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História Orion - Imagine Jungkook - Mente Obscura


Escrita por: songmika e songmika_

Notas do Autor


Oiii gentooo! :)
Cheguei com um capítulo fresquinhoo!

Peço muita atenção nesse capítulo, ele não é um flashback em primeira pessoa, então ele vai estar misturado. (vocês vão entender), só peço que prestem atenção. O que estiver em itálico é lembrança, o que não estiver é presente, okay?

Queria agradecer pelas mensagens de apoio e carinho, eu fiquei muito contente e me senti acolhida de verdade <3
Obrigada pelos favoritos e os comentários, amo vocês demais mesmo <3333

Sem mais delongas, vamos ao capítulo! Desculpem os erros.

Capítulo 34 - Mente Obscura


Fanfic / Fanfiction Orion - Imagine Jungkook - Mente Obscura

— Agora é a minha hora. — Me virei abrindo a porta, JungKook entrou na cabine, me apoiei no painel onde estavam todas as portas e pressionei o botão. Fazendo assim Soy subir presa na cadeira. 

 

— Parece que mudaram a tática. — Sorriu desafiadora. — A princesa me interrogando, quem diria. 

 

— Eu já disse pra você — Sorri vitoriosa. —, eu não sou uma princesa comum. 

*capítulo anterior

 

Parei em sua frente, não muito próxima, mas o suficiente pra usar os poderes de maneira precisa e concisa. Fechei os olhos e ergui minhas mãos, formando uma linha invisível que ia direto em seus olhos. Assim que me conectei com sua mente, seu corpo se mexeu bruscamente e mais uma vez a imobilizei. As cenas eram confusas, mas eu já sabia o que queria e onde a atingiria em cheio. 


 

Soyeong, 7 anos. 

 

O reino era diferente do que eu me lembro, as paredes estavam mais bonitas, as pessoas pareciam felizes e menos preocupadas, mesmo que uma guerra estava por vir. A lembrança da pequena Soy me fez querer explorar pelo o reino de Alnitak, saber mais um pouco sobre quando não era nascida, apesar de usar isso para destruí-la, eu me mantinha curiosa. 

 

Em pequenos passos Soy andava sozinha pelos corredores do palácio, encontrando alguns soldados pelo caminho, parando só quando um homem alto, pelo menos pra nós. 

 

— Papai. — Sorriu, mesmo que o homem não sorrisse de volta. — A mamãe pediu pra você voltar pra casa. 

 

— Eu já disse que tenho trabalho a fazer. — Respondeu sério. — Por que não está na escola? 

 

— Hoje eu não tive aula, a professora suspendeu pela ameaça da guerra. — Respondeu simples. 

 

— Kall — Uma voz ao longe lhe chamou. —, o rei te espera. — Ele logo a olhou e dando um sorriso de canto se afastou. Não entendi nada do que aquilo queria dizer, apenas avancei suas memórias. 

 

***** 

 

Em seu corpo se via agitação, uma ameaça de Aron tornou a acontecer, ninguém estava psicologicamente apto para encarar uma guerra. Ou lidar com os monstros que Aron juntou dos lugares mais obscuros que existiam em Orion. 

 

— Seu pai cuidará da guarda de Ethan. — Uma mulher falou ao meu lado, enquanto eu estava no parapeito da janela, observando o caos. — Ele pediu para que você ficasse em casa, Soy. 

 

— Eu não quero. — Respondeu friamente, a voz de antes era um pouco menos infantil, me perguntando se eu havia avançado demais. 

 

— Você não tem querer, sua mãe ia querer que ficasse dentro de casa. — Uma explosão de mágoa surgiu em meu peito. 

 

— Não use aquela mulher pra me afetar. — A sensação de tristeza permanecia. — Da mesma forma que ela foi embora, eu também posso ir. — Respiramos fundo. — Eu também tenho o poder de escolher o que quero fazer. 

 

— Mas Soy, seu pai só quer sua segurança. — A mulher tocou meu braço, a onda de choque pelo toque fez meu coração se aquecer, olhei-a nos olhos e os vi na cor rosa. 

 

— Se ele quisesse me proteger estava comigo e não cuidando de um bebê estúpido que nem nasceu. — Falou com frieza, eu podia sentir seu ódio e mágoa. Descemos da janela e saímos porta fora, enquanto aquela mulher gritava seu nome. 

