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História Opposite Souls (EM REVISÃO) - I need you, now.


Escrita por: badsizzlwr

Notas do Autor


Hello, bears cá estou eu trevosa novamente para dar a vocês uma nova chance com o Justin e... Amo vocês 💙
Boa leitura!

Capítulo 39 - I need you, now.


Fanfic / Fanfiction Opposite Souls (EM REVISÃO) - I need you, now.

— E-eu não tenho nada para... — faltam-me palavras para serem ditas, pelo medo do que eles fariam depois. 

— Tampinha, só pegue o que precisamos que vamos embora. — o qual parecia ser o mandante principal fala, ficando mais próximo. 

— Escute, eu não tenho o que vocês procuram. — falei, me encolhendo na mesa próxima de mim, virando o rosto. 

— Você é Lily Lancaster Collins? — o mesmo aumenta a voz, aparentando não estar feliz com o que escuta. 

Balanço a cabeça, afirmando sua pergunta. Se alguma coisa acontecer, eu mato o Dylan e envio seus restos pelo correio para outro país. 

— Isso significa que você, lindinha, tem o que procuramos. — sinto a mão pesada dele segurar o meu pulso com força, provavelmente o local ficaria vermelho.  — Apressa aí, caralho. 

— Acontece que a pessoa que procuram não sou eu. Dylan está devendo, não eu. Resolvam essa droga com ele! — berro, sentindo o meu corpo ser jogado no chão sem piedade. 

— Sim, gata. Seu irmão nos deve e você tem a grana que irá deixá-lo vivo. — ele disse, agachado na minha altura, erguendo a minha cabeça, que explodia ao entrar em contato com o chão. 

A porta fora fechada e o passo deles pela minha casa dava-me a noção de que eles estão procurando o que vieram buscar. Olhei na direção deles e os mesmos espalham cada parte da minha casa, investigando lugares para terem o seu dinheiro. Vejo cada cômodo ficar desorganizado, uma verdadeira zona. Mas o que mais me preocupa é a vida do meu filho. Sentia pontadas doloridas em minha barriga, quase insuportáveis. Minha intuição mandava eu fugir, correr, enquanto há tempo, mas nem levantar eu consigo. Meus olhos percorreram a sala inteira e pararam no celular em cima da mesinha, perto de mim. É a minha única tentativa de encerrar isso. 

Como Chaz havia me informado que faria uma revisão de tudo que precisaria para um projeto, imagino que ele não esteja disponível. Minha única ajuda é Ryan, que está praticando uma corrida agora, como o mesmo havia comentado no dia anterior. Espero que ele atenda. 

Rastejo até a mesinha, levantando aos poucos, com dificuldade de manter as pernas firmes e retas para alcançar o celular, mas motivação para sair dessa é o que eu mais tenho. Minha mão alcança o aparelho, pegando-o em seguida, discando rapidamente o número do Ryan. 

Minha alegria ao saber que ele atendeu, mesmo demorando, foi grandiosa. Ele me tiraria dessa. 

— Ryan, aconteceu outra vez. Eles estão na minha casa e eu não sei o que fazer... — aos poucos o choro escondido fica visível, atingindo o tom da minha voz. — Eles invadiram outra vez.

Chaz, estou saindo. — a voz do Justin ecoou em minha cabeça, ganhando um sorriso de meus lábios. — Dê ao Ryan. 

— Justin?! — pergunto, esperando pela voz que ascendeu algo dentro de mim. 

Quem é? — outra voz, totalmente diferente soa, mas eu a reconheço. 

— Chaz? — pergunto, enrugando a testa. Mas assim que vejo um movimento rápido no quarto, me apresso a falar. — Eles invadiram. — falei, controlando o tom embargado da voz. — Estão... 

Escuto passos e logo o telefone é tirado de minhas mãos, me dando a certeza de que não foi a minha melhor escolha, mas sendo a única para eu me manter viva. 

