1. Spirit Fanfics >
  2. Open Your Heart >
  3. Vou retribuir na mesma moeda!

História Open Your Heart - Vou retribuir na mesma moeda!


Escrita por: Always-an-Army

Notas do Autor


Bom gente aqui está mais um capitulo gigante pra vocês... espero que gostem!

Obrigada pelos comentários maravilhos de vocês e a todos os que favoritaram a fic♥

Boa leitura meus amores ♥

Capítulo 21 - Vou retribuir na mesma moeda!


POV Ally

Eu odeio ele, eu odeio ele, eu odeio ele! Ai meu santo picles…. Eu não odeio ele, eu não odeio ele, eu não odeio ele.

-Porque eu não odeio ele? – Gritei eu involuntariamente. Que foi? Saiu, foi sem querer… Eu grito quando estou irritada, ou nervosa, ou feliz, às vezes eu grito quando… ah, vocês já entenderam, isto sai naturalmente.

-Tá gritando porquê ó maluca? – Pergunta Dallas me fazendo soltar um gritinho assustado… ah, não me julguem ele que me assustou.

-Primeiro: Tá querendo me matar do coração seu idiota! – Falei batendo nele. – Segundo: Maluca é quem te trouxe ao mundo. Terceiro: EU NÃO ESTOU A GRITAR. E quarto: Tá fazendo o quê aqui? Que eu saiba essa é a ala das meninas! Ah… deixa eu adivinhar! Finalmente se assumiu… Own fico tão feliz por você Dallas, dizem que é sempre bom sair do armário! – Falei debochando dele.

-Que sair do armário o quê?! A única coisa que saiu do armário foi essa jaqueta, que por acaso me fica a matar. – Fala ele se achando.

-Ih, tá se achando viadinho? – Retruquei eu.

-Ei, eu não sou viado coisa nenhuma tá? Eu sou mais homem que todos os garotos desse colégio juntos. – Fala ele se defendendo.

-Se você o diz…… eu vou fingir que acredito! – Falei indo embora, mas ele me puxa pelo braço me fazendo parar para encara-lo. – O que foi agora?

-Não vai pedir desculpa? – Fala ele me fitando.

-Desculpa por dizer a verdade? Nem morta!

-Não, não é por isso. Eu sei que você só tá me zuando! – Fala ele calmamente. Uhm, bonitinho e inteligente! Pelo menos não ferve em pouca água como um certo loiro aguado!

-Não entendi! Então porque eu tenho que pedir desculpa? – Perguntei o encarando confusa.

-Você já esqueceu a cotovela que você me deu quanto tava batendo na Kira? – Pergunta ele sorrindo de lado. Own, se ele não fosse um idiota, eu até dizia que ele é fofo.

-Á tá! Quer dizer… foi mal, mas também ninguém mandou você ir lá se achando o salvador da pátria… mais propriamente o salvador das vacas que andam sobre duas patas, mas tudo bem!!! – Falei fazendo ele rir com o meu último comentário.

-Você é engraçada. – Comenta ele.

-Me fala uma coisa que eu já não saiba! - Falei jogando os cabelos pra trás.

-Não falei?! E já agora, eu também quero pedir desculpa pra você. – Fala ele abaixando a cabeça.

-Porquê?

-Porque eu fui um idiota quando falei com você pela primeira vez. – Fala ele nitidamente envergonhado.

- Pelo menos você tem consciência de que é um idiota. E admitir é sempre o primeiro passo para solucionar o problema. – Falei sorrindo.

-Ah, pega leve. Eu já pedi desculpa. É que eu não sou assim… idiota! – Fala ele e logo eu lhe lancei um olhar do tipo “Não pode estar falando sério?” – É sério Ally. E pára de me olhar assim. É só que … você me pareceu uma garota legal e eu queria ser seu amigo, mas aí eu vi você conversando com o Austin e eu fiquei com raiva.

-Ficou com raiva porquê? – Perguntei.

-Porque eu não suporto aquele garoto, ele me tira do sério. – Fala ele serrando os punhos. Ui, que aconteceu entre eles dois? Que saber? Tou com preguiça de mais pra perguntar.

-Já somos dois. – Falei me referindo ao seu comentário.