 

As pessoas nas ruas de pedra branca andavam apressadas, acima de nossas cabeças o céu estava escuro e rosado, como se uma tempestade se aproximasse, logo uma camada fina amarela tomou o céu de Alnitak, protegendo assim o reino. Olhei para os lados e em um milésimo de segundo, algo explodiu em meu lado. A agitação se iniciou, pessoas correndo por todos os lados, pessoas batiam em mim sem nem notar, nos fazendo cair no chão sem saber o que fazer. 

 

Ao longe a trombeta tocava indicando então que estávamos sob ataque. 

 

Corri o mais rápido que pude, eu precisava achar Kall e saber o que fazer, eu sentia medo, nosso poder não iria ajudar em nada, não agora. Com muita dificuldade e diversos tombos, chegamos ao palácio, onde tudo estava um caos, as paredes rachadas, alguns soldados mortos e outros lutando com monstros que eu nunca vi na vida. Quando o som da trombeta parou de tocar nos recuperamos e partimos para dentro do ambiente. O coração acelerado, a incerteza de encontrar Kall vivo perfura nosso coração e nos dava mais gás para continuar correndo, dentre o corredor da ala real, encontrei um homem alto, com duas crianças ao seu lado. Ambos de costas, ia avançar, mas paralisei quando ouvimos a voz de seu pai. 

 

— Eu nunca vou deixar vocês passarem. — Com voz firme continuou. 

 

— Você acha que pode nos impedir, Kall? — O mais velho riu, sua risada era assustadora. 

 

Reparei nos dois meninos ao seu lado, um deles estava envolto de sombras, essas que pareciam ser como um segundo corpo de tão densas que eram, quase sólidas. O outro mantinha um pequeno redemoinho diferente em uma das mãos, bem pequeno, com um buraco negro no meio. Arregalei meus olhos ao pensar quem era aquele garoto. 

 

Nos forcei a andar, como Soy não sabia quem era, ela apenas andou se colocando na frente do pai, com os braços abertos. 

 

— Soy! — Kall falou atrás de nós, o olhar do homem à minha frente me dava calafrios, mas eu sabia quem ele era, só parecia mais diferente do que eu vi. Seu rosto não estava desfigurado, ele tinha apenas uma leve cicatriz nos lábios. O olhar negro me dava calafrios, era de fato mais negro que a noite ou até mesmo a própria escuridão, parecia impossível, mas era isso. A mão de Kall segurou meu ombro me impulsionando para trás e antes mesmo que eu pudesse pensar, a escuridão ficou em volta de mim. 

 

— Ora ora Kall. — A voz estremeceu meus ouvidos e eu tive medo. — Essa é a sua pequena? — Riu, mas não um riso feliz. 

 

— Fica longe dela. — Tudo se clareou quando vi meu pai ainda em frente a porta, o barulho estridente de um bebê chorando roubou minha atenção, assim como os outros. 

 

— E então — Aron começou. — você vai escolher salvar um bebê ou a sua filha? — Arregalei os olhos e olhei para Kall, seus olhos estavam arregalados como se travasse uma batalha interna. — Kris. 

 

— Sim senhor. — O garoto em volta das sombras sorriu de modo maquiavélico, eu não conseguia ver seu rosto, afinal era tudo negro, como se fosse uma máscara. Ele chegou mais próximo, mas o poder de barreira do meu pai impediu que ele se aproximasse, era muito pra ele, proteger o reino, a sala em suas costas com o príncipe e a mim. 

 

— Não se sacrifique tanto Kall. — Aron voltou a falar. — Escolha logo, estou cansado de esperar. — As paredes do palácio balançaram, dando a sensação de tremor, arregalei meus olhos quando os ferros que tinha dentro da mesma saíram e dobraram como se fossem papel. 

 

— Eu não vou sair daqui. — Meu coração se apertou quando meu escudo saiu devagar e se intensificou mais na porta. Kall me olhou e sibilou. — Me perdoa. 

 

— Sai agora da minha mente. — Soy apareceu mais velha deixando aquela lembrança nebulosa. — SAI AGORA! 

 

— Eu não posso fazer isso. — Respondi firmemente. 

