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História Orações Suicidas - Into the Woods


Escrita por: Mara_Afraa

Notas do Autor


Oláaaaaaaaaa! 10000000 desculpas por ter demorado a minha vida inteira para publicar, mas enfim tenho estado sem muito tempo livre... mas voltei <3333

ENJOY XOXO

Capítulo 16 - Into the Woods


Fanfic / Fanfiction Orações Suicidas - Into the Woods

Anteriormente...

Olhei para Isabella, que de repente me puxou pela mão, me arrastando pelo meio das árvores e arbustos até pararmos num tronco bem grande de uma árvore cortada. Eu estava ofegante, tal como ela, mas ao contrário de mim, Isabella parecia saber muito bem onde estávamos.

 

- Bella... – eu ia perguntar o que era suposto fazermos agora, mas ela interrompeu me selando os nossos lábios com intensidade. Eu não sei como nem porquê, mas pareceu que eu estive á espera daquele beijo durante toda a minha vida. Agarrei na sua cintura a puxei mais para mim, iniciando um beijo de verdade. O meu primeiro beijo, com a pessoa mais importante da minha vida.

 

 

 

Isabella´s POV

 

“Ele é o certo para ti”

 

“Ele é só mais um nojento que te vai enganar”

 

“Vocês serão felizes para sempre”

 

“Não vês que ele não te quer? És mesmo estúpida”

 

Tentei ignorar as vozes irritantes que viviam dentro da minha cabeça, e continuei a sentir o macio dos lábios de Jordan. Fizeram me sentir viva, quente, e acima de tudo fizeram com que uma ponta de luz e felicidade crescesse dentro de mim.

Assim que o beijei percebi que ficou surpreso, mas logo respondeu acariciando o meu rosto com as suas mãos inseguras e trémulas.

Afastei um pouco os nossos rostos e olhei o nos olhos, sorrindo.

Jordan sorriu de volta, mas em questão de segundos a sua expressão feliz mudou para tristeza, medo e revolta. Ele tirou as mãos das minha bochechas e jogou se ao chão, puxando os próprios cabelos e gemendo de dor.

 

- Jordan? O que se passa? – disse, agachando me sobre ele, acariciando os seus ombros.

 

- Isto não devia ter acontecido!

 

- Isto o quê? O beijo? Mas eu pensei que... – Jordan interrompeu me erguendo a sua cabeça e evitando encontrar os meus olhos.

 

- E se um dia tu desapareceres? E se tu me deixares? Não! Não! Não! Eu não posso passar por isto outra vez, não posso... – á medida que ele ia falando a sua voz desvanecia até serem apenas murmúrios.

 

- Jordan, eu nunca te vou deixar. – coloquei a minha mão no seu queixo e fiz os seus olhos húmidos me olharem direito. – Eu nem sei bem o que sinto por ti, mas sei que é algo demasiado forte para um dia ser quebrado. Nós temos uma amizade e um amor obsessivamente bonito, e nada nem ninguém vai destruir isso.

 

- Mas Isabella... como podem duas pessoas que não vêm a realidade normalmente e sim com abismos e alucinações serem felizes juntas? – uma lágrima escapou do seu olho direito.

 

- A nossa insânia por muito distinta que seja uma da outra será sempre o que nos manterá juntos. Eu preciso de ti para ter a certeza de que os meus sentidos não me enganam, e tu precisas de mim porque... porque simplesmente precisas. – sorri amavelmente para Jordan, que logo me puxou para o colo.

 

- Quem diria que a borderline e a esquizofrenia se iriam dar tão bem. – ele sorriu de volta, e beijou me.  

 

 

[...]

 

 

Jordan´s POV

 

Já passavam umas 5 horas desde que eu e Isabella tínhamos fugido do hospício, e por esta hora já todos estariam á nossa procura. Caminhávamos pela floresta, e enquanto eu não fazia a mínima ideia de para onde é que estávamos a ir, Isabella parecia ter toda a certeza de que caminho seguir.