-É, deu pra perceber! Pelo menos entre ele e eu o sentimento é mutuo. Mas enfim, me desculpa tá? – Fala ele meio receoso. Uhm, ele e o Austin não se suportam, é? Isso vai ser interessante.

-Tá bom, eu te desculpo.

-Legal! Então podemos começar de novo? – Pergunta ele sorrindo abertamente. E nossa, que sorriso mais lindo… não tão lindo como o do Austin… NÃO COMEÇA ALLY!

-Oi, sou a Ally Dawson. – Falei esticando o braço pra cumprimenta-lo.

-Oi, sou o Dallas Centineo. – Fala ele apertando a minha mão.

-É impressão minha ou você é meio viado? – Falei gargalhando.

-Impressão sua, eu sou muito macho! – Fala ele sorrindo e entrando na brincadeira.

-Não sei não… - Falei me fazendo de desconfiada.

-Confia em mim, eu sou um homem de palavra. – Fala ele colocando a mão no peito.

- Um homem sem pêlo no peito? – Falei debochando.

- Eu tenho pêlo no peito… apenas dois, mas pelo menos tenho. – Fala ele rindo e sendo acompanhado por mim.

-Bom, já tá tarde. Vou indo. – Avisei eu.

- É, é melhor eu também ir antes que a dona Teresa apareça (a dona Teresa é a senhora que vigia os dormitórios/ quartos) e me leve para a direção. – Fala ele fazendo cara de assustado.

-Ei, você ainda não me respondeu. – Observei eu.

-Não respondi a quê? – Pergunta ele confuso.

-Tá fazendo o quê aqui?

-Falando com você! – Fala ele como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

-Isso sei eu. – Falei arqueando a sobrancelha.

-Então porque perguntou? – Pergunta ele ainda mais confuso. Talvez ele não seja assim tão inteligente.

-Porque eu referia-me ao que você tá fazendo na ala das meninas. – Esclareci eu.

-Ah tá! Tava com a Débora. Aquela louca que tava fazendo claque pra você. – Fala ele sem dar muita importância ao assunto.

-Ui, não vou questionar mais sua macheza. – Falei levantando as mãos em sinal de rendição.

-Nem devia. Espera… você tá pensando que eu e a Debora estamos… Eca, que nojo. – Fala ele fazendo cara feia. Que deu nele? – Aquela louca é minha prima.

- Uhm, ok! Bom, agora sim eu vou indo! – Falei me virando para ir embora novamente.

-Tchau Allyzinha. – Fala ele sorrindo.

-Tchau Dallitos! – Falei para provoca-lo.

-Eu sou macho Ally. – Grita ele indignado e eu apenas respondi gargalhando.

Fui pro meu quarto e como sempre, lá estava a Vakira se enchendo de porcarias da cabeça aos pés.

Fingi que nem a vi e fui direto pro banheiro. Tomei banho, vesti o pijama, escovei os dentes, amarrei o cabelo e fui dormir ou pelo menos tentar.

A cena do beijo estava rodando e rodando na minha cabeça até agora. Por mais que eu queira evitar pensar no beijo e dizer que não senti nada, eu não posso… eu não consigo. Tanto este, quanto o primeiro beijo mexeram comigo de uma maneira inexplicável.

Sentir os lábios dele nos meus me causa uma sensação incrível, algo que eu nunca senti ou pensei vir a sentir em toda a minha vida. Eu achava idiota quando as pessoas me diziam que quando se beija alguém que se gosta se sente borboletas no estômago… mas agora eu é que me sinto idiota por não ter acreditado nisso.

Quando eu e o Austin nos beijamos, eu senti essas tais borboletas… na verdade, eu senti mais do que isso… Eu senti borboletas, senti o meu coração acelerar, senti uma espécie de corrente eléctrica que vinha através do delicado toque dos dedos dele, assim que eles tocavam na minha pele e que percorria o meu corpo todo. Mas não era algo ruim, muito pelo contrário, era algo bom, realmente bom. E sabe quando você se sente tão feliz que dá vontade de lançar fogo de artifício? É, pode parecer exagero, mas eu me senti assim.

Eu nunca me tinha sentido tão bem em toda a minha vida…………………. E eu nunca mais me quero sentir assim. Eu sei, é confuso… mas eu sou confusa, eu me sinto confusa, eu tou confusa!

É que eu… eu tenho medo, porque eu sei que quanto mais alto eu “subir” maior será a queda.

