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História Origins - Magoa e perdão


Escrita por: DixBarchester

Capítulo 30 - Magoa e perdão


Fanfic / Fanfiction Origins - Magoa e perdão

 

 

Charlotte Walsh
Atlanta

Observei Carl e o bebê em seus braços por um momento, antes de finalmente dar os passos restantes. Ora ou outra eu teria que encarar aquela criança, então era melhor fazer logo, arrancar rápido feito um curativo colado na ferida...

Carl ergueu a cabeça e me encarou, parei onde estava, esperando a reação dele. Por fim, o menino sorriu e chegou um pouco para o lado, me dando um lugar para sentar.

— Você andou tomando suplementos pra crescer assim? Nada ilegal, eu espero. — Brinquei assumindo o lugar ao lado dele no chão.

— É bom te ver. — Carl respondeu ajeitando a irmã nos braços.

— É bom te ver também... Está tentando entrar em alguma banda de Rock Country? — Debochei me referindo ao chapéu e ao cabelo comprido.

Ele não respondeu, embora tenha sorrido minimamente, parecia meditar sobre algo.

Ficamos em silêncio alguns minutos, comigo evitando olhar para a coisinha pequena deitada no colo de Carl, tudo que eu podia ver era o cabelinho muito ralo de um castanho bem clarinho.

— Você está certa sobre o que disse para o meu pai, não foi justo e nem certo o que ele fez. — Afirmou na lata, olhando nos meus olhos, me passando uma força que eu nem sabia que ele tinha.

— Não... Ele fez o certo. — Retruquei séria, encarando Alex se acomodando em um canto, perto do ruivo chamado Abraham. — Ele fez o melhor que podia pra proteger você, a sua mãe e o bebê que ia nascer. Ele estava tentando proteger a própria vida. Dentre todas as escolhas que ele podia ter feito naquela noite, a única que realmente garantiria a segurança de vocês, a única que não tinha falhas, foi a qual ele escolheu, porque Shane não ia parar Carl, ele estava fora do controle.

— Mas você acabou de dizer para o meu pai que...

— Eu sei... — O interrompi, entendendo perfeitamente a confusão dele, afinal eu estava sendo contraditória. — Seu pai fez o que era certo, mas isso me machucou, me assombra até hoje, dois lados da mesma moeda. É uma merda, eu sei, mas é a vida. Eu fui pega no fogo cruzado e você não pode culpar seu pai por proteger vocês ao invés de mim, ele fez o que ele tinha que fazer.

Nos encaramos por um momento e Carl assentiu. Por mais que eu estivesse magoada eu não podia projetar isso no garoto. Rick era um ótimo pai e isso era indiscutível, sempre seria. E eu sabia com convicção desse fato porque afinal eu tive um pai de merda...

— Eu estou fazendo o que você disse. — Ele comentou e eu o encarei sem entender. — Sendo um bom irmão mais velho... — Explicou e me lembrei de uma conversa que tivemos no carro, bem no começo de tudo.

— Eu tinha certeza que você seria. — Assenti com um sorriso fraco.

— Quer segurar? — Ele levantou a garotinha e eu fiquei sem saber o que responder. — Ela se chama Judith.

— Como a sua professora do jardim de infância?

Carl assentiu, e, sem realmente esperar por uma reação minha, me entregou a irmã.

Foi quando eu a olhei pela primeira vez, e a pequena Judith me olhou de volta, os olhinhos muito azuis brilhando de curiosidade quando ela segurou uma ponta solta do meu cabelo, balbuciando qualquer coisa antes de levar os dedinhos até a boca.

Judith era um bebê branquinho, com bochechas redondas e boquinha rosada. Ela não pareceu se importar de estar no colo de uma completa estranha, se aconchegando a mim quando eu a segurei mais perto. E quando ela tocou uma lágrima que, eu nem havia percebido, escorria pelo meu rosto, eu soube que ela tinha alcançado algo que ninguém nunca tinha conseguido. Eu soube que aquela criaturinha pequena e adorável tinha se infiltrado no meu coração e nunca mais sairia dali.

