fã e por cada agente da empresa. Questões pessoais de nossas vidas são algo que podem vazar com muita facilidade se não tomamos cuidado, e dependendo de que questões são essas, pode causar uma bela confusão para o grupo inteiro e para a empresa também. Acho que principalmente, esse, tipo de assunto, é do tipo que devemos tomar total cuidado. Eu sei que não há má intenção de ninguém, mas devemos aprender a nos adaptar e não deixar com que questões pessoais influenciem no nosso trabalho. Uma coisa não tem ligação com a outra. – encarou os membros que se encontravam em silencio. – E no caso dos dois. Eu não vou procurar saber o motivo da briga, mas eu não quero que ela afete o nosso desempenho. Não irei me meter nos assuntos pessoais de nenhum membro, caso ele não queria compartilha-los comigo, mas se eu perceber algo de errado no nosso trabalho, serei obrigado a interferir. Só digo isso.

-Você tem razão Suho. – Kyungsoo concordou com uma aceno.

-Agora eu preciso urgentemente de um banho, porque depois de todo esse estresse eu sinto que posso desmontar. – Levantou distribuindo um sorriso acolhedor para os membros. E finalmente todos sorriram de volta, quebrando o gelo.

-Ainda estou preocupado com o Chanyeol. – Jongin falou para Kyungsoo que o olhou aflito.

 

****

 

Após o termino, Chanyeol não olhava mais para Baekhyun. Evitava qualquer contato e o menor fazia o mesmo. Ambos se afastando cada vez mais um do outro. Chanyeol chorava frequentemente a noite toda, fazendo Jongin preocupar-se, mas sem saber o que fazer. Kyungsoo já não aguentava mais a farsa de Baekhyun, que passava o dia todo fingindo sorrisos e gargalhadas e sempre dizendo que estava bem, mentindo para si e falando que já não sentia mais nada pelo maior. Mas era só a noite chegar e Kyungsoo fingir estar dormindo, para que o choro baixo de Baekhyun embalasse o quarto em uma canção de ninar, até que ele pegasse no sono.

Estava sendo terrível não só para Baekhyun e Chanyeol, como para Kyungsoo e Jongin, pois após toda a confusão, Chanyeol passou a querer se aproximar de Kyungsoo. Era nítido que o maior fazia de propósito, talvez, não tanto para provocar ciúmes em Baekhyun, mas quem sabe, tentar suprir a falta que o mais velho lhe fazia. Jongin sentia-se irritado, por Chanyeol descaradamente, muitas vezes, arrastar Kyungsoo para todos os lugares. O menor ia, por ingenuidade e pena de Chanyeol. As fãs notaram, é claro, o afastamento de uns e a aproximação de outros, e como sempre a confusão as tomou novamente. Afinal, o que estava acontecendo de novo? E por fim, o ódio sobre Baekhyun e Taeyeon só aumentava.

Baekhyun não sentia ciúmes de Kyungsoo, ele tinha consciência de que aquilo era algo que ele mesmo plantou. Ele sabia também que o outro, gostava incondicionalmente de Jongin e por essa razão não se afligia tanto. Dizer que não doía, era mentira, mas mentir, era a especialidade de Baekhyun. O menor tentava a todo o custo aproximar-se de Taeyeon, tentando ter qualquer tipo de interesse mais forte na garota. Sempre que via uma oportunidade a puxava para conversar e tentava flertar com essa que o olhava de forma estranha a cada vez que fazia isso.

Fazia exatamente um mês desde que Baekhyun decidiu que seria melhor se afastar do maior. Ainda chorava a noite e se odiava por isso. Até quando choraria por aquele garoto alto que antes chamava de namorado? Mas não era somente isso. Porque Chanyeol ainda não voltara a sorrir como antes. Ele sorria para as fãs quando estava no palco, mas não eram seus sorrisos verdadeiros, e Baekhyun sabia disso. O que estava magoando Chanyeol agora? Baekhyun já não havia terminado com ele? Já não conversavam mais, então porque ele não voltara a sorrir? Baekhyun tinha esperanças de que pelo menos fosse capaz de suportar a distancia se pudesse admirar os sorrisos do outro, mas este estava mais apagado do que uma estrela adormecida. E sem o brilho do sol que era Chanyeol, a lua de Baekhyun não poderia brilhar também, pois ele dependia unicamente da força que o outro lhe dava.

 

****

 

-Baekhyun, o que esta acontecendo com você? – Taeyeon perguntou preocupada, vendo os olhos maquiados de Baekhyun se mostrarem um pouco inchados.

