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História Originals - Página 5: Kris Wu


Escrita por: Hyrulian

Notas do Autor


Gente eu to muito animada
Eu estou escrevendo esse plot aqui de Originals, mas acabei plotando uma outra longfic também e eu mostrei pra minha maknae e para a Kim e os comentários delas me animaram demais. Vocês que me conhecem sabem que eu fico louca pra postar tudo o que tenho de uma vez, mas esse eu vou segurar por um tempo até estar com pelo menos metade desse plot aqui já postado. Eu estou animada por que eu estou com essas duas histórias que (ao meu ver) tem um enredo muuuito mais elaborado do que tudo o que eu já escrevi (contando que estou fazendo isso sozinha) e eu fico até com um pouco de medo, mas acho que a animação e o incentivo que eu estou recebendo é maior.
Como a Kim disse: Eu estou um um processo criativo. E eu concordo, sabe. Tudo o que eu penso agora são em OS, short e longfic e eu estou tão feliz por isso (apesar das minhas queridas drabs acabarem ficando pra depois haha). Não sei explicar e vocês devem estar me ignorando agora, mas eu vou escrever mesmo assim.
Demorou muito tempo para eu perceber que eu tinha que escrever por que queria, que tenho um ritmo diferente das outras autoras, que tenho outro tipo de leitores. Enfim, o que eu quero dizer mesmo é que eu finalmente me encontrei e vi que a escrita não é uma inimiga minha, mas uma aliada, talvez até uma amiga. Ela não me envenena mais e o sentimento é tão aliviador e leve que me fez escrever essas notas enormes.

MAS ENFIM
Eu fiquei com um pouco de receio sobre esse capítulo (sobre muitos outros também que eu já escrevi) e sempre que fico assim vou perguntar a opinião de alguém antes, mas eu resolvi que vou começar a dar a cara a tapa e receber abertamente minhas críticas, sejam boas ou ruins. Estou aberta a todos eles então digam sempre com sinceridade tudo o que pensam e acham.
Bom capítulo!

Capítulo 5 - Página 5: Kris Wu


Talvez eu saiba o que você esteja pensando agora: Esses garotos são um bando de idiotas assim como LuHan e os outros do time de futebol – talvez até piores, por que Kris tinha aquele jeito único para conversar com os outros. Mas eu tenho que discordar. Eles não podiam ser comparados, de forma alguma. Eu sei que eles sempre estavam falando sobre coisas que eu não queria ouvir ou saber e que eles com certeza me ignorariam até eu confirmar o convite para a festa, mas o que eu poderia fazer?

As pessoas são diferentes, aquele grupo não era meu. Eu só tinha sido acolhido por eles e não poderia, subitamente, mandar que parassem de conversas sobre o que gostavam, parar de xingar. Não poderia controlar os problemas de transtorno explosivo que Kris tinha. Não podia mandar MinHo parar de encostar em mim como se nos conhecêssemos há muito tempo. E muito menos podia falar para Jonghyun melhorar o jeito que ele tratava todos ao seu redor - "Estou cercado por idiotas e latas de lixo", foi o que ele disse um dia e não fez qualquer exceção.

As pessoas são diferentes, se não conseguimos lidar com isso mudamos até encontrarmos quem seja mais parecido com nossos valores de certo, de engraçado e agradável. Mas quer saber? Não era tão ruim, eu podia ver e viver tudo aquilo com eles e me sentir incomodado, mas ainda assim conseguia viver. Suportar.

Você não sabe como é sufocante e desesperador não ter ninguém ao seu lado, estar completamente isolado. Até aquele tempo esse tinha sido o pior sentimento que eu já tinha experimentado e não estava nem um pouco interessado em sentir nada mais dilacerante que aquilo.

Foi por isso que na sexta a noite, no dia da festa, eu fiz aquela clássica cena: Esperei até que meu pai dormisse – ele sempre abria a porta e ficava alguns longos segundos me encarando, acho que para ter certeza de que eu realmente estava ali e não era uma miragem, e depois falar um “boa noite” antes de fechar a porta atrás de si. E eu esperei até não ouvir mais nada e me levantei, trancando a porta do quarto, e abrindo a janela. Aposto que você já está me recriminando ai mesmo, enquanto ri da minha imagem pendurada na janela do primeiro andar, caindo nos vasos que tem no jardim. Mas eu não te culpo, hoje eu também faço a mesma coisa, mas naquele dia nunca se passaria na minha cabeça como eu estava sendo estúpido.