Era engraçado pensar que um dia "crianças" estiveram no topo da lista de coisas que eu não gostava. Mas eu acabara com aquela lista há tempos, quando percebi que, se eu fosse catalogar as coisas das quais eu não gostava, ficaria para sempre naquela tarefa.

Então eu criara a CQCWGM "Coisas que Charlotte Walsh gosta muito" e Judith acabara de alcançar o topo daquela lista, sem esforço, com um simples olhar.

Sorri pra ela e a pequenina me sorriu de volta e foi como se o mundo todo clareasse.

Percebi que Rick se aproximou e fez um gesto para que Carl saísse. O menino obedeceu prontamente, com um aceno de cabeça e Rick se sentou no lugar dele.

— Vejo que conheceu a Judy. — Apontou se encostando a parede, havia algo apreensivo no tom de voz dele.

Eu assenti sem encará-lo, limpando uma lágrima que teimava em escorrer.

— Ouvi o que eu disse para o Carl. Obrigado, mas não precisava ter amenizado as coisas. — Agradeceu me olhado de lado.

— Eu não amenizei. Só disse a verdade. — Ergui a cabeça para encará-lo.

O homem que me virá crescer ainda estava lá, escondido por trás daquela barba horrível e de toda a sujeira, havia algumas rugas ao redor dos olhos, que não estavam lá antes. Mas ainda era ele, ainda era o mesmo Rick Grimes que falava ao meu favor quando Shane dava um dos ataques de superproteção dele. Ainda era o mesmo homem que contrabandeava todo tipo de gordice pra mim, quando eu operei o apêndice e meu irmão não me deixava comer nada além do recomendado pelo médico. Não pude evitar sorrir.

— E também era verdade quando eu disse que te mato se machucar alguém que amo... — Comentei em um tom leve, quase uma brincadeira. — Eu sou durona agora.

— Você sempre foi. — Rick sorriu e foi como vê-lo rejuvenescer dez anos em um segundo. — A garota mais durona que eu já conheci. É por isso que eu sei que entende quando eu digo que também te mato caso machuque a minha família. — Respondeu no mesmo tom que eu.

— É assim que as coisas são agora. — Dei de ombros e ele concordou.

— Estou feliz de ter ficado.

Eu não respondi e ficamos em silêncio por mais um tempo, voltei a olhar a pequenina e podia sentir a atenção de Rick sobre mim.

— Ela tem seus olhos. — Comentei.

— Você acha mesmo? — Pareceu realmente surpreso.

— Claro. Olhos azuis como os seus, como os do Carl. — Continuei neutra.

— Você não tem que fazer isso...

Nós encaramos por um tempo e eu vi que era aquilo que o estava deixando tenso. Como se eu pudesse reivindicar a criança e sair correndo, apenas porque ela podia, ou não, ter o meu sangue nas veias. O sangue do meu irmão...

— Ela é sua, Rick. — Falei com convicção. — Sempre foi e sempre vai ser, nada vai mudar isso. E mesmo que ela não fosse, ela ainda seria sua. Não tem porque uma garotinha como essa carregar outra história que não seja a de um pai e um irmão amorosos. Ela é uma Grimes. — Senti minha garganta travar por um momento. — Ela merece isso, um bom pai, um bom irmão, já é tragédia o suficiente a mãe não estar aqui, ela não precisa carregar mais que isso. Ela é sua, você lutou por ela, mesmo antes dela nascer. Não importa o sangue que corra nas veias dela, ela é sua.

Eu o encarei firme e ele assentiu, deixando um suspiro pesado escapar enquanto seus olhos marejavam. Era como se o peso do mundo tivesse saído das costas dele.

— Ela pode ser sua também. — Rick falou me encarando.

Eu concordei com um movimento de cabeça, sentindo uma lágrima pesada escorrer pelo meu rosto, enquanto eu beijava o topo da cabeça de Judith.

— Eu fiz muitas coisas desde que o mundo acabou, coisas que eu nunca pensei que ia fazer, coisas horríveis. Mas de todas elas eu só me arrependo de duas. Ter te machucado de alguma forma e ter te deixado para trás naquela fazenda. — Segurou minha mão, apertando-a um pouco e me fazendo olhar pra ele. — Sinto muito.

