História Only Mine - To me you will never change

A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram. _Autor Desconhecido. 

Eu não estava ciente se estava mesmo vendo isso ou estava tendo algum tipo se pesadelo estúpido e miserável ou sei lá o que, me permiti fechar os olhos por breves estantes, coloquei meus dedos sobre as têmporas ainda sem querer crer que estou vendo isso. 

_Querido.- Ouvi a voz trêmula de Patricia Elizabeth Lynn Mallette, ou para todos os efeitos, minha mãe. -Que saudades...

_O que fazem aqui?- Fechei minha mão em punhos, olhado Jeremy que me olhava com seu olhar de reprovação. 

_Justin...- Kristen me olhou feio e eu baixei a guarda assim que ela veio até mim, ela nunca entendeu o meu jeito grosseiro com Patrícia e Jeremy, mais sim eu tenho grandes motivos. 

_Olá Justin, como vai?- Jeremy soltou todo seu sarcasmo pra cima de mim, franzi os cílios e sorri debochado.

_O que fazem aqui?- Retornei a perguntar e vi Patrícia engolir em seco. 

_Estávamos de passagem, e resolvemos vim te ver.- Patrícia disse deixando sua voz mais dura. 

_Não vai dar um abraço em seu tio?- Jeremy abriu os braços e eu fechei ainda mais a cara, Kristen sorriu para Jeremy e Patrícia e olhou para mim.

_Tenho uma idéia, por que não saímos para almoçar fora? sei que Justin esta com fome e bom eu também. 

_Magnífico.- Jeremy sorriu enquanto levava um copo aos lábios.

_Ótimo vou me arrumar.- Ela sorriu e veio até mim me abraçando.- Seja gentil.- Sussurrou em meu ouvindo, e depois olhou pra mim sorrindo nervosa, assenti e a vi saindo da cozinha. 

_Posso saber o que droga estão fazendo aqui?- Eu explodo assim que ela saiu da cozinha, Patrícia me olhou com indignação.

_Você poderia ser um pouco mais educado eu não te criei assim.- Ralha ela.

_Ah não me aborreça com essas histórias chatas de sempre Patrícia. - Apontei o dedo pra sua cara e Jeremy riu.

_Ora Justin por que você sempre esta na defensiva? vamos garoto os anos se passaram. – Jeremy e seu humor idiota.

_Seu...- Ia parti para cima do mesmo quando minha mãe entrou em nossa frente me impedindo, claro.- Sai da frente sua vadia. 

_Tenha respeito comigo Justin eu ainda sou sua mãe.

_Infelizmente...mais isso não quer dizer que não seja uma vadia.- Retruquei, tingindo-a em cheio.

_Eu devia surrá-lo por dizer isso. - Jeremy me olhou com raiva nos olhos e agora eu que o olhei debochado. 

_O tempo de me bater acabou titio querido. - Eu ri e me afastei tentando manter a calma, eu não podia simplesmente brigar com eles desse jeito, Kristen não sabia de tudo o que eu passei e que não vai passar na minha mente.

_Jeremy, por favor!- Olhei para Patrícia que o olhava feio. - Justin meu filho não estamos aqui para brigar, eu queria que me perdoasse por tudo.- Eu ri um tanto alto com o que ela acabara de dizer.

_Você enlouqueceu agora?- Eu ri debochado balançando a cabeça. - Perdoar? isso é hilário.

_Justin estou sendo sincera eu...se eu pudesse eu faria tudo diferente.- Eu fechei os olhos e me virei, senti a fraqueza me cercar mais engoli em seco.

_Um pena que nada pode ser mudado não é mesmo?- Assim que mai seguro de si virei sorrindo, ouvi passos nas escadas e logo Kristen desse já arrumada com uma calça jeans clara e uma blusa azul que deixava sua barriga um pouco exposta, eu seus pés um salto preto.

_Querido vá se vestir te esperamos.- Dei um selinho rápido na mesma e subi as escadas rapidamente, assim que fechei a porta do quarto soquei a parede, por que eles estão aqui depois de todo esse tempo? alguma motivo tinha, eles nunca se preocuparam comigo e agora eles acham que vou cair nessas lamúrias estúpidas, eu não sou mais o garoto ingênuo de anos atrás, eles não sabem com quem estão mexendo. Vesti a primeira coisa que vi e tentei arrumar meu cabelo, mais meu humor esta tão fodido ao ponto de não querer saber do meu cabelo ou qualquer merda que fosse. Desci as escadas e vi Patrícia e Jeremy rindo de algo que Kristen falava, eu chamei atenção dos mesmos.

