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História Ordinary Life - A Little Piece Of Heaven


Escrita por: TheOnlyOne

Notas do Autor


Hai meu povo^^ Como estão vocês?

Sei que foram quase três semanas de espera, mas é que o número de comentários no último capítulo foi muito baixo e tive que esperar mais leitores comentarem para postar esse capítulo. Sinto muito por deixar vocês esperando. Sinto falta de muitos leitores ultimamente </3 Mesmo assim, obrigada a todos que comentaram os dois capítulos anteriores, foi muito importante pra mim ♥♥♥
Faltam poucos capítulos para o fim amores, quero saber o que esperam para o grand finale huehue

Boa leitura a todos, nos vemos lá embaixo ♥♥
Isa xx

Capítulo 41 - A Little Piece Of Heaven


Fanfic / Fanfiction Ordinary Life - A Little Piece Of Heaven

Tradução do título: Um pequeno pedaço do paraíso

“'Cause I really always knew that my little crime
would be cold that's why I got a heater for your thighs
and I know, I know it's not your time
but bye, bye”

                                                                                                  A Little Piece Of Heaven, Avenged Sevenfold

 

  Após a prova de química, agradeci mentalmente a Calum por ter quase explodido a casa com soda cáustica e ácido clorídrico e ter me rendido uma resposta correta. O sinal bateu e guardei meus materiais para sair da sala, encontrando Niall parado na porta com um sorriso infantil. Já era intervalo e todos já deveriam estar do refeitório.

— Foi razoável — dei de ombros quando ele me questionou sobre o teste. Descemos as escadas em direção ao gramado, Niall prestando atenção em cada palavra minha. Tentei parecer mais à vontade, o que acontecia com dificuldade por conta das pessoas que passavam.

 Senti-me mais feliz ao chegar em meu espaço pessoal, aspirando o ar parcialmente puro e admirando a grama mais verde por conta da primavera. Sentei no chão e Niall fez o mesmo sem se preocupar em sujar a roupa, afinal, nós nunca ligamos mesmo pra essas coisas.

— Vou sentir falta daqui — ele disse de repente.

— Faço questão de não sentir falta de nada — respondi e Niall riu pelo nariz. Assustei-me um pouco quando ele me puxou de lado, fazendo com que minha cabeça repousasse em seu ombro.

— De nada?

 Mordi o lábio e finalmente tomei coragem para tocar no assunto que me incomodava desde as seis da manhã.

— Niall, temos que conversar.

Ele me encarou e assentiu.

— Estou ouvindo.

— Tudo bem — respirei fundo rapidamente. — Eu to fodidamente confusa depois do que você me disse de manhã sabe? Não sei se é porque eu não sou muito boa com essas coisas de relacionamentos ou se eu sou meio cega mesmo...

— Ou os dois — observou Niall.

— Tanto faz. É que nós ficamos algumas vezes e eu gosto de você, mas nunca dei um nome pra isso. E aí de repente você diz que estamos namorando e eu ainda não sei, me deixando mais confusa que o normal. O que tá acontecendo, Horan?

 Mal acreditei que tinha dito aquilo tudo e com tal velocidade. Percebi que foi um peso tirado das costas, como se algo que comprimisse minhas costelas tivesse ido embora junto com aquelas palavras. Niall, por outro lado, aparecia esperar por tudo que eu havia falado.

Ele tomou minhas mãos e olhou para elas.

— Não sou muito fã de rótulos — falou suavemente ao brincar com meus dedos —, mas também não gosto da ideia de ficar com você por apenas mais um mês. Só tomei a atitude que deveria ter tomado há algum tempo.

 Vendo que eu havia ficado sem palavras, Niall piscou uma vez e sorriu.

— Então Stanton, quer ser minha namorada?

  Arregalei os olhos e me permiti assentir, logo sorrindo. Ser namorada de Niall Horan é uma das coisas que vou anotar em minha lista de “Escolhas favoritas que fiz em minha adolescência solitária”.

— Você e seu jeito dramático de resolver as coisas — respondi rindo.

 Iria falar algo a mais, porém Niall me interrompeu com um beijo repentino que quase me fez bater a cabeça na árvore em que nos apoiávamos. Respondi ao toque assim que o susto passou e segurei sua blusa com as mãos, sentindo meus dedos escorregarem brevemente no tecido antes de se firmarem corretamente. Ele me envolveu com o braço e me trouxe para perto até que meu tronco encostasse com o seu. Os dedos da mão livre foram de encontro ao meu pescoço e brincaram com alguns fios de cabelo, fazendo com que eu suspirasse em seus lábios.

