História Operação Babá - Uma Tarde Diferente

Ela é diferente, 

Ela é engraçada, 

É inteligente, 

Também é bem humorada 

Ela ultrapassa os limites da perfeição. 

Seu nome?  

Natasha Romanoff Futura Rogers 

Observo a Afrodite em pessoa descer  as escadinhas e finalmente entrar na piscina. Natasha usa um biquíni vermelho que realça totalmente sua beleza. Segundo minha mãe, aquele era um de seus muitos biquínis novos e ela não se importaria de emprestá-lo a nora, faço uma careta ao imaginar minha própria mãe usando algo tão indecente. 

Que nojo. 

Senhorita Romanoff da um mergulho, em poucos segundos ela está bem a minha frente. 

QUE.DEUSA. 

Seus cabelos molhados, o rosto ostentando uma expressão suave e divertida, o sorriso brincalhão, sigo as gotas d'água que deslizam por seu colo até chegarem em seus...engulo em seco. 

—Você está me deixando com vergonha, Rogers. 

Oh claro. E você está me deixando excitado. 

—É mesmo? 

A encaro. 

Droga! 

—Eu pensei alto? 

—Parece que sim, Capitão. 

Dou um sorriso sem graça. 

O que posso fazer? Não consigo tirar os olhos daqueles seios apetitosos. 

—Como você sabe que eles são? 

—O quê? -torno a olhar Natasha.- 

—Como sabe que meus seios são apetitosos? Você nunca os provou. -ela pisca.- 

Levo alguns segundos para sacar que a ruiva a minha frente está flertando comigo. 

—Podemos mudar isso, não é? 

—Quem sabe...este é um prêmio especial, que só é dado para homens especiais. 

—E eu sou um deles? 

Diz que sim, vai. 

Por favor! 

Vamos lá. 

—Claro...-hoje tem festa Grande Rogers.- que não. 

Broxei.  

E acho que isso ficou totalmente evidente, pois Natasha deu uma longa e gostosa gargalhada. 

—Como faço para ter a chance de provar, hum...você sabe. 

Senhorita Romanoff arqueia a sobrancelha esquerda, se aproximando ainda mais de mim. 

—Isso você terá que descobrir sozinho.  

Sussurra em meu ouvido. 

OH.CARALHO. 

—NADA DE SEXO NA PISCINA.  

Olhamos, simultaneamente, para minha mãe. Natasha toda envergonhada e eu louco para falar umas verdades para essa velha assanhada. 

—Tem crianças presentes no recinto, mulher! -grito. Porém, mamãe parece nem ao menos se importar. Quando volto a olhar  Natasha, ela está com Maria Helena no colo.- 

—Steven, que vê uma coisinha bem legalzinha? 

Dou um sorriso. 

Helena é tão.....Helena 

—O quê? 

—Mostla pla ele, mamãezinha. Mostla. 

Natasha sorri então, segurando Helena bem firme em seu colo, ela mergulha ficando alguns segundos debaixo d'água emergindo logo depois. 

—Viu? 

Não vi nada demais, mas não serei eu o Cruello de Vil  que acabará com o sorriso inocente de Helena. 

—Vi. -aproximo-me pegando minha garotinha no colo.- você é totalmente adorável e está molhando todo o gesso. 

—Nem tô. 

Ela desdenha. 

—Ah é? -jogo Helena para o alto fazendo-a gritar animada.- 

—Rogers! Você vai derrubá-la. -a ruiva de Hollywood brada irritada.- 

—Confia em mim, gostosa. Eu sei o que estou fazendo. 

Natasha revira os olhos 

—Cancela essa intimidade toda. 

Antes que eu possa de fato responder, o grito de minha mãe interrompe qualquer linha de raciocínio. 

—JÁ COLOQUEI AS FRUTAS NA MESA! 

—FLUTINHAAAAAAA!  

Helena faz força para se libertar de meus braços, nado até próximo da borda a colocando do lado de fora. 

—Devagar, garotinha. -ouço a voz de Natasha.- nada de correr. -viro-me.- o que foi? 

—Você! -sorrio.- 

—O que tem eu? 

—Está mudada. 

Ela revira os olhos. 