_Vamos?- Kristen perguntou e assentimos, peguei sua mão e saímos de casa e entramos em meu carro, segui em silêncio todo o caminho, enquanto ouvi as palavras falsas vindo dos dois, como sempre eles mentem, te iludem, te machucam. Patrícia e Jeremy são dois imundos filhos da puta, uns desgraçados. As coisas já não estão boas mais sempre tem algo para estragar mais ainda. Sinceramente não me importo mais com o que ouço, não consigo mais sentir pena, não tenho um coração puro o suficiente para perdoar ou me arrepender, não tenho mais consciência do que é certo e do que é errado. 

Assim que entramos no restaurante e logo depois pedimos nossos pedidos eu me senti sufocado com  presença deles. Tentei ser simpático por Kristen mais eu não consigo, fiquei calado apenas tomando minha bebida em silêncio, eu contava os segundos para que eles fossem embora novamente e me deixasse em paz de uma vez por todas, eu juro que não queria, mas me sinto vulnerável na presença deles. 

_Kristen vamos ao toilet comigo?- Patrícia se levantou e Kristen sorriu assentindo a vi as duas se afastarem, bebi mais um gole de minha bebida.

_Ainda tento saber por que elas sempre vão juntas ao banheiro.- Ouvi a voz de Jeremy e o olhei entediado.

_Será se você pode calar a merda da boca?- Semicerrei os dentes e ele sorriu, peguei o celular na mesa assim que vi que uma mensagem do Lil havia chegado, ele tinha o pedido para vigiar Leslie, abri a mensagem e uma foto dela em frente a clínica e a seu lado tinha um cara, mais quem diabos é esse? 

_Hum...e como estar sua queridinha?- O olhei sem entender mais dei de ombros voltando a ver as fotos.-Como ela chama mesmo? hum Leslie.

Engoli uma quantidade considerável de saliva me fazendo em tossir diversas vezes, o olhei de olhos arregalados e vi que ele sorria vitorioso. Recompus minha postura e o olhei sério.

_O que disse? 

_Você ouviu muito bem Justin.- Ele gesticulou e pois as mãos atrás da cabeça. - Sabe não me admiro em saber que trai Kristen...imagina como ela ficaria se soubesse disso.- Eu soquei a mesa e as pessoas que comiam em outras mesas e os funcionários olharam assustados em minha direção, respirei fundo. 

_Seu desgraçado você não...o que você quer? 

_Calma filho.- Ele olhou sua bebida que tinha sido derramada, e logo me olhou feio.- Primeiro eu quero o respeito que eu mereço depois conversamos sobre isso.- Ele deu um sorriso superior e pegou meu copo engolindo todo o conteúdo de uma só vez, eu o encarei furioso, nesse momento eu só queria poder matar esse desgraçado da pior forma possível, ele não sabe o poder que eu tenho.

                                                                 P.O.V Leslie Barker 

Eu senti um alívio enorme me entorpecer assim que pus os pés no ônibus, como se tudo de ruim estivesse sendo deixado para trás me tornando livre de novo. De alguma forma eu me sinto assim agora livre...mesmo que não seja definitivo ainda, mais aquela parte iludida minha vinha a tona de forma tão absurda que eu não sabia a magnitude disso, eu estou feliz com isso, oh sim. Eu sempre procurei a liberdade, vivi grande parte da minha vida presa nesse objetivo, mas só hoje percebo que, tudo que vivi foi uma escravidão consentida em busca da minha tão sonhada. Eu amo Justin mais eu queria ser livre de novo, poder não ter medo de agir como eu quisesse ou falar o que eu quiser. Ele sabe como jogar, ele trapaceia, ele me usa como fantoche por que ele sabe que sou loucamente apaixonada por ele, de eu tivesse sido mais esperta não tinha deixado ele perceber isso. Mais no momento eu prometi a mim mesma que não ia mais pensar exclusivamente em mim ou Justin mais pensar em meus pais que estou indo ajudá-los, eu sinto meu peito bater ainda mais forte em meu peito só de imaginar vê-los depois de todo esse tempo,como será que eles estão? eu rezo para que eles apesar de tudo estejam bem. O tempo parecia que não passava me deixando nervosa e querendo chegar logo ao meu destino, mesmo que meu peito estivesse a beira de um colapso maluco e doido para explodir a qualquer momento, eu não queria demonstrar nem pra mim mesma mais eu estava com medo, na verdade estou apavorada pra falar a verdade não sei o que vou encontrar lá e como vou encontrá-los, e isso me deixa apavorada só Deus sabe o quanto estou assustada. Mordi os lábios olhando meu celular e vi diversas ligações do Justin e mensagem também, eu sei que ele deve estar furioso mais no momento eu não me importo com isso não mesmo. Desliguei o celular e tentei dormir um pouco mais claro foi falho de qualquer forma, meu olhos estavam fechado mais minha mente não calava a boca que ela tem, vários pensamento me atormentam. Eu deixei tudo pra trás numa tentativa desesperada de ficar bem, mas tudo estava me levando cada vez mais para baixo quando tudo o que eu queria era voar e ser feliz mais isso parecia um sonho tão distante. Pra dizer a verdade… às vezes me sinto à beira de um precipício, olhando para o nada sem nenhum lado mais para ir senão para baixo. Depois de incansáveis tentativas de tentar dormir, finalmente tinha chegado a meu destino, eu forcei um sorriso assim que o motorista disse que tínhamos chegado ao nosso destino, peguei minha mochila e fui andando atrás das pessoas que desciam, muitas conversavam entre se, assim que desci do ônibus respirei fundo olhando a rodoviária de Washington, estava tudo do  jeito que eu tinha vista a última vez, quer dizer não faz tanto tempo assim, mais de alguma forma era bom vim aqui depois de tudo, foi aqui que passei minha infância, difícil mais foi. Fui andando mesmo, pra lembrar dos lugares, eram quase sete da manhã algumas pessoas faziam caminhadas, outras estavam indo trabalhar. Andei 10 minutos até chegar na esquina de casa, respirei fundo e continuei andando, abri a boca assustada quando vi o estado da minha antiga casa. Parecia aquelas casas de filme de terror, as janelas quebradas, a porta da frente tinha remendas e pichações pelas paredes, a grama não era mais verde, garrafas de cerveja estavam espalhadas, cigarros, senti meus olhos se encherem de lágrimas, se aqui esta assim, imagine lá dentro. Andei até a porta e bati quatro vezes e esperei que abrissem, mais ninguém veio, bati novamente e nada, chorei baixinho e entrei em desespero, forcei a porta e ela estava aberta,entrei e a casa estava aos pedaços, movíeis quebrados, o lugar mal iluminado, o cheiro forte de bebida e droga estava impregnado, procurei pela sala e não os vi lá.