Acreditem, eu estava praticamente nas nuvens quando a minha mãe estava comigo, mas quando ela se foi embora sem dizer nada, a queda foi gigante! E demorou, mas eu me levantei e não vou cair de novo… não mais!

E assim eu adormeci, pensando o quão feliz e triste eu estava.

Triin Triin Triin

6 horas da manhã e o meu despertador começou a tocar. As aulas começam às 8:30h mas eu gosto de acordar cedo. Me levantei devagar e desliguei o meu bendito amiguinho (o despertador). Fui até ao armário e peguei umas calças jeans vermelho escuro e um top rosa clarinho. Tomei um banho rápido e fresco, porque apesar de ser cedo, o calor de Miami já está insuportável. Saí da box, me sequei, vesti minha roupa e peguei uns acessórios pra combinar com o meu look. Fiz uma maquiagem leve, mas que marcasse bem o meu olhar, passei um gloss rosa quase vermelho e comecei a pentear o meu cabelo.

- Nossa, eu hoje estou mesmo num “Bad Hair Day”! – Falei me encarando no espelho. O meu cabelo estava horrível. Peguei minha chapinha e passei no cabelo deixando ele totalmente liso. Quando meu cabelo está natural, ele fica cacheado e me bate pela metade das minhas costas, mas quando eu o estico, ele me bate bem mais abaixo da cintura.- Agora sim, eu tou uma gatona!

Saí do banheiro, peguei uma bolsa vermelha e coloquei meus livros dentro, peguei meu sapato de salto alto também vermelho pra combinar com a calça e com a bolsa, mas não calcei eles porque eu não queria fazer barulho. Fui caminhando silenciosamente até à porta para não acordar a vaca escandalosa que ainda dormia feito anjo… Ahahahah, anjo nada, essa daí tá mais pra demónio. Sério, até dormindo ele tem cara de idiota, convencida, insuportável e… acho que vocês já entenderam! Nossa, às vezes eu falo demais!

Tava tudo indo bem, até ao momento em que eu fui abrir a porta, porque justo nessa hora meu sapato caiu da minha mão e eu tropecei, bati contra a porta e logo a Vakira acordou.

-SIM, EU ACEITO CASAR COM VOCÊ AUSTIN! – Grita ela me assustando. Até em sonho essa garota é obcecada pelo Austin… até arrepiei! Ela me olhou e me mediu de cima a baixo com cara de nojo e depois pulou da cama assustada e falou. – Porque é que você já está vestida? Que horas são? – Uhm vamos brincar? Isso vai ser lindo.

-Eu já estou vestida porque só faltam 5 minutos pra começar as aulas, por isso agora são… 8:25h. – Falei eu naturalmente, mas acreditem, eu estava rindo histericamente por dentro. Só queria tirar uma foto à cara dela nesse momento, tava muito hilária. E na verdade são apenas 6:35h, mas eu não ia perder essa oportunidade de zoar com a cara dela, né?! – Se fosse a você andava rápido, porque o relógio não pára. TIC TAC, TIC TAC, TIC TAC! – Falei imitando o som dos ponteiros do relógio e logo saí do quarto com os sapatos na mão.

Caminhei ainda descalça pelos corredores escuros pela falta de luz. Tava sem sono, mas também não havia nada de interessante para se fazer.

- Ai que tédio! – Falei como se alguém me estivesse ouvindo… É sério, eu tenho que parar de falar sozinha. Decidi ir para o quarto do meu irmão… não há nada melhor do que irritar o irmão mais velho logo de manhã.

Assim que cheguei lá me sentei na ponta da cama dele com as pernas cruzadas e fiquei observando ele dormir. Nunca tinha ficado tanto tempo olhando para o meu irmão… ele é tão fofinho! Own, que lindinho que ele fica quando está dormindo. Vou acordar ele! Ihihihi Gatinhei por cima dele e me sentei em cima da sua barriga, me aproximei do seu ouvido e gritei:

- ACORDA MACAQUINHO! – Gritei tão alto que ele acordou gritando também e com o susto ele acabou caindo no chão e me levando junto com ele. Talvez isso não tenha sido tão boa ideia. – Sai de cima de mim seu gordo!