 

— Ora, parece que você abandonou sua filha. — O coração de Soy se despedaçou. — Assim como sua mãe te abandonou — Seu olhar frio e o sorriso debochado se formou. — seu pai também vai te abandonar. 

 

— Te abandonar por uma criança. — Kris falou rindo. — Que vida infeliz. 

 

— Você não tem… Não tem esse direito. — A voz falha de Soyeong soou e em seus olhos eu vi a tristeza. 

 

— Me fala tudo que você sabe que eu paro, Soy. — Falei calma, mesmo sentindo todas suas dores. 

 

— Eu não posso fazer isso. — Sua voz tremia, mas mesmo assim ela se manteve firme. 

 

— Então eu não posso fazer nada. — Respondi expulsando ela daquela cena. 

 

Mesmo com seu pai escolhendo a abandonar, Soy usou seus poderes tentando criar uma cena diferente, cheia de monstros, mas ela foi infeliz na escolha, afinal os monstros eram eles mesmo. Os olhos de Aron brilharam ao ver o poder da mesma e antes que acontecesse algo a mais ele proferiu. 

 

— DO, abre um portal. — Aron falou, o outro menino ao seu lado fez crescer o buraco negro em sua mão seu poder era incrível, a forma que ele tinha o poder sobre algo que era impossível acontecer fez crescer algo diferente em nós, ela queria ser tão poderosa quanto ele. A mão de Aron segurou firme em meu ombro. — Eu vou levar esta comigo. 

 

— Não! — Kall por um momento avançou rapidamente, tudo foi muito rápido, meu pai voou para longe, abrindo a porta bruscamente, a rainha tomou a frente, Kris e DO me empurraram pra dentro do portal negro, mesmo eu tentando me soltar fui empurrada, assim um grande clarão tomou conta do ambiente e depois tudo se escureceu novamente. 


 

******

 

Avancei alguns anos, não me dando conta, era como se a própria mente de Soyeong me permitisse saber da sua história. 

 

— Tive notícias do seu querido papai. — O garoto nas sombras apareceu, ainda usando-as como máscara. 

 

— Ele não é meu pai. — Sibilei com raiva, a mágoa deu lugar ao ódio me deixando angustiada. 

 

— Não me importo. — Kris ficou em minha frente com um sorriso zombeteiro. — Ele já tem uma nova família, parece que se esqueceu que tem uma filha. — Riu. 

 

— Eu não me importo. — Falei com pesar. — Meu pai é Aron. 

 

— Não, não mesmo. — Negou rindo, eu odiava Kris o tanto que ele era debochado como o pai, DO não era nada assim, era quieto. — Você é fraca demais pra ser minha irmã. 

 

— Se eu sou fraca, por que fui escolhida pra estar diante do príncipe? E fazer todo o trabalho difícil enquanto vocês três ficam de fora?! — Desafiei-o. 

 

— Porque você é só uma peça descartável. — Falou afiado, Kris sempre foi assim, frio e maldoso. Mesmo que eu já soubesse disso quando comecei a participar do plano deles, eu esperava o mínimo de compaixão. — Se você morrer, não vai fazer falta. 

 

— Isso é o que você acha. — Respondi com mágoa. 

 

— Isso é a verdade Soy. — Riu colocando as mãos na cabeça e começou a andar despreocupado. — Você se esquece e passou a viver na ilusão do próprio poder. 

 

— Já chegar Kris. — DO apareceu andando calmo. — Precisamos conversar. — Kris estalou a língua e riu em minha direção, maldito. 

 

— Eu não tenho tempo pra isso, vou para a Terra em breve. — Falei com raiva. 

 

— Deixa eu reformular minha frase então — DO falou friamente. —, eu tenho uma ordem pra você. — Kris riu ao seu lado. — Os planos mudaram. 

 

— Mudaram? — Perguntei atônita. 

 

— Sim, eu quero que você tenha uma vida normal lá e não machuque JungKook. — Falou firme ainda me olhando, pisquei sem entender porra nenhuma do que ele queria. 

 

— Por que? — Fiquei confusa. 

 

— Porque nós ach- 

 

******

 

— PARA! — Soy voltou a minha frente, mordi o lábio com raiva, logo agora que estava próxima de descobrir. — Você não tem esse direito. 

 

— Você vai continuar fugindo? Eles só te usaram. — Falei com raiva, não era possível que ela não percebia isso. 