Eu andei rua abaixo e tinha aquele sentimento que fazia minha pele ficar eriçada, olhava para todos os lados com a certeza de que alguém que eu conhecia iria me ver naquele exato segundo – apesar de eu não conhecer ninguém da minha vizinhança – e uma voz gritava cada vez mais alto na minha mente dizendo: “ALGUMA COISA VAI DAR MUITO ERRADO, VOCÊ QUER MESMO PAGAR PARA VER? QUER MESMO PASSAR POR TUDO ISSO? QUANTO UMA FESTA VALE? SE SEU PAI TE VER AI AGORA YIXING” e muitos outros que me aterrorizavam dos pés a cabeça.

Mas eu já não iria parar meus pés e voltar para o conforto da minha cama, por que tinha também aquela pequena e sufocada voz que me dizia que eu estava fazendo aquilo por vontade própria, que eu queria ir, então não tinha nada de errado. Eu tinha um lema na minha vida: Se eu fizesse o que eu quisesse, sem a pressão de ninguém, eu não me arrependeria depois. E eu tinha a mais pura certeza que aquele era o caso.

Até por que esmurros em uma mesa, olhares de reprovação e conversas rápidas – só para não ignorar, mas que teria sido melhor se me ignorassem – não é nenhum tipo de “empurrão” para fazer alguém agir de determinada forma.

Claro que não.

Eu não sabia onde era a casa de Kris, não fazia ideia, na verdade, então eu mandei uma mensagem para Jonghyun pedindo para ele me buscar três ruas depois do colégio – que ficava duas ruas depois da minha casa. Me chame de desesperado ou precavido, eu aceito os dois.

Assim que cheguei lá vi o garoto do lado de fora do carro conversando com uma menina que estava ao seu lado. Eu andei mais rápido e quando ele percebeu que eu estava ali, foi até mim e me deu dois toques nas costas como cumprimento.

 

- Finalmente resolveu – ele disse rindo, parecia bem feliz naquela noite

 

- É – foi tudo o que eu disse antes de entrarmos no carro, eu fui atrás, a menina indo no carona.

 

Ele não nos apresentou, mas ela também não fez questão de me olhar muito. Eu me limitei a olhar pela janela e ver a paisagem passar, esperando até chegarmos na casa de Kris. Minha barriga ainda tinha aquela sensação congelante de que eu estava MUITO ferrado, mas eu engoli aquilo e sorri. Eu iria ter uma das melhores noites da minha vida, aquela era minha primeira festa que não fosse de aniversário ou de bodas de algum parente tão velho que eu me perguntava como ainda estava vivo.

Demoramos mais uns 30 minutos até chegarmos em um condomínio de luxo, Jonghyun sequer precisou abaixar o vidro do carro para se identificar, por que o segurança já conhecia a placa. Ele dirigiu até os fundos do lugar, mas desde a porta conseguíamos ouvir a música alta. O lugar estava com as portas fechadas, mas tinham muitas pessoas do lado de fora, na piscina, e eu tinha certeza que, se estava cheio daquele jeito do lado de fora dentro deveria estar ainda pior.

Sai do carro assim que Jonghyun desligou a ignição e andamos para a casa, confirmando os meus pensamentos. Eu não conseguia entender como as pessoas gostavam tanto de ficar presas em um espaço confinado, sem ar e com a música tão alta que era possível que todos saíssem dali surdos. Mas eu acho que só pensava assim por que nunca tinha ido em nada parecido. Era como quando eu era criança e meus pais me largavam na creche. Eu era obrigado a conversar e brincar com todos aqueles estranhos, apesar de não querer nem um pouco.

Andamos para a cozinha e encontramos MinHo e Kris ali, os dois conversavam sobre alguma coisa baixinho – não sei como conseguiam se ouvir -, mas pararam assim que Jonghyun pulou sobre eles.

