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História Only You - Twenty one.


Escrita por: smile20

Notas do Autor


oi meuzamô! tutu pom? quero agradecer por todos os favoritos e comentários que recebo a cada capítulo, vocês são os melhores ser humanos, obrigada mesmo.

boa leitura ❤

Capítulo 21 - Twenty one.


Nada melhor do que estar em casa.

Ultimamente ando a procura de ter um tempo só para mim, mas a correria do dia-a-dia está tornando isso quase uma utopia. Ora estou estudando ora estou disponibilizando meu tempo aos meus amigos, familiares ou namorado. Nesses últimos dias eu pareci esquecer de mim mesma.

As coisas andam muito automáticas, como canta Chico Buarque “Todo dia ela faz tudo sempre igual”. E toda manhã eu estava na faculdade, toda tarde enfurnada em meu quarto estudando sozinha, outras vezes com as meninas, mas nem sempre. Quase todas as noites eu via Diego, ou eu estava em sua casa ou ele estava na minha, o garoto realmente conquistou a família.

- Mãe, vou ali na padaria, quer alguma coisa?

- Não, filha, obrigada.

A sexta-feira estava quente, típica tarde do Rio de Janeiro. A padaria ficava próxima da minha casa, por isso fui caminhando até lá.

Incrível como a vida da maioria dos seres humanos é uma completa rotina. Gostava de ir naquela padaria, e todas as vezes que chegava ali via as mesmas pessoas, nos mesmos horários, comendo as mesmas coisa. Eu não fugia a regra. Só que ao invés de comprar meus doces e ir comer em casa, naquela sexta eu decidi ficar lá.

Me sentei em uma mesa próxima a porta e comia vagarosamente os docinhos que havia comprado. Senti meu celular vibrar e olhei a mensagem que meu namorado acabara de mandar.

“Está em casa?” – Diego 

“Não exatamente. Estou naquela padaria bem próxima.” – Clarice

“Vou para sua casa, ok?” – Diego

“Certo.” – Clarice

“Te amo.” – Diego

“Amo mais.” – Clarice

Não sei explicar ao certo a sensação que tenho todas as vezes que recebo uma mensagem ou quando Diego resolve declarar pessoalmente seu amor por mim. Eu acredito nele, porque o amo na mesma proporção, talvez até mais. O fato de estarmos juntos a menos de seis meses não influencia em nada o tamanho do amor que sentimos um pelo outro, tantos casais por aí que estão juntos a tanto tempo não conseguem sentir um terço do que sentimos. Nós não nos precisamos nos expor em redes sociais ou qualquer coisa do tipo para mostrar para o mundo que estamos juntos e que nos amamos.

Fui bruscamente acordada dos meus devaneios ao sentir uma mão gelada em meu ombro. Me virei para ver quem era o dono de todo aquele frio em pleno inferno climático.

- Gustavo. – me espantei ao ver aquele ser humano pálido ao meu lado. – Mas o que você está fazendo no Rio?

Eu e Gustavo havíamos nos aproximando virtualmente desde a primeira é última vez que lhe vi. Nossas conversas sempre eram boas, outro dia ele me mandou uma mensagem e Diego estava registrando sua beleza em meu aparelho. Claro que meu namorado ficou desconfiado ao ver aquela mensagem ali, mas depois de lhe mostrar que era apenas um link para um vídeo muito engraçado é que ele, e não Gustavo, era o amor da minha vida, desencanou com a ideia de “o menino de Brasília é uma ameaça para o nosso namoro”. É claro que não é ameaçando alguma. Certo? Certo.

- Cheguei hoje pela manhã. Eu achei que tivesse enviado uma mensagem para você avisando, mas eu chequei meu celular é vi que não. – riu coçando a cabeça.

- Sente aí, menino. – apontei para a cadeira vazia em minha frente. – O que faz por aqui?

- Comprando torta. – levantou a sacola.