Sinto pontadas mais fortes em minha barriga, me fazendo soltar grunhidos de dor. Talvez mais alguém estivesse com saudades do papai que, mesmo com as pouquíssimas qualidades, nos nega. Não vou esconder que ouvir sua voz embargada ascendeu algo em mim, uma esperança de que ele me ouviria. Mas parece que não. 

Sinto o meu bebê chutar, quase perto de onde a pontada foi produzida, causando uma dor quase insuportável. 

Você não está ajudando, filha. Compreenda a mamãe, amor, não é hora de chutar.

O choro que antes era cessado, veio com toda a força, sabendo que quem estava na outra linha, conversando comigo era o Justin. Meu Justin, meu primeiro amor. Ainda não o desculpo pelo que fez, nem no presente e nem no passado. Ele roubou o meu pai e eu sei disso agora. Mesmo com os erros do meu pai, eu não posso aceitar isso. Ele, independente de tudo, é o meu pai, eu querendo ou não. 

— Chamando o resgate, gracinha? — o mais alto chega em mim, me erguendo com uma mão só, furioso com o meu atrevimento. — Isso foi errado. — fala, sendo torturante ouvir sua voz soar calma. 

— Eu n-não fiz n-nada. — falei, sentindo ele agarrar a gola baixa da minha blusa, me colocando no alto. 

— Foi muito errado, garota. — os olhos dele transbordam a sua irritação indomável. — Não ama o seu filho? — faz uma pergunta retórica, como os outros poucos fizeram por eu ter negado dar o que eles queriam. 

— Por favor... — seguro as mãos dele, tentando me soltar do seu ato repulsivo. 

— Deixa ela. Aqui já tem o suficiente e mais um pouco. — o de tamanho médio disse, levantando um saco cheio em minha direção, com um sorriso largo no rosto. 

— Se livrou, gatinha. — quem me segura fala, insinuando querer me beijar, mas eu fujo de qualquer ato seu. — O que acha de levá-la para o chefe? O filho dele vai gostar de um brinquedinho. — ele disse, olhando para o outro, enquanto gargalha. 

— É uma boa. — o terceiro responde, me fitando de cima a baixo, demonstrando malícia em seu olhar. — Mas ela está grávida. 

— Isso não interfere. — retruca o mais alto, me jogando no sofá. — Só precisamos analisar o troféu que Dylan nos deixou. — molha os lábios, gatinhando por cima de mim. 

— Eu vou gritar! — falei, recuando para longe do cara que sorria de forma medonha. 

— Aí é mais excitante. — ele disse e seus amigos riram, não impedindo o que o cara está fazendo. 

— Sai de cima dela, parceiro. — o barulho do tiro sendo disparado faz com que o homem recue em segundos, me dando a visão exata de Ryan parado na porta. — Se afasta da garota. 

— Aí, parceiro. Estamos na boa aqui. — o que tentou me assediar fala, disfarçando. — Acho melhor voltar para o castelo princesa. Mas se preferir usar alguns brinquedos, devo avisar que também tenho. — disse, expondo sua arma e a apontando para Ryan. 

— Se afasta da garota, boneca. — Ryan rosnou, enfurecido com a aproximação do cara a mim. 

— Abaixa a tua bola, mandante. — disse. — Aqui é tiro na certa. — ambos transmitem fúria pelo olhar, esperando o momento certo para disparar os tiros. 

— Deixa a gente passar de boa, sem nenhuma gracinha que tudo vai acabar bem. Pensa na tua mina, cara. — o de cabelo grisalho diz, seguindo o outro com o alvo da arma. 

Ryan abriu um sorriso fraco, aparentando gostar do que havia escutado. 

— Ryan. — falei, segurando firme no braço do sofá, sentindo a dor novamente. — Ryan, deixa eles. — peço, trabalhando o dobro na respiração. 

— Vai liberar a passagem, bonitão? — o de tamanho médio pergunta, sendo o mais breve. 