 

- De quais putarias estamos falando aqui? – perguntou com um sorriso, largando os amigos

 

- Só vendo quem gostou mais de comer sua mãe nas últimas férias – MinHo disse – E eu estava ganhando até você interromper

 

- Vá se foder – Jonghyun disse irritado, ele não gostava que falassem da mãe dele, mas não fazia muito mais do que mandar ele iriam “se foder”.

 

- Ora, eu já estou chapado ou estou vendo o Lay aqui na minha frente? – Kris disse e segurou meu ombros, me balançando – Não é que o cara está aqui mesmo?!

 

- É, eu vim. Mas pode parar de me balançar agora, se não vou embora – falei tirado as mãos dele do meu ombro, rindo junto com eles.

 

- É bom te ver aqui cara – MinHo falou e me deu um tapa no ombro, sem se aproximar mais – Hoje vamos ter uma atração especial...

 

- Não seja cuzão e estrague tudo, MinHo – Kris o interrompeu e colocou as mãos nos meus ombros, me levando para o outro lado da enorme cozinha – Primeiro você tem que relaxar, depois a gente vai dar uma olhada nas garotas e...

 

- Eu vim por causa de vocês e não para transar, Kris – falei e ele me soltou quando chegamos perto de onde estavam os isopores com bebidas, tirando algumas de lá.

 

- Ora, mas ele não é mesmo um viadinho fofo? – zombou fazendo uma voz fina e eu revirei os olhos lhe empurrando de leve – Tome aqui, ou vai dizer que a moça não vai beber? – perguntou com uma sobrancelha erguida e um sorriso de lado

 

- Vá se foder – falei sorrindo também e peguei a bebida da mão dele tomando um gole sem hesitar, mas tossindo e torcendo a cara na mesma hora. Kris riu ainda mais e deu uns tapinhas nas minhas costas

- Você é mesmo uma moça, Yixing

 

 

Nós três – junto com a menina que estava com Jonghyun – fomos para a sala e ficamos jogando cartas em duplas mistas. Cada vez que alguém perdesse teriam que pagar a penalidade: os meninos teriam que virar uma garrafa inteira e as meninas tinham que tirar alguma parte da roupa. Todos já tinham se agarrado a alguma garota, por que eles já estavam na festa há mais tempo que eu e quando achei que teria que jogar sozinho, ouvi Jonghyun acenar para alguém atrás de mim.

 

- Olha se não é Krystal Jung – ele disse e abraçou a menina, me olhando de forma insinuante enquanto a tinha nos braços – O que te deu para aceitar o convite? Não que eu esteja reclamando, longe disso – ele falou sorrindo e eu acho que nunca vi Jonghyun tratar alguém tão bem por tanto tempo

 

- Você sabe, os góticos podem ser um saco – a menina rebateu e as pessoas as redor riram – Estão jogando cartas sem mim? Que feio, Kris – ela sorriu de canto e pegou uma das bebidas em cima da mesa, tomando longos goles

 

- Só estávamos esperando você, Krystal – o outro rebateu e fez um sinal com o queixo para mim – Esse ai está sem dupla. Se juntem logo, estou louco para começar

 

- Aposto que está – ela disse divertida e sentou do meu lado – Krystal Jung  - falou depois de largar a bebida em cima da mesa. Ela tinha o rosto não muito próximo do meu, mas eu estava um pouco sem graça por causa da sua aproximação

 

- Zhang Yixing – respondi – Mas pode me chamar de Lay. Todo mundo me chama assim – completei rápido e ela só deu um sorriso sem dentes e logo começamos a jogar

 

Eu era muito bom com as cartas, quase não perdia. O segredo era saber contar, apesar disso ser meio que trapaça, mas não tinha uma forma limpa de ganhar um jogo sujo. Parece que Krystal também sabia bem o que estava fazendo, ela indicava as cartas com precisão e fazíamos lances certeiros, deixando toda a roda indignada. Era a 5 vez que fazíamos Kris e Hyuna pagarem a penalidade.

