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História Ordinary - Horário Fixo


Escrita por: Pyxis_

Notas do Autor


Oieee 💗👺

Estou aqui para responder ao desafio de quarentena chamado # Corvos Quarentenados ; criado pela @Hannye, que me convocou ksksks. Esse desafio tem como objetivo fazer com que escritores que trabalham na área de Haikyuu criem fanfics nessa merdinha de quarentena, já que isolamento social muitas vezes pode fazer com que você se sinta desmotivado e isso é muito ruim.
Então toma um desafio como motivação heueheue. Se você não foi desafiado, não tem problema, você pode participar, só colocar a tag “Corvos Quarentenados”. Não tem regras kkkkk

Sim, propaganda boa é outra história.

Se alguém quiser ver o jornal da Hannye sobre o desafio com tudo bem explicado, aqui está ; http://fics.me/19326531

Vim corresponder ao desafio com o meu terceiro otp perfeito : Tsukkiyama.

Quase fiz com outro shipp, mas não seria tão fofo como eu estava pensando (se vocês me entendem rs).

Yamaguchi cursante de botânica sim.

Capítulo 1 - Horário Fixo


Fanfic / Fanfiction Ordinary - Horário Fixo


Olhou ao redor daquele distrito meio vazio, passava ali quase todos os dias, tendo como objetivo ir até a cafeteria Ordinary e também para admirar o garçom que sempre o atendia, suas sardas salpicadas em seu rosto que lhe davam um charme indescritível, amava o observar.


  Andou por algumas ruas até achar o estabelecimento que tanto frequentava. O lugar é bem diferente das outras cafeterias, as paredes eram feitas de vidro. A entrada era bem simples, uma porta preta fosca que combinava com a moldura dos vidros e ao lado tinha uma pequena parede de tijolinhos pintados que trazia elegância para o acesso da confeitaria. 


  Abriu a porta lentamente, logo ouvindo o sino que havia acima da porta soar, alertando que alguém havia chegado. O recinto tinha cheiro de lavanda e de café, amava essa característica do lugar. 


  "Boa tarde Tsukishima-kun, você já tem horário marcado, não é?" Kiyoko Shimizu era a recepcionista da cafeteira, seus cabelos pretos cortados em um Channel bem curto, os óculos com armação preto fosco. Usava uma camisa social, uma calça jeans e um terninho preto para dar um ar mais profissional. A sua pintinha perto da boca lhe trazia um charme singular, até mesmo sexy. Na frente de seu pescoço havia uma enorme tattoo de asas negras, que tampava completamente a "cara" de sua garganta. Possuía uma personalidade calma e relaxante. Ao seu lado estava Yachi que olhava para o celular, cabelos curtos loiros, bem animada e grande parte das vezes era muito vergonhosa. Roupas excessivamente rosas e pasteis. Unhas pintadas de amarelo pastel.


  "Eu tenho sim, com Yamaguchi." Olhou para o seu relógio que marcava 15:00 "As 15:30."


  A cafeteria funciona com horário marcado e é necessário escolher um dos rapazes que trabalhavam lá para o acompanhar durante todo o seu tempo lá dentro. Cada atendente tem permissão de usar uma sala, que eles mesmo decoram da forma que quiserem, obrigatoriamente possuí uma mesa simples e algumas cadeiras ou até mesmo um sofá — há alguns atendentes que atendem mais de 3 pessoas por horário, eram os mais conhecidos do estabelecimento —, funciona como uma cafeteria normal, possuí cardápio e durante o horário do almoço, os clientes podiam almoçar com o atendente que estava-o acompanhando.


  Ela riu de lado, ajustando o óculos em seu rosto branco como a neve. "Não acha mais prático marcar horário fixo? Não se sente cansativo de ter que ficar marcando toda vez?" Falou pegando seu caderno para marcar que ele realmente havia comprido o horário adequadamente "E você sempre vem adiantado, quer ter mais tempo extra com o nosso filhote?" Brincou enquanto posicionava a caneta atrás da sua orelha.


  "Eu vou pensar sobre o horário fixo, Shimizu. E eu não vou te responder sobre o resto." Falou seco, mas a garota não se sentiu incomodada, apenas deu de ombros como se já estivesse acostumada com aquele tipo de comportamento vindo do loiro.


  "Vou chama-lo, só um segundo." Ela apertou um botão verde escuro "Ele não vai demorar nem um minuto, ele sabe que é você." Falou vendo o outro corar levemente com as palavras da secretária.