-Não é nada. – riu mostrando suas pressinhas enquanto andava ao lado de Taeyeon em direção a sua sala de treino. Taeyeon insistiu em o acompanhar até sua sala, pois estava preocupada com os constantes devaneios de Baekhyun, que o fazia tropeçar distraidamente por todos os cantos da empresa.

-Baekhyun, você está tomando conta da sua saúde ultimamente? Você não parece que esta se alimentando direito.

-Por quê? Eu emagreci? – perguntou indiferente.

-Não, você continua o mesmo, mas não come com o mesmo apetite que antes. Suho já me falou que está preocupado.

Ambos continuaram andando até a porta e quando Baekhyun a empurrou para entrar na sala, Chanyeol estava do outro lado puxando a porta para sair da sala. Ambos se encararam por longos segundos até que Chanyeol percebeu a presença de Taeyeon ao lado.

-Não vai sumir da minha frente? – perguntou grosso, deixando Taeyeon com a boca aberta ao encarar a cena.

Baekhyun nada respondeu, pois estava focado demais olhando para os olhos vermelhos que Chanyeol carregava, e isso o assustou, pois os mesmos olhos estavam também úmidos. Sem paciência alguma, Chanyeol tirou o menor do caminho e saiu caminhando pelo corredor. Mas antes que ele se afastasse muito, Baekhyun correu para o seu lado e segurou seu pulso e falou baixinho para que Taeyeon não escutasse de onde estava.

-Você andou chorando? O que foi? – falou preocupado, por um segundo esquecendo-se de sua promessa.

-Quem você acha que é o responsável por isso? – Baekhyun o olhou incrédulo. Ele era o causador das lágrimas de Chanyeol novamente? Mas isso está errado, não era para ser assim. –Te agradeço, Baekhyun, por cada noite que estou perdendo por sua culpa. – falou sarcástico e com tristeza na voz. – Sua namorada está te esperando. – desprendeu seu pulso de Baekhyun e voltou a andar o deixando parado no corredor.

-Baekhyun? – ela perguntou receosa sem entender muita coisa.

-Não é nada. – voltou a olhá-la com um sorriso no rosto. –Vamos. – Se aproximou dela e passou seu braço em volta de seu pescoço.

-Baekhyun. – Ela tirou seu braço de seus ombros com um sorriso no rosto. –Eu preciso dizer uma coisa.

-O que foi? – perguntou confuso.

-Você não tem que se sentir obrigado a nada, como eu disse desde o começo, nós não somos namorados de verdade. E eu já percebi que você tem se esforçado bastante, mas sério, não precisa.

-M-Mas eu não estou forçando nada. – mentiu. Mas ela apenas sorriu como se já soubesse. Segurou ambas as mãos de Baekhyun e olhou em seus olhos, qualquer pessoa que passasse pelo corredor, acreditaria que eram um casal.

-Baekhyun, eu não gosto de você dessa forma. E eu já gosto de outra pessoa, então... Não faça essas coisas por obrigação, isso me incomoda um pouco. – soltou as mãos delicadas do outros. – Estou indo. Nós vemos quando der.

Baekhyun foi deixado sozinho no corredor. Como assim já gostava de outra pessoa? E agora? Como ele iria ficar? Sem Taeyeon, não havia qualquer pessoa por quem Baekhyun pudesse se afugentar, para tentar esquecer de Chanyeol. Mas por alguma razão ela lhe tirara um grande peso de culpa de suas costas. Suspirou e entrou na sala, tinha que ensaiar.

 

****

 

Era noite, todos já estavam em seus respectivos quartos. As luzes estavam apagadas e Baekhyun mirava silenciosamente o teto de sue quarto enquanto pequenas lágrimas escorriam em seu rosto. Lembranças são coisas que não podemos controlar, e Baekhyun estava tendo um turbilhão delas.

 

“Em alguns longos minutos o metrô anunciava sua chegada à estação. Este desceu afobado checando o horário, definitivamente não se deixaria atrasar logo no primeiro dia. Correu todo o caminho até a empresa e a primeira coisa que fez antes de entrar na mesma, foi permitir-se finalmente respirar de forma correta.

-Ó Deus, preciso parar de correr feito um louco. Daqui apouco vou estar todo suado. - cheirou de baixo do braço para conferir se estava tudo certo.

Um garoto bem mais alto que Baekhyun passou por ele e o olhou de forma engraçada. Baekhyun estava a cheirar seu CC em frente ao prédio da SM Entertainment.

-Aish!!! O que estou fazendo agora? Ainda bem que não era ninguém famoso. –Cobriu o rosto envergonhado e olhou para os lados checando se ninguém mais o observava, certo, não havia ninguém. Adentrou a empresa.”

