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História Operação: Papai Precisa De Um Namorado - Park Yugyeom é a coisinha mais preciosa


Escrita por: ArsLilith_

Notas do Autor


Oslaaaaaaaa de novo

Depois de muitas semanas cá estou eu com essa fanfic q tanto amo aaaa meu deus

Choro com essa história aaaaa

Espero que gostem e surtem junto comigo

Capítulo 3 - Park Yugyeom é a coisinha mais preciosa


Fanfic / Fanfiction Operação: Papai Precisa De Um Namorado - Park Yugyeom é a coisinha mais preciosa

 

Os dias passavam mais apressadamente conforme Jinyoung fazia os cálculos para suas férias coincidirem com as de Yugyeom. E pensar no filho era pensar na relação que aos poucos e pior que tudo, naturalmente, acontecia entre ele e Jaebeom. Os esbarrões e convites para jantar cresciam cada vez mais.

Jinyoung não sabia o que fazer. 

Na terça-feira passada havia passado a maior vergonha da sua vida no jantar feito para Mark. Yugyeom havia entregue um desenho ao mais velho e fora o suficiente para Jinyoung rir da cara do pretendente, para logo depois se desculpar. Mark não tinha achado aquilo engraçado e deixou claro quando olhou para Yugyeom e o disse que aquilo não era uma espécie de presente.

Jinyoung interveio, alegando ser algo de criança, mas assim que o Tuan foi embora, Yugyeom conheceu o doce castigo de não poder mais olhar televisão durante uma semana.

Tal ação deixou o pequeno muito irritado. Era ridículo e injusto em sua visão ficar de castigo só por causa de um desenho feito com tanto carinho e deboche claramente. Estava emburrado e Jinyoung só foi se estressar com aquela atitude na quinta-feira, quando mais uma vez, chamou o filho e ele fingiu não lhe ouvir. 

— Yugyeom, pare já de me ignorar! — Soou duro, mas aquilo não foi o suficiente para intimidar o pequeno.

Jinyoung deveria saber que o gênio teimoso do outro era como o seu e quando as coisas não saíam do seu jeito, o mundo que lutasse para lhe fazer ficar de boa com tudo. Bom, pelo menos algo ele havia puxado seu, mas poxa, logo aquele lado… 

— Yugyeom! — Chamou-o outra vez, suspirando conforme o via ao seu lado, segurando a lancheira e olhando para qualquer canto que não fosse para si. — Se me ignorar mais uma vez, vai ficar um mês de castigo! — Ameaçou, mas nem sequer o pequeno havia piscado.

Yugyeom era muito mal quando queria.

— Vizinho novo! — A exclamação fez o Park olhar a cena incrédulo, indignado quando viu o Park correr até o mais velho e o abraçar cheio de sorrisos.

Abraço que evidentemente era para ser só seu naquela manhã e não fora.

— O que faz aqui, garotão? — Jaebeom o questionou, agachado e apertando o mesmo nos braços.

— Esperando o táxi com o papai. 

— Oh, está sem carro? — Jaebeom questionou o moreno, levando seus olhos até ele.

— Está na revisão. — Umedeceu os lábios, aproximando-se dos dois e puxando Yugyeom para si. 

— Ah, eu posso levar vocês. ‘Tô praticamente com o dia livre. — Se ofereceu, acariciando os fios castanhos do pequeno.

— Eba! Você vai me levar na escola? — Yugyeom soou realmente empolgado para o desespero do Park.

— Eu posso te levar sim.

— Nã-não precisa. Eu e Yugyeom sempre nos viramos bem sem carro. — Sorriu forçado, segurando mais firme a mão do filho.

— Mas vai demorar um táxi agora, ainda mais aqui e, daqui a pouco vai começar a chover.