  "Tsukki!" Ouviu ser chamado pelo seu apelido, se virou tentando conter a sua vergonha do momento.  O outro estava adorável como sempre. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo baixo, alguns fios estavam escapando do penteado, usava seu piercing preto costumeiro em uma das orelhas. Usava sua blusa branca usual e uma jardineira, por cima seu avental verde escuro. "Sabia que você viria." Se aproximou do outro sorrindo.


  "Eu sempre venho nos mesmos dias." Soltou indiferente vendo o outro irradiar luz.


  "Eu sei, Tsukki, mas eu agradeço por você vir. Eu gosto da sua companhia." Disse corando singelo, nem parecendo que estava flertando com o outro.


  "Para de flertar com ele na recepção." Shimizu disse fazendo com que o outro corasse violentamente "Xô, vão para dentro." Fez um gesto com a mão para que saíssem.


  Sentiu sua mão ser puxada de leve "Venha, não quero atrapalhar ela." O rapaz disse indo na frente, fazendo com que o loiro o seguisse.


  Tadashi não era muito disputado pelos clientes, por isso o seu horário era mais maleável e tem determinados dias que o loiro poderia chegar mais cedo e o rapaz de sardas poderia atendê-lo facilmente. Isso era algo que gostava bastante, mas ao mesmo tempo desentendia os clientes, que não conseguiam perceber como ele era adorável e, principalmente, ele era muito bom no que fazia.


  Passamos pelo corredor que possuía várias portas, todas com uma plaquinha na frente com um determinado nome. Sabia que tinha o Kageyama, Nishinoya, Sugawara, Oikawa, Sakura, Ennoshita, Akaashi e havia uma vaga sobrando. A "sala" de Yamaguchi era a última no corredor, por causa que ela era bem diferenciada das demais.


   Já havia tido a companhia de apenas um deles quando Tadashi ainda não estava trabalhando na Ordinary.


  Keiji Akaashi era seu nome, um bom ouvinte, as conversas são boas e ele faz um café esplêndido. Bem formal e sério, conversa pouco sobre si mesmo. Ás vezes, pedia dois horários para conversar com o rapaz e o outro com Tadashi.


  Mas sinceramente, ele não trocaria o rapaz de sardas por nenhum deles.


  "Pode entrar, Tsukki." O apelido doce soava como um feitiço. Seria a voz de Yamaguchi igual a da Ariel? Sinceramente não sabia, apenas sabia que estava perdidamente apaixonado pelo rapaz a sua frente. 


  Entrou e logo sorriu vendo que o ambiente não havia mudado nada.


  "Colocou novas plantas?" Perguntou sorrindo de lado, enquanto arrumava a sua mochila que tentava cair de suas costas.


  "Nada escapa aos seus olhos, sinceramente." Disse rindo enquanto fechava a porta de madeira que os dois haviam passado.


  O lugar é uma estufa completamente feita de vidro, seria um lugar espaçoso se não fosse pelas inúmeras plantas que haviam ali dentro. Havia uma mesa rústica redonda bem rebaixada , alguns tatames em volta para se sentarem, um estilo bem simples mas que amava do fundo de seu coração. Tudo tinha cheiro e vestígios de Tadashi, as plantas que ele cuidava todos os dias, o álcool escondido, para fazer limpezas, entre as plantas por que ele ficava com preguiça de guardar em um lugar adequado, o balcão em que ele se acomodava e a pequena vitrine com alguns doces que o rapaz preparava para os clientes do dia. O ar que tinha cheiro de lírios que o lembravam imensamente de Yamaguchi, pois o mesmo amava lírios e sempre dizia como era tão caro cuidar desse tipo de flor.


  Tadashi estava em todo lugar que poderia imaginar, e nem ao menos havia percebido que o sardento já havia se instalado em seu peito. E isso era absurdamente assustador.


  Eles eram polos opostos. Yamaguchi Tadashi é um cursante de botânica, 19 anos, simples, gentil e muito singelo com tudo ao seu redor. Enquanto o louro é um rapaz frio e seco, 20 anos, cursa engenharia.


  Mas por que se sentia tão conectado a ele, mesmo sendo tão diferentes?   


 "Hoje você está bem aéreo, quer me dizer o que houve?" A voz suave se fez presente atrás de si. Amava a preocupação que ele tinha por si.


  "Não é nada demais, só estou pensando demais." Se virou lentamente, observando o rosto do outro. A vontade de beijar cada sardinha percorria por todo seu corpo.


  O olhou do outro pendurou o olhar, ainda meio desconfiado. "Já vai querer alguma coisa agora para beber?"