Vejo Ryan sair de perto da porta e todos irem embora, restante Ryan, eu e a minha descontrolada respiração na sala. O estado de Ryan não nega que o mesmo está preocupado, assim como eu. 

— Ei, hey! Eu estou aqui agora, calma. — ele disse, passando a mão pela minha testa, sorrindo para descontrair. 

— Está doendo, Ry. Está doendo muito. — resmungo, mordendo o lábio para dispensar parte da sensação de ser esfaqueada na costela. 

— Eles fizeram alguma coisa com o seu bebê? 

— Não, mas eu preciso ir para o hospital antes de qualquer coisa. — falei, querendo me prevenir de coisas ruins acontecendo com o meu neném. 

— Eu entendo. Tá. Hospital. Cadê a sua bolsa? — ele se levantou e andou perdido pela casa, revistando os lugares para procurar minha bolsa.

— Não precisa. Só me leva agora, Ryan... — falei, soltando um grunhido de dor. 

No hospital, Ryan pediu para que fôssemos atendidos o mais depressa possível, sua preocupação era ampla. Não consegui conter os gemidos pela pontada e a preocupação por pensar em coisas horríveis que poderiam acontecer, como perder o meu bebê. Eu não aceitaria isso. Não mesmo. 

— Ryan. Eu estou com medo. — reclamo, soltando algumas lágrimas amedrontadas. 

— Você precisa se acalmar, está muito ativa. — ele fala, pegando na minha mão, enquanto arruma o seu adesivo de visita no peito. 

— E se acontecer alguma coisa? — questiono, erguendo a coluna. 

— Senhora, poderia deitar-se? — uma enfermeira que está no quarto pede, encostando o meu verso na cama. 

— Ryan, não deixa ela aplicar isso. Eu não quero dormir! — me exalto, remexendo na cama. 

— Eu estou aqui, Lily. Eu estou aqui com você. — ele disse, beijando a minha mão, segurando o meu braço para ser aplicado o sonífero. 

— Minha bebê. Meu amor... 

POV Justin

Ivan e Ryan já estão praticando uma partida sem erros para o dia do roubo, mas minha cabeça está longe, distante para se conectar com isso tão cedo. Qualquer merda que aconteça, minha cabeça se obriga a pensar na porra daquela garota. Mulheres é o que não falta, mas eu preciso da outra. Nunca pensei que diria isso em meu território, mas eu quero a garota ingênua que me faz um bem do caralho do meu lado. 

O que é a cama de um rei sem uma rainha? Se souber a resposta, apresente-a a mim, porque a minha cama está vazia e longe de encontrar uma nova rainha. 

Charles está cuidando das partes do sistema, as quais ainda não temos total acesso, já que ele está revisando todas as partes para não obter erros. A simulação está sendo feita, mas eu não estou com a mínima vontade de praticar e calcular o meu tempo, para melhorar ou deixar como está. 

Merda, por que ela teve que me trair? Por que ela teve a capacidade de gestar uma criança sem ser minha? O que eu pretendia fazer? Aceitar e olhar para a criança filha do demônio que ela criaria sem discutir nada? Isso não é para mim. É muita coisa para uma pessoa com deveres maiores, com desejos maiores. Não era a hora, está certo. O paraíso foi uma visita boa, mas pouca. O pouco que pude aproveitar eu aproveitei, agora foca-se. 

Ter aquela mulher é uma lei. É a minha lei. 

O celular de Ryan toca perto de mim, acordando o genes arrogante e impulsivo dentro da minha alma, infernizando a minha impaciência. 

Atendo, antes que meu interior conceda a minha vontade de jogar o celular para longe. Mas tudo muda, principalmente o meu querer de desligar a merda do aparelho, quando a voz conhecida soa assustada na linha. 

Ryan... — só de ouvir a voz feminina na linha, sinto o meu interior queimar. 