 

- Quando me vais dizer para onde vamos? – perguntei ofegante, esperando que pela décima vez que perguntei isto a Isabella agora obtivesse uma resposta.

 

- Para ali. – ela apontou para um pequeno arbusto rodeado de terra batida, que logo me deixou a pensar se a sua doença estava a fazer com que ela imaginasse uma casa ou palácio, ali onde o arbusto estava.

 

Não disse nada, apenas continuei a seguindo. Uns metros depois, Isabella começou a arrastar o arbusto para um lado qualquer, e reparei que por debaixo dele havia uma espécie de porta de madeira incorporada no chão. Sem dizer nada, Isabella arrancou um colar que até agora eu não tinha reparado que ela usava, e com a chave que estava pendurada no mesmo abriu um pequeno cadeado enferrujado que deduzi estar trancando a porta. Com alguma dificuldade ela acabou por abrir o pedaço de madeira empoeirado, e finalmente olhou para mim sorrindo.

 

- Bem vindo. – ela fez sinal para que eu passasse primeiro, e assim fiz.

 

Desci por uma escada frágil de madeira, e quando senti os meus pés no chão, ajudei Isabella a descer também. Ela fechou a porta por cima de nós fazendo tudo ficar escuro, mas logo puxou uma pequena corda pendurada ao nosso lado, acendendo uma lâmpada que me deu luz suficiente para observar o ambiente ao meu redor.

Estávamos numa pequena e acolhedora sala, com muitas almofadas e mantas espalhadas pela mesma. Havia uma pequena arca de gelo entreaberta, onde pude ver que haviam várias garrafas de água e frutas. Haviam alguns armários com biscoitos, pão e doces, e alguns pratos e copos. Dei alguns passos tentando não pisar as almofadas e as cobertas, ainda olhando á minha volta. Pelas paredes haviam vários desenhos abstratos e simplesmente incríveis, desenhados diretamente nas tais paredes. Havia uma lareira com alguma lanha dentro de um pequeno cesto ao seu lado, e uma mesinha de madeira com alguns jogos de tabuleiro. Tudo estava totalmente limpo e com um cheiro agradável. O espanto invadia me cada vez mais. Como? Como é que Isabella conhecia este sitio? E como é que tudo estava tão arrumado e organizado, dado o facto de que estávamos debaixo de terra? Finalmente voltei o meu corpo na direção de Isabella, que sorria alegremente.

 

- Como é que encontras te isto? – perguntei caminhando na sua direção.

 

- Mal foste internado eu soube no momento que precisava de te tirar daquele sitio nojento. Então passei os seis meses seguintes a tentar arranjar um espaço onde nos pudéssemos esconder depois da fuga. Depois de muitas semanas á procura de algo na floresta, encontrei esta cave abandonada, e transformei a na nossa nova casa. Demorou tempo a fazer tudo isto sem que ninguém desconfiasse, principalmente os meus pais, e foi por isso que demorei tanto tempo até que me encontrasses.

 

 

[...]

 

 

Isabella´s POV

 

“Tens de matá lo. “

“Olha para ti, nem tens de coragem de lhe contar a verdade”

“o teu plano sujo”

“que destruirá a tua vida, mas também te fará feliz”

“covarde”

“estúpida”

“tu sabes que não o podes amar”

“Tu sabes que não sentes mais nada para além ódio”

“mentirosa”

“hipócrita”

“Pega numa faca e faz o que tens a fazer”

“é a tua missão”

“fá-lo!”

“Não!”

“Sim!”

“Ahahahahah nem consegues controlar os teus próprios pensamentos...”

“Olha para ti”

“idiota”

 

“WE BOTH LOOK AT THE SAME STARS BUT WE SEE SUCH DIFFERENT THINGS”

 


Notas Finais


Comentem o que acharam <3


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