E realmente, o desgraçado tinha razão. Jinyoung suspirou, ouvindo os pedidos do filho para que deixasse Jaebeom os levar. Engoliu o orgulho apenas porque teria uma reunião muito importante dali trinta minutos e não queria mais uma vez fazer Yugyeom se atrasar.

Entre suspiros de derrota, aceitou. Nunca viu Yugyeom comemorar tanto como naquele momento, quase como se ele esquecesse toda a ceninha de lhe ignorar. E Jinyoung nem soube o que falar quando o mesmo lhe agradeceu cheio de sorrisos.

Jaebeom os chamou para que fossem até o estacionamento do prédio consigo para que pegassem o carro. Jinyoung aproveitou e foi em direção ao guarda-volumes que havia ali, abrindo o seu armário para pegar a cadeirinha que usava para a segurança do filho.

— Deixa que eu pego. — Jaebeom se ofereceu, quase colando o corpo no seu e foi inevitável não sentir um arrepio passar pela espinha. 

— Nã-Não precisa… — Tentou intervir, mas Jaebeom já estava com a cadeirinha na mão.

Só pode o acompanhar enquanto fingia não vir o sorriso contente de Park Yugyeom. De alguma forma, Jinyoung conhecia aquela carinha e, céus, preferia ignorar totalmente aquele monstrinho.

— Deixa que eu coloco! — Exclamou, assim que Jaebeom pegou Gyeom no colo, o colocando na cadeirinha.

— Yah, eu sei fazer isso. Não se preocupe. Eu tenho uma sobrinha, ‘tá legal?! — Lhe olhou por cima do ombro com um sorriso divertido dançando nos lábios.

Jinyoung preferiu apenas se manter calado diante daquilo, fingindo não se sentir um tanto estranho com a cena do Im arrumando Yugyeom naquele momento. Era de algum modo, estranho tudo aquilo e seu coração parecia saber o efeito que tal ação alheia causava em si. Estava acelerado e Jinyoung precisou respirar fundo para não perder o foco de seus pensamentos.

Era apenas uma carona. Era apenas Jaebeom colocando o cinto em Yugyeom. Era algo banal e seu interior não precisava fazer um escarcéu.

— Está bem aí querido? — Jinyoung inquiriu, assim que pôs seu cinto no banco do carona. 

— Sim, papai. — Sorriu, voltando sua atenção para frente enquanto Jaebeom dava partida.

O cheiro do carro era dele e Jinyoung jurou que podia suportar enquanto ouvia ele e seu filho em uma conversa muito animada para aquela hora da manhã. Não foi por menos que assim que dobraram a esquina do prédio os pingos de chuvas começaram a cair de modo grosso e sem piedade alguma.

Jaebeom dirigia com cuidado e vez ou outra sentia ele lhe olhar pelo canto do olho, como se quisesse perguntar algo, mas sem coragem o suficiente para fazer.

Ambos sentiam que aquela situação era deveras estranha depois de anos sem se verem. Não tinham mais a afinidade dos anos passados, mas havia algo que os deixava de um jeito desconfortável, como se ainda tivessem pendências a serem resolvidas.

— É só dobrar nessa esquina. — Jinyoung murmurou, mesmo que Yugyeom viesse o caminho inteiro guiando o motorista. 

— Nessa? 

— Isso. — Desprendeu o cinto, virando para ver Yugyeom. 

Jaebeom estacionou do outro lado do portão, também tirou o cinto e virou para o pequeno, sorrindo com o jeitinho que ele buscava pegar a lancheira. Abriu a porta do carro, mesmo que Jinyoung lhe chamasse para ficar ali. Ambos saíram, o Park pegou o guarda-chuva e Jaebeom tratou de pegar o pequeno no colo.

Jinyoung tentava proteger os três dos pingos grossos com o enorme guarda-chuva preto, enquanto ouviam Yugyeom contar animado sobre a aula de educação física que teria.

— Tchau garotão! — Jaebeom disse assim que o soltou em frente a porta da sala de aula. 