 

“Soltou um grito agudo se deixando cair de bunda no chão e batendo a cabeça na parede atrás de si, chamando a atenção de toda a turma. O garoto alto ao lado de Jongin encontrou seus olhos em Baekhyun no fundo da sala naquela cena hilariante. Não conteve um riso.

“Droga, Por que esse garoto tem que rir logo agora?” pensou Baekhyun quando avistou aquele sorriso nos lábios do outro.”

 

“-Você está bem? – ouviu uma voz e então lembrou-se que estava agarrado a alguma coisa e ainda permanecia com seus olhos fechados.

Abri-os lentamente e então se deu conta, estava abraçando a cintura de uma das pessoas do vagão, como uma criança que abraça sua mãe com medo de se perder.

-Ó Deus, me desculpe. – levantou o olhar rapidamente se soltando da cintura do outro, mas sem poder sair do lugar, por conta da falta de espaço. –Espera... Você!!! – falou com tom assombroso enquanto apontava para a cara do garoto que alguns instantes atrás estava agarrando a cintura.

-Você também pega esse trem? – perguntou o garoto “orelhudo”.

-Você não é o garoto da SM? –perguntou espantado.

-Sou, me chamo Park Chanyeol, prazer! – disse ele com um sorriso.

-Prazer, sou Byun Baekhyun. – disse ainda envergonhado pelo maior tê-lo visto fazer tantas coisas idiotas em um único dia.”

 

“-Daqui a pouco é a estação que você desse, não é Baekhyun? – falou Chanyeol dando uma olhada no horário.

-Chanyeol, quantas vezes ainda vou falar que é hyung? – perguntou Baekhyun irritado.

-Eu não gosto de falar hyung. – falou Chanyeol olhando a cara irritada de Baekhyun.

-Mentiroso, você chamou o Luhan e o Yifan de hyung na minha frente. Você só se recusa a me chamar assim. – Baekhyun só não cruzou os braços e virou de costas como faria de costume, devido à falta de espaço e a necessidade de estar segurando o braço do maior.

-Não estou mentindo, eu realmente não quero te chamar de hyung. – fez bico.

-Só por que eu pareço ser mais novo que você? Ou porque só temos alguns meses de diferença? – perguntou olhando aquele bico no rosto do outro.

-Nenhum do dois na verdade. – Chanyeol negou com a cabeça.

-Então, o que? – Baekhyun bateu os pés no chão fazendo birra.

-Eu me nego a te chamar de hyung, porque eu quero me tornar mais próximo de você.”

 

“-Então me responda, como foi que nos tornamos amigos tão facilmente em apenas um dia? Como explicar que eu prefiro estar ao seu lado do que de qualquer outra pessoa? Por que quando eu olho para você, te acho tão bonito e fofo? Por que eu gosto tanto assim do seu cheiro? Por que gosto tanto de te abraçar e de te sentir em meus braços, como se você pertencesse somente a mim e a mais ninguém? Como explicar que sempre ao acordar e ver seu rostinho dormindo na cama do lado eu na verdade desejo que você esteja dormindo na minha, abraçado em mim? Como dizer que mesmo brigando com você, amo suas caretas, crises de raiva e mesmo suas reclamações infinitas, e que se eu vivesse sem elas tudo se tornaria tão sem graça? Baekhyun, por favor, me responda. Isso é algo que amigos sentem?”

 

-Não, Chanyeol. Isso não é algo que amigos sentem. – Chorou baixinho, deixando um soluço alto escapar .

Mas Kyungsoo não estava dormindo.

-Baekki?! – Este nada respondeu, envergonhado demais por ter sido pego chorando. Kyungsoo suspirou sonolento. – Negando com todas as suas forças como se tudo estivesse errado, sabe... Mesmo com todas as luzes do mundo sobre você, você está sozinho na escuridão que você próprio criou. Você está quebrando o seu próprio coração, Baekki, levando isso longe demais em uma estrada solitária. Você diz que só quer amor, mas quando ele chega perto demais, você o deixa ir. A coisa de que você tem mais medo não está longe do seu alcance, mas você apenas não quer enxergar isso. Eu estou preocupado com você, com as suas lágrimas também, sim, é fácil ouvir você através destas paredes. Você não tem que andar nas sombras. Ainda não esta tarde para concertar as coisas se você apenas deixar seus medos irem.

Ambos fizeram silêncio, e Baekhyun ainda com lágrimas no canto de seus olhos pensava sobre as palavras do outro. Até que ouviu a respiração de Kyungsoo pesar, e adivinhou que o amigo havia dormido.