—Você é louco. 

—Pode até ser, mas eu sei de muitas coisas. Eu entendo seus filhos. 

Natasha franze o cenho. 

—Como é? 

—Eu sei por que Duda detesta entrar na água.  

—Pode parar. -ela levanta sua mão esquerda. Puxo Natasha até a borda oposta da piscina, assim ninguém poderá nos ver ou tentar fazer leitura labial, coisa que meus pais adoram, sobre o que estamos conversando já que meu corpo cobre qualquer visão do seu.- o que pensa que está fazendo? 

—Tentando te entender. 

—Rogers... 

—Me explica: o que te aconteceu, Natasha? O que aconteceu no seu passado que interfere tanto no seu futuro? Afinal, do que você tem medo? 

Natasha me encara totalmente incrédula. O arrependimento batendo fundo em minha alma. 

É...talvez eu tenha passado um pouco dos limites. 

Natasha 

Continuo encarando Steve. 

Como ele ousa achar que pode me interrogar dessa forma? 

Uma súbita raiva toma conta do meu ser.  

Os pesadelos 

O choro 

A voz de Duda gritando por "mamãe" enquanto seu corpo era coberto por chamas e eu simplesmente não conseguia entrar e salvá-la. 

—E-eu...-começo, mas logo paro.- 

—Você? 

—Eu preciso sair daqui. 

Porém, Rogers coloca seus braços ao lado de minha cintura me mantendo completamente presa. 

—O que você sente, Natasha? Me diga! 

Sua voz continua serena, no entanto, sinto um q de irritação. 

O tempo está passando, corações acelerados 

Acho que o cupido está tramando algo 

Você me perguntou como eu me sinto, eu não disse nada 

Mas ultimamente a cores parecem tão brilhantes 

E as estrelas iluminam a noite 

Meus pés estão tão leves 

Eu estou ignorando todos os sinais 

—Eu sou confusa. -sussurro encarando as orbes azuis, quase consigo sentir a aflição misturada com curiosidade que o loiro a minha frente emana.- 

—Eu posso te consertar.  

Rogers retira alguns fios de meu cabelo que estão colados em meu rosto os colocando atrás de minha orelha direita. 

—Steve... 

—Me deixa te consertar. Uma chance, Natasha.... 

Eu continuo fingindo, sim eu continuo blefando 

Eu te deixo imaginando 

Deixo você procurando meu amor 

Mas eu anseio pelos nossos abraços 

Sim eu fico faminta 

Porque eu não posso admitir que você tem todas as cordas 

E sabe como dar um puxão nelas 

—E-eu não posso. -retiro a mão de Steve de meu rosto.- todos que entraram me machucaram. 

—Prometo ir devagar. 

Um sorriso sacana estampa os lábios de Rogers o que, inevitavelmente, me faz rir. 

—Pervertido. 

—Só às vezes. 

Ele pisca. 

Nossos sorrisos morrem, meu olhar desce até os lábios de Steve. 

Oh Deus... 

Eu acho que estou apaixonada de novo 

(A minha cabeça, sim você está na minha cabeça) 

Eu acho que estou apaixonada de novo 

(A minha cabeça, sim você está na minha cabeça) 

Eu não achei que seria verdade 

Ainda mais que seria com você 

Eu acho que estou apaixonada de novo 

(eu estou apaixonada, estou apaixonada, estou apaixonada) 

Meu coração está no ritmo, estou confusa, estou tonta 

—Eu quero entender você, Senhorita Romanoff.

—Você vai me odiar. 

—Pode ser que sim, pode ser que não. 

—Prefiro te manter leigo a tudo isso. 

—Natasha, eu trabalho para você há meses...eu sou louco por aqueles quatro pingos de gente. -sorrio com a forma tão dócil que o babá usa para falar de meus tesouros.- eu quero mais. E sinceramente? Não sei o que isso significa. 

—Mentir para os seus pais, como você me obrigou? -indago. Jogando em sua cara a maldita chantagem que ele me fez.- não quero construir algo através da mentira. 

—Essa mentira pode se tornar realidade, basta você me dar uma chance. Eu já provei o meu valor. Aquelas crianças me amam e... 