Yugyeom lhe abraçou, agradecido e muito contente que o seu vizinho favorito havia lhe levado na aula.

— Filho, qualquer coisa que precisar é só você pedir para a professora que o papai vem, tudo bem? — Jinyoung também se agachou na altura dele, arrumando o uniforme. — Seus remédios estão no bolso pequeno, tudo está anotadinho, tá?

— Ta bom, papa! — Yugyeom exclamou, abraçando o Park também que o encheu de beijinhos.

— Te amo meu amor, boa aula.

— Também te amo. — Yugyeom se afastou, voltando sua atenção para o Im. — Tchau Beomie! Obrigado por me trazer na aula.

— Não precisa agradecer pequeno. Foi uma honra. — Fez posição de sentido, arrancando uma risadinha gostosa do outro.

Yugyeom adentrou a sala como um foguete e fora inevitável não rir. Ambos se colocaram em pé, olhando o menor interagir com os coleguinhas.

— Você podia ficar no carro. — Jinyoung interveio, intercalando seu olhar entre o filho e o Im.

— É, eu sei… — Pôs as mãos nos bolsos, sem desviar os olhos de Yugyeom. Umedeceu os lábios, soltando um riso fraco e balançando a cabeça em negação, como se um pensamento bobo tivesse passado por ela. — Vamos? Você vai se atrasar para o seu trabalho. 

— Oh, tem razão! — Jinyoung passou a mão nos fios, sorrindo sem jeito para o Im.

Ambos saíram das dependências da escola, dividindo do guarda-chuva, rindo um pouco ao terem que se abraçar conforme atravessavam a rua.

— Sério, não precisa me levar. Eu posso pegar um ônibus daqui. — Jinyoung tentou mais uma vez, enquanto via o Im colocar o cinto.

— Já disse que estou com o dia praticamente livre e não tem problema eu te levar até o centro. Agora coloca o cinto, porque eu vou acelerar. — Riu, fazendo Jinyoung ceder em meio a um suspiro de pura derrota.

O silêncio entre eles era só quebrado pela música baixinha que tocava no multimídia. Jaebeom até arriscava cantar junto, algo no mesmo tom do que tocava. Não trocaram nenhuma palavra, tampouco se olharam enquanto iam para o centro.

Jinyoung não sabia o que fazer, sequer, o que falar. A imagem de Jaebeom abraçando Yugyeom e o olhando com um sorriso muito bonito e genuíno dançando nos lábios, enquanto interagia com os coleguinhas parecia estar colada nos seus olhos.

Ignorou. Ignorou tudo por completo: seu coração, suas mãos suando e a maldita preocupação e imaginação.

Era só uma ida à escola. Uma carona e nada demais. Jinyoung acreditava que sim, nada poderia lhe abalar naquela altura do campeonato.

 — Leva o guarda-chuva. Você vai precisar. — Jaebeom soou calmo, baixando o volume do som enquanto lhe olhava.

Havia estacionado em frente ao enorme prédio. Jinyoung nem tinha percebido quando chegaram, tão perdido em seus pensamentos que estava.

— Oh… ér… muito, muito obrigado pela carona até aqui e por, por ter levado Gyeom na escola. Ele… ele ficou muito feliz. — Sentiu as bochechas queimarem ao falar aquela verdade.

— Sim, ele ficou realmente muito feliz. Obrigado também.

— O-obrigado pelo quê? — Soou confuso.

— Eu sei que você não gosta que eu fique perto do seu filho, ainda não entendo o porquê disso, mas sei que você não gosta. Mas nessa última semana você tem sido bem flexível.

— Eu realmente não gosto de você perto dele, admito. Porém, Yugyeom de alguma forma gosta de você e ele quer ser seu amigo.

— Também quero ser amigo dele. — Sorriu sincero, deixando Jinyoung nervoso com o teor daquela conversa.