 

****

 

Lá estava Baekhyun, em plena madrugada, em pé no meio do corredor, com todos os garotos dormindo e com uma carta escrita apressadamente em mãos. Suspirou. Foi em direção ao seu antigo quarto que era dividido também com seu antigo namorado. Baekhyun aproximou-se da porta do quarto e sentou-se no corredor, de costas para ela. Encostou suas costas na madeira da porta e foi capaz de ouvir um choro baixo e os soluços de Chanyeol do outro lado. Suspirou completamente arrependido, fechou seus olhos e deixou que uma lágrima silenciosa escapasse, já estava de noite, todos estavam dormindo. Olhou para a carta que estava em suas mãos, um pedaço de papel dobrado e um pouco enrugado devido às lágrimas que Baekhyun derrubara enquanto escrevia. Levou o papel até o chão ao lado de seu corpo e o passou discretamente por baixo da porta. Voltou a abraçar suas pernas e a afundar o rosto entre seus joelhos, fechou seus olhos e se permitiu derramar-se em lágrimas.

Chanyeol que estava encostado do outro lado da porta, sentado no chão e cobrindo seu rosto com as mãos enquanto tentava acabar com a dor que sentia, viu um pedaço de papel passar por debaixo da sua porta. O olhou, estava tão triste que quase deixou o papel do jeito que estava para continuar a encarar o teto do quarto, mas tomou o papel em sua mão e o desdobrou sem muita vontade. Logo que mirou as letras ali, não pôde deixar de reconhecer aquela caligrafia, era de Baekhyun:

“Eu não tive escolha a não ser fazer isso. Você sabe que eu não tive escolha.

Eu pensava que o amor era fácil, eu pensei que seríamos felizes se apenas sorríssemos, eu não sei sobre as outras pessoas, mas eu pensava que ficaríamos juntos para sempre. Mas eu acho que isso era uma ilusão.

Eu tento bloquear meus ouvidos, mas o meu coração continua se sentindo triste, eu não consigo evitar isso. Eu não consigo descobrir mais seus olhos.

Se eu sou a razão dessa sua tristeza, eu te imploro, esqueça o que eu te disse e volte para mim.

Minha pior mentira mistura-se com as lágrimas. Eu me canso de chorar a cada dia que se passa. “Isso será melhor para nós dois.” Mesmo que eu diga isso para mim mesmo milhares de vezes... Realmente não está dando certo. Vou esquecer o meu orgulho.

Eu fiz de tudo para me afastar, manter você longe dos meus pensamentos, como havia prometido. Eu sei que eu deveria te deixar em paz, mas isso não está me fazendo bem. Porque o tempo passa e eu não consigo esquecer você. Eu seria com prazer, um tolo apaixonado novamente.

E se ainda houver uma pequena chance de você querer olhar para mim novamente, me tocar, me desejar, ou algum dia precisar de mim. Estarei aqui, pois continuo enlouquecendo por você. E agora não consigo mais tentar me afastar de você.

Sabe amor, aquele abraço que você me deu? Eu sorri e me perdi, no lago calmo que são os seus olhos.  E agora, nesse momento, venho escrever essa carta, chorar e pedir, para que entenda o meu coração.

Ficarei apenas mais alguns minutos e depois irei embora, apenas quero ter certeza de que você parou de chorar e adormeceu. Mas há apenas mais uma coisa que eu acho que você deveria saber. É que os dias passaram, mas nada mudou, eu ainda estou aqui esperando que você me aceite de volta. Porque apenas um toque seu, já significaria tanto, para uma pessoa como eu, que está com o coração quebrado... Quebrado por mim mesmo.”

Não tinha como Chanyeol chorar mais do que estava chorando, seus olhos vermelhos e inchados, nariz entupido, e soluços que não paravam, eram a prova. Ele encarou o teto novamente e jogou a carta de Baekhyun longe de si. Ficou em silêncio encarando o teto e pôde ouvir a respiração entrecortada pelo choro, de Baekhyun.

O pequeno estava com o rosto entre seus joelhos, tentando fazer silêncio. Ficou olhando para o chão do corredor que era iluminado pela luz da lua que entrava pela janela da sala, permaneceu ali por mais dois ou três minutos até perceber que não ouvia mais o choro de Chanyeol. Ergueu seu rosto vermelho e inspirou o ar, enchendo seus pulmões, levantou-se de vagar e quando se pôs de pé, deu uma limpada em sua calça de moletom. Deu uma ultima olhada na porta do quarto que antes dividia com Chanyeol e virou-se, indo em direção ao seu. Antes que pudesse completar dois passos, ouviu a porta atrás de si abrir e uma mão segurar seu pulso o impedindo de continuar.