-Ally? Que você tá fazendo aqui às 6:45h? 6:45h? ALLY! – Resmunga ele ainda em cima de mim.

-Acordei cedo como de costume, mas acabei ficando no tédio. – Falei fazendo carinha triste.

-E o que eu tenho a ver com o seu tédio? – Pergunta ele irritado.

-Tudo. Você é meu irmão, portanto é sua obrigação me aguentar. – Falei fazendo voz de bebé e abraçando ele que logo retribuiu o abraço.

-A sua sorte é que eu te amo, senão eu juro que te matava sua louca. – Fala ele separando o abraço e me ajudando a levantar. – Bom, já que você me acordou, eu vou aproveitar pra tomar um bom e demorado banho!

-E vai me deixar aqui? Sozinha? No tédio? – Perguntei fazendo bico.

-Vou. Porquê? Você quer vir tomar banho comigo? – Fala ele em tom de deboche.

-Pra ver miséria basta olhar pra sua cara… não se rebaixe mais maninho. – Falei rindo da cara de irritado dele.

- Falou a tábua humana. – Fala ele me fuzilando com o olhar e logo eu retribui da mesma maneira ou pior.

-Idiota. – Falei eu.

-Chata. – Fala ele.

-Irritante.

-Insuportável. – Fala ele antes de entrar no banheiro.

E o tédio deu “oi” de novo!

-Bom, já que não tenho nada melhor para fazer, vou aproveitar para cochilar um pouco. - Falei alto o suficiente para que ele me ouvisse.

- Então vá fazer isso no seu quarto. – Fala ele de dentro do banheiro.

-Tá me expulsando do seu quarto maninho? – Falei me fazendo de ofendida.

- Uhm deixe eu pensar… estou! – Respondeu ele de forma grossa. Ele tem que passar menos tempo comigo.

-Grosso.- Falei enquanto me deitava na cama dele.

-E com muito gosto.

-Pois fique você sabendo que eu não vou arrecadar o pé daqui. – E depois disso não me lembro muito bem de mais nada porque o sono começou a bater de novo e os meus olhos foram se fechando lentamente.

POV Austin

Acordei ouvindo um grito vindo de não sei onde. Esfreguei meus olhos e me levantei lentamente, olhei em volta e vi que Dez e Riker ainda dormiam. Fui no banheiro e tomei um banho rápido, vesti umas calças jeans, uma regata branca e uma camisa xadrez por cima.

Preferi não acordar eles dois, porque ainda era cedo e eu também não estou afim de ouvir interrogatório logo de manhã… eu sei que eles vão querer saber o porquê de eu ter pedido para falar com a Ally ontem. Enfim, mudando de assunto... De onde será que veio aquele grito? Eu só gostava de saber quem foi o idiota que se pôs a gritar a essa hora… mas pelo jeito eu não vou descobrir tão cedo. E agora? O que eu faço? Não posso ficar aqui sem fazer nada?

-Agora que eu acordei não vou conseguir dormir mais! – Murmurei pra mim mesmo.

Por fim decidi ir ao quarto do Brady, ele vai ficar furioso por ir acorda-lo a essa hora, mas eu preciso falar pra ele sobre o beijo... e que beijo! É inevitável não sorrir ao lembrar daquele beijo… essa menina me deixa louco.

Saí do quarto silenciosamente e fui para o quarto do Brady.

Quando lá cheguei me sentei na ponta da cama e fiquei olhando o nada. Até que ele começou a se remexer um pouco e então eu decidi acordar ele de uma vez.

-Brady! Brady eu preciso falar com você!- Falei mas a única coisa que ele fez foi se encolher mais em baixo dos cobertores. – Vá lá Brady, eu preciso falar com você sobre a Ally. – Falei e ele ficou quieto, não mexeu nem um dedo. Ele tava coberto da cabeça aos pés, portanto eu não sei qual foi a reacção dele ou se ele adormeceu de novo.

-Fala! – Fala ele depois de minutos em silêncio. Que voz é essa?

-Que aconteceu com a sua voz cara? – Perguntei confuso.

-Uhm, é que… é que eu t-tou c-com gripe. É , é isso! Eu devo ter pegado um resfriado. – Fala ele gaguejando. Que estranho isso. Mas faz sentido, ele está todo coberto e está um calor desgraçado aqui. Dá pra acreditar que eu nem consegui ver a cara dele?!