 Não sei até que ponto minha racionalidade foi imposta, mas logo esqueci que estávamos na escola. Não pensei que poderiam existir pessoas observando a cena e apenas foquei no momento. Na sensação dos corpos se tocando, nas reações que meu cérebro expeliu ao toque de Niall. Baguncei seu cabelo por um instante e ele sorriu ainda me beijando. Paramos repentinamente com o barulho do sinal, ambos ofegantes demais para falar alguma coisa. Niall continha um sorriso infantil nos lábios inchados e vermelhos.

— Se eu soubesse que os beijos de quem namora são assim, teria te feito o pedido há séculos — brincou, fazendo com que eu corasse.

— Cala a boca — disse com um sorriso no rosto. E eu teria aceitado bem antes. — Tenho que tomar meu remédio agora, vai almoçar em casa?

Niall negou e beijou minha bochecha antes de levantar.

— Tenho que resolver algumas coisas com Zayn e Harry mais tarde, mas não demoro muito. Tudo bem você ir sozinha?

 Assenti e me despedi dele, logo tomando meu rumo até o banheiro feminino. Entrei pela porta e olhei no espelho. Vi olhos arregalados e ansiosos, uma boca inchada e vermelha, além de cabelos totalmente bagunçados. Senti-me feliz por ninguém estar no banheiro e presenciar minha imitação de David Bowie.

 Saí assim que me recompus e fui até o bebedouro para tomar meus remédios diários contra o transtorno. Amelia havia receitado um que eu precisava tomar duas vezes por dia e me sinto melhor desde que comecei o uso dele. Saboreei a sensação ruim do comprimido azul descendo pela garganta por alguns segundos e depois respirei fundo, tomando coragem para ir até meu armário e pegar meus materiais para a próxima aula.

 O resto da manhã de sexta-feira se passou rapidamente e fiquei feliz assim que botei o pé para fora da escola, sabendo que demoraria menos de duas semanas para o fim do colegial. Coloquei meus fones e fui andando para casa, acompanhando Save Me baixinho. Escutei Bangtan Boys até chegar em casa e encontrei mamãe arrumando a sala assim que fechei a porta de entrada. Antes de falar algo com ela, anotei em minha mente que deveria comprar aquele cd de k-pop assim que possível.

— Chegou cedo hoje — disse indo até ela e beijando-a na bochecha.

— O escritório estava vazio, então resolvi vir antes do horário — Lauren assoprou uma mecha de cabelo que fugiu do rabo e sorriu ternamente, fazendo com que eu notasse pequenas rugas ao redor de seus olhos. Meu coração doeu um pouco ao lembrar que muitas delas eram por minha causa. — Pensei em pedir pizza, o que acha?

Dei de ombros.

— Niall vem?

— Ia fazer algo com os amigos dele, mas não falou o que era.

— Tudo bem, vou ligar pra...

— Ele me pediu em namoro hoje — as palavras fugiram de minha boca antes que eu pudesse contê-las e mamãe me olhou surpresa, porém não assustada. — Desculpa por interromper, pode continuar a falar agora.

— Você sabe que é proibido namoro entre intercambistas e membros da família no país visitante, não sabe? — ela disse em tom firme.

Engoli a seco.

— Mais ou menos — admiti. Sabia que existia algo em relação a isso, mas não o que era exatamente. — Vai proibir?

 Minha mãe deu um suspiro dramático.

— E adianta alguma coisa?

Neguei com a cabeça e ela me olhou com um misto de alegria e estranheza.

— Quer saber? Eu sabia — vangloriou-se por um instante, batendo palmas. — Soube desde o momento em que vi você explicando onde era o quarto pra ele.

— Não exagera, mãe — disse séria. Era impressionante o quão louca Lauren poderia se tornar em questão de segundos.

— Só não seja muito óbvia, filha. Aliás, não pense que eu vou deixar vocês dois fazerem qualquer coisa embaixo do meu nariz — seu tom era um pouco mais sério, porém Lauren carregava um sorriso de canto no rosto. Eu estava corada. — Fico feliz que ele importe com você do mesmo modo que você com ele.

 — Ele foi crucial pra muita coisa — concordei e suspirei, procurando um meio de finalizar o assunto. — Onde está Ginger?

— Não sei, mas pode procurá-lo enquanto ligo pra pizzaria.

 Assenti e corri subindo as escadas.

[...]

 

 Cheguei a Bottled Stars um pouco mais tarde que o comum e estranhei quando apenas Michael estava lá.

— Onde está Calum? — perguntei após cumprimentá-lo.

