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História Opposite Souls (EM REVISÃO) - Mãe?


Escrita por: badsizzlwr

Capítulo 20 - Mãe?


— Então, vou com vocês. Não vou deixar minha namorada solta por aí. — Jonathan falou e eu sorri olhando os dois. — Não vai se encrencar? — ele me perguntou e eu respirei fundo com a mão posicionada na cintura. 

— Pode ser, mas não vou ficar trancada aqui sem fazer nada. E também se eu me encrencar, ele vai ter um motivo pra isso. — respondi subindo as escadas, atrás das crianças que iriam para o quarto.

Entrei no quarto do Justin e abri uma das malas, procurando uma roupa para vestir. Acabei escolhendo uma saia de cintura alta preta e uma blusa branca rendada atrás. Prendi meu cabelo em um coque alto e tomei um banho, quando terminei comecei a me vestir. Olhei para mim no espelho e algumas perguntas passaram como um vulto pela minha mente. Balanço a cabeça negativamente, devagar me livrando dos pensamentos.

— Não é hora de arrependimentos. — suspiro. 

Comecei a me maquiar, nada muito chamativo. Passei o básico e coloquei alguns acessórios enquanto pensava no que estava prestes a fazer. Soltei um riso baixo e me sentei na cama. Coloquei o salto e soltei meu cabelo, vendo algumas ondas se formarem. Havia ficado bom, então revolvi não mexer para não estragar. 

Não lembrei do último lugar que Eleanor colocou uma de minhas bolsas, ela me ajudou a arrumar parte de minhas coisas enquanto Justin falava com os garotos. Poderia estar em uma das gavetas do Justin, procurei e achei um pó dentro de um saquinho, escondido em suas roupas. Peguei o mesmo e fiquei encarando por um momento com os pés batendo involuntários no chão. 

— Está pronta? — ouvi alguém entrar no quarto e coloquei o saquinho na gaveta novamente, escondendo. 

— Ah, estou. Só vou terminar de guardar algumas coisas e já encontro você lá embaixo. — respondi fechando a gaveta, olhando para Becca. — Como sabia que estava neste quarto? — perguntei quebrando o clima tenso.

— Não sabia. Bati nas portas e te achei. Poderia me avisar que estava aqui, seria mais fácil. — ela falou e eu sorri olhando ela fechar a porta. 

Desci as escadas e dei de encontro com ela se pegando com Jonathan sem se importar com quem estava ou estaria olhando, ela nunca se importou. Forcei a garganta reproduzindo um som rouco, recebendo as devidas atenções e ambos arrumaram suas roupas.

— Eu sei que vocês dois se amam muito, mas justo na casa do Justin? — falei e ela bufou. 

— Vamos logo! — ela falou pegando suas coisas, caminhando para fora. 

Fechei a porta e entrei no táxi e ele nos levou para a balada que, segundo muitos, é uma das melhores de Atlanta. No que eu notei, Becca estava com sua roupa mais comportada. Não estava exagerado como ela usava antes. 

— O que aconteceu com você? Jonathan te fez uma lavagem cerebral? — perguntei e ela me olhou confusa, apontei para as roupas que ela usava e a mesma começou a rir.

— Preciso dizer em minha defesa que dessa vez ela escolheu a própria roupa. — Johnny comentou e eu o olhei desconfiada. 

— Estão entregues. — o homem avisou e eu saí do carro junto da Becca. 

Johnny entrou na nossa frente e em segundos um dos seguranças me impediu de entrar, mas outro apareceu e liberou a minha passagem. Entramos e o lugar estava lotado. As batidas frenéticas tocando, nos deixando sentir por si só. Os gritos cheios de energia e agitados de todos, deixavam o lugar mais barulhento. Garotas rebolando sensuais para homens que apresentavam ser de grande porte, deixavam todos os homens em sua volta loucos. As luzes intensas decorando o lugar, deixando sua vista em um tom quente. 

— Você é nova aqui? — escuto um garoto falar comigo, se aproximando de mim. 

— Sou. Qual seu nome? — pergunto tentando interagir e vejo Becca e Jonathan se distanciarem de mim.

— Steve, e o seu? — ele me pergunta com as mãos na minha cintura. 

— Não. Para, por favor. — peço tirando as mãos dele do meu corpo. 

— Calma, gatinha. Dança comigo? — ele me pediu e eu neguei. 

— Acho que eu vou beber alguma coisa. — avisei e ele começou a me seguir. 

— Ótimo. — ele falou e eu suspirei um pouco nervosa. — Está desacompanhada? — ele pergunta e eu balanço a cabeça, negando. — O que uma garota como você faz aqui sozinha? — me pergunta pedindo duas bebidas, as quais eu não reconheci pelo nome. 

— Eu não estou sozinha. — respondo sorrindo de lado. 

— Não vejo ninguém com você. — diz ele olhando em volta. — Ainda não me disse seu nome. — o garoto, pegou na minha perna e eu retirei sua mão em seguida. 

— Lily. — respondo pegando a bebida que ele me ofereceu. — É muito forte. — comentei me arrependendo de ter tomado tudo de uma vez sentindo a bebida descer queimando, rasgando em minha garganta. 