— Mas não se acostume. Não quero Yugyeom achando que você vai ser para sempre o amigo dele.

— Por que você é assim?

— Assim como? — Arqueou a sobrancelha, olhando de maneira superior ao Im.

— Tão incisivo. Você me trata tão friamente, isso tudo por causa do nosso passado?

— Que passado? — Questionou desacreditado. — Jaebeom, eu te trato da maneira que você merece e deveria agradecer por eu ainda trocar alguma palavra com você.

— Eu juro que eu não sei o que fiz pra você.

— Jura? Você não sabe o que fez? Deixa de ser cínico!

— Cínico, eu? Jinyoung!

— Jaebeom, eu não vou discutir com você. Sabemos muito bem o que fez, aliás, o que não fez! — Tirou o cinto às pressas, pegando sua bolsa.

— Você me olha como se eu fosse culpado de alguma coisa.

— E você é.

— Eu sou o culpado? Você terminou comigo antes da formatura, Jinyoung! Você terminou comigo! Agora fica aí me tratando como se eu tivesse te dado um pé na bunda e você nunca conseguiu superar.

— Você é um ridículo! Você quis terminar! Mas isso não importa. Nunca importou para você. — Seu tom saiu amargurado e fora nítido aquele sentimento. — Só não chega perto do meu filho. Eu devia estar muito louco quando deixei que vocês convivessem juntos por essa semana.

— Você não pode afastar uma criança de alguém.

— Posso e vou. Não quero Yugyeom convivendo com uma pessoa que na primeira oportunidade que tiver de ir embora, vai sem ligar para o que os outros sentem e abandonam suas responsabilidades.

— Do que você está falando?

— Eu estou falando que você não pensa duas vezes antes de abandonar alguém. Você sempre fez isso. Fez comigo e não é de se duvidar que faça com o meu filho. Só tem uma coisa Jaebeom, com o meu filho você não vai brincar. — Saiu do carro, batendo a porta com força.

Deixou para trás um coreógrafo sem entender sequer uma palavra ali trocada. Jaebeom realmente começava a acreditar que não estavam mais falando a mesma língua, porque era impossível entender Jinyoung.

Sempre que se esbarravam no prédio em que moravam, Jinyoung lhe tratava com uma frieza palpável. Eram raros os momentos em que ele era mais educado e não ácido consigo. E nesses momentos, eram sempre quando Yugyeom estava por perto, mas mesmo assim, Jaebeom sentia o desconforto vindo dele. 

Mesmo que os anos passassem, Jaebeom sempre conheceria o Park melhor que a si mesmo. Sabia reconhecer um olhar desconfiado, assim como inúmeras manias que Jinyoung deixava transparecer. E era extremamente sufocante saber que ainda se lembrava de tudo referente ao outro. 

Estranho era a maneira que Jaebeom os definia a cada troca de olhar. Sabia que já não eram mais os mesmos. Enquanto Jaebeom foi atrás do seu sonho de ser um coreógrafo famoso e reconhecido, Jinyoung abriu mão de ser um escritor para viver oito horas do seu dia enfurnado em uma empresa em que era secretário. 

Yugyeom havia praticamente contado toda a vida do seu pai em uma das vezes que ficaram conversando no corredor.

Jaebeom já não reconhecia mais o Park. Ele já não era mais o menino cheio de sonhos que conheceu, tampouco o garoto romântico e apaixonado pela vida. 

Jinyoung havia ganho um olhar mais sério e um perfil muito maduro. Era algo precoce, como se tivesse sido obrigado a amadurecer em prol de algo e, Jaebeom acreditava que tal amadurecimento tinha sido feito por causa de Yugyeom, afinal, um filho requer responsabilidades, comprometimento e afins.

Jaebeom mal percebeu que já estava próximo da casa em que passou boa parte da sua vida quando foi parando o carro aos poucos. Era uma visita apenas para acalmar os nervos da sua mãe que já não aguentava mais de saudades de si.