— Foi comprar um baixo novo com Ashton. Acho que não vem hoje — deu um longo bocejo e se jogou em um dos sofás para leitores, bagunçando de leve o cabelo recém-platinado. — Hoje somos só eu e você, baby.

 Revirei os olhos e sentei ao seu lado, onde começamos a conversar sobre coisas aleatórias da vida. Michael brincava com mechas de meu cabelo o tempo todo e eu ria pelas cócegas que ele fazia em mim de vez em quando. Ele gritou como uma garota histérica quando contei a ele que tinha um namorado.

— Devo dizer que sempre fui Luna shipper, mas adorei esse casal novo — ele riu com diversão e fiquei olhando para meu amigo, completamente confusa.

— Que porra é Luna? — questionei.

— Luke e Nina, tolinha — Michael disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Apesar de vocês se considerarem quase parentes, acho que daria um casal bonitinho. Vocês têm essa parada estranha de escolher uma música pra desconhecidos, gostam de coisas similares e tal. E por fim, um namoro entre vocês seria como um namoro entre irmãos, e não vou negar que adoro uma boa história de incesto.

Arregalei os olhos com as ideias absurdas de Mike e comecei a estapeá-lo, só que como a boa criança que é, Clifford gargalhou o tempo todo e só parou quando meu celular começou a tocar. Levantei do sofá e fui até o balcão, estranhando o nome na tela. Ele nunca me ligava nesse horário.

— É seu boy magia? — a voz de Michael soou e segurei a vontade de tacar algo nele.

— É Luke — respondi.

— Ah, sabia que...

— Cala a boca — o interrompi.

 Desbloqueei a tela e coloquei o telefone da orelha.

— Alô?

— Puta merda, Nina, você tem que vir até minha casa agora — Luke parecia bem puto e desnorteado e logo apertei o celular na mão.

— O que tá acontecendo?

Pede Mike ou Calum pra te trazer. Espero vocês em dez minutos. — e desligou na minha cara, sem dar satisfação nenhuma.

 Encarei o telefone perplexa na mesma hora em que o garoto de cabelo platinado soltou mais uma piadinha.

— Problemas no paraíso? — o tom natural de deboche de Clifford sumiu assim que lhe expliquei a ligação de Luke. Michael ergueu do sofá com um pulo e assentiu, correndo até o balcão para pegar a chave do carro e a da biblioteca. Trancá-la por alguns minutos não faria muita diferença.

 Chegamos à porta da casa de Luke com exatos nove minutos e o encontramos na garagem aberta. Estava sentado sobre uma lata velha de tinta que Ash chama de “percussão metálica” e tinha as mãos nos joelhos, forçando a coluna a encarar o chão. Assim que notou nossa presença ele se levantou e pude ver o quão furioso estava.

— Aquela filha da puta! — disse com raiva e socou a parede, fazendo com que eu desse um passo para trás involuntariamente.

— O que foi de errado? — Michael perguntou com um olhar preocupado.

 Luke apenas mexeu alguns instantes no celular e entregou-o a mim. Peguei com hesitação e fitei a tela, ficando boquiaberta com a foto.  Michael também não estava muito diferente.

Era Wendy, e ela beijava um cara desconhecido.

— Caralho — sussurrei ainda assustada. — Ela tá traindo o Ashton!

— Olha a foto mais de perto — Hemmings falou quase sombriamente e fiz o que ele pediu.

 Após dar um zoom na foto e observá-la mais de perto, quase joguei o aparelho no chão. Comecei a tremer no mesmo instante e engoli a seco, tentando absorver a informação.

— Louis — murmurei antes de Michael tomar o celular da minha mão e fazer o mesmo que fiz anteriormente. — Quem mandou isso pra você?

— Eu vi com meus próprios olhos há meia hora. Fui eu quem tirou a foto.

— E o que vamos fazer com isso? — Michael perguntou e só pude bufar. Ás vezes os garotos não raciocinam e enxergam o óbvio.

— Vamos contar pra ele, oras!

 Luke arregalou os olhos, porém não disse nada. Michael reprovou com a cabeça.

— Isso fere muito os direitos humanos — falou serenamente.

— Foda-se você e os direitos humanos! Ashton não vai ficar fazendo papel de corno por causa dessa idiota e desse... — parei no meio da frase e respirei fundo, buscando calma e paciência para lidar com a pior situação do dia. — Vocês sabem que ela não é flor que se cheire assim como eu soube desde o dia na casa de Ash, mas nunca imaginaria que ela seria baixa a esse nível, de traí-lo com outro. Não importa o que pensam, mas eu não vou deixar meu melhor amigo ser feito de trouxa por esses dois. — quis socar o chão para descontar minha raiva, mas permaneci no mesmo lugar para terminar de falar. — Ninguém aqui vai deixar Louis Tomlinson interferir em suas vidas, entendido?