—E foi exatamente por isso que aceitei toda essa loucura. Foi por meus filhos que aceitei participar dessa sua ideia. 

—Você poderia ter dito não. 

—E você teria ido embora. Depois de tudo que fez? Não sei como Helena, Duda, Luiza e até mesmo Matheus sobreviveriam sem você. -faço uma pausa para respirar fundo.- Você deu tudo a eles, Rogers, eu não poderia simplesmente te deixar ir embora. Isso os destruiria. 

Segue-se alguns segundos de silêncio. Steve me parece arrependido da maldita proposta irrecusável. 

Por fim, ele me responde algo. 

—Uma hora eu terei que ir embora. 

—Até lá, eu já terei preparado cada um deles. 

—E você? 

—O que tem? 

—Como você vai lidar com a minha partida? 

—Francamente? Não sei. 

Steve aproxima seu rosto do meu. Minha respiração acelera, meu coração bate de forma descompassada e sinto uma tonelada de sentimentos me invadirem. 

—Confie em mim, Natasha. 

Eu vi algo  em você que eu nunca vi, me deixou tremendo 

Eu devo estar alucinando 

Ouvi dizer que acontece, eu só estou dizendo 

Querido, eu só estou dizendo 

Alguém me dê um papel 

Alguém me dê um giz de cera 

Estou me sentindo como uma criança, eu preciso de algo para rezar diante 

Estou me esforçando para confiar em você quando você diz "me dê a mão" 

Baby, eu estou caindo, eu espero que você me pegue quando eu aterrissar 

Fecho meus olhos.  

Respiro fundo. 

Eu posso me dar uma segunda chance não posso? 

Se nós começarmos devagar.... 

Não!  

Eles são todos iguais. Não posso fazer isso com meus filhos, por mais que eles amem o babá. Não posso fazer isso comigo. 

Em meus sonhos você é o duque e eu a duquesa 

E suas respostas são sempre vagas então eu estou no comando 

[...] 

Enquanto estou pensando em você como meu marido 

Eu acho que eu estou apaixonada 

—Eu... 

—Você... 

—Eu não posso. Eu estou destruída. 

—Natasha... 

Abro os olhos e calo Steve colocando um de meus dedos em sua boca. 

—Você não pode mudar o que me aconteceu. Eu não posso mudar, antes de entrar em um relacionamento de verdade -friso.- preciso voltar a confiar em mim. Você pode ser o certo para os meus filhos, mas, não para mim. Pelo menos, não agora. 

—Apenas lembre-se: eu posso não estar aqui para sempre. 

—Então você provará a minha teoria. 

—Qual? 

—Eu mereço ficar sozinha. 

—Não. Você acredita que merece ficar sozinha, no entanto, não consegue enxergar o que está bem a sua frente. 

—Hã? 

—Eu.Estou.Aqui. 

E antes que eu possa responder, sinto os lábios de Steve entrarem em total contato com os meus. No começo é algo sutil, doce, gentil que logo se transforma em desejo, luxúria, paixão, meus braços rodeiam o pescoço de Rogers enquanto sinto suas mãos agarrarem com mais firmeza minha cintura. Sua língua pede passagem. Eu concedo. Tudo que consigo sentir é que, finalmente, encontrei minha alma gêmea. 

E isso me assusta. 

Steve termina o beijo quando estamos ambos sem fôlego. Continuamos a nos encarar, porém, desta vez, nós dois temos sorrisos bobos e apaixonados. 

Droga!  

O que foi que eu fiz? 

Duda 

Olhei para mamãe e Steve. 

Eles estavam com aquele olhar.... 

—Math? -cutuquei meu irmão que parecia achar mais divertido admirar o Homem de Ferro.- 

—Que? 

—Olha a mamãe. 

—O que tem a ma... 

A carinha de Math muda totalmente. Onde foi parar o sorriso de antes? 

—Acho que o Steve gosta dela e ela... 

—Não mesmo! 

Reviro meus olhos. 

Matheus tem um negócio de proteção com todo mundo. Na maior parte do tempo é fofo, mas, às vezes, isso se torna chato! 

—Olha o sorriso dela. -dou um sorriso.- faz quanto tempo que não vemos ela sorrir assim? 