Mesmo querendo saber o lugar em que ela está, eu não consigo abaixar o meu ego, meu escudo. Não vou abaixar a guarda. Não vou facilitar. A felicidade dela é notável em sua adocicada voz tremida. Droga. Que merda, Lily. 

— Chaz, estou saindo. — disse, jogando o celular na mesa do computador que ele está utilizando. — Dê ao Ryan. — aviso, trincando os dentes. 

— Hã? Quem é? — penso que ele pergunta para mim, mas quando me viro o vejo perguntar ao telefone. — Merda. — ele resmunga, deixando tudo e correndo para fora do depósito. 

Até um momento não entendi mais nada. O motivo em que ele correu não foi especificado, o que me fez segui-lo para entender a porra toda. 

— Cara, vai logo. Aposto que são os mesmos caras que rondaram a casa dela quando eu fui lá. — Chaz dizia para Ryan, que nem pensou e correu para o carro. 

— Charles, o que ela disse para você? — antes do Ryan dar a partida, ele pergunta, abaixando o vidro do carro. 

— Disse que a casa foi invadida de novo. — Chaz responde, sendo o suficiente para Ryan arrastar o pneu e partir. 

Que merda foi essa? 

— Aí, Chaz. Já está na hora de praticar na rota traçada. — Christian se aproxima, batendo nas costas dele. 

— Agora não dá, Christian. — Charles disse. Franzi o cenho, precisando entender aquilo. — Ei, espera eu voltar. — ele fala, fazendo o mesmo que Ryan, pegando o carro e vazando. 

— O que foi isso? — Christian me pergunta, não entendendo nada, assim como eu.

— E eu sei? — falei, dando de ombros, seguindo o carro dele com o olhar. 

No momento em que eu vi o carro se distanciar cada vez mais, eu só tive uma ideia. Lily. Não importa o quão filha da puta ela tenha sido em me roubar para ajudar o imundo do irmão dela – que agora está sumido, mas pelo menos devolveu minha carga –, eu sou louco por essa garota de um jeito letal. Se for o que eu estou pensando e eu conseguir usar um único momento para vê-la, mesmo que ela não esteja vendo, já seria alguma coisa depois de quase um mês completo. 

[...] 

Quando eu pensei em seguir ambos os carros, um hospital seria o último lugar no qual eu imaginaria parar. Está claro que, depois de ver Ryan sair do carro com Lily em seus braços, havia ficado preocupado. Por um momento eu só consegui pensar nela e esquecer as merdas que ela aprontou. 

A única coisa que eu não entendo é o porque dos capangas de Williams estarem na casa dela. Eu os vi, mas eles não me viram. Eu sei aonde ratos como eles se escondem e vou caçá-los por estarem rondando a casa de Lily. Se preciso, irei vigiar essa casa o dia inteiro para me certificar de que ela ficará bem. Ela ainda é minha, afinal. 

Foi tudo muito rápido. O máximo que eu poderia fazer é observar tudo de longe, como agora. Entrar no hospital é uma das coisas que quero evitar fazer, dar as caras por lá não resultaria em coisa boa, eu conheço essa história e não quero passar por isso outra vez. Mas eu não posso fazer isso. Eu tenho que entrar lá. 

— Qual é o quarto da paciente Lily Lancaster? — escuto uma garota perguntar, após entrar de cabeça abaixada no hospital. 

— Siga até o final do corredor e vire à direita, será a primeira porta. — uma funcionária responde, apontando para o corredor que ela deveria seguir. 

Ah. Eu conheço esses dois. Eu reconheço gente inútil de longe, apenas pelo cheiro repugnante que predomina o local. O que eu não entendi foi o motivo de Ryan sair na hora que eles entraram. O iludido está reconhecendo que é apenas um amigo? Isso é de comover. Rá, não é, não. 

Com um puta esforço de tentar disfarçar, acabo que saindo bom nisso. Ninguém me vê, penso até que estou invisível, mas vamos deixar a imaginação infantil de lado e esperar o momento certo para uma coisa que eu quero à semanas. 

