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História Opostos que se Atraem - Será um Adeus?


Escrita por: Meyoukie

Notas do Autor


Sem demora, vamos para o episódio.

Capítulo 16 - Será um Adeus?



 

Ao saírem do quarto de Stella, Tecna e Timmy, se dirigem de mãos dadas para o quarto do rapaz na ala masculina do colégio. 

-Vocês nem se divertiram, né? -Perguntou a moça, ao se referir ao programa de Natal que tiveram, pois o rapaz era acostumado com festas mais “animadas”.

-Que nada, eu até que me diverti. -Disse sorrindo de canto. Realmente havia se divertido apenas por estar na presença da namorada. Era muito bom saber um pouco mais sobre a mesma e naquela noite soube bastante sobre seu passado. -Da para ver que vocês gostam muito de RBD.

Tecna sentiu seu rosto esquentar com o comentário. Na época que passou a novela na TV, não havia perdido um capítulo e revia tudo no YouTube novamente. Sim, fora uma fanática da novela no passado e acabou decorando as músicas. 

Chegaram no quarto do rapaz, que deu espaço para a namorada entrar nele. Estava até arrumado, comparando aos outros dias que veio ao cômodo. Tecna olhou a cama de Riven vazia e tinha certeza que ele e Musa tinham saído do colégio aquela hora. Pensou que não poderia ter dado mais certo, a Musa foi logo namorar com um rapaz mais louco que ela. 

Timmy que havia sentado em sua cama, já estava dando um jeito de conectar os dois aparelhos portation pra ambos jogarem juntos, pois geralmente faziam esse tipo de programa. 

-Timmy...-Chamou Tecna nervosa, chamando a atenção do ruivo para si. Suspirou, tentando se acalmar. Viu seu namorado erguer as sobrancelhas, esperando a mesma falar porque o chamara. -Eu...Eu não quero jogar...-Sussurrou engolindo em seco, por que ficava tão nervosa ao ter que falar sobre isso? 

-Não quer? -Perguntou, sentindo as mãos geladas de Tecna envolverem seu rosto. 

-Não...Eu quero outra coisa. -Timmy por um estante não entendeu o que sua namorada esteva se referindo, porém ao perceber seu rosto corado e o brilho diferente em seus olhos. Sorriu de canto.

-Oh meu amor, seu desejo é uma ordem. -Disse baixo, enquanto tirava seus óculos do rosto e pondo em cima da cômoda ao lado da cama. Depois voltou para frente de Tecna, envolvendo suas mãos em as suas. -Mas você tem que se acalmar. 

A moça por um estante se perdeu em seus olhos castanhos claro e nunca tinha reparado em suas sardas ao lado de seu nariz de formato simétrico. Seu namorado é tão bonito e ela sem nenhum atrativo, tendo seu corpo comparado com o de um garoto. 

-Eu tenho vergonha do meu corpo.

-Você é linda, Tecna e eu sou seu namorado.

Ele se comportava de uma maneira tão paciente e ela dando um show ali e em um momento de desespero, Tecna sentiu lágrimas quentes descer por seu rosto. O ruivo a abraçou assim que viu que a mesma chorava, lhe falou que estava tudo bem e que ela não precisava fazer isso. 

-Mas eu quero fazer. -Suspirou fechando os olhos, depois abriu novamente e já não chorava mais. -Vai doer? 
Timmy sorriu, enquanto esfregava suas costas carinhosamente. 

-Eu vou fazer o possível para não doer. -Se separou, a olhando em seus olhos azuis. -Você confia em mim?

-Confio! -Disse com toda a certeza e logo depois sorriu recebendo outro sorriso em resposta. Assim se entregou pela a primeira vez na vida e a seu namorado, seu antigo arqui-inimigo da internet. 

 

—— 

 

 Acordou e tentou se levantar bruscamente, sentindo sua cabeça latejar. Praguejou um palavrão, enquanto a mão ia direto na cabeça que doía tentando de uma forma inútil a amenizar. Maldita ressaca! 
 

Aisha pois os pés para fora de sua cama, se dando conta que estava em seu próprio quarto. Olhou o relógio em sua estante de cor branca em frente de sua cama e marcavam três horas da tarde em pleno vinte e cinco de dezembro, dia de Natal. O que é que estava fazendo mesmo na noite anterior?...Ah, o maldito noivado. 