-As melhoras cara! – Falei batendo levemente nele que… espera, é impressão minha ou ele estremeceu quando eu toquei nele? Ai, isso tá ficando cada vez mais estranho! Relaxa Austin, deve ser só coisa da sua cabeça… ele gosta da sua irmã lembra? Lá porque um garoto estremece quando você toca nele não quer dizer que ele goste de você, pois não?

-V-valeu! Mas o que aconteceu com a Ally?

-Você sabe que eu ontem queria falar com ela sobre o beijo e assim foi. Mas depois a gente começou a brigar e ela disse que já nem lembrava mais do beijo e eu acabei beijando ela de novo… e foi o melhor beijo de toda a minha vida, mas não foi melhor que o primeiro. Porque o primeiro é sempre o mais especial… mas o mais incrível é que ele correspondeu, claro que depois a gente brigou de novo, né?! ......... E agora eu estou aqui, sorrindo feito bobo a toda a hora e eu não sei o que fazer! Brady, a sua irmã me deixa louco! – Falei sorrindo ao pensar na morena mais linda desse mundo. Meu santo panqueca, eu tou muito apaixonado! Agora o estranho é que o Brady não falou nada, ficou quieto de novo! Se ele adormeceu, eu juro que mato ele. – Brady fala alguma coisa. – Falei puxando os cobertores. Ele resistiu um pouco, mas eu vou acabar ganhando facilmente. O quê? Eu sou forte pra caramba.

E quando eu tava quase conseguindo, a porta do banheiro se abre saindo de lá Brady enxugando os cabelos.

-Austin? O que tá fazendo aqui? – Pergunta ele assim que me vê.

-Espera… Se você tá aí… quem tá aqui? – Falei olhando fixamente para a cama à minha frente. Puxei rapidamente os cobertores para ver quem era a pessoa com quem eu estava falando e assim que eu vi quem era, a minha boca ficou num perfeito “O”. – Ally?

POV Ally

Eu estava dormindo tranquilamente, quando de repente eu senti alguém sentar na ponta da cama. Achei que fosse o Brady, por isso não liguei muito. Mas assim que a pessoa começou a falar o meu queixo caiu.

-Brady! Brady eu preciso falar com você!- Fala a pessoa que eu menos esperava que fosse… o Austin. O que ele tá fazendo aqui? Eu não quero falar com ele agora, não depois do beijo que a gente deu ontem. Ai, o que eu faço? – Vá lá Brady, eu preciso falar com você sobre a Ally. – Fala ele. Ele quer falar sobre mim? O que ele quer falar sobre mim? Assim que eu ouvi aquela frase, fiquei imóvel… simplesmente congelei. Então uma ideia veio à minha cabeça.

-Fala! – Falei fazendo voz masculina. E meu pai amado, isso foi horrível.

-Que aconteceu com a sua voz cara? – Pergunta Austin nitidamente confuso. E agora o que eu falo? Pensa Ally, pensa!

-Uhm, é que… é que eu t-tou c-com gripe. É , é isso! Eu devo ter pegado um resfriado. – Falei meio nervosa. Só espero que ele não desconfie, porque eu quero saber o que ele vai falar de mim.

-As melhoras cara! – Fala ele batendo ligeiramente no meu braço ainda coberto pelos cobertores, mas mesmo assim eu não consegui evitar que meu corpo estremecesse com aquele simples toque.

-V-valeu! – Porque eu sempre gaguejo?- Mas o que aconteceu com a Ally?

-Você sabe que eu ontem queria falar com ela sobre o beijo e assim foi. Mas depois a gente começou a brigar e ela disse que já nem lembrava mais do beijo e eu acabei beijando ela de novo… e foi o melhor beijo de toda a minha vida, mas não foi melhor que o primeiro. Porque o primeiro é sempre o mais especial… mas o mais incrível é que ele correspondeu, claro que depois a gente brigou de novo, né?! ......... E agora eu estou aqui, sorrindo feito bobo a toda a hora e eu não sei o que fazer! Brady, a sua irmã me deixa louco! – Fala ele me deixando paralisada de vez. Ai meu santo picles, ele gostou do beijo, tanto ou mais que eu. Own e ele é tão fofo e… Não se ilude Ally. – Brady fala alguma coisa. – Fala ele enquanto tentava tirar os cobertores de cima de mim. Eu tava tentando ao máximo que isso não acontecesse e quando ele tava quase conseguindo, a porta do banheiro se abre. Agora ferrou de vez.