-O que eu faço agora? Não consigo te esquecer. – a voz grave de Chanyeol falou baixa.

Baekhyun sentiu seu coração parar uma batida, um mínimo sorriso se formou em seus lábios, ainda que estivesse temeroso pelo que ainda poderia vir. Virou-se lentamente para trás, vendo Chanyeol com seu rosto sério, molhado por suas lágrimas, a luz da lua não permitia que visse muito mais do que isso.

-Eu chorei tanto por causa de você, mudo, sufocado e sozinho. Por que você teve que me deixar? – Baekhyun o olhou, sem nenhuma palavra, não tinha nada o que dizer, ele sabia que tinha errado e estava arrependido. Abaixou sua cabeça e encarou o chão. – Está sendo muito difícil pra mim, então eu chorei em silêncio, porque eu ainda quero ficar do seu lado. Meu amor é real, eu quero voltar pra quando estava com você...  – Chanyeol soltou o pulso de Baekhyun.

-Me perdoe, eu estava errado, eu não queria ter dito aquilo para você... – Baekhyun fungou e fechou seus olhos com força. Mas as mãos de Chanyeol foram de encontro ao seu rosto e o levantou para que seus olhos se encontrassem.

- Você construiu tantas paredes em volta de mim que você não podia ver que sem você não há nenhum de nós...

-Me perdoe, por favor... Eu te amo. Eu já chorei tanto, lamentei tanto... – Os olhos de Baekhyun voltaram a banhar seu rosto e sua espiração começou a falhar devido aos soluços que tentava conter. Nunca havia chorado dessa forma antes, nem mesmo se quisesse, poderia parar suas lágrimas. -Meu coração dói, isso está sendo demais pra mim. Eu acreditei no amor por sua causa. E agora descobri que não posso viver sem você, por favor, volte pra mim e eu juro que não te deixarei mais.

 

-Eu sinto sua falta, eu preciso de você. Até nos meus sonhos eu estou com você. Faça tudo voltar como era antes, quero poder te beijar de novo, meu amor. Por favor, me abrace como você fazia. Já nem sabemos mais pelo quê lutamos. Preciso de você, você não vai ficar comigo?

 

Chanyeol não podia mais segurar seu coração e a falta que sentia do menor. O puxou delicadamente para um beijo quente, um beijo para sanar toda aquela dor que ambos sentiam. Baekhyun tinha falta dos lábios de Chanyeol contra o seu, queria que eles se fundissem em um só corpo para que pudesse se sentir completo pelo maior novamente, estava tão triste e ao mesmo tempo tão feliz. Enroscou seus dedos finos, pelos cabelos do maior, em um carinho que queria poder demonstrar naquele momento, queria que o outro soubesse que ele o amava mais do que qualquer coisa e queria expressar isso de todas as formas com todos os seus atos. Chanyeol não estava diferente, sentia o amor de Baekhyun saindo pelo calor das suas mãos que acariciavam seus cabelos e para ele não era necessário mais nada. Ao separar-se do beijo, Chanyeol ainda segurava o rosto do menor próximo do seu e sorriu.

- Para mim, ainda é só você. Para sempre, é você.

Ambos uniram seus lábios novamente em um beijo terno e doce, jamais trocado antes. Seguiram para a sala em passos silenciosos e Baekhyun foi depositado delicadamente no estofado quente do sofá. Chanyeol por cima do menor, com todo o amor e carinho do mundo, distribuía beijos pelo pescoço do menor enquanto as mãos de Baekhyun acariciavam suas costas e cabelos.

-Me desculpe Chanyeol. Me desculpe por todas as vezes que eu te fiz chorar. Me perdoe. – As mãos do menor trouxeram os lábios do maior para os seus e ambos os selaram novamente, calmos e terno. As mãos de Chanyeol ainda a cariciavam as laterais do corpo de Baekhyun quando partiram o beijo. –Tentar não te amar, só é possível até certo ponto. Tentar não precisar de você, está acabando comigo. Não é possível ver o lado bom disso. E eu continuo tentando, mas eu não sei para quê. Por que tentar não te amar, só me faz te amar mais.

E então Chanyeol sorriu, sorriu seu sorriso de dentes brancos e brilhantes. E mais uma vez o sol voltou a brilhar, e a lua de Baekhyun pôde finalmente voltar a iluminar a noite escura. E naquela noite em que ambos brilhavam, e quando se tornaram um só corpo da forma mais apaixonada possível, foi a primeira vez em que Baekhyun e Chanyeol entenderam o quanto dependiam um do outro.