  "Por enquanto não, Tadashi." Disse nem prestando atenção no que havia dito. Estranhou o outro totalmente corado. "O que houve ?" Perguntou se preocupando


  "Você nunca me chamou por Tadashi, estou surpreso, só isso." Disse meio envergonhado


  Sentiu todo o seu rosto ficar vermelho, não sabia o que dizer, viu os olhos do outro brilharem e um sorriso foi desenhado nos lábios de Yamaguchi.


    “Você fica adorável corado, Tsukki." 


  "Cala a boca, Yamaguchi." Disse desviando do outro, indo se sentar em cima do tatame tradicional japonês, ficando de costas para o jovem apaixonado por botânica.


 Tadashi sorriu de lado encarando as largas costas do loiro "Desculpe, Tsukki" Disse meio risonho, enquanto se sentava ao lado do rapaz de óculos. "Ah, quase havia me esquecido. Tenho que te mostrar as plantas aquáticas que eu comprei."


  Olhou incrédulo para o outro que se levantava rapidamente.


  "Você também tem que levantar, eu não vou carregar a grande bacia que tem elas."


  Se levantou rapidamente, vendo o outro seguir para um dos cantos do lugar. "Elas estão aqui, são tão bonitas. Foram bem baratas, só que esse vaso de cimento estilo bacia foi o que me fez gastar todo o meu dinheirinho suado." Suspirou meio baixo. "Mas não me arrependo, sinceramente." Deu de ombros indo para atrás do balcão que ele arrumava 


  Yamaguchi nunca foi de precisar de dinheiro, ele apenas trabalhava ali para ter um dinheirinho extra que gastava com suas plantas. Ele recebia dinheiro dos pais por conta da faculdade e vários outros como alimentação, contas, etc. Tadashi gostava de contar sobre si para Tsukishima. E Kei realmente se sentia importante por causa disso.


  Yams abriu a portinha que dava ao encontro dos doces e ficou visualizando qual iria pegar.


  "Vai pegar um pedaço para comer?" Se apoiou na bancada, vendo o outro agachado.


 "Eu vou te dar." Falou já sabendo que o outro estava prestes a recusar. "É cortesia da casa, é uma falta de respeito recusar." Disse pegando um determinado bolo que achava que seria do apetite de Tsukishima. "Ouviu?" Fez bico fingindo estar irritado, mas logo desfez quando percebeu o sorriso de lado que havia nos lábios do loiro. "Você devia sorrir mais, você fica lindo." Soltou meio envergonhado.


     Kei desviou o olhar para o bolo à sua frente.


  O jovem de cabelos esverdeados pegou duas espatula para cortar o bolo perfeitamente. As juntou fazendo com que elas se tornarem em um formato de fatia de bolo e começou a descer afim de cortar o bolo, que ainda não sabia o sabor, só podia afirmar que tinha canela, e o cheiro amadeirado dela fez com que lambesse os lábios em pura satisfação.


  "Qual é o sabor?" Perguntou enquanto via as mãos suaves e delicadas cortarem a fatia delicadamente. Podia ficar revendo aquilo todos os dias e nunca se cansaria. Trazia-lhe uma paz na alma surreal. "Só sei que tem canela."


  "Gosta de canela?" Perguntou singelo


  "Eu gosto do cheiro." Começou a batucar os dedos na bancada "Mas nunca fui de comer muito."


  "Entendo." Colocou uma espátula encima do bolo e a outra embaixo para segurar "É abacaxi com canela." Pegou um pequeno pratinho para colocar a fatia.


  "Nunca experimentei."


  "Eu já imaginava." Colocou o pedaço encima do pratinho. Pegou um frasquinho com canela e tacou um pouco em cima do bolo. Depositou a canela em seu lugar de origem, deslizou o braço pela bancada afim de pegar um pacote de guardanapos. Pegou um que estava dentro do pacote e limpou aonde o prato estava sujo. 


  Ele é muito descontraído e não se importa muito aos detalhes na maioria das vezes, mas quando estava colocando toda a sua atenção em seu trabalho já se tornava outra história.


  O viu colocando uma folha de menta encima do bolo, enfeitando-o. Pelo menos era o que achava.


  "Morde a menta." Olhou para o outro estranhando mas logo pegou a folhinha e deu uma pequena mordida. A sensação suave dela contra a sua língua estava lhe dando um sensação meio engraçada. "Não engole, pega um pedaço de bolo e come tudo junto."


  Pegou o pequeno garfo e o enterrou na pontinha da fatia, pegando um pedaço consideravelmente médio. Deslizou o talher entre seus lábios sentindo o gosto de canela contaminar a sua boca, era meio seca mas era refrescante adicionando a menta. A abacaxi chegou em seu paladar rapidamente, era meio ácido mas por conta da possível grande quantidade de açúcar que foi adicionada na receita perdeu um pouco da sua real essência. Conhecia Yamaguchi o suficiente para saber disso. 