-Austin? O que tá fazendo aqui? – Pergunta meu irmão confuso.

-Espera… Se você tá aí… quem tá aqui? – Fala Austin tentando entender o que tava acontecendo. Em um movimento rápido ele puxa todos os cobertores que me escondiam dele e depois disso eu só vi sua boca ficar num perfeito “O”– Ally?- Pergunta ele meio assustado, meio confuso e meio envergonhado? Own, que fofo que ele fica quando está coradinho… FOCO Ally! Você tá irritada com ele lembra? Ele contou sobre o beijo… tá bom, eu também contei mas isso é diferente!

-Você contou?- Perguntei me levantando para encara-lo.

-Você tava aí? – Pergunta ele cada vez mais vermelho.

-Vocês estão bem? – Pergunta Brady.

-Eu não acredito que você contou. – Falei indignada.

-Eu não acredito que você tava aí. – Fala ele no mesmo tom que eu.

-Eu não acredito que ninguém me explica o que tá acontecendo! – Pergunta Brady sendo ignorado novamente.

-Como é que você pôde contar? – Perguntei eu.

-Como é que você pôde fingir que era o Brady? – Pergunta Austin.

-Como é que vocês podem estar me ignorando? – Pergunta Brady fazendo eu e Austin o encararmos.

-Fica quieto Brady. – Falei irritada.

-É, fica quieto porque o papo aqui é reto. – Fala Austin não desviando o olhar de mim.

-Não sei se vocês perceberam, mas vocês… ESTÃO NO MEU QUARTO! – Fala Brady falando um pouco mais alto na última parte.

-O que você quer Brady? – Perguntei me virando para encara-lo.

-Que vocês me expliquem o que tá acontecendo. – Fala ele como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

-Foi ele(a). Eu? Tá brincando comigo? – Falamos eu e Austin ao mesmo tempo.

-Foi você que contou pro Brady que a gente se beijou. – Falei me defendendo.

-Mas foi você que fingiu ser o Brady para ouvir o que eu ia falar pra ele. – Se defende Austin dessa vez.

-Que culpa eu tenho que o Brady tenha voz de garota? – Falei fazendo o Brady resmungar baixinho. – E se você queria falar de mim, é claro que eu ia querer ouvir.

-Mas você não tinha o direito de fazer isso. – Fala Austin.

-Nem você tinha o direito de contar para o Brady sobre os nossos beijos. – Falei tapando a boca logo em seguida.

-Vocês se beijaram de novo? – Pergunta Brady sorrindo feito criança.

-Fica quieto Brady. – Falamos nós dois (Austin e eu) novamente ao mesmo tempo.

-Não fico quieto nada… Eu já entendi o que aconteceu. – Fala Brady sorrindo orgulhoso.

-Bom pra você. – Murmurei recebendo um olhar furioso do mesmo.

-Ela tá zangada com você, porque você me contou sobre o beijo de vocês dois. E você tá zangado com ela porque ela se fez passar por mim para ouvir o que você me ia dizer sobre ela. E já agora, você me ofendeu Austin. Como é que você pôde pensar que ela, era eu? –Fala Brady apontando pra mim com cara de ofendido.

-Em minha defesa, sua irmã é uma ótima atriz. – Fala o Austin.

-Valeu. – Falei me achando.

-Só falei a verdade, você é incrível em todos os aspetos. Espera… não, não tenta mudar de assunto. Eu ainda tou bravo com você. – Fala Austin cruzando os braços.

-E eu com você. – Repliquei.

-Eu sou contei pro Brady, porque ele é seu irmão e eu sei que você confia nele. – Fala Austin fazendo uma carinha tão fofa que me deu vontade de enche-lo de beijinhos… nossa, que pensamento foi esse?

-A Trish, você também contou pra Trish. – Fala Brady recebendo um olhar mortal vindo por parte do Austin. Mas eu não vou reclamar por ele ter contado pra ela porque… Bom, eu também contei.

-Mas você não tinha o direito de contar pra ele… - Falei mas logo fui interrompida por Brady.

