História Only Human - Justin Gundersen

- Bom, você pode tirar sua blusa, e caso seu sutien tenha armação terá que tirá-lo também. – ele falou olhando fundo em meus olhos.

- Okay. – falei com vergonha me virando para a parede para que ele na me visse seminua.

Ele estava arrumando a máquina não muito grande, devido as condições do Navio e eu esperava aquilo acabar logo. Ou não.

- Vou colocar esse jaleco em você para que seja mais confortável. – ele falou e em segundos eu senti seus braços passarem pelo meu corpo sem me tocar na ida e na volta roçarem na minha pele fazendo com que todos os meus pelos se eriçassem.

- Desculpa. – ele sussurrou ao pé da minha orelha e quando eu me virei para responder a porta da sala foi aberta e pudemos ouvir o barulho de pigarreio.

- Incomodo?

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Olhei com medo do que eu pudesse ver e para minha surpresa sua cara expressava mais preocupação que ciúmes ou qualquer outro sentimento.

- Cam? – perguntei na intenção de que ele me respondesse o motivo de estar ali olhando para nós. O médico estranhou a presença dele franzindo a testa.

- Desculpe-me, mas o senhor não tem autorização para entrar aqui. – ele falou sugestivo saindo de perto de mim e indo para a porta.

- Ah sim, eu sei... – Cam falava agora quase gaguejando, - é só que huum... – ele falou entrando na sala de vez. – Desculpa okay? É que eu fiquei preocupado Lily! – ele veio até mim quase correndo para que o Médico não conseguisse impedi-lo.

Ele me abraçou e eu retribuí apenas com um braço enquanto com o outro eu segurava os cordões do jaleco que eram para estar amarrados, mas que pela surpresa estavam soltos.

- Está tudo bem Cam... só meu corpo que dói um pouco. – falei sorrindo para ele.

- Ainda bem... Do jeito que o Nash falou eu achei que você estivesse muito pior. – ele falou triste.

- Ah então ele falou para você. Impressiona-me ele ter falado sobre isso com você. – eu falei achando que Nash não se responsabilizaria pela situação. Estava surpresa.

- Então, na verdade ele só falou que você estava mal. O Gilinsky que me contou o que realmente aconteceu. – ele falou bem triste e provavelmente pensando no que faria a respeito.

- Hum. Nem sei por que eu penso que as coisas podem mudar... – eu falei esperando que ele entendesse o sentido. – Bom, deixa para lá. Eu preciso fazer uns exames e tirar uns raios x.

- Se você não se importa... – o médico falou toco calmo apontando para a porta.

- Desculpas de novo. – Cam falou sorrindo envergonhado e saiu pela porta.

O médico cujo nome eu nem sabia fechou a porta e se virou pronto para fazer uma pergunta apontando para mim.

- Posso continuar meu trabalho ou mais algum garoto aparecerá aqui? – ele falou e eu ri.

- Pode continuar Doutor...? – falei esperando um complemento.

- Doutor Gundersen, mas pode me chamar de Justin. – ele sorriu e continuou falando. - Quantos garotos mais você está envolvida? E qual deles é seu namorado? – ele deu uma risada após receber uma cara de bosta de mim.

- Não tenho namorado Justin. E eles são em 13 garotos. Mas isso não vem ao caso. – falei balançando a cabeça ao vê-lo esbugalhar os olhos em surpresa. – Dá pra gente acabar logo com isso? – perguntei cansada.

- Claro, só deixe-me amarrar seu jaleco e você poderá se posicionar na maca. – ele falou se aproximando e o fazendo.

Foi até a máquina e a ligou fazendo com que eu ouvisse um barulho forte e relaxasse na maca.

(...)

- Você está intacta, Miss Santos. Apenas uma luxaçãozinha no pulso. – ele falou mostrando a radiografia contra a luz do corredor que nos levava a recepção. Assim que chegamos levei um susto por causa da quantidade de pessoas que no caso estavam me esperando.

- Oi... Hum... Nossa gente estão todos aqui? – perguntei não acreditando na cara de preocupação deles.

- Só o Nash que não. – O Taylor falou e logo fez cara de obviedade. – Esquece. – ele falou ouvindo os meninos rirem dele e balançarem a cabeça.

Eles sabiam que eu excluía Nash de minha vida. Ainda mais depois do que aconteceu...

Não sei direito como explicar o sentimento que possuía meu corpo naquele momento da minha vida. Eu nunca pensei que Nash fosse tão longe. No começo cheguei a pensar que era birra e por uns segundos passou pela minha cabeça a leve impressão de que ele gostava de mim, agindo tal qual para criar o efeito inverso. Mas não. Com o tempo eu percebi que aquele sentimento era tão real quanto aquela cena que acontecera mais cedo.

- Eu preciso fazer mais alguma coisa ou já posso ir.. Justin? – foi difícil de chama-lo tão intimamente na frente dos meninos e das meninas que eu mal conhecia.

- Você está liberada – ele falou e eu já esperava um “Miss Santos”, porém me enganei. – querida Lily. – ele falou e eu senti sua voz carregada de ironia e graça. Acho que ele achava engraçado o fato de os meninos se preocuparem comigo e me tratarem como algo a mais que amizade, mas ainda assim serem apenas amigos.

