História Only Human - May I Know The Reason Of Your Smile?

Deitei na cama sorrindo e logo me lembrei de que tinha que tomar banho e dar uma olhada no vídeo e twitter.  Aí me lembrei da conversa que o Matt queria ter, não sei se eu me preocupo. Amanhã eu também teria uma reunião com os managements da Magcon e da 26mgmt, me preocupei ainda mais, porém não deixaria aquilo me afetar. Levantei-me e fui fazer o que tinha que fazer...

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Minha noite havia sido razoável no começo, porém acordei lá pelas quatro da manhã sem sono. Não sei se meu corpo percebia meu stress e preocupação me fazendo acordar àquela hora ou se meu cérebro precisava que eu me ocupasse com algo para parar de pensar no que me preocupava. Do mesmo jeito eu me levantei e fui até o banheiro tomar um banho rápido para “terminar de acordar”. Vesti minha calça de moletom que era uma das coisas mais confortáveis do mundo, coloquei uma blusa preta de mangas três quartos grudadinha e fiquei só de meia. Deixei meus longos cabelos castanhos escuros soltos secaram naturalmente, senão acordaria a casa inteira.

A casa estava pela primeira vez em dias silenciosa e eu só percebi isso quando pude ouvir meus passos pela escada. Fui até a cozinha sem ascender às luzes, para não acordar os meninos e coloquei a chaleira no fogo para preparar um chá, já que ainda era “cedo” para comer algo ou beber leite. Estava tudo tão calmo que eu me permiti encostar na bancada e fechar os olhos, apenas ouvindo o silêncio da noite e o início do chiar da água no fogo. Senti um ventinho bater em meu rosto e abri os olhos para ver de onde vinha, passei meu olhar pela cozinha e vi que a janela tinha uma fresta aberta, como tinha gostado fui até ela e a abri por completo sentindo uma golfada de ar acertar meu rosto balançando os fios da frente que estavam quase secos. Retornei à bancada com cuidado por causa da pouca iluminação da cozinha e voltei a fechar meus olhos. Suspirei ao sentir o vento, agora mais forte, quase chocar minha face. Como eu amava aquela sensação. O barulho da chaleira agora tinha aumentado e eu sentia uma sensação diferente, porém ainda mantinha meus olhos fechados e estava tão bem daquele jeito que eu não pude evitar sorrir. Somente quando o vento que batia em meu rosto foi interrompido que eu os abri para encontrar um rosto liso, com algumas pintas e um sorriso. Senti suas mãos geladas tocarem minha cintura.

- Posso saber o motivo do sorriso? – ele perguntou ainda sorrindo com uma expressão serena, que passava tranquilidade, com o rosto razoavelmente próximo ao meu.

- Só se você me contar o motivo do seu. – eu disse erguendo minha sobrancelha e dando um sorriso de lado.

- E você ainda pergunta? – ele deu um riso abafado – Eu vinha só buscar um copo d’água, mas aí eu vi você sorrindo de olhos fechados... Eu não pude resistir. - eu mantive um sorriso em meu rosto enquanto ele falava um pouco envergonhado. – Se você quiser que eu saia... – ele disse apontando para a porta e virando um pouco o corpo.

- Não! – eu abaixei sua mão segurando-a quando seu braço já estava quase encostando em seu corpo. – Não precisa, eu só estava preparando um chá aqui. - disse em um tom baixo. Nós conversávamos quase em um sussurro para não acordar ninguém.

- E o sorriso?

- Hum, o sorriso foi porque eu estava aproveitando esse momento relaxante, sabe? O silêncio, o ventinho beijando meu rosto. 

- Você é tão diferente. – ele disse tocando meu rosto, eu automaticamente fechei meus olhos. – Por favor, mantenha seus olhos fechados. – eu fiz o que ele pediu e ele começou a puxar meu corpo para mais próximo do seu juntando nossos peitorais. Ele foi guiando meu corpo pela cozinha e eu agora sentia o vento bater em sua pele trazendo além do frescor da noite, seu cheiro inebriante. Ele passou as mãos pelos meus braços, que circundavam seu tronco, esticando os. Agora eu estava rodando pela minha cozinha com os braços abertos e sendo segurada apenas pela minha cintura, ainda mantendo nossos corpos unidos. Sorri, sentia que estava fazendo a coisa certa até ali, me deixando levar.

Aproveitei aquele momento o máximo que pude e quando estávamos quase parando eu abri meus olhos para encontrar aqueles olhos que sorriam juntamente com seus lábios. Olhei para seus lábios e ele imitou meus movimentos. Quando menos percebi eu o beijava e parecia ainda melhor que o primeiro beijo que havíamos dado. Estávamos tão calmos que os movimentos pareciam durar uma eternidade, o que não me parecia uma má ideia. Era tão bom sentir através do carinho que seus lábios que eu era desejada por alguém, como se eu fosse amada. Depois de um tempo nós quebramos o beijo e nos olhamos.

- Isso foi tão bom... – eu disse respirando calmamente. – Tanto o beijo quanto o momento anterior a ele.

- Sim, eu me senti tão bem. Você me deixou calmo, me passou uma tranquilidade. – ele disse sorrindo.

- Se eu passei isso para você foi porque você me fez sentir isso. – sorri e encostei minha testa na curva de seu pescoço. Era gostoso ficar daquele jeito, ele era um pouco mais alto que eu então encaixava perfeitamente.

- Hey, eu sei que deve estar bom, mas a água já está fervendo... Vai virar tudo vapor. – ele disse rindo e apertando um pouco minha cintura.

- Verdade. – respondi rindo. Desgrudei-me de seu corpo e fui apagar o fogo. Peguei uma caneca no armário e o pacote de chá de frutas silvestres com hibisco. – Você quer chá, Matt?

- Eu aceito, obrigado. – disse vindo até mim e me abraçando por trás.

Peguei outra caneca e nos servi, mergulhei os saquinhos de chá algumas vezes e deixei em infusão por um tempinho. Enquanto esperava eu era provocada com beijinhos em meu pescoço. Nesse momento me lembrei de que Cameron deveria ter deixado uma marca onde na noite anterior ele havia beijado, repentinamente Matt parou com o carinho e eu gelei. Pronto, iríamos brigar novamente. Peguei a caneca em minhas mãos e a segurei de modo que eu as esquentasse, depois levando-a a minha boca. Ele apenas foi para o outro lado e eu rezava para que ele não tivesse visto marca alguma.

- Pode parar com essas provocações. – eu disse rindo.

- Por quê? Você não gosta? – ele perguntou também rindo.

- Gosto, só não gosto de me queimar. – eu disse rindo e ele desgrudou de mim pegando sua caneca.

- Está uma delícia. – ele disse saboreando aquele líquido róseo.

- Sim. – falei e apreciei o cheiro que aquele chá exalava. – Eu vou lá para baixo, você quer ir comigo?

- Aham, eu preciso conversar contigo. – ele disse e eu assenti.