1. Spirit Fanfics >
  2. Orgulho e Preconceito SasuSaku >
  3. Capítulo 14

História Orgulho e Preconceito SasuSaku - Capítulo 14


Escrita por: Anya321

Notas do Autor


Oi oi, pessoal!
A primeira parte do baile agora
Espero q gostem!!

Capítulo 14 - Capítulo 14


Sasuke POV

Estava quase pronto.

Como eu previ, tia Kushina não conseguiu se segurar e acabou fazendo, sim, uma festa exagerada. Pelo menos, exagerada para esta cidade. Havia decidido não alugar um salão de festas e fazer tudo justamente na mansão. Contratou um pessoal para decorar a casa inteira, além de um bufê e uns músicos para tocar música clássica, que ela provavelmente já os conhecia lá de Tóquio.

Aquilo ia ser um desastre. Santo Deus, aquelas pessoas não sabem dançar música clássica! Mas com certeza, todos iam comparecer, talvez para avaliar o padrão da festa ou puxar o saco dos Uzumaki, porém iam vir. 

Ouço batidas na porta.

– Sasuke-kun! 

Ah, droga. Então ela havia chegado.

Itachi me avisara mais cedo que ia chegar em cima da hora, e que não havia conseguido convencer Matsuri a vir. Ela estava realmente chateada. Consequentemente, mamãe também ficaria em casa com ela, não podia deixá-la sozinha.

O que significava que Itachi só tinha mais uma pessoa em quem chamar para acompanhá-lo.

– Pode entrar, Shion.

Sinto o cheiro do perfume exageradamente doce de minha prima. Vejo-a se aproximar, saltitante e toda produzida. Usava um vestido azul-marinho, que continha uma saia rodada é um decote enorme. Quando ela chega mais perto, percebo que o vestido também era rendado e possuía alguns brilhinhos, que davam um ar mais juvenil à loira. 

– O que foi? – perguntei, um pouco abusado. Shion me deixava de mal humor.

– Só vim ver se precisava de ajuda, seu chato. 

Não, não era para isso que ela tinha vindo. Shion era minha prima, mas desde os meus quinze anos começou a dar em cima de mim como nunca. Até mesmo quando eu namorava a Konan, a loira me dava cantadas e olhares sugestivos, sem desistir.

– Ajuda com o que?

Ela caminha até poucos centímetros de mim e pousa as mãos no meu peito, me olhando no fundo dos olhos. Shion faz leves movimentos com a ponta dos dedos e me lança um olhar malicioso, esperando que eu retribuísse.

– Com a gravata, talvez?

Olho para o meu pescoço e percebo que não tinha dado o nó na gravata ainda. Suspiro. Itachi me disse para ser gentil com ela, então resolvo permitir que ela me ajudasse com aquilo. Ela amarra a gravata, fazendo alguns movimentos lentos no pescoço e cantarolando uma música, enquanto me mandava olhares sugestivos. Aquilo era desconfortável.

Quando Shion termina, eu agradeço ao deuses mentalmente. Seguro-a pelos ombros e a afasto.

– Obrigado, Shion.

– Não há de quê, primo. – ela responde, com uma voz dengosa. – Você sabe que faz muita falta lá em Tóquio, certo? Não sei porquê se obriga a permanecer nesse lugarzinho sem classe...

– Eu tenho meus motivos.

– Esses motivos não incluem nenhuma garota, incluem?

A imagem de Sakura com cara de raiva vem à minha mente e acabo dando uma risada fraca. É claro que eu não podia falar sobre a rosada para minha prima, e mesmo que falasse, não havia nada entre eu e ela. A Haruno me detesta e gosta do meu pior inimigo. Mas sim, ela influenciava bastante na minha estadia em Konoha.

– Não, Shion, claro que não.

Ela suspira, aliviada. Eu estava prestes a mandá-la ir embora, quando mais alguém bate na porta. Sem obter resposta, a pessoa ergue a cabeça para analisar se podia entrar, e então vejo que se tratava de Itachi.