-Meu Deus, o noivado! -Exclamou, olhando imediatamente ao seu dedo. Nada de aliança. Soltou o ar, relaxando, de repente imaginações de possibilidades lhe fez percorrer um frio na espinha, olhando rapidamente para o outro lado de sua cama. Vazia! Relaxou novamente. Estava no lucro, não havia noivado, afinal, o noivo desistira. Pera, quem era o noivo, mesmo? 

Se levantou e caminhou direto para o banheiro, a fim de tomar um banho relaxante. Tentou se recordar, mas sem sucesso. Após sair do banho, abriu o armário do banheiro procurando remédio para enxaqueca, quando olhou seu rosto no espelho. Estava com cara de bebum. Ótimo, assim espantaria o noivo que provavelmente estaria no andar de baixo à sua espera. Trocou de roupa, novamente optou por vestir suas típicas roupas que sua mãe desaprovava e desceu. 

Ouviu vozes animadas na enorme sala de estar, se aproximou da roda de conversa saudando à todos com um bom dia mal humorado. Porém seus olhos se encontraram com os de uma pessoa que estava presente na sala, sentado de maneira elegante na cadeira. 

-Nabu...? -Disse aérea, enquanto vagas memória dela chorando na frente dele na sacada, na noite anterior e também lembrava de seus rostos muito próximos um do do outro. 

-Oi princesa, que bom que acordou. -Disse sorridente, enquanto se levantava e se movia pra perto da moça. Aisha o olhou desconfiada. 

-Você por um acaso... é meu noivo?-Perguntou, achando muito surreal. 

-Sou sim, o futuro conde de Magix. -Nabu pois o braço em volta do pescoço de Aisha, que continuava o olhando sem acreditar no que estava ocorrendo. 

 -O minha filha, você tinha que se apresentar com essas roupas? -Perguntou sua mãe desgostosa, se aproximando do casal. -Com tanta roupa que comprei para você, Aisha! 

Aisha não gostava nem um pouco quando sua mãe agia dessa forma e o pior, na frente de outras pessoas.

-Mãe...

-O que o conde Nabu vai achar disso? 

-Oras comigo não se preocupe, eu gosto do jeito que Aisha se veste. -Disse, enquanto deslizava os dedos pelas costas da moça, fazendo a mesma sentir os pelos se arrepiar quando seus dedos tocavam a pele de Aisha  pelos rasgos de sua blusa. Ela imediatamente corou com a sensação. -Eu gosto exatamente do jeito que ela é.

Sua mãe não escondia a felicidade de saber que o conde gostou de sua filha e que de certa forma, sua filha havia simpatizado com o conde. 

 -Vem cá...Eu posso saber como que você é meu noivo? Pelas minhas contas, seria uma pessoa bem mais velha. 

-Meu avô materno, italiano legítimo é o vigésimo segundo conde de Magix e o título é passado de geração em geração. Após a morte dele, o título de conde iria ser passado ao meu tio que é o mais velho dentre os filhos de meu avô, segundo o testamento, porém, descobriram que ele era apenas o filho de criação sendo o título passado à minha mãe. Contudo, minha querida, além do capitalismo estar reinando na contemporaneidade, ainda vivemos em uma sociedade muito machista e minha mãe não pode assumir o trono por ser mulher, dando a vez ao seu primeiro filho legítimo homem no caso o gostosão aqui. -Riu, ao ver Aisha girar os olhos com a última frase. -Como sua família faz parte da sociedade das famílias mais poderosas de Magix, você ia ser prometida ao meu tio e eu ia ser prometido a uma menina aí que virou rapaz, então quando tudo se resolveu e prometeram nós dois quando éramos bebês à casamento, à favor de uma união de famílias e sociedades. 

-Você não tem medo?

-O que? Eu to me borrando! Mas minha vida toda eu fui treinado para assumir um trono e não tenho como fugir, até porque eu não posso te deixar sozinha.

Sorriu, percebendo sua preocupação sobre ela. 

-Você sempre teve uma criação rígida, né?

-Bastante. 

-Eu te entendo, de verdade. -Disse sincera e o olhou. -Podemos dar conta disso juntos.

-Obrigada por acreditar em mim. 

-Nabu, naquele dia...

-Você brigou comigo, achando que estava traindo minha noiva que era você com você mesma. 

O abraçou. Estava tão feliz de ele ser seu noivo, não poderia ser uma pessoa melhor. 

-Me desculpa.