-Nem você tinha o direito de esconder que um garoto te beijou. – Fala Brady meio triste.

-Ah, desculpa Brady. – Falei agarrando nas mãos dele.

-Eu desculpo Ally, mas isso magoa. Eu conto tudo pra você, mas aparentemente você não conta tudo pra mim. – Fala ele me olhando com aqueles olhos cor de chocolate que fazem ele ficar mais fofo ainda… O meu irmão é muito fofo mesmo.

-Desculpa Brady, de verdade. Eu só não achei que fosse importante eu contar pra você o que aconteceu, visto que nenhum dos beijos significou alguma coisa pra mim. – Falei quase me engasgando com minha próprias palavras. Eu sei que essa é a maior mentira da história da humanidade, mas eu preciso fazer isso. Minha cabeça diz que isso é o certo a fazer, porque talvez assim ele se afaste e toda essa loucura acabe de uma vez… mas meu coração diz que loucura é o que eu acabei de fazer, porque só me estou magoando a mim mesma e talvez também esteja magoando o Austin. Assim que ouviu minhas palavras, Austin abaixou a cabeça e passou a encarar o chão com tristeza, o que fez com que aquelas palavras doessem ainda mais em mim. Senti meus olhos arderem ligeiramente e logo uma lágrima solitária desceu por meu rosto. Limpei-a rapidamente para que nenhum dos dois reparasse.

-Tá bom, deixa pra lá… uma mentirinha de vez em quando não faz mal a ninguém. – Fala meu irmão me abraçando de lado.

-Eu não menti. Só não contei pra você e isso não é mentir, isso é ocultar uma coisa. E por falar em ocultar… você também está me ocultando uma coisa senhor Brady. – Falei tentando aliviar o ambiente de tenção e tristeza que se tinha instalado, porém minha voz tremula não ajudou muito.

-O que foi que eu ocultei pra você? – Fala Brady confuso ou se fazendo de confuso.

-Que você tá gostando da minha princesa loira… você tá gostando da Rydel. – Falei fazendo os dois me encararem com os olhos arregalados.

-Como você descobriu? –Fala Brady olhando fixamente para Austin com uma cara nada boa.

-Pode parar de olhar pro Blonde ali, porque não foi ele que me contou nada. Eu descobri sozinha, porque eu te conheço da cabeça aos pés. E sério que você contou primeiro pra ele? – Falei fazendo meu irmão me encarar envergonhado.

-Foi mal. – Fala Brady coçando a cabeça.

-Foi mal mesmo. Mas você também me perdoou por isso… eu te perdoo também. Bom vou indo. – Falei beijando a bochecha do meu irmão.

Saí disparada pela porta fora, não tava mais aguentando aquele olhar do Austin sobre mim. Parece que ele ficou mesmo magoado. Será que ele gosta mesmo de mim? Pode ser só coisa do momento, sei lá, um sentimento passageiro… Porque eu sinto essa dor no meu peito desde que ele ficou daquele jeito?

Calma Ally, você fez o que estava certo, isso é o melhor pra você… relaxa!

Antes essas palavras me acalmavam, mas agora só me dão mais vontade de chorar e dar uns bons tapas a mim mesma por estar sofrendo por… amor?

POV Brady

Primeiro: Minha irmã é vidente, só pode. Como ela descobriu que eu gosto da Rydel? Segundo: Ela e o Austin se beijaram de novo? Love is in the air! (O amor está no ar!) Terceiro: Eu não acredito que minha irmã falou aquilo. O Austin ficou mal de mais com o que ela disse e ela também. Ela me conhece, mas eu também conheço ela e eu sei que ela gosta do Austin

Ela só tá com medo de sofrer uma desilusão de novo e eu… eu também morro de medo disso acontecer.

-Você tá bem cara? – Perguntei a Austin colocando a mão sobre seu ombro em forma de apoio.

-Sinceramente? Não! – Fala ele meio cabisbaixo. – Eu não acredito que ela falou aquilo mesmo depois de ter ouvido o que eu disse sobre o que eu sinto por ela quando eu pensava que estava falando com você.

-Austin, não leva a sério o que ela falou. Ela só não quer admitir que sente alguma coisa por você. Minha irmã consegue ser muito cabeça dura às vezes. – Falei tentando deixar Austin melhor.