— Vejo que não é tão chegada em bebidas alcoólicas. — ele debocha e eu me levanto, caminhando para a pista. 

Fiquei no meio daquela multidão, dançando. Becca se aproximou de mim e começamos a dançar juntas, com o seu precioso guarda mais conhecido como Jonathan, cuidando dela. Olhei para o lado e vi Steve levantar o copo em minha direção e eu revirei os olhos um pouco atormentada pela atitude estranha do garoto. Retirei minha atenção dele por um minuto e quando olhei ele não estava mais lá. Senti mãos em volta da minha cintura, forçando meu quadril a se juntar com seu corpo. Virei meu rosto e era ele, Steve. Empurrei ele para longe e ele novamente me puxou para perto de seu corpo. Rebecca e Jonathan se afastaram, me deixando outra vez sozinha. 

— Qual é gatinha? Se solta. — ele gritou perto de mim pra mim poder escutar. 

— Se afasta. — peço para ele, tentando me soltar de seus braços e ele nega me arrastando para a outra parte menos frequentada, encostando minhas costas na parede. — Qual o seu problema? Me solta! — mandei e ele começou a passar sua mão pelo meu corpo enquanto eu me debatia em vão. 

— Você só precisa relaxar e curtir. — ele avisou beijando meu pescoço.

Me encontro nervosa procurando pela Becca ou pelo Jonathan que sumiram do meio de tantas pessoas. Por que eu tive a excelente ideia de vir pra cá?

— Por favor, me deixa sozinha. — peço um pouco abismada e em questão de segundos vejo ele caído no chão e o Justin agarrando meu braço com força. 

— O que pensa que está fazendo aqui? — ele grita segurando em meus dois braços brutalmente, olhando em meus olhos com raiva. 

POV Justin

Voltei para a casa do Chris junto com Ryan, pois temos que terminar o que havíamos começado. Ao entrar vejo uma garota quase nua encenando um stripper para o Chris, que estava completamente bêbado pela garrafa na sua mão. As atenções estavam nela, não era de se jogar fora. Ela se mostrava sensual, pois ela era. Estávamos nos encarando por alguns segundos, de repente era para mim que ela estava se mostrando, não mais para Chris, além de continuar dançando junto à ele. 

Olhei atento para ela caminhando em minha direção, deixando Chris a olhar com as sobrancelhas arqueadas, me fez soltar um riso malicioso para ela que pegou em minha mão me arrastando para o meio de todos. A garota sentou em meu colo, roçando sua intimidade ma minha enquanto retirava meu casaco, deixando-me apenas com a camisa debaixo. O berro de todos surtando quando ela rebolava, estava elétrico. Todos estavam, digamos, caindo em tentação pela garota. 

Toda a atenção que estávamos recebendo eram bem-vindas. Algumas vezes poderia se dizer que Ryan me olhava com repreensão pelo que estava fazendo, apenas sinto muito. No bolso da minha calça pude sentir meu celular vibrar frenético. O peguei e atendi na mesma hora enquanto a garota deslizava sua mão pelo meu abdômen.

— O que é? Fale rápido que estou com pressa. — aviso gritando um pouco por causa do som alto. Não entendi o que estavam falando pelas vozes histéricas em volta. Me afasto da garota escutando uivo de caras próximos e em um grito mandei todos se foderem. — Repita breve. — mandei Sean repetir o que estava falando quando me afastei do som alto.

— A Sra. Lily está na sua boate. — o segurança repetiu e eu trinquei os dentes, fechando minhas mãos em punhos. O que essa vadia estava fazendo lá?

— Você deixou ela entrar? — gritei por raiva. — Ela está sozinha? — perguntei entrando no meio de toda aquela gente, pegando meu casaco.

— Sr. Bieber, ela chegou com duas pessoas. Tentei impedi-la, mas outro segurança liberou a entrada para ela. — ele explicou e eu corri para o meu carro, acelerando à caminho da boate. 

— Só podia ser. — pensei no garoto que chegou hoje. — Faça o que eu te pedi hoje cedo. Eu já estou chegando. — mando e desligo o celular, jogando no banco ao meu lado e pisando fundo no acelerador.

Estava quase chegando na boate, porém ouvi meu celular tocar. Encaro o visor e é Chaz. Não vou atender, não estou com cabeça. Parei o carro perto de algumas pessoas que se assustaram com a velocidade que eu tinha chegado, e entrei na boate procurando aquela filha da puta. 

Olhei para um dos seguranças se aproximando de mim e apontando para um garoto se esfregando nela na parte escura da boate. Essa vagabunda me paga! Cheguei mais perto e acertei um soco na cara dele o vendo cair no chão e as pessoas em volta se expressarem assustadas. Agarrei o braço dela que tenta recuar enquanto apertava ainda mais, pela raiva que eu sentia.

— O que pensa que está fazendo aqui? — pergunto transbordando de raiva olhando nos olhos assustados dela. — Era para estar em casa, não estar se esfregando em um muleque. — comento soltando-a e ela passa a mão pelo lugar em que eu estava segurando.

— Só por que você quer? — ela pergunta e eu lhe dou um riso sarcástico. 