- Obrigada Doutor Gundersen. – falei seguindo sua ironia. Ele me segurava já que andar estava difícil. Melhor que antes, mas ainda assim ruim. Jack se aproximou para me dar apoio. Dessa vez o Johnson.

Antes de eu me soltar completamente do doutor e de me segurar no loiro, o primeiro deu uma apertada na minha cintura de leve para que não doesse e eu, olhando em seus olhos, mordi meu lábio inferior da mesma maneira.

- Vamos? – Jack me falou e eu concordei acenando para ele. Todas as outras pessoas que permaneceram quietas durante todo o tempo se levantaram e começaram a sair da sala.

Meu olhar cruzou com o de Matt e ele abaixou a cabeça adiantando o passo. Suspirei e continuei andando.

- Lily, desculpa por tudo viu. – Carter disse ao se colocar ao meu lado para que assim andássemos juntos.

- Você não precisa se desculpar Carter! – eu falei colocando meu braço sobre seu ombro o trazendo para perto de mim. Agora eu estava com ambos os braços sobre os pescoços dos meninos e suas mãos estavam em minha cintura.

No mais apenas conversamos sobre minhas dores físicas, pois as psicológicas nem mesmo Freud, com seus conhecimentos da psicanálise entenderia, de tão bagunçado que tava.

Fomos nos aproximando de meu quarto que ao que eles haviam me falado já estava arrumado. Assim que entrei fui colocada na cama o que me deixou bem relaxada e aliviada ao sentir a maciez dela.

- Obrigada meninos, mas agora pode deixar que nós cuidamos da Lily. Né meninas? – minha prima falou empurrando Hayes que estava do seu lado para fora. Eu ri da cara deles e apenas me deitei completamente na cama. Não queria me preocupar com nada.

- Nem o Taylor pode ficar? Porque menino ele não é sabe? – Dillon falou me fazendo rir ainda deitada.

- Olha quem fala... – Taylor falou com sua voz estridente e eu continuei rindo.

Coloquei minha mão cobrindo meu rosto, tanto que nem percebi quando Shawn chegou ao meu lado com Gilinsky.

- Lily a gente volta depois, tá? – Shawn falou todo envergonhado soando doce.

- Tudo bem Shawn. – eu sorri feliz surpresa com aquele ato. Ele deu um beijo na minha bochecha e se afastou dando espaço para Gilinsky.

- Qualquer coisa você manda alguém me chamar, por favor! – ele falou olhando fundo em meus olhos e eu o puxei para um abraço rápido.

- Obrigada por tudo. – eu disse e sorri.

- De nada Lily. – ele sorriu e deu um beijo na minha testa.

Eu sorri com aquele ato assistindo todos os meninos saírem do quarto.

Estava um completo silêncio por parte das meninas até que quando a porta foi fechada aquele quarto explodiu em perguntas e falas rápidas que eu mal entendia. Elas pularam em cima da cama e em segundos eu me encontrava rodeada. Uma loirinha perguntava de um lado enquanto uma morena com umas mechas azuis segurava meu braço implorando por respostas.

Eu não sabia o que fazer então eu simplesmente comecei a rir. Elas mal entendiam o que falavam e eu muito menos. Rir era a melhor solução.

- Okay meninas. – eu falei tentando silenciá-las sem sucesso. – OKAY MENINAS!!!! – eu falei mais alto, beeem mais alto.

- Desculpa. – uma garota com o cabelo todo cacheadinho e olhos claros falou envergonhada. Elas finalmente haviam parado.

- Tudo bem. – sorri para elas. – Por favor se apresentem. – terminei de falar e mais uma vez o quarto explodiu em vozes se apresentando.

- Eu sou a Gab... – Meu  nome é... – Anna Carolin... – Tenho 15 an... – amo o Johnson e... - elas olharam para minha cara e perceberam que eu não tava entendendo nada.

- Nem meu nome eu sei agora gente. – eu falei com cara de coitada e todas caíram na risada. Eu ri junto e fiquei feliz, me sentindo completa. Acho que eu realmente precisava disso.

- Okay, então vamos ver se eu entendi e decorei o nome de todas vocês. – eu falei fazendo sinal de calma para elas.

- Você é a Gabs. – apontei para a garota de mechas azuis. Ela sorriu e eu soube que tinha acertado. – hum.... Nanda? – apontei para outra morena.

- Não, eu sou a Luiza. – ela falou e eu ri envergonhada.

- Desculpa. – sorri mostrando os dentes. – Hum... Você é a Larissa né??? – eu perguntei e ela riu discordando. Puts até eu decorar os nomes...

- É o seguinte: eu sei que tem uma Gabriela, Larissa, Anna Carolina, Fernanda, Luiza, Marie, Flávia e a Lisa que está lá fora, certo? – eu falei enumerando na mão e eu já estava perdida.

- Isso! – Andy falou rindo. E eu ri junto.

- Mas e aí? Fala pra gente... você e o Gilinsky..? Tá acontecendo algo? – Marie, acho, falou toda curiosa o que me fez rir.

- Não gente. – comecei a explicar...