- No Rio, cara. – revirei os olhos e ele sorriu.

- O marido da minha tia faleceu e a família veio prestar solidariedade.

- Poxa vida, Gustavo. Sinto muito.

- Obrigado, eu acho. Bem, eu mal conhecia o cara, então eu estou só a passeio mesmo. – deu de ombros.

- Minha nossa, como você é insensível.

- Você mora por perto?

- Sim. Tá vendo aquela esquina? – apontei para atrás do rapaz que se virou para ver. – Se você dobrar para a direita e continuar do lado direito, vai ver a terceira casa. É a minha. Dos meus pais, na verdade.

- Sua casa. – falou parecendo óbvio. – Aquele ali é o meia do Flamengo? – pareceu confuso e eu fiquei ainda mais surpresa ao ver Diego atravessando a rua e entrando no estabelecimento.

Lembrei que Gustavo sabia que eu tinha um namorado e que ele se chamava Diego, só não sabia que era o Diego Ribas.

- Boa tarde! – meu namorado nos cumprimentou.

- É ele – falei antes que Gustavo respondesse. – também conhecido como meu namorado. – dessa vez os dois me olhavam com um ar de confusão pairando por ali.

- Sério? – Gustavo perguntou e parecia não acreditar.

- Seríssimo. Senta aqui. – falei puxando Diego para que se sentasse ao meu lado. – Diego, esse é Gustavo, e Gustavo, esse é Diego.

- É um grande prazer conhecer você. – Gus estendeu a mão para Diego que parecia uma estátua, não esboçou reação alguma, pra isso tive que o beliscar discretamente para que recebesse o cumprimento. Assim ele fez.

- Você não mora em Brasília? – perguntou meu namorado ao meu amigo.

- Moro, mas por motivos familiares precisei vir para o Rio.

- E volta quando?

- Diego! – o repreendi.

- O que eu fiz? – me respondeu com uma pergunta. Sínico.

- Volto no domingo. Clarice, eu estou indo. – falou Gustavo ao perceber o clima que estava se instalando entre nós três. – Espero te encontrar qualquer dia por Brasília. – Gustavo recebeu um olhar matador de Diego, mas não se amedrontou, lançou outro ao nível. – Se quiser, leve seu namorado junto, podemos levá-lo naquele bar que nos conhecemos.

- Pode deixar, Gustavo. A próxima vez que a minha namorada for até Brasília, nós iremos sim à esse bar, mas vamos sozinhos. – já havia começado a revirar os olhos quando Diego deu ênfase na palavra “minha”. Me senti uma propriedade.

- Gus! Eu, o Diego e nossos amigos vamos sair hoje a noite. Tá afim de ir com a gente? – lancei o convite sem ao menos saber se essa noite poderia dar certo.

- Eu?

- Ele? – os dois falaram ao mesmo tempo e eu quis ri da cara de desgosto que meu namorado fez.

- Sim, você. – olhei para o loiro. – Sim, ele. – falei olhando para o jogador. – Eu e Diego passamos para buscar você, é só mandar o endereço.

- Mas se achar que vai se sentir desconfortável com pessoas desconhecidas, a gente entende. – senti uma ponta de arrogância nas palavras proferidas pelo meu namorado.

- Eu irei com o maior prazer, Clarice. Daqui a pouco mando uma mensagem com o endereço. Até mais, casal. – disse e foi embora.

- Eu não acredito, Clarice. Sério? Sério mesmo?

- Comportar-se, querido. Gustavo é meu amigo.

- Ele não é seu amigo, vocês se viram só uma vez.

- Mas não quer dizer que não seja meu amigo. É tão meu amigo quanto os outros, e eu quero que seja seu amigo também. – Diego soltou uma risada debochada.

- Difícil, meu amor. Muito difícil. – baguncei aqueles cabelos arrumados de uma forma impecável e o jogador riu.