– Posso interromper?

– Já interrompeu. – Shion reclama e caminha até a porta, passando por esta, de nariz empinado.

Itachi dá uma risada e adentra meu quarto, fechando a porta atrás de si. Ele já estava devidamente vestido com seu smoking e sapatos bem polidos, e o longo cabelo amarrado num rabo de cavalo baixo.

– Você sabe que ela não vai descansar até ter você, não sabe? – ele fala, sentando em minha cama.

Resolvo ignorar seu comentário.

– Precisa de alguma coisa?

– Não, só vim bater um papo. – respondeu, vasculhando meu quarto com o olhar. – Você continua um maníaco por organização.

Reviro os olhos.

– Naruto me disse que você tem uma crush. – Itachi comenta, com um sorriso malicioso. – E disse que ela estará aqui.

– Me poupe das brincadeiras, Itachi.

– Me pergunto se eu vou saber quem é só de olhar você interagir com ela.

– É sério, pare.

– Nossa, se a Shion descobrir vai ficar furiosa. – meu irmão começa a rir.

Aquilo estava me enchendo a paciência. Naruto continuava acreditando fielmente que eu tinha sentimentos pela Sakura. Eu já havia deixado de lutar contra isso, mas me deixava irritado que ele saísse espalhando aquilo para qualquer um que visse pela frente. Ela não gostava de mim, até mesmo me detestava, então ficar sabendo daquilo com certeza não iria agradá-la nem um pouco.

– Não tente se aproximar dela. – rebato, tentando fazer Itachi me levar a sério.

– Então quer dizer que é verdade?! 

– Não importa, ok? Não é como se fosse uma paixão avassaladora, e além disso, ela não vai nem um pouco com a minha cara. – explico, passando a mão em meu cabelo. – Talvez nem sequer fale comigo.

– E por que?

– Não sei. – minto. 

– Está mentindo.

Suspiro. Sabia que não tinha mais como fazer Itachi esquecer aquele assunto, então só me sobrava uma opção.

Me olho no espelho e vejo que já estou devidamente pronto para a festa. Saio do quarto, deixando Itachi para trás e indo em direção à recepção. Fugir de meu irmão nunca foi exatamente um desafio, faço isso toda vez que ele cismava em falar coisas inconvenientes.

 

Sakura POV

Chegamos à mansão Uzumaki. Eu me sentia tão nervosa que minhas mãos suavam, e eu não sabia a razão. A família dele estaria ali, e eu teria que conhecê-los. O que achariam de mim? E se não gostarem de mim? E se...?

Descemos do carro e já podíamos ouvir a música pelo lado de fora. Era música clássica. Aquilo não me impressionava, com certeza não estaria tocando eletrônica na festa de uma senhora. Mas definitivamente não ia ser muito agradável ao povo de Konoha.

Hinata para ao meu lado, olhando apreensiva para a entrada da mansão. A mão dela tremia, e ela parecia estar sendo assombrada por milhões de pensamentos autodestrutivos.

Seguro sua mão e ela vira a cabeça para mim, parecendo voltar a realidade.

Não tinha nada a ser dito naquele momento. Apenas fui segurando sua mão pelo portão e rezando para que nenhuma de minhas irmãs ou meus pais, que estavam caminhando atrás de nós, me façam pagar um mico naquela noite. Não naquela noite.

Entramos na casa e fico surpresa. Dona Kushina havia enfeitado o salão inteiro com luzes, faixas e plantas artificiais. Estava cheio de mesas bem ornamentadas e uma área de self-service num canto mais afastado. Logo perto da janela, foi construído um pequeno palco onde tocavam um pequeno grupo de músicos (um violoncelista, um trompetista, um baterista e um vocalista), bem abaixo de um lustre que chamava muita atenção.

– Agora eu entendo o que o Naruto quis dizer quando falou que as festas da mãe dele eram exageradas. – ouço a voz de Ino atrás de mim e lhe dou um tapa no braço.

– Bico fechado, porca. 