Uma garota não pode me mudar, mesmo que eu também queira mudar por ela. Uma garota pode me aceitar do jeito que sou, sem se importar com o resto. E eu já tenho essa garota, mas apenas em pensamentos porque eu tive a audácia de fazer um erro seguido de outro. Embora eu queria me redimir, eu não posso. Mas eu sei que mulher como ela são poucas, e por erro meu eu deixei a minha escapar sem poder reagir. Vocês podem me ouvir? Eu a quero novamente em meus braços. 

POV Rebecca

Ryan me liga desesperado dizendo que Lily está no hospital e me tira de minha zona calma. Eu não sei o que essa garota tem, mas ela atrai tantas encrencas e acaba sempre num hospital por crise. É uma atração discutível e intolerável. Ah, Lily. Logo agora que iríamos sair à noite e deixar o Bieber fora dessa sua cabeça. 

Chegando lá, pergunto as pressas para uma das enfermeiras que está mais próxima de mim sobre o quarto de Lily, sendo bem atendida. Segui o corredor e entrei no quarto dela, vendo-a dormindo e o Ryan cabisbaixo ao lado dela, segurando sua mão. Eu amo esse menino. 

— O que ela teve? — pergunto, jogando a bolsa na poltrona e me aproximando dele, junto ao Johnny. 

— Pelo que eu entendi, ele teve uma crise de ansiedade e ficou muito preocupada com o bebê. Tiveram que sedar ela para poder acalmá-la e ao bebê também. Ambos estavam agitados demais, mas é normal. — Ryan responde, soltando a mão dela. 

— Mas por que os dois ficaram agitados? — Johnny pergunta, passando o braço pelo meu ombro, me abraçando por trás. 

— Ninguém sabe. — responde, erguendo os ombros. — Mas pelo que Chaz disse, Justin havia atendido o meu celular, enquanto eu estava fora do depósito. — disse, levando uma hipótese, sendo a única e mais provável. 

— Merdinha. — resmungo, rolando os olhos por receio. — Esse garoto não se enxerga. — me altero, segurando o braço de Johnny, que me prendia.

— O pior é que Justin não disse nada comprometido, como Chaz comentou, ele estava perto dele na hora. — Ryan disse, arqueando as sobrancelhas. 

— Ah, eu acredito. — ironizo, molhando os lábios. — Do Bieber eu espero tudo e tenho de que foi ele quem a colocou aqui. — argumento, sendo repreendida por Jonathan. 

— Para de falar bobagem, Re. — disse, olhando para mim. — O cara pode ser tudo isso, mas ter essa intenção é um pouco extravagante. 

— Qual é, amor. Ele só queria ela como fonte de sexo sempre que preciso. — falei, bufando. — Ele só lembra da existência dela quando está bêbado, gritando o nome dela igual um idiota. Olha para ela é para ele, estava na cara que iria dar errado. 

— Queria que ela estivesse ouvindo. — ele fala, rindo em falso. 

— Como se ela não soubesse. Justin é uma tempestade fria no mundo calmo dela. Lily sabe disso. Ele é vazio, incapaz de amá-la. Impiedoso. Ele é simplesmente ele. 

— Bem, eu vou indo... — Ryan disse, se despedindo de mim com um abraço e com um toque estrado do Jonathan. — Quando eu terminar eu volto para buscá-la. — ele completa, todo atrapalhado. 

— Ela sairá amanhã, certo? — preciso ter certeza. Ryan afirma, saindo do quarto. — Eu vou juntar esses dois. — falei, chegando perto da Lily. — Por você, amiga. Por você. — sussurro, dando um beijo em sua bochecha rosada. 

— Olha lá, amor. — Johnny fala, não gostando do que eu pretendo fazer, mas pouco me importa. 

— Johnny, eu não vou deixar esse imbecil estragar a vida dela. 

A hora passou tão rápido que nem vimos. Eu estava com fome e não iria comer essa coisa light, não. Tanto que Jonathan foi comprar algo para nós. 