-Não sei Brady. Ela falou aquilo com tanta convicção que… Olha eu não sei o que fazer! Eu gosto mesmo dela, como nunca gostei de ninguém antes e ouvir ela dizer aquilo doeu, doeu de verdade, porque aquele beijo significou tudo pra mim. – Fala ele com a voz meio embargada.

-Austin, não fica assim.

-E não vou ficar. Eu cansei dela ficar o tempo todo me pisoteando, me tratando mal, sendo fria e grossa a todo o momento. Se ela quer ser assim, então eu vou retribuir na mesma moeda. – Fala ele com um olhar distante. Isso vai correr mal, eu não quero ver minha irmã sofrendo e nem o Austin, porque eu sei que com isso, ambos vão acabar se magoando.

-Austin isso não é boa ideia, assim vão acabar os dois sofrendo. – Falei com um olhar de reprovação.

-Não Brady, eu sei o que eu tou fazendo. – Fala Austin saindo do quarto logo em seguida.

-Não, não sabe… não sabe mesmo. – Falei comigo mesmo.

Suspirei frustrado e saí do quarto indo em direção à cantina.

Tava andando meio absorto em meus pensamentos, mas fui trazido de volta à realidade quando ouvi uma vozinha linda, doce e angelical me chamar.

-Brady. Brady, espera. – Fala Rydel correndo na minha direção. Ela estava com um vestido rosa rendado que batia até meio da coxa e a deixava ainda mais sexy e com o salto alto a condizer. Ai, como essa menina é linda.

-Bom dia! – Falei sorrindo ou babando… nesse momento nem eu sei a diferença.

-Bom dia! – Fala ela sorrindo de volta. – E aí, tava indo pra cantina?

-Tava. Quer vir comigo? –Perguntei olhando naqueles olhos lindos dela.

-Claro. –Fala ela encaixando o seu braço no meu me fazendo sorrir feito bobo. – Brady?

-Hum?

-Você sabe o que aconteceu com o Austin? – Pergunta ela me fitando com preocupação.

-Porquê?

-Porque ele passou por mim ainda a pouco e ele tava estranho. – Fala ela sem olhar pra mim.

-Estranho como? – Perguntei me fazendo de desentendido.

-Não sei bem. Ele tava meio triste, meio irritado e eu acho que ele tava quase chorando. – Fala ela com uma expressão triste no rosto que me partiu o coração.

-Eu não… eu não sei se devo…… oh, esquece.

-Você sabe, não sabe? – Pergunta ela parando na minha frente.

-Rydel eu… eu não posso contar.

-Por favor Brady, ele é meu irmão e meu melhor amigo. – Fala ela fazendo carinha de cachorro abandonado. E como eu sou louco por essa garota loira que está na minha frente, eu não aguentei e contei tudo pra ela.

- Agora você não pode contar a ninguém. – Falei eu.

-Você tá falando sério? – Fala ela com os olhos arregalados e eu apenas assenti. – Eu sabia! – Fala ela dando pulinhos de alegria.

-Sabia como? – Perguntei desconfiado.

-Eu conheço o Austin melhor que ninguém e aquela mania dele implicar e estar sempre tentando irritar a Ally só queria dizer uma coisa… ele tá apaixonado por ela. Mas eu não entendo uma coisa. Porque a Ally não quer aceitar que sente alguma coisa por ele? Porque ela sente alguma coisa por ele, certo? – Fala Rydel meio confusa.

-Isso é uma longa história Rydel e dessa vez eu não vou mesmo te puder contar. Mas acredite no que eu digo: a minha irmã está gostando mesmo do seu irmão. – Falei em um tom triste, pois apesar dos anos relembrar minha mãe é sempre doloroso tanto pra mim quanto pra Ally.

-Eu entendo. Mas vamos pra cantina ou não? Tou morrendo de fome! – Fala ela me puxando pela mão. Ela é incrível, ela percebeu que eu não queria falar sobre aquele assunto e por isso não me pressionou pra contar… essa loirinha é maravilhosa!

Continua!


Notas Finais


Roupa Ally: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=142696700
Roupa Rydel: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=142807762

Comentem meus amores... digam o que estão achando da fic!
E eu acho que você vão gostar do proximo capitulo! Uma palavra.... AUSLLY ♥

Comente e favoritem!

Beijinhos♥ amo vocês ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...