-Tudo bem, princesa, foi tudo um grande mal entendido. 

-Podemos ser amigos, né. -Disse sem soltá-lo, não podia negar a saudade que sentia daquele homem. 

-Podemos ser até algo mais, se você quiser. 

Aisha ruborizou, rindo sem graça do convite. Ouviu sua mãe os chamá-los para o lado de fora de sua enorme casa, agora iria ocorrer o tão temido (mas agora nem tanto) noivado dela e Nabu. Teve a oportunidade de conhecer os pais do rapaz, soube que seu pai era latino e que falava apenas em espanhol, então deduziu que por isso Nabu falava espanhol fluente. Conheceu também suas duas irmãs mais novas e até o cachorro da família. 

Nabu lhe pois a aliança que também era passado de geração em geração em seu dedo e o noivado ocorreu em um clima inacreditavelmente agradável. Era bom saber que estava noivando com alguém que confiava. O casamento aconteceria após o vigésimo primeiro aniversário de Aisha e a mesma agradeceu não ser tão cedo pois pretendia estudar e ter uma vida ativa como qualquer outra adolescente normal.

Foi na cozinha, pedir mais um pedaço de bolo das moças que ainda estavam trabalhando em sua casa. Tinha que ir escondida à noite pois sua mãe sempre ficava em seu pé por comer de mais, principalmente com a família de seu noivo hospedados em sua casa, ficava sempre se preocupando com que o Nabu iria achar dela. Sua mãe não era normal, definitivamente.

 -Comendo escondida, senhorita Aisha? 

Aisha quase se engasgou, com o susto que havia levado. Rosnou, quando virou de frente para o rapaz atrás de si. Tentou esconder a fatia de bolo, mas não conseguiu pois o mesmo conseguiu ver. 

-Qual é o problema? 

-Nenhum, vim fazer exatamente o que você veio fazer. -Disse, enquanto pegava a colher da morena ainda cheia de bolo e pondo na boca. -Você se divertiu? 

-Por incrível que pareça, sim. 

-Que bom. -Por um estante olhou bem no fundo dos olhos do rapaz que estava escorado na mesa e ele também olhava em seus olhos. -Eu gosto do fato em que eu posso te fazer feliz...

Aisha corou sentindo novamente tudo que sentia quando estava ao lado dele, todas aquelas emoções e nervosismo, será que estava apaixonada?  Aproximou-se em frente ao mesmo, envolvendo seu pescoço entre seus braços para aproximar seus corpos. Sentiu as mãos grandes em sua cintura, sorriu antes de encostarem os lábios. Sua respiração passou a ficar acelerada, ao sentir a língua do rapaz tocando a sua e iniciaram uma batalha cada vez mais rápida e excitante. 

-Nossa, vocês se gostaram mesmo, né? -Disse uma voz. O casal rapidamente se separou olhando a mulher sorridente em sua frente. Quanto tempo ela estava ali vendo eles se beijarem (vulgo pegarem)? 

Aisha sentiu todo seu sangue se concentrar em seu rosto. Nunca conseguiria descrever a vergonha de ser pega pela mãe do cara com quem estava “trocando saliva”, bem no ato. Viu Nabu com cara de poucos amigos, porém, este ao olhar a coloração do rosto da moça teve vontade de rir. 

 

—-

 

-E aí, cambada! -Gritou a morena ao chegar na lanchonete da escola, jogou sua bolsa na cadeira, retirando seus óculos de marca em cima da mesa, onde estavam as outras.-Como estão minhas amigas gatas? 

-Ei, cambada não, tá? -Disse Stella, desligando o celular após tirar uma foto de si, depois analisou Aisha. -Pelo visto o noivado foi bom, né?

-Foi agradável até...

-Seu noivo é legal? -Perguntou Flora que estava finalmente com o cabelo penteado e devidamente amarrado. 

-Até que ele é legal...-Se recordou dos momentos juntos no noivado, deixando escapar um sorriso. -Ele até me emprestou a moto dele para mim voltar.

-Só que ele é bem mais se achão, sabe? 

-Pera, seu noivo é o Nabu? -Perguntou Bloom olhando Aisha surpresa. Sim, ainda se recordava dos apelidos. 

Aisha riu de forma nervosa, fazendo as amigas ficarem perplexas.

-Eu não acredito! -Exclamou Tecna animada. 