  Falei em um tom tão grave que os outros dois garotos presentes me ouviram calados, sem fazer nenhuma observação ou objeção. Decidiram que Luke, sozinho, mostraria a foto para Ash quando ele voltasse do shopping e nós só entraríamos no assunto depois. Na volta para Bottled Stars, percebi que havia ficado indignada, triste e feliz em poucos minutos, o que era uma violenta montanha-russa de emoções. Feliz por Ashton finalmente se livrar daquela garota e ser livre para procurar alguém que realmente o mereça; indignada por causa da cara de pau de Wendy; triste por saber que a dor da realidade pode ser tão terrível quanto a de um coração partido, e que ambas juntas podem causar feridas imensuráveis.

É, disso eu sei bem.

 Quando o expediente acabou, tomei a liberdade de ir sozinha para casa. Meus fones tocavam Lana Del Rey e eu cantava junto, afogando completamente em um estado de êxtase. Olhei o céu e notei diversos satélites piscando de cores variadas, misturados às estrelas magníficas.

— Parece que a noite será bonita de se observar — constatei ao virar a rua de casa.

 A música que vinha da mansão Styles fez com que eu murchasse por dentro e não tardei em xingá-lo em minha língua materna. Maldição, pelo visto a ideia de estrear meu telescópio foi diretamente pro lixo.

 Eram quase sete horas e ainda não havia nenhum convidado, mas pude ver Liam e Chase carregando engradados de bebida para dentro. Sério, não sei onde esses garotos arranjam tanto dinheiro para manter essa vida boêmia que possuem.

— Fala, Nina! — o capitão do time de basquete gritou e arrepiei inteira, assustada por ter sido cumprimentada. Acho que nunca me acostumarei com essa sensação por inteiro.

— Olá Payne — respondi para que ele ouvisse e apertei o passo, inclinada a chegar em casa o mais rápido possível.

 Bati a porta e subi as escadas correndo, quase trombando com tudo em Niall. Ele me segurou pela cintura e riu.

— Tá correndo assim porque vai perder algum avião?

— Na verdade queria aproveitar o silêncio enquanto posso — expliquei a ele, que por sinal estudava meu rosto habilmente. — Não sabia que iria a uma festa hoje.

— Não vou — deu de ombros e franzi a sobrancelha, demonstrando minha confusão. Niall puxou-me mais para perto e falou contra minha bochecha. — Pensei ficar assistindo algo até mais tarde com você, o que acha?

 Meus olhos brilharam e assenti veemente, adorando aquela sugestão. Sorri e uni nossos lábios por breves segundos.

— Acho ótimo.

 Mamãe deixara um bilhete na mesa avisando que estava no shopping, então me senti mais tranquila por ela não estar ali, analisando Niall e eu e fazendo piadinhas internas que eu nunca entendia. Niall fazia a pipoca e eu cuidava do refrigerante e dos doces em geral, incluindo um pote de nutella que havia comprado há alguns dias.

— E o que vamos assistir? Não me diz que serei obrigado a ver Darcy e Lizzie Bennet de novo — dramatizou Niall quando sentamos juntos no sofá.

— É um clássico da literatura — argumentei em minha defesa.

— Não quero saber.

— Chato — resmunguei e entreguei-lhe o controle — Pesquisa qualquer um que não me faça dormir então.

  Demorou algum tempo até que Niall achou um filme de suspense que nunca havia escutado sobre e resolvemos assistir. Aninhei-me nele, deitando minha cabeça em seu ombro e abraçando-lhe o corpo. Horan estremeceu no início, mas logo pude senti-lo relaxar e nos encaixar de um melhor modo. Ficamos assim por muito tempo, um sentindo a temperatura corporal do outro e em silêncio, absortos na bolha de conforto que havíamos criado para nós dois.

 Lauren chegou na hora em que a música da casa vizinha tornou impossível assistir ao resto do filme, o que não foi grande problema. Niall tinha me beijado metade dele e dormido na outra; resumindo: mal sei o nome dos personagens.

— Ele parece cansado — observou mamãe ao vê-lo dormir no sofá. Ginger estava bem ao lado dele e, por incrível que pareça, estava acordado.

— Acho que Niall ajudou a organizar essa festa aí do lado, mas não foi pra ficar aqui comigo — sussurrei deixando um sorriso mínimo escapar.