 

- Parece que vai ser o Lay-oppa que vai me deixar nua primeiro nessa casa – a menina disse rindo e já estava só de roupas íntimas

 

- Acho que não, querida – Kris falou e colocou a Hyuna em suas costas, ela protestando que queria continuar jogando, mas ele a ignorou – Façam esses dois perderem pelo menos uma vez! – ele falou antes de sair de perto da roda, apontando para mim e para Krystal. Nós apenas erguemos uma sobrancelha e voltamos ao jogo.

 

Foram mais incansáveis rodadas até a maior parte estar bêbada, pelada ou simplesmente desistir. Eu e Krystal não tínhamos perdido uma vez sequer e, quando todos já tinham se afastado, mas ainda ficamos no sofá, rindo.

 

 

- Você realmente é bom – ela disse depois de um tempo, tomando mais um gole na vodka que tinha permanecido quase intocada na mesa – Como sabe jogar tão bem?

 

“Por que meu pai era um viciado em jogos e a única interação que eu tinha com ele quando era pequeno era vê-lo tentar me ensinar a seguir seus mesmos passos”. Essa seria a resposta mais verdadeira, afinal era realmente por isso que eu jogava tão bem, mas quem diabos precisava saber disso? Eu estava em uma festa e não no confessório. Nem acredito que pensei em responder uma coisa dessas.

 

- Eu só não podia sair muito de casa quando era pequeno, então acabei pegando o gosto – respondi por fim e a vi acenar positivamente com a cabeça.

 

- Que infância de lixo você teve – Krystal falou me encarando e depois riu – Não leve tudo pro lado pessoal, Xing. As pessoas podem perceber que você é problemático assim

 

- Não sou problemático – me defendi e a vi rir mais uma vez

 

- Então não fique tão na defensiva – ela disse e se levantou

 

E eu acabei indo atrás. O que diabos tinha naquela garota? Agora eu conseguia ver melhor, Krystal tinha os cabelos longos tingidos de loiro, usava conturnos pretos de fivela grossa, um short preto curto por cima da meia calça rasgada e uma blusa maior do que o seu número, as vezes deixando a alça do sutiã roxo aparecer. Ela tinha os olhos negros com muita maquiagem e cada vez que me olhava eu achava que iria me atravessar. Era uma sensação muito estranha, mas eu queria ficar perto dela, queria muito.

Krystal estava indo para a parte de fora da casa, para a piscina, e eu estava indo atrás, mas MinHo apareceu na minha frente.

 

- Caraaa – ele disse arrastado e colocou os braços no meu ombro, me fazendo voltar para dentro da casa – Você precisa vir comigo. Lá em cima está muito divertido

 

- Não, cara. Eu to com a Krystal. Tira o braço de mim – falei me afastando dele. O que eu to fazendo?

 

- Ela vai continuar aqui quando você descer, Lay. Kris já deixou tudo pronto – ele falava tropeçando nas palavras e eu quase não conseguia entender o que ele tava falando – Mas essa é a outra parte do plano. Você tem que vim comigo, se não, não vai ter graça nenhuma - ele me empurrou para as escadas e eu acabei subindo com ele.

 

Eu queria mesmo ficar aquele tempo com Krystal, mas eu não tava entendendo mais nada direito. Que plano? E por que o MinHo tinha que me levar tão depressa lá pra cima?

Eu só estava começando a achar que tinha bebido um pouco demais quando percebi que tinha entrado em um banheiro.

 

- Mas o que... – eu ia perguntar, mas eu senti me segurarem e alguma coisa picar meu braço.

 

Meu corpo inteiro começou a tremer e era como se tivessem enfiado uma pasta fervendo nas minhas veias. Eu conseguia sentir todo o meu corpo, mas parecia que eu não conseguia mais controlá-lo. Minha vontade de gritar foi enorme.

 

- Calma, irmão. Calma – Kris falou com aquele típico sorriso, aquele sorriso antes que levassem ele para a diretoria – Só relaxa. Você vai ficar um tempo sem conseguir se mexer muito, mas não vai ter problema. Você não vai precisar se mexer pro que a gente preparou pra você

 

- Andem logo com essa porra, a bateria vai acabar se continuarem com essa putaria – ouvi a voz de Jonghyun, mas ai não consegui ver aonde ele estava. Não demorou muito para eu não ouvir mais nada também.