Desde que fora para os Estados Unidos, a mais velha sempre deu seu jeito de lhe visitar mensalmente. Ela era muito apegada no seu mais velho e Jaebeom sentia a preferência de filho vinda dela, o que certamente lhe deixava irritado, pois sua irmã merecia a mesma atenção que era dada para si.

— Jaebeom-ah! — Ouviu o tom alto e completamente exagerado. Sentiu os braços ao redor do seu corpo assim que adentrou a enorme sala. O perfume caro se fez presente, assim como o barulho do salto que não parava de ecoar pelo local.

— Mãe, você vai me enforcar desse jeito. — Reclamou, claramente sentindo a força da mesma.

— Yah, garoto. Você está tão crescido! — Ela se afastou rapidamente, apenas para notar como o seu menino estava. — Tão lindo! Ah, estava morrendo de saudades! — Voltou a abraçá-lo.

— A senhora foi me visitar há duas semanas… 

— E daí? Não posso ter saudade de você? — Puxou o filho para sentar ao seu lado, não deixando de sorrir ao notar como seu filho era lindo e tão gracioso.

— Pode, pode… — Afirmou, balançando a cabeça e não deixando de soltar um riso curto.

— Você nem ao menos me deixou visitar você no seu novo apartamento!

— Eu ainda estou arrumando algumas coisas. Tem um monte de caixas a serem abertas.

— Não sei o porquê não veio direto para cá. A casa é grande e tudo que você precisa tem aqui. — Falou inconformada.

— Eu preciso do meu canto.

— E não teve seu canto o suficiente nos Estados Unidos todos esses anos?

— Eu estava buscando por experiência, mãe. Agora que eu voltei e abri a academia de dança, eu preciso manter meu espaço. Não compensa eu morar aqui. Além do mais, essa casa fica muito longe do meu trabalho.

— Podemos comprar outra mais perto então. Vendemos essa ou deixamos para juntar os amigos nos dias de festas. 

— Mãe… — Chamou a mais velha, pegando a atenção dela. Jaebeom sabia que mesmo que desenhasse, falasse com toda a calma do mundo ela jamais lhe entenderia. — Eu não quero que compre outra casa. A senhora adora esse lugar. Eu preciso do meu cantinho, fazer minha coisas, por favor.

— Não gosto de te ver morando perto de mim! Mas pelo menos você está bem na cobertura? — Segurou sua mão, lhe olhando com um sorriso bonito por baixo do batom rosado.

— Não fiquei na cobertura. Eu estou morando em uma apertamento em um prédio perto de Guryong… 

— Perto de Guryong? Como assim, Jaebeom? O que você tem na cabeça para morar perto de um lugar como esse? Logo você!

— Eu precisava de um lugar que estivesse dentro do meu orçamento.

— Jaebeom, você é meu herdeiro! Você pode ter todos os lugares do mundo!

— Eu quero conquistar as coisas com o meu dinheiro. Será que é tão difícil você entender isso?

— Claramente! — Levantou-se atordoada. — Não te criei para morar em um lugar desses.

— O lugar não tem nada demais. E eu estou com um projeto. Quero levar a dança para Guryong, para as crianças que não tem acesso a esse tipo de cultura. Elas podem se salvar de um futuro muito ruim.

— Elas podem é extorquir você, isso sim! Pegue suas coisas e vá imediatamente para a sua cobertura! Não te quero nesse apartamento!

— Eu não vou me mudar. — Levantou-se. — Vou ficar lá e ponto final. Se quiser me visitar, pode ir. O endereço tá aqui. — Tirou o papel do bolso, deixando-o em cima da mesinha de centro. — Eu voltei para a Coréia para fazer tudo que planejei durante todos esses anos nos Estados Unidos. E eu não vou desistir de nada. — Garantiu, deixando um sorriso ameno dançar nos lábios.