-Você está diferente, amiga, aconteceu alguma coisa? -Perguntou Aisha analisando Tecna de cima a baixo. A moça de cabelos tingidos de rosa não tocou uma vez no celular e seu rosto de minuto em minuto ficava corado. Tinha algo muito estranho acontecendo. 

-Bem...Eu e o Timmy...Nós...- A viu engolir em seco e olhar para baixo, as palavras saiam quase em um sussurro. -Vocês sabem, nós dormimos juntos, como...um casal. 

-Aaaai que lindo! -Gritou Stella, abraçando a rosada que ficava cada vez mais envergonhada. -Você está feliz? 

-Estou. 

-Ele te tratou bem, né? -Perguntou Aisha preocupada, pegando o cardápio e pedindo um capuccino.

-Bastante, ele foi muito paciente também. -Disse e depois sorriu ainda sem deixar o rubro de lado.

-Que bom que tudo está ocorrendo bem! -Disse Musa. 

-E você bonita, onde foi que você foi ontem, ein? -Perguntou Bloom curiosa, oferecendo sua salada de frutas para Stella que aceitou imediatamente. -Não vi vocês em canto nenhum.

-Nós fomos à pista de patinação de Magix. -Ingeriu um pouco de seu sorvete. -Foi um presente muito especial. Riven me ensinou a patinar no gelo. 

-De madrugada?

-E tem hora para fazer algo nessa cidade? -Perguntou rindo. 

-Vocês ein...Da certinho um com o outro.

-Eu pensei que ele não tinha ouvido meu pedido. -Comentou a mestiça com brilho nos olhos, enquanto olhava para um ponto qualquer da lanchonete. -Parecia tão concentrado no computador...Mas ele sabia onde eu queria ir. 

-Realmente eles são surpreendentes, né. -Disse Stella, arrancando um sorriso da amiga. -Mas Aisha quando você vai casar? 

-Daqui à quatro anos, graças a Deus!-Levantou as mãos para o alto, em sinal de agradecimento. 

 

—-

 

~Dias depois~

Tinha posto tudo o que tinha em seu guarda roupas no chão do quarto, atrás de uma peça de roupa que considerava adequada para ocasião que iria ter a seguir. Pensou em procurar Stella para lhe emprestar alguma roupa, porém desistiu ao ver que faltava apenas meia hora para Timmy lhe buscar e ela ainda não possuía uma carteira de motorista (infelizmente) para ir sozinha. 

-Que droga. -Resmungou após se dar conta de que não tinha uma roupa “adequada”. Lembrou que seu namorado havia lhe dito que era para ela ir com a roupa que ela se sentia confortável. Iria com a roupa que tinha separado mais cedo mesmo, a pegou e foi se arrumar.

Pegou sua bolsa e abriu a porta após ouvir batidas nela. Timmy estava escorado de forma desajeitada no batente da porta, tirou as mãos da calça bege lhe erguendo uma delas que logo foi enlaçada com a sua. 

-Esta tudo bem? -Perguntou, ao sentir a mão gelada da namorada.

-Está, é que eu estou um pouco nervosa.

-Eu estou aqui com você, tá bom? -Sorriu à beijando no rosto e recebeu um sorriso em troca. 

-Obrigada.

 Após chegarem nos domicílios dos Grasso, Tecna estremeceu um pouco após sair da Mercedes. Estava controlando a vontade doida de ir embora. Timmy tocou a campainha, anunciando a chegada do casal, logo foram recebidos e encaminhados pela empregada que o ruivo chamava de Nina. Ao chegarem na sala de estar, todo o pesadelo começou a partir do momento em que viram Pietro sentado em um dos luxuosos pequenos sofás, perto a lareira, do outro lado estavam os pais de Timmy.

-Pietro...-Disse Timmy frio, enquanto apertava a mão da namorada entre a sua.

Tecna sentiu olhares curiosos em sua direção, porém ao mirar a mãe do ruivo sentiu que iria vomitar ao ver sua expressão de desagrado direcionada a si. 

-O que é que Pietro faz aqui? -Perguntou.

-Convidamos seu primo, algum problema com isso? 

-Não.- Respondeu sério, porém mudou sua expressão para um olhar carinhoso. -Pai, Mãe, essa é Tecna, minha namorada. 

-Sua namorada? -A expressão da mãe do ruivo lhe dava calafrios. Uma senhora de cabelos loiros presos em um coque, vestido com corte quadrado de grife, salto alto nos pés e joias caras à enfeitando. Tecna ergueu a mão timidamente. 