 

Meus olhos estavam vidrados para a frente. Eu senti soltarem meu corpo no chão e eu cai torto, ainda conseguindo ver pouca coisa a minha frente, mas nada que me desse pista do que meus queridos amigos realmente estavam preparando para mim. Não conseguia sequer piscar os olhos para afastar a poeira que entrava por eles e me sentia cada vez mais agoniado por aquilo tudo. Eu via suas bocas se mexerem, mas não conseguia ler seus lábios, eles não pareciam falar comigo, mas sim com alguém atrás de mim. Não demorou muito para que me levantassem de novo e me colocassem dentro da banheira. Eu vi Kris e os outros meninos pararem na minha frente e sorrirem, menos Jonghyun que parecia muito irritado e tinha uma câmera em mãos. Ele pareceu falar alguma coisa, provavelmente tinha gritado, e então foi quando tudo começou.

A menina que estava com Kris, Hyuna, se sentou no meu colo dentro da banheira e sorriu antes de praticamente rasgar todas as minhas roupas e me tocar em todas as partes que ela queria.

Vou para um pouco agora, por que algum de vocês deve estar revirando os olhos e pensando: Mais uma história em que um garoto é colocado no posto de vítima, mas na vida real nada disse realmente acontece.

Bem, na minha aconteceu. É muito estranho, muito incomum, mas não foi impossível. Se fosse nunca teria acontecido e, acredite em mim, eu queria muito que não tivesse.

Os homens sempre generalizam as mulheres, sempre as tratam como vadias que estão sempre prontas para fazer seus pintos gozarem o quanto eles quiserem ou serem escravas deles, ou fazer qualquer coisa que queiram, por que todas elas são prostitutas; por que todas as mulheres tem que guardar seu corpo, mas só até ter um homem interessado em fodê-la. Mas não é por que eu sou homem que quero fazer isso. Não é por que eu sou homem que queria perder minha virgindade assim

Se os homens são um lixo por tratarem as mulheres dessa forma, elas também não cheiram tão bem já que acham que todos nós somos máquinas descontroladas por sexo.

Eu não sou assim. Eu nunca quis isso e toda vez que eu via e sentia Hyuna me tocar, me masturbar e me colocar dentro dela eu me amaldiçoava e amaldiçoava aqueles 3 que estavam olhando para mim, ainda mais Jonghyun que estava gravando. Eu amaldiçoei aquela festa, por Hyuna ter bebido tanto e por ter concordado em fazer aquela merda – eu saberia depois que ela não era mesmo a garota do Kris, mas sim o meu “presente especial” para aquela noite.

Demorou o que pareceram séculos até que eu finalmente desmanchasse dentro dela e tudo o que eu conseguia sentir era nojo. Não deles ou dela, mas de mim. Nojo por não conseguir controlar meu corpo, por ter me colocado naquela situação, por saber que tudo aquilo seria mais um inferno na minha vida.

 

Eu ainda não ouvia nada, só via seus rostos divertidos e sorrindo enquanto Hyuna saia do meu colo. Não sentia mais nada do meu corpo e eu não sabia quando aquela porcaria de droga ia sair do meu corpo, mas eu já estava cansado, cansado daquilo tudo.

Eu vi Jonghyun guardar o celular e trocar algumas palavras com Kris antes de sair com MinHo e Hyuna, eles pareceram discutir sobre alguma coisa antes de sumirem do meu campo de visão. Eu vi quando Kris chegou perto de mim e ligou a banheira, rindo e jogando piadas – pelo menos eu acho que era isso, já que não conseguia ouvir. Ele chegou mais perto do meu rosto e esfregou a minha cara, foi ai que eu percebi que estava chorando.

 

Um dramático, não é? Até parece que um homem iria chorar por perder a virgindade com uma das garotas mais gostosas da escola. Até por que um homem não é forçado a esse tipo de coisa, isso não acontece.

Me desculpe por estragar todo o seu estereótipo. Hoje, depois disso e de tudo o que tinha por vir, eu fico pensando em por que eu não conseguia, simplesmente, ser uma pessoa normal, me manter longe de tudo isso e conseguir ficar sozinho. Eu poderia ter dito não e ficado com Krystal no andar de baixo, poderia ter mentido antes de pular pela janela de casa e dado a desculpa de que meus pais me pegaram na hora.