 

— Essa moral que você acha que tem comigo, não existe. Você está fazendo o mesmo, me usando. — Falou firme, seus olhos violetas toda hora apareciam, mas a cadeira que Hobi criou impedia de fazer qualquer coisa. 

 

— Você tem noção que não é só Orion que está em perigo e sim você? Por um acaso você parou pra pensar que depois de tudo eles podem te jogar de lado? Ou até te matar? — Perguntei tudo brava. 

 

— Eles não fariam isso comigo. — Falou firme e ri desacreditada. 

 

— Kris pensaria o oposto. — Ficamos sérias nos olhando. 

 

— DO e Aron não fariam isso comigo. — Reformulou a frase e eu sorri. 

 

— Você só está fazendo isso para se vingar de Kall. — Quando citei seu nome, ela veio em minha direção com raiva. Desviei a empurrando com a mente. — Seu pai não teve escolha, assim como todo mundo que sofreu nessa guerra. 

 

— Não teve escolha… — Sorriu debochada, mas eu sentia a mágoa na melodia de sua voz. — Ele me entregou para Aron. 

 

— Não foi isso que eu vi no seu olhar, ele não queria fazer isso. — Tentei me aproximar, mas logo me afastei quando seus olhos viraram um roxo intenso. 

 

— Quem você pensa que é? Uh? — Sua voz transmitia raiva. — Só porque viu alguma de minhas memórias acha que me conhece? Acha que conhece Kall? Você não conhece nada de mim. Para de pegar pequenos fragmentos de minhas memórias e achar que você sabe algo. 

 

— Não sou eu que estou fazendo isso. — Sua postura se mantinha séria. — Eu sou jogada pra onde o seu subconsciente quer. 

 

— Não me faça rir. 

 

— Não estou falando algo engraçado pra você rir. — Falei séria. — Assim como você foi abonada, eu também mantive responsabilidades que não eram minhas, eu também sofri. 

 

— Você nunca foi abandonada como eu fui, trocada por uma profecia que ninguém sabe se é real. — Seus olhos se encheram de água. — Não fale como você soubesse da minha dor. 

 

Me aproximei devagar. 

 

— Tem razão, eu não conheço sua dor. — Me calei por breves instantes. — Mas você também não sabe o que eu sofri ou de toda a responsabilidade que eu carrego comigo. — Falei por fim. — Eu ainda não entendo o fato de você querer essa vingança com seu pai, você não vai fazer isso só com ele, mas com uma constelação inteira. 

 

— Eu não vou ficar contra eles. — Falou por fim. 

 

— Isso é medo? — Franzi o cenho confusa. 

 

— Sim, é medo. — Confessou. — Eu vi o tanto de maldade que aqueles olhos carregam, eu sei o que eu senti durante anos e ter o mínimo de confiança deles me fez sair dos constantes pesadelos. 

 

— Você acha mesmo que saiu dessa? Eles não vão te colocar no plano final deles. Por que ao menos você não coopera, nós te ajudamos nessa. 

 

— Sua burrice me impressiona. — Falou com um sorriso debochado. — Nem mesmo os reis fizeram algo com Aron, por que você acha que pode vencê-lo? — O medo em sua voz me fez ficar incomodada. — Nem a rainha, mãe de JungKook conseguiu derrotá-lo. Enquanto ele tiver aqueles dois ao seu lado, ninguém pode vencê-los, nem uma profecia idiota. 

 

— Se eu tiver com JungKook eu posso sim. 

 

— Você não está entendendo, o JungKook nem tem os seus poderes, você sem ele não é nada. NADA S/N! — Gritou por fim. — Eu não vou ficar ao lado de quem perder, eu vou continuar com eles. 

 

— Se você ao menos se esforçasse pra tentar sair dessa. — Sorri. — Mas você continua como uma garotinha amedrontada. 

 

*******

 

O cenário mudou, trazendo agora lembranças mais recentes, estava em uma nave, mas dessa vez eu não estava presa em um corpo, era como se eu fosse apenas um ser a mais na lembrança, assistindo tudo de perto. 

 

Kris se mantinha ao lado de Soy que dirigia calmamente. 

 

— Está feliz em voltar para o seu reino? — Riu sarcástico. 

 

— Vai se ferrar. — Respondeu brava, seu olhos estavam em um roxo intenso. Ele apenas riu mais uma vez. — Você tem certeza que Xiumin viria? 