Não gosto de me meter na vida de Lily, mas eu não suporto vê-la assim por uma pessoa que já foi um assassino. Ela precisa de mais. Eu vou ajudar ela a superar esse segundo amor domado por erros. Não acho justo o cara sair para beber todas as noites e voltar para casa com umas três ou cinco garotas no mesmo tempo para se divertir. Direitos iguais para ambos, se for assim. 

Encosto a minha cabeça na parede, descansando os olhos por um tempo, estando terrivelmente derrotada por conta do sono que me doma. 

Ao ouvir sussurros dentro do quarto, revelando ser de uma pessoa entristecida, devido abrir os olhos e olhar para ver quem era. Esse imbecil não tem limites? O que Justin Bieber faz aqui, e ainda mostrando-se arrependido? 

Eu queria muito, muito acabar com a folga dele, mas preferi escutar tudo o que ele fala, já que ele está se sentindo confortável e livre para dizer o que quiser. Ele parece ter boas intenções, mas disso o Inferno está transbordando. Um demônio arrependido, que sarro. 

— Você fez comigo algo que nenhuma fez. Me fez ser feliz. Mas eu consegui estragar isso. — seu desabafo me comove, me deixando indecisa no que realmente pensar sobre ele. — Eu não sou a melhor pessoa, não sou a pessoa ideal para você, mas... por quê? — engoli em seco, sentindo a minha boca secar ao ouvir aquilo. 

Talvez eu estivesse errada em relação a ele. 

— Quem dera eu ainda... tivesse você. — por Deus, o que ele está fazendo? Agora eu estou me sentindo um lixo ao julgá-lo errado.

Estou conhecendo o outro lado de Justin Drew Bieber. É isso mesmo? O que eu estou fazendo é certo ou errado? Não consigo encarar os fatos. Não consigo compreender o beijo. Eu não entendo o que ele está fazendo. Um dia a odeia e no outro a ama. Ele não é o mesmo de dias atrás. Por mais que Lily devesse saber disso, pois era direito dela, eu não poderia contar. Daria esperanças falsas a ela e isso eu não quero. Mas o que aconteceu aqui vai ficar para sempre em minha cabeça. 

É uma decisão delicada, mas tenho que seguir com ela. Me desculpe, Lily. 

POV Justin

É a minha única chance. Se eu não estivesse puto comigo mesmo, eu diria que esse seria um grande passo. Mas isso não importa. Para de perder tempo e vai logo, porra. A única que está no quarto é Rebecca, já que seu namorado saiu agora pouco e não parece ter hora para chegar. Passar por ele seria fácil, o problema é essa garota com o demônio no corpo. A única que pode estragar meus planos é ela. 

Abro a porta, espiando pela fresta da mesma o clima por lá. Tudo está a meu favor. Rebecca está dormindo, ou aparenta estar, no pequeno sofá do quarto. Lily está deitada na cama, um dos jeitos que eu recuso vê-la por ser uma visão chata. Ambas dormem, facilitando a minha entrada no quarto. 

Me aproximo da cama, passando a mão pelos cabelos lisos dela, me punindo por estar fraco. O seu rosto ainda guarda marcas vermelhas das surras que eu havia dado, principalmente no canto da testa. Fecho a mão em um punho, encostando na parede, tentando não fazer barulho. Tiro o boné e tenho uma visão melhorada dela. Ainda é a mesma por fora. Ainda é a minha Lily, por mais que eu negue aceitar isso. 

— Você realmente não consegue ficar longe de confusão. — coloco as mãos no bolso do casaco, sentindo a mesma sensação de quando eu a tinha em meus braços. — Como também não fica longe dos meus pensamentos. — faço uma pausa prolongada, emburrecido por estar falando com ela desse modo frustrante. — Ouça-me... 

Preciso me esconder para poder ver a minha garota? Preciso fingir não estar ligando para ela? Eu preciso fingir tudo e mais um pouco? 