Senti meu lábio inferior tremer enquanto uma porção de lágrimas escorria dos meus olhos. Eu tentei contê-las, mas desisti vendo que era inútil.

— Eu quis culpar você, quis culpar a Lori, quis culpar o Shane. Eu achei que odiava todo mundo, que estava furiosa, mas a verdade é que eu só me sentia culpada... Eu sentia que não tinha feito o bastante, estava tão presa dentro de mim que não fiz nada pra impedir o Shane. Eu disse que estaria lá pra ele, mas a verdade é que não tomei uma só atitude pra impedir aquilo. E eu não quero ser aquela garota de novo, eu não posso ser. Eu devia ter tentado mais. — Confidenciei sentindo toda aquela dor outra vez.

Rick passou o braço ao meu redor e me puxou pra perto, beijando o topo da minha cabeça e me mantendo ali enquanto eu chorava.

— Não foi sua culpa. Você era só uma garota...

Fiquei ali no abraço dele um tempo. Eu nunca seria capaz de odiar o Rick. Ele era meu irmão também no fim das contas. E embora eu estivesse me acabando em lágrimas naquele momento, eu estava feliz de ter deixado Alex me convencer que estar ali era o certo a se fazer

Eu não podia viver naquela mágoa pra sempre, não era saudável. Eu tinha que perdoar, e isso não se tratava de Rick, pois na verdade eu nunca o culpei realmente, isso se tratava de mim mesma.

As coisas que tinham acontecido já haviam passado, eu não era mais a mesma garota e não podia mais amargar as mesmas dores, era hora de seguir em frente.

Me afastei um pouco, sentando novamente e ajeitando Judith no meu colo.

— Tá bom agora chega, se não ninguém vai acreditar que eu sou durona e nem vai levar as minhas ameaças de morte a sério. — Brinquei limpando o rosto com a manga da blusa.

— Não se preocupe, eles levaram a sério sim. Melhor você dormir com um olho aberto na verdade, principalmente por causa da Mich, ele não está contente de você ter segurado a katana dela com as mãos. — Rick devolveu no mesmo tom.

— As minhas mãos também não estão felizes. — Mostrei os as palmas enfaixadas. — O Lex ainda vai ter que refazer esses pontos umas dez vezes se eu me conheço bem.

Rimos e quando Rick perguntou do Alex e eu passei a contar a história, decidi que eu estava virando uma página da minha vida, era uma fase superada e bola pra frente.

Ficamos conversando o resto da noite, Rick contou o que tinha acontecido com eles até ali. A morte de Lori e T-Dog, a prisão em que eles moraram, o confronto deles com um tal de Governador, o reencontro com Merle e o sacrifício dele, no que meu coração se apertou por Daryl. Ele foi contando cada coisa e percebi que não tinha sido fácil pra eles também. No fim tinham conquistado muito mais que eu e o Alex, mas isso era ruim, porque significava que tinham perdido muito mais também.

Quando a conversa acabou, com Rick contando sobre a morte de Beth, já era quase de manhã e eu o deixei para que dormisse as duas horas restantes, antes que partíssemos.

Olhei para o outro lado do galpão, onde Daryl estava sentado em uns caixotes perto da janela. Como se soubesse que eu o estava observando, seus olhos encontraram os meus e decidi que era hora de resolver aquilo também.

Chega de situações mal resolvidas e de guardar magoa. Pensei comigo mesma, percebendo que fora infantil o modo como eu reagira a relação dele com a Beth.

Não que eu concordasse com aquele envolvimento, porque me atingia como uma traição que ele tivesse com outra garota a mesma coisa que comigo. Afinal eu e Beth tínhamos a mesma idade praticamente, e isso devia despertar nele os mesmos dilemas, saber que eu não era a única por quem ele abrira mão de suas convicções me corroía por dentro. Um tanto egocêntrico, eu sei, mas inevitável.

Mas se eu tinha "morrido" pra ele, não podia culpá-lo por seguir em frente...