  
  "Parece que estou comendo algo doce e ácido ao mesmo tempo. Eu, estranhamente, gostei da combinação." Disse após engolir o pedaço "Mas a sensação de menta traz uma sensação reconfortante, bem suave. Se encaixou tão delicadamente cada ingrediente."


  "Você é um ótimo degustador, poderia se tornar um profissional." Elogiou vendo o outro mastigar um pedaço da menta para deixá-la na boca.


  "Não, obrigado. Estou muito satisfeito com o meu futuro focado em engenharia."


  "Eu sou péssimo em exatas, cruzes. Eu sofri quando estava no fundamental."


  "Eu nunca fui ruim em exatas e nem humanas." Admitiu vendo o outro o olhar incrédulo. 


  "Não precisa esfregar na cara." Resmungou vendo Tsukishima comer outro pedaço da fatia. "Você realmente gostou?"


  Um minuto se passou até Kei engolir e responder "Provavelmente eu devo gostar de tudo que você prepara."


  O outro sorriu com a resposta "Você odeia doce, Tsuki."


 "Mas sempre como e elogio a sua comida." Deslizou os olhos pela face cheia de sardas do de cabelos esverdeados, pegou outro pedaço  do bolo e levou até a boca. Se deliciando.


  "Você nunca me mostrou nada que você fez ou preparou."


   Tsukishima Kei parou de comer e o olhou. Engoliu o bolo. "Você nunca me pediu." Revirou de olhos sabendo que iria sobrar para ele.


  "Então me mostra." Os olhos do garoto brilhavam em expectativa. "Qualquer coisa."


  "Qualquer coisa? Tem certeza disso?"


  "Claro!" Exclamou empolgado enquanto viu o outro dar as costas para si para pegar a mochila preta com detalhes degradê que iram para o cinza escuro.


  
  "Só por favor, não desgoste." Disse sério pegando um caderno com a capa marrom clara. "E se eu ouvir alguma piadinha, você vai ver." Ameaçou, mas Yamaguchi nem se importou, apenas  ficou ainda mais interessado no que se tratava. Pegou um caderno e o abriu. "Eu nunca contei isso pra ninguém, desse meu hobbie." Disse meio incerto de como explicar que havia um retrato de Yamaguchi no seu caderno.


  "Você desenha e nunca me contou." Disse sem expressão, ainda admirando o desenho.


  "Você nunca perguntou."


  O outro olhou para o loiro incrédulo. "Quando você desenhou?" Perguntou se referindo ao retrato.


  "Primeiro dia que você me atendeu." Se entregou meio envergonhado, vendo o formato da boca de Yams se tornar um "O" "Eu simplesmente tinha que te desenhar."


  "Era isso que você estava fazendo no caderno durante todo o nosso horário." Falou se recordando do momento. "Eu não esperava isso de você, não um desenho."


  "Não gostou?"


  "Eu apenas estou sem reação, me dê um segundinho para raciocinar." 


  Esperava mesmo que isso não fosse uma reação negativa, já estava se arrependendo por mostrar aquilo. Pegou o caderno das mãos do outro rapidamente. Se sentiu como se tivesse sido rejeitado, mesmo que aquilo não fosse, de certa forma, uma declaração.


 "Me desculpa por isso, por favor esqueça sobre esse caderno."


  "Como poderia esquecer? Você me desenhou, mostrou como você me enxerga e isso é completamente lindo." Falou sorrindo "Não me peça para esquecer, por favor." 


  O silêncio se instalou por alguns minutos.


   "Quer ficar com o retrato?"


   "Você iria me dar?"


  "Claro, você que está nele."


  "Então eu aceito, obrigado Tsukki." Destacou a folha e entregou para ele.

 O silêncio reinou entre eles novamente. Aquilo era vergonhoso. Não saber como agir assim que expôs o seu lado mais sentimental. Desviou o olhar para longe.


  "Eu sou tão bonito como você retratou aqui?"
   
 Sentiu suas orelhas esquentarem por causa da pergunta. Isso lá era pergunta que se fazia? Na verdade era, mas Kei não estava pronto emocionalmente para ela.


 "Yamaguchi." Chamou voltando os olhos para o Tadashi. Sustentou o olhar "Você é muito bonito, sinceramente." Disse rápido tendo medo de gaguejar ao falar aquilo. 


  Viu o outro sorrir singelo, sem mostrar os dentes. "Eu sei." Disse convencido.


 O loiro amaldiçoou Yamaguchi por ter quebrado o clima, pelo menos para Kei havia existido um.