— Como você é esperta. — debochei. — Aqui não é lugar pra você. — respondi e ela se misturou na multidão, se perdendo na minha vista. — Lily, volta aqui! — gritei a seguindo. 

— Justin, me deixa. Tenho o direito de sair para onde eu quiser. — Lily respondeu e eu a peguei pela cintura a virando de cabeça para baixo. — Deixa de ser machista. Me solta seu idiota. — ela gritou histérica e eu vi seus amigos se aproximarem.

— Ei, cara. Solta ela. — o garoto pediu e eu continuei andando em direção a saída. — Não ouviu? Solta ela porra! — ele novamente pediu, mas desta vez, me empurrando para trás. 

— Jonathan, para. Não vale a pena. — Lily argumentou quando eu a soltei. 

— Acha que manda em alguma coisa, pivete? 

— Justin, deixa ele. — Lily pede ficando em minha frente. 

— Acabou de chegar e esse é o primeiro lugar que quer visitar. Só digo uma coisa, não venha com ela. — fui para cima do garoto, mas Rebecca tomou a frente dele.

— Justin, ele não decidiu nada. A ideia de vir aqui foi minha. Agora para com isso e vamos embora, não é o que você quer? — Lily se enfiou no meio de nós dois quase levando uma das surras por ele. 

— Agora quer ir embora? Não deveria ter colocado os pés aqui. — falei perto do rosto dela pegando em suas mãos, arrastando-a para fora da boate. 

— Só você pode se divertir? Não tem o direito de ficar controlando os lugares que vou ou deixo de ir. — ela começou a reclamar quando entrou no carro, colocando meu celular do meu lado. Ou melhor, jogando em cima de mim.

— Cala a boca. — falei direto saindo da boate, cantando pneus para casa. — Em vez de se esfregar em pirralhos, deveria ficar em casa. Quer uma babá para cuidar de você? — falei batendo no volante, virando a curva com velocidade.

— Vai devagar, não quero morrer tão cedo. — ela falou apavorada e eu comecei a acelerar ainda mais. — JUSTIN, PARA O CARRO! — ela gritou para mim e eu ignoro seu pedido. — Para o carro. AGORA! — parei o carro e ela abriu a porta, descendo.

— Onde pensa que está indo? — pergunto com a minha paciência esgotada. 

— Para casa. Faça o que você quiser, mas com você eu não vou a lugar algum. — Lily gritou caminhando e eu fechei a porta acelerando o carro, deixando ela na rua só por alguns minutos de liberdade.  

Não vou deixar ela ir sozinha, mas é bom ela se adaptar com isso. Não vou tolerar as atitudes infantis dela. Dei a volta e comecei a ir na direção oposta da minha casa, procurando por ela, que estava caminhando de cabeça baixa com seus braços cruzados. Acelerei para perto dela e parei o carro bruscamente ao seu lado, assustando-a. 

— Entra no carro. — mandei abrindo a porta do lado dela e ela continuou andando, mas dessa vez com a cabeça erguida. — Lily, entra na porra do carro. — gritei para ela que me encarou antes de obedecer a minha ordem sem dizer uma palavra quando ocupou o lugar dela.

Lily foi o caminho todo em silêncio, apenas escutávamos o som de seus soluços por ela estar um pouco assustada ainda. Encaro suas pernas balançando por nervosismo, eu acho, e coloco minha mão na mesma apertando. Ela ignora e vira a cabeça, deitando perto da janela. Suspiro e volto minha atenção na estrada, diminuindo a velocidade.

Parei o carro na frente da casa que agora seria a minha nova casa, e ela me olhou parecendo que tinha dormido o caminho todo. Sem dizer nada, ela me olhou e deu um riso em falso. Ainda em silêncio, ela saiu do carro e parou na frente do portão encarando o lugar. Saí do carro e fui para perto dela, fitando-a.

— Errou de casa. — ela falou se virando em direção ao carro e eu me coloquei em sua frente. — Justin, chega de gracinhas. — ela pediu e eu olhei para ela com as mãos segurando em sua cintura.

— É aqui que vai ficar agora. — comento com ela que morde os lábios apoiando sua cabeça no meu peito. Passo meu braço pelas costas dela, fazendo um breve carinho, apoiando meu queixo no topo da sua cabeça. 

— E as minhas coisas? — Lily pergunta se soltando dos meus braços. 

— Estão todas aqui. — respondo lembrando que Sean trouxe tudo pra cá quando mandei. 

Ela retomou sua postura mimada e orgulhosa, entrando na casa. Chamei um dos seguranças que estava comigo agora e pedi para colocar meu carro para dentro, mesmo não sendo esse o seu ofício. Segui ela, pois até onde eu sei, ela não sabe aonde é o quarto que ela está ou se quer metade da casa. Entrei em casa e me viro para a porta, trancando-a em seguida.

— Até quando? — Lily quebra o silêncio entre nós e me olha com a ponta do seu nariz rosado. — Até quando vai me manter presa aqui? — ela perguntou se aproximando.

— Está delirando, mas se for preciso, não é uma má ideia. — falei e ela se jogou no sofá, mantendo a expressão caída de antes.