— Não quero que desista de nada, mas por favor, apenas troque de apartamento, uh? Faça isso por sua mãe.

— Eu não posso fazer. Deixa eu me erguer por mim mesmo. Por favor.

— Jaebeom… 

— Não vai acontecer nada demais, okay? O pessoal que vive lá é muito legal e receptivo. — Confortou-a.

Ouviu o suspiro da mesma. Ali, conseguiu se fazer vencido, todavia, a conhecia bem o bastante para saber que aquela discussão voltaria a ser pauta em outro momento.

Jaebeom puxou outro assunto, buscando tirar da cabeça da sua mãe as asneiras que vez ou outra ela falava. Ainda precisava de muita paciência para viver com o pensamento distorcido da matriarca da família Im.

Passou a manhã inteira com a mais velha e quando deu meio-dia tratou de ir embora, mesmo com todos os protestos sobre si.

Alegou que precisava resolver seus problemas na academia e, de fato, não deixava de ser verdade. O resto do dia passou em prol de acertar as últimas papeladas do local que comprou para que pudesse dar suas aulas de dança para as crianças carentes.

Não evitou o sorriso quando assinou o último papel, fechando assim, a sua tão aguardada compra.

Jaebeom não via a hora de poder encher aquele local de espelhos e barras de apoio, deixar o som adentrar e balançar os corpos.

Estava feliz e realizado. Só de imaginar que poderia ter uma porcentagem de levar a alegria a pessoinhas tão queridas e que, por não terem uma renda tão boa, eram inibidas de ter acesso a algo que fazia bem para o corpo, bem para a alma.

Estava tão contente que já sabia para quem contaria aquela notícia e quem seria o seu primeiro aluno. 

Não pensou direito quando pegou o carro e dirigiu pelas ruas molhadas e castigadas pela chuva forte em direção a escola de Yugyeom.

Quando chegou, observou a movimentação de todos. Eram cinco da tarde. A escola tinha uma fachada muito bonita, algo que certamente devia encantar boa parte da criançada. Era notório que ela era para comportar pessoas que não tinham uma grande renda para pagarem um local particular para deixar seus filhos.

Jaebeom acompanhou com o olhar de longe Jinyoung correr para pegar Yugyeom. Ligou o carro, fazendo o percurso até próximo a entrada devagar. 

— Entrem! — Gritou, buscando ser ouvido mais que a chuva quando desceu o vidro.

Jinyoung lhe olhou, um tanto surpreso, mas não escondendo o olhar frio para cima de si. Era como se ele estivesse em uma batalha dentro consigo mesmo: aceitar ou não aquela carona.

— Ele está todo molhado. — Constou, assim que Jinyoung colocou o garoto na cadeirinha que havia ficado em seu carro.

— A professora disse que alguns colegas deixaram ele trancado na parte de trás na hora do lanche. — Explicou, tirando o casaco e colocando por cima do pequeno.

— Que espécie de escola é essa que deixa isso acontecer? 

— Dá pra você dirigir?! — Falou irritado, deixando sua mão sobre a testa do filho, tentando sentir a temperatura do menino. 

Jaebeom engoliu seco, voltando sua atenção para frente e acelerando. Vez ou outra seus olhos iam em direção ao retrovisor, constando Jinyoung aflito ao redor de Yugyeom que parecia sonolento.

Quando estacionou o carro, saiu rapidamente do mesmo, dando a volta e abrindo a porta. Jinyoung procurava segurar tudo em mãos e Jaebeom percebeu que ele claramente não conseguiria pegar o menino no colo. Tratou de o desprender dos cintos de segurança, pegando-o no colo.

— Eu posso carregar.

— Claramente você não pode. — Se encaminhava para o elevador, enquanto Jinyoung vinha atrás.

Ambos adentraram a caixa metálica, já velha e ultrapassada. Tiveram sorte da mesma não dar problema com toda aquela chuva.