O melhor a fazer era conversar e resolver aquilo. Não que eu achasse que fossemos, de uma hora pra outra, continuar de onde paramos, mas se pudéssemos pelo menos nos entender já estaria ótimo.

Cruzei a distância entre nós pisando firme, decidida e no controle. Os olhos de Daryl permaneceram em mim, como se desconfiasse que eu faria mesmo aquilo e ao mesmo tempo me desafiasse a fazer.

Quando estava a menos de um passo ele olhou para o lado de fora, ignorando a minha presença, e aquilo foi como um soco no estômago, mas eu não desisti.

— Oi. — Falei calma, despretensiosa, encostando na janela de modo a ficar quase na frente dele.

Daryl me mediu de baixo a cima, como se ele sequer me conhecesse. Segundo soco. Respirei fundo. Era o Daryl Dixon afinal, não seria fácil.

— Em que eu posso ajudar? — Perguntou seco.

Contive a vontade de revirar os olhos e fazer uma careta, apenas cerrei os punhos, respirei fundo e sorri. Ele tinha acabado de perder a namoradinha, estava só extravasando a dor, eu só tinha que ter um pouco de paciência... Embora eu não fosse o capacho dele e quisesse mesmo era socar aquela cara de poucos amigos que ele estava fazendo.

Paciência, Charlotte, paciência...

Passei a mão pelo rosto pra me acalmar e o encarei de novo, eu estava ali pra fazer as pazes, então era exatamente isso que eu faria.

— Rick me contou sobre o seu irmão... Sinto muito. Eu gostava dele. — Declarei sincera.

Era a verdade, por mais estranho que parecesse, eu gostava do Merle, e realmente sentia muito por Daryl tê-lo perdido. Ninguém devia ter que passar por algo assim.

— Não posso dizer o mesmo sobre o seu irmão... — Respondeu dando a mínima pra mim.

Okay, aquela foi a gota d'água. Acho que me esqueci totalmente do motivo de estar ali. Fiquei cega de raiva por um instante, afinal eu não ia deixar ninguém me tratar daquele jeito. Não importa quem fosse.

— Ele me contou sobre a Beth também. Queria dizer que sinto muito, mas seria mentira. Ela era uma garotinha insossa, eu não a suportava. — Ataquei cínica, com um sorriso maldoso nos lábios.

Se ele podia tripudiar em cima dos meus mortos, eu também podia tripudiar em cima dos dele. Tudo bem que a coitada da Beth Greene certamente não tinha feito nem um décimo das merdas que o meu irmão tinha feito, e eu com certeza não estava feliz com a morte dela e muito menos a odiava como fiz parecer, mas aquilo ficou em segundo plano, já que eu estava meio possessa de raiva no momento...

Daryl se levantou em um pulo, ficando bem a minha frente, me encarando de cima, por ser alguns centímetros maior, me intimando e desafiando. Eu o tinha atingido em cheio.

— Ela era uma garota doce, amável e que via o bem em todo mundo. Ainda havia esperança nela. Não vou deixar que ofenda sua memória. — Praticamente cuspiu na minha cara. Tão perto que se eu aproximasse minha cabeça meio centímetro poderia beijá-lo.

Mas não era o que eu queria naquele momento. Eu queria mesmo era esfregar a cara dele no asfalto quente. Todo meu corpo tremia de raiva. Encarei como uma afronta pessoal ele defender a garota daquele jeito.

— Ela podia ser a Madre Tereza de Calcutá, eu não gostava dela e continuaria não gostando. A morte dela não muda isso em nada. — Declarei antipática, cruzando os braços e me afastando dois passos. — Pelo menos eu não sou o tipo hipócrita que diz que não pode fazer "certa coisa" porque vai contra seus princípios, mas não pensa nisso antes de se meter dentro da próxima "adolescente" que encontra. — Acusei com gosto, porque aquilo estava me corroendo e eu tinha que falar.