Avisto Naruto do outro lado do salão, caminhando em passos apressados em nossa direção. Não consigo evitar de olhar para Hinata ao meu lado. Ela engole em seco e aperta minha mão com mais força. Pelo visto, ver o loiro todo produzido num terno a deixava ainda mais nervosa.

Naruto chega até nós, como sempre, sorridente. Ele primeiro cumprimenta meus pais.

– Estou muito feliz que vieram, Sr e Sra Haruno! – ele disse, apertando a mão de papai.

Ele não dá uma resposta audível, apenas acena com a cabeça, retribuindo o cumprimento. Infelizmente, mamãe não decidiu imitá-lo.

– Mas que linda decoração, Naruto-san! – ela diz, sem sequer olhar para ele, apenas analisando o salão. – Seus pais não pouparam gastos!

Oh, não.

– Mamãe, está tudo perfeito. – murmuro, rindo de nervoso.

– Ah, isso não é nada! – Naruto riu, só que de verdade. – Devia ver as festas beneficentes da empresa do Sasuke. Eles sempre chamam minha mãe para organizar, ela realmente é boa nisso. Uma vez, no aniversário do papai, ela contratou...

– Eu acho que você está entrando num assunto perigoso, Naruto. – diz a voz de uma mulher que vinha chegando.

Ela era linda. Parecia ter seus trinta e poucos, loira e... Santo Deus, que peitos eram aqueles?! Eram os maiores peitos que eu já vi em toda minha vida.

– Ah, vovó, para de cortar meu barato!

Vovó? Pisco, confusa. Como Naruto podia estar chamando uma mulher jovem e bonita como aquela de “vovó”? 

– Se me chamar de vovó de novo, vai levar uma surra, seu moleque! – ela ameaça, com um olhar assustador. – Não vai me apresentar aos seus amigos?

– Ah, sim. 

Olho para Hinata de novo. Sim, provavelmente aquela era a tia do Naruto. O que significa que estava na hora de minha irmã ser oficialmente apresentada como a namorada dele. 

Naruto abre um sorriso e se põe ao lado de Hinata. Ele segura o braço dela e começa a dizer:

– Essa é minha namorada, Hinata Haruno. 

A loira, que antes estava de braços cruzados e um carão, começa a sorrir e estende a mão em direção à minha irmã. Percebo que ela estava sem mãos livres e solto a mão dela, para que pudesse retribuir.

– Eu sou Tsunade Senju, tia do Naruto. – a loira diz, com um sorriso caloroso. – É um prazer conhecê-la, Hinata.

– O-O prazer é meu. – Hinata responde, apertando a mão dela.

Naruto continua sorrindo, enquanto apresenta o resto de nós.

– Essas são as irmãs dela: Sakura, Ino e Tenten.

Aceno para Tsunade, sorrindo-lhe simpática. Tomo a frente, para evitar que minhas irmãs falem alguma bobagem na frente dela.

– É uma prazer, Sra Tsunade. – aperto sua mão. – A senhora também é de Tóquio?

– Ah, sim, meu marido está ajudando Minato a segurar as pontas desde que se mudaram. – Tsunade pisca e olha para meus pais, lembrando-se que não havia os cumprimentado ainda. – Minha nossa, onde estão meus modos?! Imagino que são os pais delas, certo?

– Somos, sim. – mamãe responde, com uma cara perceptível de antipatia. – Sou Mebuki.

– Prazer, Kizashi. – papai a cumprimenta. Ele não compartilhava dos ranços de mamãe. 

– O Naruto é sortudo por namorar a filha de vocês. – Tsunade fala, olhando para Hinata, que ruborizava.

– Eu sei. – Naruto responde e todos riem.

A tia da Naruto insiste para que nos sentássemos na mesma mesa que ela e seu marido, que aparentemente também estava ansioso para conhecer-nos.

De cara, eu já havia gostado de Tsunade. Ela parecia ser uma mulher forte e corajosa, a exata imagem da pessoa que eu gostaria de ser um dia. Esperava poder ficar íntima dela, assim como fiquei da Sra Kushina.