 

— Claro que eu tenho. — Respondeu ríspido. — Acha que eu sou incompetente igual você? 

 

Trinquei o maxilar, ele é um tremendo de um idiota e mesmo não tendo afeição nenhuma com Soy, eu já o detestava. Logo pararam no portão de acesso de naves, pediram autorização e aceitaram como se não fosse nada demais. 

 

— Você me deixou mesmo parecido com ele? 

 

— Você acha que eu sou incompetente igual você? — Ela repetiu a pergunta, fazendo seu sorriso que antes era de deboche sumir. Ela riu de sua cara e assim seguiram. — Ao menos vão te ver bonito. 

 

— Eu já sou bonito, não preciso de você pra me deixar assim. — Respondeu olhando ao redor. 

 

— Claro, por isso se esconde nas sombras. — Revirou os olhos e eu até poderia rir se não estivesse focada. 

 

— Eu não vou cair nesse seu joguinho, Soy. — A olhou. — Eu jogo isso a mais tempo que você e não vai funcionar. 

 

— Eu não estou jogando jogo nenhum, imbecil. — Dócil como sempre. 

 

— Se você fosse bonita, eu pensaria em te mostrar meu belo rosto. 

 

— Eu te odeio, sabia? 

 

— É recíproco. — Olhou em volta. — Agora vai fazer sua doce vingancinha enquanto eu dou uma espiada. 

 

— Se esconda, eu não vou te cobrir toda hora. — Começou a andar para longe do mesmo e por instantes eu reconheci o caminho que ela fazia, sua antiga casa. Ao rodar a casa, pude ver que olhava da janela, toda aquela cena. 

 

— Papai, papai. — Uma garotinha que aparentava ter uns seis anos chegou correndo. Kall parecia bem mais velho do que a cena anterior. — Eu decidi algo muito importante. 

 

— O que minha princesa? — Ao meu lado Soy estremeceu. 

 

— Eu vou me casar com o príncipe Ethan. — Falou simples e eu ri com a cena. 

 

— Aposto que o príncipe ficaria lisonjeado de ter você como princesa. — Uma mulher bonita apareceu, ela se parecia muito com a menina. Ou ao contrário. — Mas a princesa S/N ficaria com quem? 

 

— Ela pode arrumar outra pessoa. — Falou simples, fazendo os dois rirem da mesma. 

 

— Eu preciso ir, meu turno começa logo. — Kall se levantou com a menina no colo. — Cuida de sua mãe por mim. 

 

— Pode deixar papai. — Beijou seu rosto. 

 

— Tenha cuidado querido. — Ela beijou sua boca.

 

— Papai, você volta logo né? — A menina em seu colo perguntou. 

 

— Eu prometo que volto. — Respondeu sorridente, ele deu um beijo na testa da pequena e saiu porta a fora. 

 

— Niny, eu vou ter que sair agora. — A mulher se abaixou em sua frente. — A Kavif ficará com você.— Assim a mulher saiu.  

 

— Kavif. — Soy falou com os olhos arregalados, a olhei sem entender, mas petrifiquei quando vi a mulher de olhos rosa entrar na casa, muito mais velha do que antes. Soy riu com lágrimas nos olhos. — Eles simplesmente me substituíram. — A olhei com pena, mas seus olhos antes roxo se tornaram violeta e o cenário todo mudou.  

Soy entrou na casa sem nem pensar, Kavif ficou parada como se estivesse dentro de um universo particular, a menina berrou de repente, cheguei em sua frente e seus olhos estavam violetas, seu corpo parado e gritava muito. 

 

— Você tomou tudo que um dia foi meu. — Soy sibilava tudo com ódio. — Agora você vai perder tudo e vai fugir, como uma garotinha amedrontada. 

 

Os gritos chamaram atenção das pessoas lá fora, me senti apreensiva, a criança não tinha nada a ver com isso. Ela tinha que descontar em Kall e não nela. Me peguei tentando pará-la, mas lembrei que era apenas uma lembrança, uma triste e agonizante lembrança. 


 

*******

 

 

Com lágrimas nos olhos eu estava novamente em frente a Soy, que também chorava copiosamente de joelhos. 

 

— Eu não queria… — Soluçava. — Não queria causar mal a ela. 