— É o único motivo que eu encontro para se mudar do nada, sem avisar. — ela comentou e eu fiquei parado na frente dela, olhando-a se levantar do sofá. — Estou cansada, pode me mostrar logo onde é o quarto? — ela me pediu e eu comecei a subir a escada que era um pouco mais comprida que a da outra casa. 

— Para onde pensa que vai? — pergunto olhando ela continuar andando pelo corredor enquanto eu permanecia parado na porta do quarto.

— Eu pensei que... — ela falou e logo percebi que ela estava acomodada com a outra casa. Fiz sinal com a cabeça para mostrar que o quarto era o primeiro e ela entrou. 

Fui para o final do corredor e subi o resto das escadas no intuito de ir para o último quarto, simulação de um cinema. A sala feita para relaxar, virou o alvo para descontar minha raiva. Chutei, empurrei, estraguei tudo o que podia e que estava ao meu alcance. A bagunça seria grande, mas eu precisava descontar em alguma coisa a fúria que estava sentindo no momento. Impaciente, passei a mão no cabelo, entrelaçando atrás da nuca, sentando em uma das cadeiras. 

Saí da sala e desci as escadas em direção ao meu mais novo escritório. Tive o prazer de escolher o segundo cômodo maior, depois do meu quarto, especialmente para ser o escritório. Como eu não tive tempo para arrumar tudo, algumas coisas estavam fora do lugar. O que eu precisava estava bem à minha frente. Me joguei na poltrona e peguei um dos saquinhos, fazendo duas carreiras de pó. Abaixei minha cabeça, peguei um tubinho colocando na narina, tampando um lado e com o outro inalando uma carreira completa. Passei os dedos pelo nariz, limpando e inalando a outra. 

Quando terminei, encostei minha cabeça na poltrona fechando os olhos, limpando qualquer resíduo que eu tenha deixado para trás. Escutei passos e guardei as coisas na gaveta novamente, poderia ser alucinações ou não. Levantei da cadeira e abri a porta observando se havia alguém por ali. Fechei a porta e fiquei encarando a Lily sentada no chão, abraçando suas pernas enquanto desabava em chorar. Dei-me paciência para tanto sentimentalismo. 

— Está tudo bem? — pergunto um pouco curioso por ela estar sentada no chão. 

— Parece que está tudo bem? — ela joga uma pergunta para mim e eu levanto os ombros referindo que não sei. 

— Vai ficar sentada aí? — pergunto me aproximando devagar, por mais que eu não tivesse interesse no assunto, eu tentava me importar.

— Talvez. — ela respondeu encarando o chão. Me sentei ao seu lado e ela me olhou respirando perto de mim. — Agora entendi o porquê de você estar se importando. — ela falou revirando os olhos. — Me dá um pouco de droga, quem sabe assim eu começo a entender melhor esse seu lado. — a olhei e ela estava indignada, com o rosto avermelhado.

— É melhor você calar a boca para parar de falar tanta merda. — falei com desdém e me levantei indo para a cozinha com ela me seguindo.

— É o único argumento que consegue ter? É apenas pra isso que você presta, pra mandar os outros calar a boca e se curvar diante de você. — Lily me seguiu tagarelando enquanto eu bebia um pouco de água. — Não consegue ser melhor que isso? — ela me perguntou e eu joguei o copo no chão, olhando os cacos se espalharem pelo chão.

— Eatá insinuando o quê? Lily, já fui o contrário do que sou hoje, já fui um fracasso. E se hoje eu sou isso, se entenda com quem me fez assim, vá descontar em quem me tornou o que sou hoje em dia. — eu não deveria, mas me sentia seguro em contar à ela. — Antes eu não tinha nada, e agora, eu tenho tudo o que eu quero na palma da minha mão. E se eu continuo sendo o que me tornei, é porquê eu não me importo com o que vão dizer, talvez eu tenha orgulho, talvez não.  Eu não quero voltar a ser o de antes. — gritei para ela que estava assustada com o jeito em que eu reagi. — Um nada. — sussurro perto do seu rosto.

— Você acha que tem tudo, Justin. E saiba que agora você é menos do que era antes. Olhe para você, olhe no que você se tornou. Como pode ter orgulho de ser o que é? — Lily gritou para mim com lágrimas de ódio caindo pelo seu rosto. — Acaba com isso enquanto ainda resta tempo. — as mãos dela foram posicionadas no meu rosto.

— Esqueça esta conversa que não levará a lugar algum. — falei empurrando ela para trás. — Guarde suas opiniões fúteis sobre a minha vida para você. — dei continuidade ao que estava falando me afastando dela. 

— Eu só quero te ajudar. Eu me importo com você. — Lily falou segurando em minha mão. 

— Olha para mim. — gritei batendo em seu rosto. — Eu pareço estar precisando de sua ajuda? — pergunto apertando as bochechas dela, forçando-a olhar para mim. — Foda-se com quem você se importa. Foda-se as suas opiniões de merda. Eu não ligo! — ela chorava com o que eu dizia.

— Eu não aguento mais esse seu jeito grosseiro, seu temperamento explosivo. Não aguento sua bipolaridade. Se afasta, não quero que toque um dedo se quer em mim. — ela gritou me empurrando para o balcão. Encarei sua reação, mordendo o lábio inferior fechando os olhos com força. — Eu quero ir embora! — gargalhei.