— Amor jovem — falou ela em tom dramático e gargalhei balançando a cabeça. — Farei um macarrão rápido, já está tarde pra arrumar comida.

— Por mim tudo bem — declarei antes de subir as escadas para pegar meu celular.

  Alcancei o aparelho para procurar alguma mensagem de Samantha, avisando sobre a festa, ou de um dos meninos para relatar-me os acontecimentos com Ashton e Wendy. Confesso que me decepcionei ao achar a caixa de mensagens vazia. Bufei e larguei meu celular na bancada, indo até a janela para observar o movimento da casa vizinha.

 Estava do mesmo modo que todas as festas de Harry: cheia de pessoas, bebidas em todos os cantos e dança, além de uma música alta que não me permitiria dormir à noite. Não que as festas em Sydney sejam muito diferentes entre si, pensei com indiferença. Percorri com os olhos o local por mais algum tempo e encontrei Sam sentada em um banco, conversando com algumas pessoas de sua idade e parecendo bastante entretida. Ela me notou e ergueu a cabeça, sorrindo e acenando levemente. Após um beijo estalado que me enviou, percebi que a ruiva já estava parcialmente bêbada.

 Sorri e voltei a olhar para a mesma direção, porém esqueci que Samantha estava ali assim que notei quem estava atrás dela. Olhos felinos e um sorriso maldoso estavam estampados no rosto de Zayn Malik. E então, num ato satírico, ele ergueu o cigarro de maconha que fumava para mim, como se me cumprimentasse. Prendi a respiração e andei para trás, mas braços fortes me envolveram e me impediam de sair do campo de visão de Malik.

Meu coração se acalmou quando percebi que era Niall. Virei a cabeça de lado e vi o olhar ameaçador que ele lançou a Zayn pela janela. Só os meninos me protegiam daquele jeito e foi quase um choque ao ver Horan lutando com o amigo pelo olhar, lançando avisos silenciosos. O moreno pareceu entender e quebrou contato visual, saindo de seu lugar anterior. Eu não disse nada, estupefata demais para proceder.

— Tá tudo bem? — a voz passional e serena de Niall perguntou bem próxima a meu ouvido, tanto que pude sentir seu hábito quente na orelha. Iria responder, mas outra pessoa no andar debaixo chamou minha atenção e me voltei para a pista de dança.

 Era Louis, parado no lugar com dezenas de pessoas ao redor, observando os acontecimentos em minha janela. Fiquei quase feliz por não conseguir enxergar o denso azul dos olhos dele no meio da escuridão, apesar de só o pensamento me dar arrepios. O grito em minha garganta não saiu; fiquei quieta, mordendo fortemente o lábio. Tomlinson ainda teimava em me encarar e eu odiava saber que ele tinha conhecimento de cada uma de minhas ações.

 Num ímpeto de decisão, tomei as rédeas de minhas emoções e resolvi agir de modo sensato. Olhando nos olhos da pessoa que mais odeio no mundo, ergui minhas mãos e segurei os braços de Niall que me rodeavam. Louis pareceu surpreso e confesso que eu me senti satisfeita, feliz por ter sido forte. Niall, que não percebia a guerra fria que estava acontecendo diante do próprio rosto, encarou minha reação como comum, mas Louis havia entendido o recado. Com minhas mãos nas de Niall e o olhar gélido em meu rosto, mostrei que não seria mais vulnerável.

 Mostrei que não estou sozinha. Não mais.

 

 


Notas Finais


E aí, aprovado? Quero noticias hein huehue

Estou atualizada com as respostas dos comentários de vocês (AMÉM IGREJA) Estarei respondendo só alguns que faltam agora, acho que os maiores ♥♥♥♥ Vocês perceberam que OL está quase em 2000 favoritos? o.o Isso me assusta um pouco e foi uma marca que sempre almejei alcançar, mal acredito que está finalmente acontecendo ♥♥
ESTOU PREPARANDO UMA SURPRESA PARA VOCÊS EM AGRADECIMENTO! Spoiler e pergunta: Alguém aí gosta do Shawn Mendes?

Twitter: https://twitter.com/liamdiabolico
Playlist pra quem ainda não ouviu: https://open.spotify.com/user/isatheonlyone/playlist/21Y0AnYkbvVoeinc0nNJuX
Ok, acho que era só isso mesmo. De qualquer maneira, obrigada por ter lido até aqui e saiba que já amo você por isso. Responderei os comentários desse capítulo a medida que eles forem aparecendo, então beijos de luz e uma ótima semana pra todo mundo!
Isa xx


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