Math bufa. 

—Mamãe não precisa de um homem, ela já me tem. 

—Eu sei... -me aproximo de Math, tomando cuidado para não pisar em Luiza que brinca sentada em uma toalha.- mas acho que ela merece ser feliz. E o Steve... 

—É o nosso babá. Só! Pronto! Fim! 

—Matheus! -perco a paciência.- 

—Ela pode ficar com o Homem de Ferro. Eu deixo. 

Foi a minha vez de bufar. 

—Oh claro, isso se ele não estivesse tão interessado na tia Pep. -aponto para o Homem de Ferro que tenta fazer tia Pepper lhe dar um beijo.- Urgh. -resmungo quando ele, pela milésima vez no dia, tenta roubar um selinho da tia Pepper, porém, ela é mais rápida o impedindo.- O Capitão América está mais interessado na mamãe. -volto a olhar Steve e mamãe, agora eles parecem estar conversando.- 

—Ele não é bom o suficiente pra ela. 

—Ele é o Capitão América! -brado.- 

—E? O Homem de Ferro é bem mais legal.  

—Só no seu mundinho vermelho e dourado. 

Ficamos alguns segundos em silêncio. Math parece ponderar algo enquanto olha para a piscina. 

—E se ele machucar ela?  

Ele sussurra. 

—O Steve não é capaz disso. -digo decidida e sem nenhuma dúvida.- ele cuida da gente direitinho, ele pode cuidar da mamãe também. Por favor, Math.  

Junto minhas mãos. 

—Tudo bem, Eduarda.  

Dou um pequeno grito. 

—Precisamos fazer eles se apaixonarem. 

—Ele -Math aponta para o Steve.- já me parece bem apaixonadinho. 

—Bom, isso é. -dou de ombros.- agora precisamos fazer a mamãe se apaixonar por ele. 

—Quem? 

Dou um pulo com a voz de Helena.  

Ela me parece animada demais.  

HELENA! 

Ela é a chave para que mamãe e Steve fiquem juntos. 

Um amplo sorriso toma meus lábios. 

—Heleninha... 

—Qui é? 

Minha irmã mais nova estreita os olhos em minha direção, totalmente desconfiada. 

—Math e eu precisamos de um favorzinho. 

—Você quis dizer que você precisa de um favor. 

Matheus pronuncia, o ignoro. 

—Então, Helena... 

—Que favoizinho? 

—Nós queremos juntar a mamãe e o Steve. Tipo, de verdade. 

—Você quer juntar eles. 

—Ah cala a boca, Math. 

—Junta a mamãezinha e o Steven? -ela parece confusa.- A vovozinha disse que eles já namolam.  

—Mas eles namoram de mentirinha, nós queremos que seja de verdade. 

—Você quer. 

Matheus de novo. 

—Enfim, não seria legal se o Steve ficasse pra sempre com a gente? 

Helena sorri. 

—É, dai a gente pode blinca um tantão e pla semplezinho. O Steven pode leva eu pla passea no paiquinho e come solvetinho e... 

—Okay, okay. -corto todo o blá blá blá de Helena.- nós precisamos fazer o Steve e a mamãe namorarem, de verdade verdadeira. Entendeu? 

Ela afirma. 

—STEVEN!  

Helena grita. Olho para Matheus que fica tão chocado quanto eu para o que acontece a seguir. 

Steve, mamãe e todo mundo olha para onde nós estamos. 

—Fala, Helena.  

Steve grita de volta. 

Olho para Helena. 

Oh Deus....ela não vai fazer isso, vai? 

—Hele... 

—VOCÊ QUÉ NAMOLA MINHA MAMÃE? -ela para por um segundo.- TIPO DE VEIDADINHA. 

Ela fez! 

Steve arregala os olhos, mamãe parece tão incrédula quanto ele já que, tem a boca levemente aberta e expressão confusa. Vovó e vovô dão um gritão, acho que de felicidade e só então reparam nas palavras de Helena. Vovó encara Steve e mamãe de forma hum...estranha. Tia Pepper  sorri, já o Homem de Ferro está rindo sem parar. 

Oh Helena!