— Você não vai sair daqui. — ela comprimiu os lábios. Droga, o que eu estava fazendo? Eu não quero que ela tenha medo. — Que se foda tudo. — sussurro colocando ela na bancada beijando os lábios macios dela, os sugando com um desejo incontrolável de foder ela aqui mesmo, na cozinha. 

— Você tem que resolver tudo com sexo? — ela me perguntou, parecia estar bolada.

— Quando existir algum jeito melhor, me avisa. — peço para ela, retomando o beijo.

— Para, chega! — ela tentou me parar. — Porque você é assim? — a voz dela saiu fraca.

Coloquei-a em cima do balcão retirando a camisa do seu pijama jogando em qualquer lugar, pegando-a no colo. Coloquei ela na mesa, jogando tudo o que tinha nela no chão, arrancando sua calça do pijama encarando sua lingerie preta. Lily, com suas pernas me puxou para perto dela, passando suas mãos pelo meu corpo, arranhando minhas costas por baixo da camisa, tirando a mesma em seguida. Agachei em sua frente e arranquei sua calcinha com a boca, alisando sua perna enquanto puxava a mesma com a mão para tirar mais rápido. Abri suas pernas e comecei a chupar seu clitóris. Ela tremia com minha língua dançando enquanto meus dedos entravam e saiam da mesma. Seus gemidos abafados ecoavam em meus ouvidos. Devagar, fui subindo distribuindo algumas mordidas por seu corpo. Levantei o corpo dela que estava deitado sobre a mesa e aproximei o mesmo junto ao meu com meu braço segurando suas costas. 

Suas mãos deceram para o zíper da minha calça, deixando a mesma cair no chão. Levantei as pernas e tirei a calça que parou no meu tornozelo. Encarei os olhos dela por um instante e eles estavam indecifráveis, seu olhar cauteloso invadia meus pensamentos os deixando registrados em minha mente. Eu não iria esquecer aquele olhar por um longo tempo.

— No que está pensando? — pergunto um pouco intrigado por seu olhar atento em mim.

— Milhões de coisas. — ela respondeu quase em um sussurro em meio ao riso. — Acaba logo com isso. — ela avisou em pleno sussurro perto do meu ouvido. 

Coloquei ela encostada no balcão de costas para mim e inclinei seu corpo para frente, tirando minha cueca, prendendo minha mão em seu cabelo o puxando com força para trás. Me inclinei junto a ela, mordendo o lóbulo da sua orelha, despejando beijos em sua nuca. Sem camisinha, encaixei meu membro em sua intimidade, escutando seu gemido prazeroso a seguido de outros em cada estocada que eu dava. Seu corpo subia e descia pelas estocadas fortes, ela merecia piores. Aos poucos sinto seu gozo escorrer pelo meu membro. Virei ela para mim e comecei devagar, sentindo o prazer se expandir em mim. Lily cravou suas unhas nas minhas costas, descendo-as com força. Me aproximei de seu pescoço e deixo alguns chupões pelo lugar, visualizando as marcas que deixei. Levei uma de minhas mãos para baixo, esfregando os dedos na sua intimidade, estimulando seus gemidos. 

Peguei ela e a levei para o quarto, com o meu membro dentro dela. Sem fechar a porta, joguei ela na cama, caminhando até ela que estava com seu fôlego em falta. Beijei intensamente sua boca com minhas mãos apoiadas na cabeceira da cama. As gotas do suor brilhavam em sua testa, seu peito subia e descia a procura de ar. Me levantei e virei ela de bruços, erguendo sua bunda na altura do meu membro. Lily apoiou seus cotovelos na cama se arrumando nessa posição então, enfiei meu membro na sua intimidade sentindo a mesma mastigar meu pau para dentro. Ergui minha mão e acertei sua bunda com violência, ouvindo seu grito de dor em meio ao seu gemido. Comecei a dar tapas em sua bunda deixando-a avermelhada com os tapas depositados. Estava chegando ao ápice, deixando minhas estocadas intensas, impulsionando o movimento, deixando meu líquido dentro dela, escorrendo o resto por ela. 

— Você deve me odiar muito. — falei irônico e ela se deitou ao meu lado. — Se for assim, quero pedir para você me odiar para um puta caralho. — completei vendo-a sorrir.

— Sem exageros. — disse ela se deitando no meu peito. 

Lily se levantou e foi tomar um banho, se despedindo com um beijo. Olhei para o criado-mudo ao meu lado e vejo meu celular com a tela piscando, chamada do Ryan. Com muito esforço e boa vontade, atendi.

— O que foi, despacho? — pergunto com preguiça para ele.

— Tem que trazer ela para a minha casa agora. Sem papo furado, traga ela! — ele pediu eufórico e até agora estava confuso com o que ele acabara de me pedir.

— Por que acha que eu faria isso? — perguntei gargalhando.

— E você vai fazer, ou você trás ela ou eu a busco. Isso é importante para ela, estou falando sério, Bieber. — ele falou e eu bufei. 

— Espero que seja mesmo importante, ainda mais a essa hora. — falei e encerrei a chamada, colocando o celular no lugar que este mesmo estava.