A tarde seguiu tranquila, assim que chegamos em casa descobri que Diego chegara preparado. Ele não voltaria para sua casa, pelo contrário, havia levado roupas para se trocar na minha casa. Gustavo tinha mandado o endereço de onde estava e às oito em ponto, eu e Diego saímos para buscá-lo e irmos até o pub que sempre íamos.

“Vou levando surpresa. – Clarice

Adoro surpresas! – Isabel

Só quero ver...– Camila”

- Amor, seja educado com o menino. Desfaz essa cara emburrada que não combina com você.

- Ele é muito sínico, Clarice.

- Você provoca. Poxa vida, amor, ele é meu amigo.

- Ok, tudo bem. Por você. – me deu um selinho rápido e voltou a direção. – O que eu não faço por você?

Chegamos em frente a residência e Ribas buzinou. O loiro logo apareceu em meu campo de visão. Vestia uma camiseta e uma calça preta, junto a um tênis preto também.

- Ridículo. – Diego resmungou e eu só não ri para não dá trela.

- Boa noite. – disse Gustavo ao entrar no veículo.

- Boa noite, Gus.

- Boa noite, cara. – Diego se esforçou para parecer amigável, mas nós percebemos o quão forçado foi.

O trânsito estava caótico naquela sexta-feira, demoramos muito para chegar. Por sorte chegamos junto com o resto do pessoal. Assim que saímos dos carros e nos encontramos, as meninas se entreolharam parecendo não acreditar no que, ou melhor, em quem viam ali.

- Oi, gente. Esse é o meu amigo Gustavo. – apontei para o rapaz ao meu lado esquerdo. – Esses são meus amigos. Camila, Leonardo e Isabel.

- Oi, prazer. – Gustavo cumprimentou os três e nos encontramos.

O pub tinha muitas pessoas naquela noite, por isso demoramos até encontrar uma mesa vazia.

Gustavo falou um pouco sobre a sua vida de músico e Diego revirava tanto os olhos e se mexia ao meu lado que chegava a ser cômico. Meu novo amigo já havia se entrosado com os demais, menos com meu namorado, pois o mesmo não deu espaço para a aproximação.

- A Clarice foi em Brasília mas nem deu tempo de conhecer melhor o que a cidade tem a oferecer. – Gus proferiu. – Se bem que ela conheceu o melhor bar da cidade, então...

- Vocês se conheceram em um bar? – perguntou Léo. – Legal. As amizades de bares são sempre verdadeiras.

- Sim, é verdade. Eu e Clarice também nos conhecemos em um bar, e veja só onde estamos. – falou Diego.

- Isso quer dizer que eu estou em um bom caminho? – Gustavo lançou o veneno e ouvi Diego suspirar.

- O caminho certo para a “Friendzone”.

- Pesado. – ouvi Léo sussurrar para Camila.

- Melhor do que nada. – falou Gustavo. – Nas verdadeiras amizades podem nascer...

- Vamos beber, gente. Hm, que tal? – cortei aquela conversa que não nos levaria a uma boa noite.

- Acho ótimo. – falou Isabel tomando todo o álcool que estava em seu copo.

- Você vai dirigir, Isabel, vai com calma.

- O Diego também vai e tá bebendo de boas.

- Hoje quem vai dirigir sou eu, por isso estou maneirando.

- Minha namorada é maravilhosa, não é mesmo? – Ribas perguntou me abraçando.

- Ela é incrível. – Gustavo respondeu me lançando um sorriso extremamente fofo que fez meu cérebro gravar aquela imagem para sempre.

- Eu não gosto dele. – meu namorado resmungou não tão baixo do meu lado.

- Diga para ele que agora isso é recíproco. – Gus resmungou também, nada baixo, do outro lado.

Os dois se olhavam feito duas crianças birrentas que careciam de mais atenção do que lhe era dada. Eu estava responsável por dois monstrengos.



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