 "Vá se sentar, você está em pé a muito tempo."


  "Você também está."


  "Mas esse é meu trabalho." Olhou para o outro sorrindo, que sustentava o olhar entre os dois.


  "Vou querer um café médio." Falou dando de ombros vendo o outro balançar a cabeça incrédulo. A um segundo ele queria a sua companhia e depois já estava pedindo-lhe para fazer algo para ele. 


  Tsukishima Kei, é complicado te entender. 


  Yams riu em pensamentos enquanto o outro já se encontrava sentando, apenas observando atento aos movimentos do rapaz apaixonado por botânica. Tadashi preparava o café tranquilamente. Não perdendo o foco, pegou o coador e colocou sobre a xícara, e com a outra mão pegou o bule com água quente e despejou aos poucos, escaldando, fazendo com que o pó se tornasse uma pasta, que estava logo sendo envolvida pela água com alta temperatura. O barulho do café caindo dentro da xícara trazia-lhe uma sensação bem relaxante.


 "Com adoçante ou açúcar?" Perguntou para o loiro


 "Você sabe como eu gosto, Yamaguchi."


 "É, eu sei." Pegou um pratinho para colocar a xícara.


 O loiro tinha a leve impressão de que o garoto de sardas gostava de esbanjar que sabia bastante sobre si, até mesmo de como o loiro gostava de seu café. 


 "Está pronto. Tá bem quente então assopre um pouco antes de beber." Disse levando até Tsukishima, deslizando o pratinho sobre a mesa. Se acomodou ao lado de Kei. “Eu acho que o café está do seu agrado.”


 Pegou delicadamente a peça de porcelana branca e a levou entre os lábios. Sentindo o sabor doce percorrer por toda a sua língua. 


 Apertou os olhos sentindo a ponta da língua queimar. Engoliu o café à força. Deixando para fora da boca a ponta da sua língua.


 “Queimou, não foi?”


  Deu de ombros vendo o outro rir de leve, pegando a xícara da mão do loiro. Levou para perto da boca, soprando suavemente, as ondinhas dentro da porcelana eram visíveis. 


  Os lábios de Yamaguchi se formavam um biquinho, soprando o café tornando-o mais morno. Eram finos, nenhum pouco ressecados, pareciam que eram bem cuidados, batom de cacau ? Ele não sabia, apenas sabia que eles eram encantadores demais ao seu olhar.


  “Aqui.” Devolveu para Tsukishima, que levou delicadamente a xícara para sua boca. 


  O café era bem adocicado, com certeza ele havia acrescentado açúcar, mas ainda sim trazia o gosto mais forte ao seu paladar. O café é doce e simplesmente irresistível.


 Deslumbrou os beiços de Tadashi. Talvez seja esse o sabor de seus lábios finos e bem desenhados. Doce e irresistível. Ele adoraria experimenta-los, ao menos uma vez e já estaria totalmente satisfeito. Yamaguchi daria-lhe a permissão para isso?


  Levou a porcelana até o seu lugar de origem.
  
     Deslizou a sua mão pelo rosto do jovem sardento, que entreabriu os lábios surpresos com aquela ação.

“Eu posso ?” Perguntou, sentindo seus dedos tremerem de leve

  O outro sorriu em resposta “Óbvio que pode, Tsukki...”


      Tadashi juntou seus lábios em um selar.


  Sentiu seu coração acelerar drasticamente, podendo comparar seu peito como uma academia de samba. 


  Logo se separaram. Ainda olhando um para o outro.


  Arrastou a sua mão até o pescoço do jovem de sardas e o puxou de leve, querendo sentir mais daquela sensação indescritível.
   
  Sentiu o outro entreabrir os lábios, um convite mudo. Sorriu antes de deixar a sua língua se aventurar junto com a de Tadashi.


  É.
  Com certeza iria pensar sobre o horário fixo.
 


Notas Finais


Sinceramente? Me sinto bem estilo Shokugeki no Souma. Explicando cada característica, o cheiro, modo de preparo. Só tá faltando tirar as roupas de tanta emoção.

Eu nunca fiz café, eu tive que procurar no google para saber como detalhar todo o processo (?), eu sou um lixo, eu sei.
Sério Pyxis? Tsukishima desenhista? Qualé pessoal, eu imagino isso totalmente, até imagino ele tocando piano.
Ah, o Tsukki tem cara de quem iria ir para faculdade de engenharia, certamente.

Estou prologando os meus comentários obos kkkk

Bom, obrigada pelo convite. Fui pega meio desprevenida but obrigadaa ksksks

E também passem para dar uma olhadinha nas outras vitimas do desafio 💗


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