-Tecna Donati, é um prazer senhora. -A senhora à sua frente não lhe estendeu a mão para cumprimenta-la. Deixando a moça no vácuo. 

-Donati? -Disse ainda à analisando. -Nunca ouvi falar, com que seus pais trabalham? 

-Mãe. -Timmy chamou a atenção, depois sua atenção foi em seu pai. -Pai como que o senhor está, fez uma boa viajem?

-Fiz. -Tecna reparou que o pai de Timmy nem se quer tirou os olhos do que via em seu IPad para responder o menino. 

-Sabe, nós ganhamos o campeonato de futebol americano...

-Serio filho, que ótimo. -Cortou o pai, se direcionando à mesa de jantar. 

-Da cidade de Magix...-Disse após um suspiro. Conduziu Tecna mesa de jantar, retirando a cadeira para a mesma sentar. Sentiu um pouco de pena do ruivo nesse momento. 

Durante o jantar, Timmy teve que ajudar Tecna a usar os talheres, quando sua mãe fazia o favor de mandar por alimentos de forma em que ela não sabia como usar os talheres para comê-los. Pondo a moça em situação constrangedora, pois chamava a atenção de todos presentes. 

-Querida, você não sabe usar talheres em uma mesa de almoço? -Perguntou com tom de deboche, deixando Tecna mais nervosa. 

-Claro que não, mas se fosse pra agredir as pessoas ela é mestre -Alfinetou Pietro, fazendo o clima ficar pior do que já estava. 

-Quer calar a boca Pietro? 

Pietro direcionou um olhar desafiador ao ruivo e Tecna queria apenas desaparecer dali. 

-Por que está tratando seu primo assim?

-Olha o que ele está falando para minha namorada, mãe. 

-Namorada? -Perguntou sua mãe ríspida. -Te apresentei tantas meninas, Temóteo e você vai logo namorar com uma favelada que nem essa sujeitinha aí? 

Tecna se levantou da mesa com os olhos marejados, derrubando alguns talheres no chão. Viu Pietro rir da situação e Timmy ficar parado que nem um dois de paus. 

-Escuta aqui senhora, eu posso não ter dinheiro como vocês mas eu tenho dignidade e não vou ficar aceitando desaforos vindo da senhora. Com licença. 

-Tecna. -Repreendeu Timmy, puxando o braço da mesma.

A moça por um estante olhou o namorado não acreditando no tom que este usara ao pronunciar seu nome, justo naquele momento que ela precisava de amparo. Pegou sua bolsa e andou rápido para a porta da mansão.

-Tecna, espera! -Ouviu, mas ignorou.

-Por que? -Disse sentindo seus olhos marejarem, voltando-se para o namorado já ao lado de fora da mansão. -Timmy...Olha para você.

O garoto obedeceu, olhando sua roupa que vestia no momento. 

-Olha para mim...Nós somos de ambientes diferentes.

- Você não vai vir com essa! -Disse ele raivoso, se aproximando da namorada.  

-Não, é sério! -Exclamou chorando.-Isso nunca poderia dar certo, eu não sou a gata borralheira e você não é príncipe encantado. 

-Eu posso estar muito longe disso, mas eu te amo, isso não conta para você? -Disse ele segurando sua mão, seus olhos lacrimejavam, estava desesperado. -Que droga Tecna, você vai desistir da gente assim?

-Eu...-Passou a chorar mais levando a mão ao rosto, tentando raciocinar. 

-Você está com medo, está com medo de encarar tudo. 

-Medo? -Perguntou incrédula, limpou os olhos vermelhos. -Eu estou decepcionada. 

-Tem certeza? -Perguntou irônico.-Pensei que acreditasse mais em você mesma. 

Tecna passou a caminhar para longe do ruivo, tropeçou ao sentir o salto quebrar e parou massageando o tornozelo. 

-Eu te levo. 

-Não, eu vou a pé. -Nesse momento a moça se amaldiçoou por não ter carteira de motorista.

-Deixa de ser doida. 

-Me deixa, Timmy! -Disse tentando chamar um táxi. -Adeus.

-Adeus? Pera, você vai terminar comigo mesmo?