_MÃE,PAI!- Gritei desesperada, e fui até a cozinha, mais lixo tinha ali, pus as mãos na boca e corri até os quartos, mais nada tinha ali.- PAI,MÃE ONDE ESTÃO?- Minha voz saia estranha pelo choro, fui até a parte de trás da casa e nada, quando ia pegar meu celular ouço um barulho na porta da frente, vou correndo até a mesma e me assustei quando vi Austin passar por ela, mais o que?- Austin o que você...

_Meu Deus que susto!- Ele colocou a mão no peito, ele semicerrou os olhos e logo abriu a boca espantado.- Leslie? Meu Deus.- Ele veio até minha me abraçando forte e eu fiquei sem reação, o que ele faz aqui a final?

_Você sabe onde estão meus pais? eu não estou os achando!- Me afastei dele passado as mãos pelos cabelos, chorando de novo.

_Calma eles estão no carro, agora eles estão seguros.- Eu abri a boca tentando dizer alguma coisa porém nada saiu...um interrogação enorme estava em minha cabeça mais eu ignorei a mesma e sai pela porta e fui até o carro e vi minha mãe e meu pai dormindo no carro, eles estavam sujos e senti o cheiro forte de bebida e drogas de longe, puxei os cabelos desesperada e comecei a chorar, senti braços me abraçarem por trás e desabei ali mesmo...como eu pude ter sido tão egoísta a ponto de deixá-los assim? Sozinhos, perdidos, como deixei eles chegarem a esse estado?

_Esta tudo bem agora.- Austin sussurrou em meu ouvindo e eu assenti.

                                                                                ...

Austin me ajudou a levá-los para dentro, mandei os mesmo tomarem um longo banho, enquanto eu ia comprar coisas para eles comerem, voltei e Austin recolhia o lixo da casa, preparei uma boca comida e comecei a tirar todo o lixo também, logo meus pais descerram e os fiz comer, eles faziam várias perguntas de o por que de eu ter voltado, e meu pai disse que estava chateado por eu não ter feito o que ele pediu, deixar eles para lá e viver minha vida, mais como eu podia fazer isso? Eles são meus pais. Depois os mandei dormirem, eles pareciam abatidos demais com tudo, e eu prometi que falaria tudo depois e assim eles fizeram, fiquei a sós com Austin e me senti no sofá velho de casa e suspirei cansada.

_Como você esta?- Ele perguntou sentando ao meu lado e eu o olhei e sorri forçado. Austin estava ainda mais bonito que antes, seu cabelo loiro agora em um topete jogado para o lado bem penteado, seus olhos azuis claros que me faziam pirar aos meus 16 anos de idade, que fazia meu coração bater forte, ele ainda tinha  mesmo sorriso lindo e suas bochechas fofas, seus lábios rosados que eram minha maior perdição.

_Bem.- Mordi o canto da boca e corei, por que estava o encarando demais.

_Te conheço o bastante para saber que não esta bem.

_Eu não sou mais a Leslie de antes, eu mudei.- Eu molhei os lábios e o ouvi rir.

_Pra mim você nunca vai mudar.- Ele pega minha mão e sorriu, céus ele ainda me deixa nervosa.

Continua...