Quando chegamos à mesa dela, um senhor de, pelo menos, 50 anos nos esperava. Tinha longos cabelos grisalhos, amarrados num rabo de cavalo e seu nome era Jiraiya. Ele nos recebeu cheio de simpatia e, assim que nos acomodamos, iniciou uma conversa entretida com papai sobre algum assunto no qual eu não prestava atenção. Vez ou outra, ele soltava piadas para Naruto e para sua própria esposa, o que me fazia ficar intrigada: como a Sra Tsunade quis se casar com um cara tão mais velho do que ela?

Bom, dizem que o amor não tinha idade.

Acabo me lembrando de Sasuke Uchiha e o motivo de eu também ter ficado nervosa por aquela noite. Queria saber onde ele estava, e quem era a família dele. Fico vasculhando o salão, em busca do moreno e o encontro. 

Ele estava numa mesa, há alguns metros da nossa. Na verdade, só haviam duas pessoas com ele. Uma garota loira ao seu lado e um homem praticamente idêntico à Sasuke, mas com cabelos longos.

Fico perdida em pensamentos, olhando para a mesa dos Uchiha, quando percebo que meu nome fora chamado.

– Sakura! – Kushina exclama, de braços abertos. Provavelmente estava me chamando para um abraço. – Estou tão feliz que vocês vieram!

Me levanto e dou-lhe um abraço caloroso.

– Eu não perderia este dia por nada. – respondo. – Feliz aniversário, Sra Kushina.

– Ah, muito obrigada! 

Volto a me sentar e percebo que ninguém mais estava fazendo comoção para a anfitriã, o que significava que eu fui a última a cumprimentá-la.

– Estão gostando da festa?

– Está incrível, Sra Uzumaki! – Ino responde, sorrindo de orelha a orelha. 

– Onde está o Minato? – Tsunade indaga, olhando para os lados em busca do marido da anfitriã.

– Ah, ele está recebendo o resto dos convidados. – Kushina aponta para uma mesa um pouco mais distante, onde podemos ver o Sr Uzumaki rindo e entretendo algumas pessoas. – Ele gosta de ser o anfitrião, mesmo o aniversário sendo meu.

– Bom, eu não me surpreendo. – Tsunade rebate, estreitando os olhos em direção a Minato. – Ele sempre assoprava as velas do meu aniversário na hora de cantar os parabéns.

A mesa inteira ri.

Dona Kushina conversa mais um pouco com Hinata e mamãe, e depois nos deixa para ir dar assistência aos outros convidados. Era impressionante, como aquele salão estava se enchendo de gente. Com certeza, eles haviam chamado quase toda Konoha.

Continuo olhando para o salão, porém me forçando a não olhar para a mesa dos Uchiha. Embora eu quisesse conhecer os familiares de Sasuke, não tinha razão para aquilo e também talvez não fosse uma boa ideia. O clima ainda estava tenso entre nós, e eu não sei se conseguiria controlar a vontade de falar poucas e boas com aquele moreno que desgraçou a vida de Sasori, depois de tudo que já viveram juntos.

– Está evitando olhar para o Uchiha. – ouço Hinata dizer baixinho, para que só eu ouvisse.

– Isso é meio que normal entre eu e o Uchiha, Hina. – retruco, azeda. – Nós não nos gostamos, então...

– Errado. – ela me interrompe. – No fundo, você gosta dele. E tenho motivos para afirmar que ele também.

Resolvo lançar mais um olhar em direção a ele. A loira que estava ao seu lado segurava o braço dele e cochichava algo em seu ouvido, enquanto uma de suas mãos ajeitava alguns fios soltos do cabelo dele. 

– Devo discordar de você. – digo, disfarçando a raiva que crescia dentro de mim. Estava me sentindo, estranhamente, desconfortável ao ver aquela garota tão íntima dele. – Acho que ele prefere loiras oferecidas.

 

 

 

 

 


Notas Finais


E aí, oq acharam??


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...