-Vou. Não dá...É quase impossível. -A moça entrou batendo a porta do carro amarelo que parou minutos depois na frente da mansão. Tecna partiu para o colégio se lembrando de tudo que viveu com o ruivo, todas as juras de amor e demonstração de carinho e os insultos de sua mãe e de Pietro. Nunca havia se entregado de corpo e alma para menino nenhum. Limpou as lágrimas grossas ao se lembrar da briga. Medo? Será que tinha realmente medo?

Mas já estava tudo acabado, pensou chorando mais. 

Ao chegar na escola passou por Helia e Brandon que conversavam, lhe perguntaram se havia acontecido alguma coisa mas a mesma não respondeu, indo direto para seu quarto. 

Ao chegar no local, jogou a bolsa e as chaves do quarto em cima da mesa de estudos, não controlou as lágrimas que já desciam por seus olhos à baixo. Iria se jogar na cama, porém algo lhe chamou a atenção antes. Bloom não estava no quarto e o armário onde a mesma guardava o uniforme de Alfea estava aberto e o uniforme social não estava lá. 

Verificou o grupo que elas tinham na rede social se deparando com muitas mensagens não lidas. Uma delas falava que Faragonda convocou as meninas à comparecerem dentre de dez minutos no estágio vestidas com o uniforme social de Alfea. Tecna decidiu não ir, precisava de um momento só pois estava abalada de mais, depois as meninas contavam sobre o que se tratava. 
 

Durante o choro, acabou pegando no sono. Quem sabe quando acordasse, tudo não passasse de um pesadelo. 

 

—-

 

-Já cheguei! -Disse Stella, quase caindo no chão ao ter que arrumar o sapato social no pé. Bufou. Que ideia era aquela de Faragonda agora? Passou a mão nos cabelos amarrados em dois rabos de cavalo baixo tentando deixar com uma aparência um pouco melhor.-Perdi algo? 

-Não, mas já já vai começar. -Disse Musa. 

-O que será que aconteceu e cadê os rapazes? -Perguntou Bloom.

-Pelo visto é uma reunião só nossa...-Comentou Aisha com os braços cruzados. 

No palco se encontravam todos os professores e funcionários de Alfea em pé, vestidos de roupas sociais.

-Meninas em fila, jáa! -Gritou Griselda no microfone e como em um passe de mágica, todas estavam em fila, exatamente como faziam em Alfea e as meninas estranharam muito esses momentos nostálgicos estarem se repetindo.

Após o silêncio já estabelecido no estágio onde se encontravam, a diretora tomou a fala. 

-Bom, minhas queridas alunas. Como sabem, Alfea pegou fogo no começo deste ano e tivemos uma perda de 78% de nossa escola tão antiga. Foi tempos de desespero e angústia, pois aquela escola que foi passada de geração a geração até chegar em minhas mãos, havia se acabado. Porém graças às forças divinas, eu tenho amigos muito generosos e um deles é Saladino. -Interrompeu pegando fôlego para continuar, apertou as mãos em frente ao corpo ao lembrar de toda a ajuda que recebera. -Nos abrigou sem nenhuma obrigação aqui em sua escola de onde é dono e diretor e nos deu tudo o que precisávamos e até um pouco mais. Hoje, minhas jovens, nosso antigo colégio está reconstruído. -As garotas viram lágrimas pelo canto dos olhos de Faragonda, que falava tudo de forma animada. -Começo do ano letivo que irá começar em breve, estaremos lá novamente. Iremos voltar para Alfea! 

Ao contrário de que Faragonda esperava, não viu muitas garotas animadas para a voltar ao antigo colégio. Muitas garotas passaram a conversar entre si e antes de ouvirem o grito de Griselda, as mandando ficarem em silêncio, Bloom ouviu de Stella: -Pera aí, quanto tempo falta para acabar o ano mesmo? 
 

Teriam apenas mais um mês na escola de Fonte Rubra. Pois fevereiro começa as férias. 

-É isso galera, está na hora de dar adeus à Fonte Rubra. -Sussurrou Aisha para as amigas, as vendo responder com caretas
 


Notas Finais


Bom, é reta final mesmo e eu espero que tenham gostado do episódio. Queria agradecer a todos que acompanham essa fic e principalmente aos que favoritaram e aos comentários também ❤️‘

Queria dizer que os comentários entre parênteses que aparece durante a fic são as meninas quem fazem, pois elas contam umas para as outras sobre seus dias.

É isso, o próximo episódio creio que seja o penúltimo e espero que continuem me acompanhando, beijo 😘


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