Caminhando para o banheiro, entrei no chuveiro com ela que para variar se assustou comigo. Abracei ela por trás e deixei a água quente escorrer por nossos corpos enquanto nós nos encaramos. Ela sorria por nada, sorria sem motivos. Ah, porra. Eu fiquei viciado nesse sorriso, nesses lábios, nesse corpo. Caralho, o que houve comigo?

— Ryan tem algo para contar à você. Pediu para que fosse à casa dele, agora. — contei para ela que me olhou indiferente. 

— Agora? — ela pergunta desanimada e eu concordei, esbarrando os nossos lábios.

POV Tessie

Vê-lo ali, parado em minha frente com seu ato grotesco que não é novidade para mim me fez perguntar se eu tinha realmente feito a escolha certa. Culpar meus amigos pela atitude que na verdade foi minha, a decisão de vir para cá foi minha, era algo que eu negava aceitar. Suportar. Agora vou ter que suportar as decisões dele sobre o que faço na minha vida? Ele vai controlar os lugares para onde vou? Ele tem que admitir que está errado, não deveria culpar o primeiro que conhece pelo lugar que vou frequentar, e ainda mais essa pessoa sendo o Jonathan. Aceitar voltar para casa foi a melhor decisão na hora, não poderia deixar Jonathan enfrentar Justin, pois seria um erro. 

Dentro do carro, evito olhar ou se quer conversar sobre o que aconteceu com o Justin. Ele deveria estar na casa do Christian cuidando da sua vida e me deixar se divertir, direitos iguais para ambos. A velocidade em que ele estava me assusta, seu jeito de segurar o próprio volante estava me assustando. O jeito brusco que ele virou o carro foi o suficiente para me deixar com pavor de continuar o caminho com ele. Prefiro mil vezes ir sozinha até sua casa do que ir mais alguns quilômetros com ele.

— Para o carro. AGORA! — imploro e ele para o carro com tudo no meio da estrada. Abro a porta do carro e desço do mesmo com raiva. Eu não suporto, não quero suportar isso.

Visualizar seu carro sumir de minha visão bastou para, em segundos, eu cair em prantos. Minha raiva pelo Justin era contida, o ódio que subia pelas minhas veias eram incontroláveis, em segundos estava descabelada por ter descontado tudo o que sentia em mim. Olhar o que eu estava fazendo me fez perceber de que nada iria adiantar, eu tenho que me manter forte. Andar por aquelas ruas sem qualquer pano para cobrir o resto do corpo era difícil. 

Tarde da noite, estava começando a esfriar. O vento gelado batia sob a minha pele, deixando-a toda arrepiada. Abaixo minha cabeça e coloco as mãos no braço, cruzando-o e os alisando para conter qualquer calor que eu possa ter até chegar ao meu destino. Encaro um carro parado ao meu lado com tamanha velocidade, seguindo cada passo meu, me deixou assustada. Virei meu rosto lentamente para o lado e vejo Justin parando o carro ao meu lado bruscamente.

— Entra no carro. — Justin praticamente ordenou e eu o ignoro sentindo o frio aumentar, continuo andando orgulhosa de cabeça erguida, caminhando mais depressa. — Lily, entra na porra do carro. — ele grita nervoso olhando fixamente para mim. Entro no carro deixando meu orgulho de lado, apenas por estar frio demais. 

Justin no caminho colocou sua mão na minha perna, apenas observo e apóio minha cabeça na janela deixando meus pensamentos me levarem para longe. Era como se eu estivesse em tempos passados, vivendo momentos esquecidos por mim, lembranças que eu nunca soube que existíam em parte da minha infância. 

"O fogo em minha volta me deixou em prantos aos braços de minha mãe. Olhar tudo em chamas, a fumaça no ar nos impedindo de respirar, deixando nossos pulmões inalarem apenas a fumaça, me deixava apavorada em pensar: como iriamos sair daquela casa? Não podíamos fazer nada, qualquer ato seria inútil, nossos pulmões suplicavam por oxigênio puro. Mamãe, ali mesmo desabou em meus pequenos braços. 

— A mamãe tem que partir, mas você sabe que não vai ser para sempre. Da última vez eu prometi à você que voltaria, dessa vez vai demorar para nos vermos. Quero que use isto e seja qual for a situação que esteja passando, pense em mim e sorria. — mamãe dizia em lágrimas, e apesar de não entender o porque de sua despedida, me encontrava em prantos com suas mãos apertando a minha, segurando algum objeto dentro da mesma. — Olhe para mim. — ela me pediu passando o material para a minha mão, fechando em seguida. — Use sua força contra tudo. Esta é a sua arma mais preciosa, como o seu sorriso. Use-os contra aqueles que farão tudo para te ver cair. Você é uma grande garota, Lily, você é a minha garota. — ela chorou aos meus braços. — Me perdoe pelos erros gananciosos do seu pai. Mostre seu sorriso ao mundo, mostre do que é capaz. Eu te amo, filha. Seja forte e lute pelos seus sonhos, você será meu orgulho. — em poucas palavras pude perceber um adeus ser dito. Eu forcei meus olhos, mas não conseguia ter reconhecimento de seu rosto, eu estava incapacitada de reconhecê-la. Em um breve sussurro um adeus foi decifrado.