 

— Mas você fez. — Sequei as lágrimas, eu nunca vi uma criança ser torturada daquela forma e eu não gostaria nunca de ter visto aquilo. — Você tem medo deles, mas você é igualzinha. 

 

— EU NÃO SOU! — Gritou em desespero. 

 

— A verdade é que você tem medo de si mesma. — Falei por fim. 

 

— Eu não… — Segurei o nó na garganta. — Eu não tenho mais o que fazer, se eu não segui-los eu morrerei. 

 

— Não morrerá, eu te protejo. — Falei mesmo temendo que nenhum deles me apoiasse nessa, eu só queria salvar a todos. Queria que tudo acabasse bem no fim, mas assim como ela, eu morria de medo. 

 

— Você não vai ser capaz disso. — Ainda chorando, sua voz era carregada de mágoas. 

 

— Quanto mais você diz que não consegue, mas eu sinto forças pra te provar o contrário. — Falei, roubando um sorriso da mesma. 

 

— Agora eu entendo o porque de Aron te admirar tanto. — Falou com um fio de voz. — Ele sempre me comparou a sua bravura, mesmo que você nunca tivesse lutado com ele, sempre te observou. 

 

— Pela pedra? — Franzi o cenho. 

 

— Sim, também. — Mais lágrimas escorriam. — Mesmo que tudo acabe mal, eu vou ajudar. 

 

Pisquei algumas vezes sem entender, ela tinha dito que ia ajudar? — Oi? 

 

— Eu disse que eu vou ajudar. — Falou ao me olhar. — Eu não sei tudo, até porque eu sempre fui uma peça descartável. 

 

— Espero que não brinque comigo, ou então não mexeria com as suas lembranças, mas te darei uma surra que você ficará tão desfigurada quanto Aron. — Arranquei um sorriso da mesma. — E de quebra eu mato seu pai. — Seu corpo petrificou. Eu bem sei, ela ainda o amava, mesmo que passasse por tudo aquilo. 

 

— Eu vou te contar. — Se levantou limpando o rosto. — DO nunca quis machucar JungKook. 

 

— Por que? 

 

— Porque como ele vai machucar alguém que você ama? — Fiquei parada a olhando. — Ele te ama. 

 

— Que? — Fiquei sem entender. — Ele nem me conhece. 

 

— Ele te conhece mais do que queria. — Falou por fim. 

 

— Eu já encontrei com ele alguma vez sem saber? 

 

— Ele te conhece pelo que falam de você. — Revirou os olhos. — Eu não sei muito do plano, eu só fui instruída a manter uma amizade fajuta com JungKook. Como o Kris disse, eu afirmo. Eu sou uma peça descartável. 

 

— Sinto muito por isso. — Falei sincera, ela apenas riu em negação. — Você não sabe de mais nada? Eu posso vasculhar sua mente. 

 

— Não será preciso. — Respirou fundo. — Aquela hora que eu te interrompi, eles falaram sobre um ataque que vai acontecer daqui a uma semana. — Ela falava meio retraída. Depois que você conhece a fraqueza do outro, é estranho vê-la como alguém amedrontador. 

 

— Ataque? Por que? 

 

— Porque o JungKook ama a terra. — Falou simples. — E mesmo que ele tenha dito que não atacaria o JungKook, ele vai atacar tudo que o JungKook ama. 

 

— Mas… Ele vai atacar os meninos. — Falei por fim. 

 

— Vai e você sabe que eles não vão deixar a Terra ser atacada, nem o JungKook vai querer isso. 

 

— Nem eu. — Respirei fundo. — É só isso? 

 

— Que eu saiba — Falou triste. —, sim. 

 

— Eu não confio em você, vou vasculhar sua mente. — Fiquei séria. 

 

— Pode vasculhar. — Me aproximei dela e assim o fiz. Tudo, exatamente TUDO que ela disse, era verdade. Só me comprovando que ela sim tinha por fim escolhido seu lado. 







 


Notas Finais


O que acharam? Eu me senti mal pela Soy, mas ainda não consigo criar tanta empatia por ela.
Kall foi infeliz na sua escolha :(
Kris apareceu e DO também *-*

AH, Orion agora está no wattpad <3
Jornal atualizado: https://www.spiritfanfiction.com/jornais/orion--poderes-16241718


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