— Você não poderia ter feito aquilo, Lily. Sabe quantas garotas me fazem enlouquecer como você? Nenhuma. Sabe quantas garotas eu falei que amei estando sóbrio? Nenhuma. Por que teve que fazer isso comigo? — faço desse momento o meu, falando tudo o que eu quero é guardo. — Eu pensei em jogar fora, mas tem algo nela que me prende. — pego a aliança de noivado que havia dado para ela na noite do jantar em meu bolso. 

Analiso o anel, vendo que está intacto. Pego a mão dela, segurando-a por um tempo antes de tudo. 

— Esse objeto me prende a você. Esse objeto me faz sentir remorso pelo que eu te fiz. Eu consigo me arrepender de tudo, mas não demonstro, porque é o meu jeito. — seguro o seu dedo, colocando o anel lentamente, deixando um riso frouxo sair de meus lábios. — Você fez comigo algo que nenhuma fez. — dou outra pausa, prolongando o tempo quieto. — Me fez ser feliz. Mas eu consegui estragar isso. — sussurro mais baixo, agachado em sua cama. — Eu consegui te perder por um motivo, algo que eu nunca quis. — dou um selinho em sua mão, apoiando a minha testa na mesma. 

Fitando o chão, sinto aquele buraco e arrependimento me esfolar por dentro. Como se eu fosse esfaqueado pela minha própria mulher. Porém nem a mais pontiaguda faca consegue me cortar como essa mulher fez comigo. 

— Por que não comigo? — questiono, sem olhá-la. — Eu não sou a melhor pessoa, não sou a pessoa ideal para você, mas... por quê? — falei, não me imaginando ser uma garotinha frouxa com uma mulher. 

Na real, eu nunca me imaginei tendo uma mulher na qual eu queira levar para a vida. Mas a fragilidade, a docilidade, a ingenuidade dela me conquista e me prende a ela. Caralho, Bieber. Você simplesmente a ama, seu merda. 

— Quem dera pudesse ser diferente. — reclamo, colocando a mão dela na cama, deixando o anel onde está. — Quem dera eu ainda... tivesse você. — concedo a trégua das palavras, desabafando o que eu guardei durante dias. — Eu perdi e só agora dou valor. — cochicho, retirando o anel, a única coisa dela que eu tenho agora. 

Fico próximo a seus lábios, desejando selá-los nos meus, para sentir seu gosto outra vez. Encosto nossas bocas, em um beijo sincero. Eu queria que ela soubesse disso, que eu gosto de estar com ela. Eu gosto de beijá-la. Eu gosto de tocá-la. E, neste momento, eu tenho saudades de sentir nossos corpos em sincronia, num só. Eu posso ter feito tudo de ruim que existe, mas tudo passa quando ela está comigo. Nada me atinge. Acho que este momento foi esperado por ela também, pois seus batimentos aumentaram, apitando frenético. 

Levo o meu olhar para a barriga dela, vendo que havia aumentado e coloco a mão em cima. 

— Chuta para o pai, grandão. — falei próximo à barriga, esperando por uma resposta do meu filho. 

Eu sou dependente dela. É a minha verdadeira droga. Eu preciso sentir os efeitos que ela causa em mim novamente. Eu me sinto vivo, é onde eu quero estar. Com ela eu não preciso de mais nada. Ela me faz bem, apenas. Isso é o suficiente. Seria apenas ela e eu. Eu preciso dessa mulher ao meu lado. Mas eu não suporto saber desse filho que era para ser meu. Essa é a nossa barreira. É o nosso novo obstáculo. 

— E isso acaba com qualquer um. — falei, dando as costas, caminhando até à porta, encerrando o momento de visita. 

Abro a porta, olhando-a uma última vez. 

— Acho que eu realmente amo você, anjo. — murmuro, fechando a porta e voltando para o carro. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado 💘
Beijos, bears


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