Daryl me olhou como se eu fosse algum tipo de louca que não diz coisa com coisa. Se afastou também, andando de um lado para o outro, como ele costumava fazer há tempos. A nostalgia daquilo quase me fez sorrir. Se eu não estivesse tão brava teria feito. Mas eu estava. Estava praticamente me engasgando na minha própria raiva.

— O que você quer? — Ele perguntou bruto, me encarando de forma tão fria que me feriu por um momento.

Mas eu não era mais o tipo de garota que deixava as pessoas simplesmente me machucarem, não mais, eu tinha aprendido a revidar.

— De você? Nada. — Retruquei de cabeça erguida.

Abaixei e peguei algo na bota, afinal eu ainda precisava de um motivo pra estar ali.

Estendi a faca com as inicias dele, não porque eu realmente quisesse devolvê-la, mas porque eu era a merda de uma inconsequente orgulhosa que nunca daria o braço a torcer. E jamais admitiria que estava ali pois queria fazer as pazes, não quando ele tinha me recebido com quatro pedras nas mãos. Se ele queria bancar o escroto, eu podia ser muito mais escrota.

Sim, o plano de reconciliação tinha ido por água a baixo, contudo eu não via motivos pra me reconciliar com alguém que me tratava mal. Foda-se.

— Não gosto de ficar com as coisas dos outros. — Declarei fria.

Dixon olhou da minha mão para o meu rosto algumas vezes, por um segundo eu pude ver o Daryl da fazenda, o cara por quem eu tinha me apaixonado.

Percebi que tinha sido uma briga estúpida, ele só precisava dizer que não queria a faca de volta e ficaríamos bem. Eu podia pedir desculpas e começar de novo...

Mas Daryl encarou meu braço, o olhar fixo na minha tatuagem, então arrancou a faca da minha mão quase com violência e eu senti que ele tinha apunhalado o meu coração junto. Porque, de alguma forma, aquela faca era um símbolo importante do que tivéramos, era o que tornava tudo real. E ele tirar aquilo de mim, sem nem pensar, provava que não havia mais nada pra salvar da gente...

— Mais alguma coisa? — Perguntou rudemente, jogando a faca em cima no caixote como se ela não fosse nada.

Aquilo me machucou e revoltou mais do que qualquer coisa, eu queria gritar, continuar brigando, falar um monte de verdades. Mas apenas cruzei os braços novamente, percebendo que aquilo que nós tivemos tinha passado, tinha ficado pra trás e não podia ser recuperado. Era uma daquelas coisas na vida que simplesmente acabam.

Daryl tinha seguido em frente com a Beth e eu pensei que tinha seguido em frente também. Aquele momento e a dor que eu sentia deixaram claro que eu não tinha superado nada, que eu não tinha seguido em frente coisa nenhuma. Eu só suspendi a minha vida, fugindo do que eu sentia por ele, fingindo que eu não sentia nada. E fosse a porra que fosse, aquele sentimento continuou em mim.

Mas agora era hora de abrir mão. Não dava pra ficar sofrendo por causa do Daryl, nem por causa de cara nenhum, diga-se de passagem.

Tentei sufocar toda a raiva, dizendo pra mim mesma que relacionamentos acabavam mesmo, não tinha nada errado nisso, os sentimentos morriam em algum ponto do caminho e tudo bem. Porém tudo que eu sentia era ainda mais raiva.

Percebi que Daryl ainda esperava uma resposta para o "mais alguma coisa?" dele e me aproximei um passo, ainda de braços cruzados, vestindo uma máscara muito convincente de frieza.

— Só mais uma coisa... — Respondi cínica, tombando um pouco a cabeça para o lado. — Fica longe de mim, Dixon, pro seu próprio bem.

Pelo visto o plano de reconciliação tinha dado totalmente errado...


Notas Finais


Char e Rick se entenderam, não tinha pq eu prolongar mais isso, eles são família só precisavam sentar e conversar melhor. Exatamente como ela devia ter feito com o Daryl, mas ele não colaborou e ela menos ainda. Esses dois não prestam.

O próximo é provavelmente narrado pelo meu amorzinho Alex, a Char vai precisar de uns puxões de orelha kkkkk

Bjsss e até


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