Escutamos barulhos em nossa volta e em segundos mamãe sumiu entre as chamas, me deixando sozinha. Meus gritos a sua procura eram altos, ela acaba de partir, talvez para sempre. Me sentei no chão abrindo minha mão encarando seu colar que agora era meu, me senti no direito de cuidar da sua última lembrança que marcaria para sempre seu último momento comigo. 

Coloco o colar e me deito no chão, fechando os olhos, ouvindo um barulho estrondoso vindo da porta. De repente, é como se eu tivesse ganhado outra vida, uma vida na qual minha mãe não fazia mais parte, me encontro sozinha em um lugar cheio de crianças a minha volta."

Sentir as mãos de Justin em meu ombro me acordando de uma lembrança um tanto que apavorante, me deixou assustada, preocupada com o sonho que poderia ou não ser real. É como se eu estivesse me afundando e em segundos ele me retirasse da água à tempo. Olhar para ele me mostrou que tudo foi apenas um sonho. 

Quieta, saí do carro encarando o chão, cada passo que eu dava lembrava da mulher que no sonho, era conhecida como minha mãe, correndo para longe me deixando sozinha. Parei em frente ao portão fechando meus olhos com força, me livrando do momento em que ela partiu, tirando de meus pensamentos sua única memória que continha. 

— Errou de casa. — observo a casa totalmente diferente da que estávamos, olhando em direção ao carro e ele parou em minha frente, me fazendo o encarar. — Justin, chega de gracinhas. — peço um pouco abalada e ele me olhou fixamente, segurando em minha cintura.

— É aqui que vai ficar agora. — Justin falou e apesar de ser um lugar agradável, fiquei surpresa, um pouco chocada apoiando minha cabeça sob seu peito, o abraçando. Justin coloca uma de suas mãos em minhas costas, alisando, com sua cabeça em cima da minha.

Suspiro e entro na outra mansão do meu querido Justin, retomada de orgulho. Por mais que eu não quisesse ficar perto dele, eu não conseguía. Preciso do seu corpo junto ao meu, seu toque especial para me fazer delirar. Não tenho como esconder, ele me faz ser parte dele com apenas um toque, e é apenas isso que eu não suporto, me entregar com apenas um toque seu. 

Justin consegue me fazer sentir uma outra pessoa, uma pessoa especial. Ele é tão bom para mim, mas de uma forma tão errada. Suas palavras agressivas e seu temperamento explosivo me fazem querer sumir para sempre. Quero recusar sentir o que sinto por ele. É tudo tão complicado.

— Estou cansada, pode me mostrar logo onde é o quarto? — peço para ele que me mostra o caminho subindo as escadas mais longas que as da outra casa. Sigo ele tendo devaneios, andando sem saber para onde. 

— Para onde pensa que vai? — Justin me pergunta e eu o encaro distante de mim. Acho que andei muito além.

— Eu pensei que... — começo a falar, mas não termino. Um dos penúltimos quartos na outra casa era o meu. Vejo que levarei tempo para me adaptar. 

Caminho para perto dele, entrando no quarto e fechando a porta. 

O quarto era imenso, também não vamos exagerar. Estava tudo arrumado, a cama de casal que parecia ser de muito conforto, a decoração luxuosa deixando o quarto em uma textura viva. Não que isso tivesse alguma importância, mas cada detalhe me chamou atenção. Deve ser um dos cômodos maiores da casa. Como já estava tarde resolvi tomar um banho quente e colocar uma roupa mais confortável para dormir, e assim fiz. Deito na cama fechando os olhos relembrando das mesmas lembranças me deixando conturbada. 

Cada pensamento era como se estivesse acontecendo agora. Abri meus olhos e imaginei o fogo em minha volta, a fumaça me impedindo de ter uma respiração melhor, levanto da cama em segundos e encaro o colar de minha mãe. Aquilo tudo estava me aterrorizando. 

Saí do quarto, deixando a porta aberta e me sentei no chão, sentindo o chão frio chocar com meu corpo fervendo com todos os pensamentos de fogo que vieram a minha mente. Abaixo minha cabeça e abraço minhas pernas, balançando ambos por nervosismo e medo das palavras que gritavam na minha cabeça. 

— Está tudo bem? — Justin se aproxima de mim e eu levo meu olhar de encontro ao dele.

— Parece que está tudo bem? — pergunto, mesmo sendo meio óbvio de que não estava nada bem e volto minha atenção ao chão.

— Vai ficar sentada aí? — ele pergunta mais próximo de mim e eu balanço a cabeça em dúvida 

— Talvez. — respondo com fraqueza. Justin se senta ao meu lado e um cheiro estranho predominou nele. Lembro do saquinho que dentro continha um pó estranho e me vejo decepcionada. 

Ele estava drogado, e ainda tem a porcaria da coragem de se sentar ao meu lado com seu cheiro repugnante. Pedir um pouco da droga à ele custou uma pequena discussão, apenas quero ajudá-lo, queria entender o seu lado oculto. Não quero morar em uma casa com quem eu não posso compreender. Ele tinha que ouvir a verdade, mas para ele nada importa, suas decisões e estilo de vida que ele vivia tinham que ser do seu jeito torto. Porém, em qualquer caso, a sua forma de resolver as coisas é a mesma, seu desejo em usar o sexo em qualquer situação. Isso me incomodou por ele ter aquele jeito sedutor e bruto só dele. Minha cabeça dizia não, mas meu corpo se entrega ao seu toque, seu beijo não tinha como negar. 