Jinyoung apressou-se em pegar as chaves, correndo para a porta assim que as portas metálicas se abriram. Deixou que Jaebeom passasse e logo o pediu para deixar Yugyeom no quarto.

Largou tudo em qualquer lugar, correndo para atender o filho que certamente caso não se livrasse daquela roupa acarretaria em algum problema. Yugyeom tinha a saúde muito frágil e qualquer mínima chuva pega era sinônimo de preocupação para Jinyoung que tinha que lidar noites em claro com o filho doente.

— Você pode ir Jaebeom. Pode deixar que eu cuido dele agora. — Sentou o pequeno na cama, livrando ele das roupas molhadas.

Jaebeom observava a afobação das mãos. Claramente o Park estava nervoso e era extremamente evidente aquilo.

— Vou fazer algo quente para ele. — Murmurou, livrando-se do casaco.

— Não precisa. Deixa que eu cuido dele. Anos assim, eu já estou acostumado. — Pegou-o no colo, atravessando a frente do Im e indo até o banheiro.

Jaebeom revirou os olhos, saindo do quarto do pequeno e chegando até a cozinha onde buscou achar o que precisava para fazer algo ao outro.

Cortou os legumes rapidamente, enquanto deixava a água ferver. Fez um ensopado de legumes, para aquecer o pequeno. Assim que terminou tudo, abriu os armários em busca de uma tigela e talheres de servir. Saiu da cozinha, chegando até o quarto e se deparando com Jinyoung vestindo o outro com um pijama bonitinho de ursinhos. 

O garotinho não parava de espirrar e Jinyoung já sentia o que tudo aquilo significava.

— O que está fazendo ainda aqui? — Soou rude, deitando Yugyeom na cama, enquanto olhava para o Im parado na porta.

O mesmo o ignorou por completo. Caminhou até próximo do mais novo dos dois e sentou-se ao lado dele. Ainda, mesmo que fraco, pode ver o sorrisinho bonito dançar nos lábios pequenos do garotinho. Sorriu junto a ele para desespero de Jinyoung que argumentava para Jaebeom ir embora.

— Você vai queimar ele. Deixa que eu dou! — Jinyoung tentou, mesmo assim o outro apenas deu de ombros.

— Não ‘tô com fome Beomie. — Yugyeom soou baixinho, tossindo logo em seguida.

— Você precisa comer, uh? Senão vai ficar doente. 

— Jaebeom, assim você não vai conseguir nada! — Jinyoung estava enfezado, não gostando nenhum pouco daquela situação.

Não queria Jaebeom ali, tão próximo do seu filho em um momento como aquele. Estava com raiva e não conseguia deixar de transparecer aquilo. Seus olhos estavam úmidos, era quase que se uma ameaça pairasse em sua cabeça.

— Gyeomie… você precisa comer. Sabe o que eu fiz hoje? 

— O quê? — Questionou fraco.

— Comprei o salão que eu te disse. Daqui alguns dias ele vai estar todo equipado para as aulas de dança. E eu faço questão que você seja o meu primeiro aluno.

— Beom-ah! — Exclamou o mais contente que pode.

— Mas para isso acontecer, você precisa comer para se recuperar o mais rápido que puder, uh?

— Tu-tudo bem. — Jaebeom não pode deixar de sorrir, tampouco, de levar o seu olhar até Jinyoung, mostrando o quão contente estava por ter conseguido fazer Yugyeom comer.

Não entendeu o olhar do mesmo sobre si, sequer conseguiu pensar em algo quando teve a atenção do garotinho chamada para ele.

Focou nele e em esfriar o ensopado para o dar.

Jinyoung umedeceu os lábios, saindo do quarto. Encostou as costas na parede ao lado da porta, puxando o ar com força à medida que tentava entender o que estava acontecendo ali.