Quando você descobrir como consertar coisas do passado me avise, por favor.

Kris levantou meu corpo e me tirou da banheira, me sentando em uma cadeira que tinha ali. Eu sequer conseguia fechar os olhos para não ter que ver mais nada, para fingir que ele e aqueles outros dois idiotas não tinham me feito passar por aquilo. E para não ver o que ele ia fazer depois.

 

Eu não conhecia bem o Kris. Talvez se conhecesse teria me afastado antes, mas foram só algumas semanas e eu já sentia que éramos melhores amigos. Como eu poderia me sentir mais idiota? Acho que não tem resposta.

Kris estava me secando, ele passava a toalha pelo meu corpo com pressa e falava sozinho até ele diminuir os movimentos e me olhar dentro dos olhos como ele geralmente fazia. Eu tinha certeza que seria aquela a oportunidade que ele teria de me bater como tanto queria, afinal ninguém normal olha assim para outra pessoa.

Dito e feito.

O soco veio em cheio no meu rosto, mas eu não senti absolutamente nada. Ele foi para cima de mim e me desferiu outros golpes, mas eu não conseguia ver onde tinham sido. Eu só conseguia olhar para o teto e mais nada. Me sentia um boneco, a porra de um boneco, e não conseguia nem mesmo ouvir o que ele estava falando, nem pedir para que parasse, nem nada. Absolutamente nada.

E por mais estranho que eu já estivesse achando toda aquela noite, não pareceu que iria terminar. Não antes daquela última coisa.

Não sei se Kris tinha se cansado de me bater ou o que tinha acontecido, só sei que ele se sentou encostado na banheira e me olhou. Eu percebia que ele fazia isso por que ainda estava no meu campo de visão, ainda conseguia ver seus olhos sobre mim.

Ele se levantou e se sentou na cadeira em que eu estava antes, mas isso eu só fui saber depois que ele me puxou para perto dele e enfiou seu pau na minha boca.

 

Eu não vou mais descrever nada do que aconteceu naquele banheiro. Tudo o que precisam saber é que, quando ele se aliviou, me deixou no chão de azulejo e fechou a porta enquanto eu sentia o líquido quente escorrer pela minha boca. Meu estômago embrulhou e eu acho que acabei vomitando também – só fui confirmar isso depois – e me senti ainda mais imundo. Quando eu voltei a sentir meu corpo já deveria estar quase no meio da madrugada e tudo o que eu fiz depois que consegui levantar vou lavar a boca na pia e sair correndo pela porta dos fundos, torcendo para que ninguém mais me visse.

Eu andei por todo o caminho até em casa e, quando cheguei, ouvi meu pai esmurrando a porta e prestes a arrombá-la. Eu entrei rápido no banheiro, jogando todas as minhas roupas pelo chão e indo para o box, ouvindo quando a porta abriu e vendo quando ele invadiu o banheiro

 

“Eu to tomando banho aqui pai. Eu só fechei justamente pra não me verem pelado. Que inferno”

 

“Desculpe filho. Eu bati muitas vezes. Desculpa”

 

E ele foi embora e eu pude ficar sozinho, finalmente.

E eu nunca quis tanto aquela solidão.


Notas Finais


O meu objetivo mesmo com essa fic é trazer uma perspectiva diferente das coisas do nosso cotidiano. Nesse capítulo eu quis mostrar que não é todo o homem que é obcecado por sexo, adora uma putaria e está louco para trepar com qualquer um só pra ver como é gozar. Eu tenho amigos que agiriam como o Lay agiu e olha que eles nem são de igreja ou de qualquer religião, então essa é a perspectiva nova que eu queria mostrar. Alguns de vocês devem acabar odiando o Kris, Jonghyun e MinHo, mas para eles, eles não estavam fazendo nada de errado, sabe? Vou explicar isso melhor depois. Nessa terra chamada Social Spirit para as coisas serem mau interpretadas, então achei melhor adiantar.

Até semana que vem!


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