Eu preciso dele, meu corpo correspondia intensamente, completamente com o seu. Ele é bom no que faz, o que deixa qualquer uma louca. Esse é o problema, as outras. Agora mesmo, estou com raiva de mim por estar se entregando à ele de mãos beijadas. 

— Você deve me odiar muito. — Justin ironizou e eu me deito ao seu lado com minha respiração ofegante. — Se for assim, quero pedir para você me odiar para um puta caralho. — ele deu continuidade e eu dei um riso baixo. Não deveria, mas com sua fala sinto meu rosto queimar mesmo sem eu querer.

— Sem exageros. — eu digo me deitando sob seu peito com minha mão em seu abdômen, formando desenhos imaginários pelo mesmo. 

Me levanto da cama e vou tomar um banho, meu corpo pegava fogo. Me olhar no espelho e encarar cada roxo que Justin deixou em meu pescoço me deixou assustada de um modo bom. Espero que isso saia rápido. Coloco meu corpo debaixo do chuveiro, com a água quente escorrendo por ele. Às vozes de Justin passavam como filme na minha cabeça, me pego mordendo os lábios lembrando do mesmo, sorrindo involuntáriamente.

— Ryan tem algo para contar à você. Pediu para que fosse à casa dele, agora. — Justin adentrou no banheiro me deixando surpresa com sua manifestação. Ele abraçou minha cintura, juntando nossos corpos, deixando a água escorrer por eles.

— Agora? — pergunto em um tom cansado, desanimada em querer sair a essa hora de casa. Poderia ser importante, ele não pediria isso por motivos pequenos.

Justin se aproximava de mim e eu logo via sua expressão maliciosa ser estampada em seu rosto. Qualquer oportunidade que ele tiver, ele vai usar, agora era uma delas. Estava em um beijo carinhoso com o Justin e seu membro roçava na minha intimidade. Empurrei ele para a parede, negando seu pedido. Peguei a toalha e deixei ele sozinho no banheiro antes que ele ultrapassasse os limites, que segundo ele não se encaixa a sua pessoa. 

Me troquei, colocando uma roupa qualquer, vestindo um tênis, já que era a casa do Ryan e ele já me viu com roupas piores. Me joguei na cama esperando Justin terminar seu longo banho e se vestir.

Desperto olhando para Justin me sacudir involuntário e sem paciência, ele deveria estar fazendo isso a um bom tempo pelo visto.

— Se uma bomba explodisse nesta casa agora, tenho certeza que você continuaria dormindo. — ele reclama impaciente e eu reviro os olhos analisando o que ele acabou de falar. 

[…]

— Justin, o que você está fazendo com esta arma? — pergunto encarando a arma destravada na mão do Justin. Ele me olhava como se fosse matar alguém nesse exato momento. 

— Caso seu amigo tenha me feito vir aqui de graça. Eu poderia estar fodendo você agora. — ele diz abrindo a porta do carro com a arma na mão. 

— Justin, deixa isso aqui. Não vou entrar com você armado por bobagem. — digo saindo do carro com raiva, parando a sua frente o vendo fechar a porta com a arma guardada no cós da calça. — Eu não mereço. — reclamo caminhando pelo jardim. 

— Cala a boca. — ele diz colocando o braço em volta do meu pescoço. 

Estava perto da porta, se não fosse o Justin me segurar teria caído no chão em segundos por Ryan ter aberto a porta assim que chegamos. A expressão de Ryan era de euforia, empolgação, como se ele estivesse querendo contar algo agora. Ele me olhava nervoso, com um sorriso torto em seus lábios. 

— Viu um fantasma? — pergunto um pouco nervosa com sua aparição. 

— Entra logo. — Ryan diz empurrando Justin e eu para dentro da casa. Justin apertava minha mão com seu maxilar travado. 

Me virei para Ryan que estava me deixando ainda mais nervosa que antes, chegando a me assustar. Suas mãos estavam suando, percebo isso quando pego nelas. Ele não tirou em segundo algum seu sorriso do rosto, aquilo me incomodou.

— Está pronta? — ele me pergunta e por impulso recuo um passo para trás, sentindo as mãos de Justin segurar minha cintura.

— O que você quer dizer com o "pronta"? — pergunto sentindo meu coração palpitar mais rápido. 

Ryan desviou seu olhar para outra direção e eu segui, com medo do que poderia encontrar. Minha respiração se encontrava descontrolada, minhas mãos trêmulas, suando frio. Um nó se formou em minha garganta me impedindo de dizer qualquer coisa. Estava com um frio na barriga enquanto olhava alguém à alguns passos distantes de mim. Não sei se era o que eu estava pensando, mas se fosse eu não tenho certeza se realmente é o que eu quero.

— Minha filha... — a voz soou com falhas quando encaro seu rosto com um sorriso estampado e as lágrimas descendo pelo mesmo. Em um momento, senti meu mundo desabar sob a minha cabeça. 



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