Jaebeom em poucos dias já estava próximo demais de Yugyeom, tão próximo que lhe assustava de um jeito astronômico. Não era algo saudável para sua saúde mental. 

E se Jaebeom voltasse depois de anos, apenas para tirar tudo o que tinha de si? Porque sim, Yugyeom era a única coisa que Jinyoung tinha de mais precioso. Ele era tudo para si. Tudo. E em momento algum Jinyoung deixaria aquela aproximação toda ultrapassar para algo a mais.

— Ele dormiu… — Ouviu o tom baixo próximo. Olhou para o outro lado, passando a mão no rosto e nos fios.

— Ótimo. Agora você já pode ir. — Pegou a tigela das mãos alheias, seguindo para a cozinha. Jaebeom seguiu em seu encalço.

— Já pensou o que vai fazer com esses meninos que fizeram isso com ele?

— Já. — Virou-se, assim que pôs a louça suja dentro da pia. — Afinal, como pai dele eu sei muito bem o que fazer com o meu filho. — Cruzou os braços, descansando-os rente ao peito.

— Eu espero que saiba, porque ele me disse que esses meninos vivem o incomodando!

— Jaebeom, por favor, vai embora da minha casa e vê se para de querer se meter na vida do meu filho.

— Eu só estou preocupado com o menino! — Justificou-se enquanto era empurrado até a porta.

— Você não precisa ficar preocupado. — Garantiu.

— Eu tenho um carinho especial por ele, okay?

— Carinho especial? — Jinyoung disse incrédulo. Riu por cima da respiração ao ver Jaebeom concordar, achando infame a forma como ele fazia tudo não passar de uma clara brincadeira da parte dele.

— Você é ridículo. Completamente ridículo. — Disse, balançando a cabeça em negação, abrindo a porta e tirando o mais velho de sua casa.

— Jinyoung, eu gos… 

— Yugyeom não precisa do seu “carinho especial”, ‘tá? Aliás, ele não precisa de nada vindo de você! Já te disse mais de mil vezes, fica longe do meu filho.

— Você está sendo tão mesquinho. Isso é o quê? Ciúme porque eu tenho a amizade do seu filho?

— Ai, Jaebeom faça-me o favor! — Riu em escárnio.

— Só pode ser isso! Por que outro motivo seria? — Olhou Jinyoung nos olhos, o vendo aos poucos fechar o sorriso debochado. Notava como as íris dele estavam úmidas e Jaebeom se perguntava se ele estava prestes a chorar.

— Não tem motivo algum, Jaebeom. Motivo algum. — Falou duro, cortando o outro com o olhar frio.

Jaebeom abriu a boca para retrucar, mas no mesmo segundo Jinyoung fechou a porta em sua cara. 

Aquilo era insano. Toda aquela atitude do Park consigo, não entendia o porquê de tudo aquilo. E enquanto tentava compreender toda aquela frieza de Jinyoung consigo, o mesmo, do outro lado da porta, buscava acalmar seu batimentos, enquanto caminhava a passos nervosos até o quarto do seu pequeno.

Sentou ao lado do corpo franzino, sentindo as lágrimas molharem seu rosto conforme alisava os fios castanhos.

— Seu pai é um idiota. Um completo idiota. Mas apesar de ser um idiota, ele me deu a única coisinha mais preciosa da minha vida. — Fungou baixinho. — Ele me deu você. E eu amo você demais meu amor. Nunca vou deixar ninguém me tirar de você. Nunca.


Notas Finais


Nossa nossa nossa

Ninguém se.mete com o menino Gyeom. Jinyoung vira uma fera hihihi

E o Jaebeom gente??? Ele realmente tá incomodando o Jinyoung demais, mds surto surto

Espero que tenham gostado


Lembrando que: fiz um grupo de leitores S.O.S Atrevdinhos, quem quiser entrar é só falar q eu mando o link por MP


Kisses na bunda e até a próxima loucuragem


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